Parks & Rec, Pretty Little Liars and the Fast & Furious films all exist in the same universe
And SCANDAL WTF
Oh jeez, SCANDAL….
….and BATTLESHIP too, apparently. It’s a goddamn conspiracy
Oh god. He’s on REVENGE too. How deep does this rabbit-hole go….
Oh my god. DEXTER.
THE ACTUAL NEWS
Wtf who is this guy
I TOLD YOU
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O machismo também mora nos detalhes
Lori“Você está exagerando”
“Nossa, você é sensível demais”
“Para de surtar”
“Você está delirando”
“Cadê seu senso de humor?”
“Não aceita nem uma brincadeira?”
E o mais clássico: “você está louca”.
Quando você pensa em machismo, o que vem à sua cabeça? Estupro, violência doméstica, restrição econômica, submissão e subserviência. Porém, existem alguns comportamentos machistas que permeiam nosso cotidiano e sequer nos damos conta. Gestos que parecem inofensivos, mas na verdade roubam nossa força, nosso espaço e limitam as possibilidades das mulheres. Mas estamos de olho! A Think Olga traz uma explicação sobre quatro tipos de machismo invisíveis para te ajudar a combatê-los no seu dia-a-dia: manterrupting, bropriating, mansplaining e gaslighting. São comportamentos batizados em inglês sem tradução oficial. Mas também achamos imprescindível pensarmos em versões em português!
A palavra é uma junção de man (homem) e interrupting (e interrupção) Em tradução livre, manterrupting significa “homens que interrompem”. Este é um comportamento muito comum em reuniões e palestras mistas, quando uma mulher não consegue concluir sua frase porque é constantemente interrompida pelos homens ao redor.
Em março, um caso típico ganhou a internet: em um painel do SXSW 2015, evento de inovação, música e cinema que acontece todos os anos em Austin, Texas, uma mulher brilhante discutia a baixa presença feminina na tecnologia ao lado de dois homens, igualmente inteligentes. Eram eles o chairman do Google, Eric Schmidt, o jornalista e biógrafo do Steve Jobs, Walter Isaacson, e a Chefe de Tecnologia do governo americano (Pentágono), Megan Smith. E, apesar de o papo ser sobre ampliar as possibilidades para as mulheres, os homens da mesa não estavam dispostos a ceder espaço a ela. Cada vez que Megan Smith tentava fazer uma colocação, era interrompida de forma desnecessária por um dos dois homens:
- “Sim, Senhora Smith, sei que você pode falar sobre isso melhor que ninguém, mas é que…”
- “Acho que esta pergunta (da plateia) tem bastante a ver com a área da Senhira Smith, mas eu só queria falar que…”
- (falando por cima dela) “Sim, Senhora Smith, mas o que vale a pena ser dito é que…”
Esta postura clássica de manterrupting foi tão impactante que uma pessoa na plateia perguntou porque eles não deixavam Megan falar. O público, que estava incomodado, aplaudiu de pé. Outro episódio famoso é o de Kanye West, que interrompeu Taylor Swift durante seu discurso de agradecimento pelo prêmio de melhor videoclipe feminino do MTV Music Awards, em 2009. Ele invadiu a cena para defender Beyoncé, que concorria com ela na categoria. A interrupção começou com o “Hey Taylor, I’m really happy for you and Imma let ou finish” e acabou quebrando a internet, com uma enxurrada de memes. Mas, disfarçado de piada, ali está o machismo. Não apenas por não dar espaço para que Taylor falasse, mas também por ele se expressar em nome de outra mulher, no caso, a poderosa Beyoncé. Desnecessário e agressivo. Com licença, Kanye, mas nós não vamos mais deixar você terminar…
O termo é uma junção de bro (curto para brother, irmão, mano) e appropriating (apropriação) e se refere a quando um homem se apropria da ideia de uma mulher e leva o crédito por ela em reuniões. Quando colocamos uma ideia, muitas vezes não somos ouvidas. E então, um homem assume a palavra, repete exatamente o que você disse e é aplaudido por isso. Quem já não se viu nesta situação?
Em seu livro “Faça Acontecer”, Sheryl Sandberg, Diretora de Operações do Facebook, convida as mulheres a sentarem à mesa. A serem conscientes de seus lugares e de sua importância na sala de reuniões. Ela explica que somos criadas como delicadas, suaves e gentis, jamais como enfáticas ou assertivas. E quando nos impomos somos vistas como masculinizadas. Não há dúvidas de que isso atrapalha nossa vida profissional.
E este comportamento não é privilégio de algumas áreas. Em todos os mercados funciona assim. Em qualquer sala de reunião. O bropriating ajuda a explicar porque existem tão poucas mulheres nas lideranças das empresas. Além das supostas desvantagens mercadológicas e o preconceito de gênero, ainda servimos de plataforma para o crescimento de colegas homens, pelo simples fato de sermos menos ouvidas e levadas a sério. Garotas do mundo todo, sejamos as donas das nossas ideias!
O termo é uma junção de man (homem) e explaining (explicar). É quando um homem dedica seu tempo para explicar a uma mulher como o mundo é redondo, o céu é azul, e 2+2=4. E fala didaticamente como se ela não fosse capaz de compreender, afinal é mulher. Mas o mansplaining também pode servir para um cara explicar como você está errada a respeito de algo sobre o qual você de fato está certa, ou apresentar ‘fatos’ variados e incorretos sobre algo que você conhece muito melhor que ele, só para demonstrar conhecimento. Acontece muito em conversa sobre feminismo!
Um caso bem ilustrativo foi de um comentarista da CNN, ao falar sobre o caso Hollaback!, em Nova York, e mansplaining assédio sexual em locais públicos para a âncora e para a outra entrevistada:
Algumas pérolas selecionadas (com comentários):
- “Não há nada que uma mulher goste mais do que ouvir o quanto ela é bonita.” (puxa, obrigada por essa informação #sqn)
- “Se ela não gosta de cantadas, ela que não saia na rua.” (ótima ideia! Não, péra.)
- “E por que as mulheres simplesmente não respondem pros caras, já que elas não gostam? (Oi, tem mulher que morre por causa disso, amigo. #exausta)
A verdadeira intenção do mansplaining é desmerecer o conhecimento de uma mulher. É tirar dela a confiança, autoridade e o respeito sobre o que ela está falando. É tratá-la como inferior e menos capaz intelectualmente. Talvez você não tenha percebido isso de forma tão explícita no seu cotidiano, mas com certeza agora irá prestar atenção na maneira como seu chefe ou seu marido falam com você, com os elogios desnecessários ou idiotas que você recebe, nas mensagens bobas de parabéns pelo dia das mulheres. Tá tudo lotado de mansplaining.
Gaslighting é a violência emocional por meio de manipulação psicológica, que leva a mulher e todos ao seu redor acharem que ela enlouqueceu ou que é incapaz. É uma forma de fazer a mulher duvidar de seu senso de realidade, de suas próprias memórias, percepção, raciocínio e sanidade. Este comportamento afeta homens e mulheres, porém somos vítimas culturalmente mais fáceis. No dia a dia, aposto que vocês já ouviram alguma vez – ou várias:
- “Você está exagerando”
- “Nossa, você é sensível demais”
- “Para de surtar”
- “Você está delirando”
- “Cadê seu senso de humor?”
- “Não aceita nem uma brincadeira?”
- E o mais clássico: “você está louca”.
O termo gaslighting surgiu por causa de um filme de mesmo nome, de 1944, em que um homem descobre que pode tomar a fortuna de sua mulher se ela for internada como doente mental. Por isso, ele começa a desenvolver uma série de artimanhas – como piscar a luz de casa, por exemplo – para que ela acredite que enlouqueceu.
Um caso recente, ocorrido dentro da marinha americana, foi noticiado pela imprensa: cinco mulheres afirmaram ter sido vítimas de estupro dentro da corporação. Poucos meses depois, todas foram afastadas por problemas emocionais. Outras mulheres relatam casos dentro da instituição. Após denunciar as agressões, ouviram de volta:
- “Não venha me aborrecer só porque fez sexo e se arrependeu.”
- “Isso nunca aconteceu. Agora pode ir embora.”
Isso é gaslighting. Uma forma de manipulação que desencadeia um total esvaziamento da autonomia da vítima. Uma ferramenta presente em muitos relacionamentos, que levam as mulheres a abrir mão de suas escolhas, de suas opiniões e até de cuidar da sua própria vida. É desempoderamento, opressão e controle. Algo que não deve ser admitido em nenhuma situação.
Manterrupting, bropriating, mansplaining e gaslighting. Saber que estes problemas existem já é parte importante da solução. Estar atenta aos pequenos gestos cotidianos e transformá-los pouco a pouco farão a sua vida, e de muitas mulheres, melhor.
Pequeno dicionário:
#manterrupting: quando uma mulher não consegue concluir sua frase porque é constantemente interrompida pelos homens ao redor.
#bropriating: Quando, em uma reunião, um homem se apropria da ideia de uma mulher e leva o crédito por ela.
#mansplaining: É quando um homem dedica seu tempo para explicar algo óbvio a você, como se não fosse capaz de compreender, afinal você é uma mulher.
#gaslighting: violência emocional por meio de manipulação psicológica, que leva a mulher e todos ao seu redor acharem que ela enlouqueceu ou que é incapaz.
Maíra Liguori é jornalista, publicitária e co-fundadora do Think Eva
Arte: Aline Jorge
O post O machismo também mora nos detalhes apareceu primeiro em Think Olga.
natalieford:ultrafacts:6qubed:ultrafacts:obeekris-redux:ultrafact...
Source Want more facts? Why not follow Ultrafacts
Is this a lifetime employment? Elected by popular vote? How is suitability determined for this job?
He was recruited from Battersea Dogs & Cats Home on recommendation for his mousing skills.
He has captured the hearts of the Great British public and the press teams often camped outside the front door. In turn the nation sends him gifts and treats daily.
Larry, the Chief Mouser spends his days greeting guests to the house, inspecting security defences and testing antique furniture for napping quality. His day-to-day responsibilities also include contemplating a solution to the mouse occupancy of the house. Larry says this is still ‘in tactical planning stage’. [x]
a leader the people can believe in
I will never not re-re-reblog this.
The Game of Fetch
LoriEntendi pq meu cachorro se revolta e não me entrega mais a bolinha.
John Oliver Interviews NSA Whistleblower Edward Snowden on ‘Last Week Tonight’
John Oliver interviewed National Security Agency (NSA) whistleblower Edward Snowden for the latest episode of Last Week Tonight with John Oliver. As Oliver notes, the information that Snowden helped reveal to the world is incredibly important to the question of whether to reauthorize some controversial portions–for example, Section 215–of The Patriot Act, and yet people are mostly ignorant to what exactly he revealed, why, and what those revelations actually mean.
Chega um momento em que a tensão é tanta que você explode.
A magia dos quadrinhos
Esse quadrinho foi feito para para um livro científico organizado pelo pessoal da UFRJ, que será publicado em breve :)
Arquivado em:cara a cara
elvagilante:One of these people is regarded as one of the most...
One of these people is regarded as one of the most attractive in the world and the other as one of the least, but for one brief, shining moment, they looked exactly alike.
A Softer World: 1219
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revengeance:Gross-ass gamers will insist that their community...
Gross-ass gamers will insist that their community isn’t filled with blatant misogyny and overly-violent idiots, but even when the target of harrassment is a man, women are still involved in the threats.
foxnewsofficial:foxnewsofficial:i treat my body like a temple but i’m a 16th century calvinist
i treat my body like a temple but i’m a 16th century calvinist
outro dia estava aqui apertando o f5 indiscriminadamente (sempre um perigo) e me deparei com um...
outro dia estava aqui apertando o f5 indiscriminadamente (sempre um perigo) e me deparei com um comentário ironiquinho sobre ~glamourização do tarja preta~. deixei passar porque nem comigo era (pelo menos EU ACHO. nunca se sabe e nunca me importo muito.). mas a minha tolerância para a estupidez em geral anda meio baixa e deixar passar não tem figurado entre as habilidades do momento. então vamos lá.
imagina a sensação que você tinha quando era criança e recebia uma prova muito difícil. ou a de estar andando numa rua deserta e anunciarem um assalto. náusea, tremedeira, boca seca, coração martelando. insira aqui suas próprias reações ao medo.
agora imagine que essa sensação te invade sem contexto NENHUM. num almoço de família. na fila do balcão de frios. tomando uma cerveja com os colegas de trabalho que conhece há um mês.
pode ser um pouco chato.
melhor ainda: imagina que essa maré ruim jorra dentro da sua mente enquanto você dormia. tava lá sonhando com algo inofensivo tipo, sei lá, panquecas e de repente: horror. você desperta no meio da madrugada e seu corpo está preparado pra se defender de algo que nem sabe o que é, mas tem cara de MORTE IMINENTE. jura que você ia preferir bater um papo com a MORTE IMINENTE às 4 da manhã em vez de tomar um stillnox?
digamos que você fique nessa até amanhecer. faz como? liga pro seu chefe e:
- oi, não vou poder trabalhar hoje. pensei que fosse morrer essa noite e tô cheio de sono agora.
- mas você pensou que ia morrer 3 vezes só essa semana, claudionor!
- pois é, tô morrendo direto, ruinzão.
eu acho que não.
outro exemplinho: imagine que um dia qualquer você acorda e descobre que não vai conseguir levantar, pentear o cabelo e existir em linhas gerais porque alguma coisa dentro de você simplesmente está inoperante.
não é preguiça
não é seu emprego que tá ruim
não é ressaca
não é porque seu namorado visualizou e não respondeu
não é a azeitona da empada de ontem à noite
é apenas um BURACO onde se enfiaram praticamente todas as características que fazem com que você seja você. sem maiores explicações nem um prazo para voltar. será que você ia preferir ouvir um monte de conselhos bem intencionados (ou não) porém perfeitamente vazios tipo toma uma vitamina, faz um chá, vai correr na praia, se apega com jesus? ou ia querer tomar um comprimidinho e seguir a sua vidinha como todas essas pessoas tão lindas e opinativas estão fazendo?
pois.
se você faz um pout-pourri com os conselhos tudo, toma um chá de vitamina e corre na praia com jesus, olha, eu acho muito válido. de verdade. cada um lida como pode, como dá, como consegue. é só que em alguns momentos, para algumas pessoas, não tem vídeo de gatinho que resolva. e admitir que existe algo funcionando esquisito dentro da própria cabeça já é um processo delicado sem a sua depreciação, sabe. você não é o gás da coca-cola da espécie humana porque nunca tomou um rivotril. sugerir isso é tão boçal quanto virar prum diabético e mandar um “ai, nada a ver ficar glamourizando insulina, eu nunca tomei e tô ótimo”. tipo, parabéns para os seus órgãos. procure apenas ter em mente que você não manda em um único sisteminha que mora dentro de você.
neurônios incluídos.
da unha do pé ao cérebro, qualquer coisa pode pifar. sem aviso prévio. sem você ter feito “nada errado”. sem ter “merecido”.
essa é a má notícia. desculpa.
a boa notícia é que você só vai tomar remédio se quiser. você pode passar a vida mascarando suas sensações ruins. também pode se recusar a tomar um antibiótico e deixar a unha do pé cair, levando o pé junto. livre arbítrio existe é pra isso mesmo, portanto nada tema.
deixa o coleguinha glorificar o prozac dele em paz.
AEP : Depression didn't make the Germanwings copilot kill 149 people
Because Germanwings pilot Andreas Lubitz killed himself when he purposefully drove a plane carrying 149 other people into a mountain in the Alps, there has been an assumption that he suffered from "depression: — an assumption strengthened by the discovery of antidepressants in his home and reports that he had been treated in psychiatry and neurology clinics.
Many patients and other interested parties are rightly concerned that Lubitz's murderous behavior will further stigmatize the mentally ill.
It is certainly true that stigma may lead those in need to avoid treatment. When I was a psychiatrist at an HIV clinic, I was baffled by the shame associated with a visit to see me. Patients at the clinic had advanced AIDS, often contracted through IV drug use or sex work, and many had unprotected sex despite their high viral loads.
Some were on parole. Many had lost custody of their children. Many lived in notorious single-room occupancy housing and used cocaine daily. But these issues, somehow, were less embarrassing than the suggestion that they be evaluated by a psychiatrist.
For my clinic patients, it was shameful to be mentally ill. But to engage in antisocial behavior as a way of life? Not so bad.
I think my patients were on to something. Bad behavior — even suicidal behavior — is not the same as depression. It is a truism in psychiatry that depression is under-diagnosed. But as a psychiatrist confronted daily with "problem" patients in the general hospital where I work, I find that depression is also over-diagnosed. Even doctors invoke "depression" to explain anything a reasonable adult wouldn't do.
For instance: act completely blasé, then lock the pilot out of the cockpit, and deliberately crash a plane full of people.
I don't know what that is, but it's not depression.
In the hospital where I practice, a small but regular population of patients are young men who sustained gunshot wounds during or in proximity to gang-related activities. Now paralyzed, they are admitted for pressure ulcers or urinary tract infections. These men were accustomed to getting their needs met through intimidation and even murder.
Now they are dependent on nurses and aides for intimate care, and it hasn't made them any nicer. They terrorize staff members by throwing urinals and food and sexually harassing them. When I am asked to evaluate for "depression," I see hopelessness, entitlement, and rage.
And it's not just antisocial behavior that is explained away by calling it "depression." I'm often asked to see patients with poorly managed chronic diseases; for example, diabetics who neglect to do fingersticks to draw blood and test their blood sugar. Recently I did a consultation for a patient who is on dialysis and ignores the low-salt "renal diet" prescribed by her doctor. Her insistence on eating chips led her nephrologist to wonder if she were depressed; after all, wouldn't a mentally healthy person give up junk food to save her own life?
We all know the answer to that.
On a daily basis in the hospital, I see sad, lonely, elderly widows. Many live in walk-up apartments but can no longer walk, and neither can their friends. Their children live in another country. When I ask what they enjoy doing, they say they enjoy knitting or dancing or visiting their grandchildren. But nudged a little, they admit that they haven't been able to do any of those things for years. They spend their whole lives watching television. Are they depressed? Or "depressed"?
"Depression" seems to signify social ills for which we have no solution, from violent, homicidal behavior, to health illiteracy, to our culture's neglect of the elderly. Constructing societal deficits as a medical problem does everyone a disservice — because treatment specific for depression won't work for people who don't really have depression. People who need social support can be expected to benefit most from programs that provide social support — not from psychiatrists.
The patient with bona fide depression will benefit from treatment with antidepressants or proven psychotherapies. For the lonely great-grandmothers, the junk-food addicts, and the violent paraplegics, there has to be another form of intervention. We must turn from the inappropriate use of the disease model of emotional distress and understand that individuals' psychological pain arises within social systems as well as within their own brains.
Was Andreas Lubitz depressed? We don't know; a torn-up doctor's note and bottles of pills don't tell us much. Most people who commit suicide suffer from a mental illness, most commonly depression. But calling his actions suicidal is misleading.
Lubitz did not die quietly at home. He maliciously engineered a spectacular plane crash and killed 150 people. Suicidal thoughts can be a hallmark of depression, but mass murder is another beast entirely.
Using the word "depression" to describe inexplicable or violent behavior sends two false signals: First, that society has no obligations with regard to our happiness — because misery is a medical problem — and second, that a depressed person is in danger of committing abhorrent acts.
Depressed people need help. "Depressed" people do, too — but not the same kind.
This article originally appeared at Slate. Copyright 2015. Follow Slate on Twitter.
O VALOR DA MULHER: O PREÇO DE SER UMA ARTISTA
Georgia O'Keeffe |
Instalação de Cady Noland |
Carta da Guerrilla Girls aos colecionadores de arte: "Vcs não têm artistas mulheres suficientes. Sabemos que vcs se sentem mal por isso e vão resolver a situação |
My Bed, obra de Tracey Emin |
Leilão de Arte do Pós-Guerra da Christie's, com obras de Andy Warhol ao fundo |
A ineficiência da Delegacia da Mulher – parte I
Loritriste :(
Essa semana minha amiga virou estatística e foi agredida pelo companheiro.
Pensei: direto pra Delegacia da Mulher, lá ela vai ter o acolhimento necessário pra essa situação tão delicada.
E foi aí que comecei a descobrir que essa delegacia não é NADA do que a gente imagina. Relatarei, pois, o suplício que foi para conseguir fazer um simples boletim de ocorrência. Que dobrem a língua aqueles que dizem à mulher agredida que é “só ir à Delegacia da Mulher e fazer um B.O.”. Passamos pelo inferno, colegas, um inferno que eu não só não vou esquecer como vou fazer tudo que estiver em meu poder e além para que esse panorama mude. Este post é o primeiro de uma série em que tratarei do assunto.
Começa pelo fato de que a DDM não abre nos fins de semana. Manda avisar os agressores que só pode bater em dia de semana, viu? Mas a real é que não faz diferença. Eu achava que faria, achava que não seria como uma delegacia comum, onde sabidamente muitos policiais fazem pouco caso com abuso, culpam as vítimas de estupro, enfim, toda aquela coisa da cultura machista que já sabemos como funciona.
Nada me tira da cabeça que aquele lugar foi feito para que as mulheres desistam de fazer denúncia. Havia um homem na triagem, um investigador de meia idade que olhou bem na nossa cara e perguntou: mas o que aconteceu?, ali mesmo na recepção, sem nenhum acolhimento, nenhum tato, bem alto, sem nenhuma privacidade. Só de ficar ali sentada fiquei sabendo das histórias das mulheres que chegavam lá e que encolhiam cada vez que ouviam essa pergunta. Sei que o procedimento padrão de uma delegacia é esse, mas em uma DDM deveria ser diferente, a mulher não vai lá relatar roubo de celular ou furto de carro; é uma delegacia voltada exclusivamente a tratar da violência contra a mulher, não é?
Deveria ser. O que eu vi acontecer lá foi uma segunda violência contra as vítimas, policiais despreparados, um descaso imenso e um tom quase de deboche quando comentavam outros casos.
Havia lá um grupo de bolivianas esperando pra fazer B.O., pois uma delas estava sendo ameaçada pelo marido, que dizia que ia meter uma bala na cabeça dela e levar o filho pequeno, de um ano e meio, embora do país. O homem estava ameaçando também as tias e primas dela, todas presentes na delegacia. Ocorre que a escrivã não falava espanhol e não tinha NENHUMA paciência pra ouvir a mulher, apenas fazia “HEIN?” com cara de asco. Asco. Olhava pra o menininho, o filho, um bebê, com asco. Minha amiga, que fala espanhol, tentou intermediar a conversa, e a boliviana ameaçada contou a ela que já tinha estado outra vez lá mas a escrivã tinha se recusado a fazer o B.O. pois não quis nem se esforçar pra entender.
Esperamos mais de uma hora nesse primeiro dia e tivemos que ir embora, pois precisávamos buscar o filho da minha amiga na creche.
Voltamos no dia seguinte e, ao chegar lá, senti um alívio: agora eram duas mulheres na recepção da DDM. Empatia, finalmente, pensei. Mal sabia eu que seria ainda pior do que ser atendida por um homem. A investigadora também não tinha um pingo de tato, assim como a escrivã.
Minha amiga estava nervosa e fragilizada, como estão todas as mulheres que procuram uma DDM. Era nossa terceira vez lá, ela estava ansiosa e a investigadora resolveu que o tom dela não era o correto para ser usado, já criando um atrito totalmente desnecessário em uma situação delicada.
Essa mesma investigadora e uma outra mulher lá de dentro resolveram que era ok falar mal de bolivianos, precisamente: “boliviano é uma raça desgraçada” e outros impropérios. Até onde sei, xenofobia é crime, né não? E lá estava uma investigadora da polícia cometendo este crime.
O pesadelo seguiu e minha amiga entrou para dar o depoimento. Acredito que jamais vi uma mulher ser tão maltratada por alguém que deveria ajudá-la. Eu não pude entrar com ela na sala, mas ouvi de fora; a escrivã chegou a dizer que a agressão que o sujeito cometeu não era crime. Mesmo com ela conhecendo a lei e batendo o pé, a escrivã se recusava a escrever exatamente o que minha amiga relatava, mudando os fatos e suavizando o ocorrido e ainda teve a manha de falar que as mulheres que “juntam os trapos” com um homem com histórico de agressor têm culpa pelas agressões que seguem. Ela teve que chamar a delegada na sala para conseguir que o B.O. fosse feito direito.
Eis que ocorreu uma coincidência que só me deixou mais bolada e mais puta: uma conhecida entrou na delegacia e, por sua vez, era conhecida da delegada. Ela disse: você conhece a Clara? Ela é uma das maiores blogueiras de direitos das mulheres do Brasil.
E aí tudo mudou, minha gente. Foi um tal de o que você precisa, está tudo bem, foram bem atendidas? Têm alguma dúvida, precisam de alguma coisa?
Quis dizer: preciso sim, Doutora Delegada: preciso que vocês parem de tratar as mulheres com descaso, que parem de fazê-las passar por uma segunda violência. Preciso que suas escrivãs conheçam a lei, que não culpem as mulheres pela violência que sofrem, que não constranjam essas mulheres fazendo-as relatar suas histórias sem nenhuma privacidade, na frente de todo mundo, e eventualmente para homens, que não deveriam sequer estar nessa delegacia pra começo de conversa.
Contei sobre esse tratamento no facebook e muitas das minhas amigas tinham histórias similares à nossa. Resolvi pedir depoimentos anônimos para escrever um texto e foi como abrir a caixa de pandora do horror da ineficiência policial: é uma história pior do que a outra.
Não foi uma, duas, três. Até agora tenho vinte e sete depoimentos de mulheres que foram tratadas com descaso na delegacia que deveria orientar, acolher e ajudar punir quem comete um crime. Em praticamente todos os casos os policiais tentam dissuadir a vítima de fazer B.O., dizem que não vai dar em nada, a questionam como se a culpada fosse a vítima, redigem os boletins de ocorrência como bem entendem e chegam ao cúmulo, como foi o nosso caso, de distorcer a Lei Maria da Penha para que a mulher agredida ache que seu caso não se encaixa ali.
Isso NÃO PODE ocorrer. Não pode. Não pode em lugar algum e menos ainda em um país onde a violência contra a mulher tem dados tão alarmantes que existe uma delegacia só para atender esses casos. Mas não adianta apenas existir, tem que funcionar, e o que presenciei foi apenas ineficiência e descaso para com as mulheres que deveriam estar sendo acolhidas.
Não “é assim mesmo”. Não pode ser e tem que mudar.