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13 Dec 23:58

AEP : 16 histórias reais de Portugal mais engraçadas do que qualquer piada

Nesta quinta-feira (29), Nina Paduani contou no Facebook uma história que aconteceu durante a viagem de seus pais e tios a Lisboa.

Nos comentários da publicação original e nas de Alexandre Rosas e Rafael Capanema, redator do BuzzFeed Brasil, que compartilharam o post, outros brasileiros contaram suas experiências em Portugal. Selecionamos as histórias mais engraçadas.

Meus pais e meus tios estão em Lisboa. Vão ao restaurante almoçar. No final, o garçom pergunta:
—Café?
Meu pai:
— Um, por favor.
Meu tio:
— Dois!
Minha tia:
— Três!
Passam alguns minutos e lá vem o garçom.
Com seis cafés.

Via Facebook: NinaPaduani

Querendo me informar mais sobre os acompanhamentos de um dos pratos de um restaurante em Alfama, perguntei ao garçom:
— Mas como vem esse bife aqui?
Ele prontamente me respondeu:
— Alguém o traz da cozinha!

Via Facebook: rafaelcapanema

Uma vez fui a um restaurante de um prato só que servia leitão à barraiada:
— Oi, como é o leitão à barraiada?
— Ora, não sabes o que é um leitão?
— Sim, mas o que é à barraiada?
— A região onde estamos.

Via Facebook: rafaelcapanema

Vmais / Getty Images

Meu padrasto estava em um ônibus em Portugal com a família e viram em um outdoor escrito algo como “Pasteizinhos de Belém, desde 1920” e uma foto dos pasteizinhos.
Ele comentou com a família, brincando:
— Olha, gente! Desde 1920!
No que uma senhora portuguesa interrompeu:
— Me perdoem, mas aqueles já foram comidos, chegando lá vão encontrar outros fresquinhos.

Via Facebook: alelex88

Um cliente estava indeciso sobre o que pedir. Viu um garçom passando com um prato que o agradou e falou para o que o atendia:
— Pode me trazer aquele.
A resposta do garçom:
— Não será possível porque aquele já é do senhor da mesa ao lado.

Minha amiga estava almoçando no mesmo restaurante que Fernando Pessoa frequentava assiduamente.
Como ela é formada em letras, com mestrado em literatura, estava mais interessada nas histórias do lugar do que na culinária.
No momento de escolher, chama o garçom e pergunta qual era o prato preferido de Fernando Pessoa. Sem pestanejar, ele responde:
— Já quebrou-se há muito tempo!

Estávamos num hotel em Lisboa e descemos pra fumar. Decidi ir até a recepção pra pedir um táxi. Perguntei à funcionária:
— Por favor, você poderia chamar um táxi pra mim?
A funcionária disse que sim, continuou a fazer o que estava fazendo e não chamou o táxi. Daí eu percebi que estava dentro da piada.
Voltei pra fora pra rir um pouco com minha amiga e voltei novamente pra recepção, como se nada tivesse acontecido.
Claro que ela poderia chamar um táxi, não havia nada que a impedisse de fazê-lo.
Daí eu falei:
— Eu preciso de um táxi agora.
E ela:
— Pois não, senhoire.
E ligou pro táxi. Fim.

Baixa, Lisboa Rrrainbow / Getty Images

Um dia em Lisboa eu parei um sujeito na rua e perguntei: “O senhor sabe como chegar no castelo de São Jorge?” Ele respondeu “sei!” e continuou andando.

Via Facebook: rafaelcapanema

Meus tios estavam passeando em Portugal e pediram a um senhor:
— Por favor, pode tirar uma foto?
— Claro!
Foi lá e abraçou a minha tia posando pra foto.

Via Facebook: alelex88

Eu estava saindo do hotel e perguntei a alguém:
— Esse ônibus parado aí passa no aeroporto?
O cara responde:
—Não, passa em frente a ele.

Uma vez eu pedi no balcão de uma confeitaria:
— O senhor me vê dois pasteis de Belém?
O cara foi, olhou e não pegou nada.
Eu perguntei:
— Os meus pastéis de Belém?
E ele:
— Ah, a senhora quer que eu lhe dê dois pasteis? Porque só me pediu que visse.

Um dia eu estava no aeroporto em Lisboa e ia pegar uma conexão para Londres.
Perguntei a uma senhora que trabalhava no aeroporto: “Londres é aqui?”.
Ela disse “aqui é Lisboa” e riu.

Via Facebook: alelex88

Fui numa doceria no Porto e perguntei para o garçom:
— Posso pedir aqui no balcão ou pode sentar na mesa?
Ele:
— Prefiro que você sente na cadeira mesmo.

Via Facebook: rafaelcapanema

Fui comprar pastéis de Belém no local onde eles são fabricados.
Lugar lotado, balconistas concentrados, atendendo todo mundo super rápido e com muita seriedade.
Os pastéis de Belém vêm (ou pelo menos vinham) numa caixinha sextavada de papelão.
Eu e minha mãe nos aproximamos do balcão e ela pergunta a um dos atendentes:
— Os pastéis de Belém são aquela caixinha?
O balconista responde:
— Não, senhora, é o que tem dentro!
Ele continuou os atendimentos super sério e eu e minha mãe caímos na gargalhada.

Via Facebook: rafaelcapanema

Num bar no centro histórico de Lisboa, uma brasileira entra e pergunta:
— Posso estacionar aqui na frente?
O balconista responde:
— Claro que pode. Só corre o risco de levar uma multa.

Azenhas do Mar Sean Pavone / Getty Images

Minha tia estava com uma amiga no restaurante. O garçom criou coragem e indagou:
— Que língua estás a falar que estou entendendo tudo?

Via Facebook: rafaelcapanema


Eu tive um professor de lógica que estudou por um tempo em Portugal e um dia ele disse à turma que português não é burro, e sim ‘lógico’. Depois que ele disse isso eu passei a ouvir essas histórias pensando de outro jeito.

Via Facebook: alelex88


Perdoem-me, mas nunca vi nada do género em tempo real, parece que só acontece na comunicação entre portugueses e brasileiros.
O erro está em pensarmos que somos a mesma língua quando na prática não é bem assim.
Também ponho a hipótese de que muitas vezes possa ser o humor português a atacar, é bem irónico e subtil, quando não se está familiarizado com a cultura não se distingue quando é brincadeira ou não.

Via Facebook: alelex88


Como portuguesa te digo que considero esta história perfeitamente possível e compreensível. Porque em Portugal não é comum que se faça pedidos dessa forma.
Normalmente cada um diz o que quer, o garçom que faz a soma. E a ele não cabe julgar se alguém quer encher-se de café ou não. Ele vai te dar exatamente o que pedires, mesmo que considere teu pedido um tanto estranho.
É verdade, somos bem mais literais que os brasileiros!

Via Facebook: NinaPaduani

28 Nov 01:46

AEP : 31 Tumblr Puns So Great They’ll Make You Angry

Albener Pessoa

I did not get 16 and 28

Pun-derful! Oh God.

The best puns are like ninjas - they hit you when you least expect it.

Whether they're from the Bible...

... Or from the Wild West...

... They can get you any month of the year.

They'll make you question your life choices.

They'll go Inception on your ass.

And when you think you've gotten through, another one is right behind.

They will hunt you down.

Everybody's doing it.

In fact, you may start using them yourself.

Nothing is safe.

There is no escape.

At least they give some color to everyday life.

Hell, you might even be thankful for them someday.

Or you may not.

You may just lose all patience.

Where others appreciate, you just scoff.

You scoff vehemently.

And scoff some more.

Ah, but the puns will just keep on coming.

And coming and coming and coming.

Nothing you can do.

They've been here since the dawn of time.

And now they're a mainstay of the Internet.

No matter how geeky...

(And they can get very geeky)

Or how mundane...

(SO mundane)

They're just gonna keep on flooding in.

So you might as well welcome them.

Or you could just get off Tumblr.

... Nahhhh.

08 Nov 15:25

AEP : The Decline of Play and Rise in Children's Mental Disorders

Inara Prusakova/Shutterstock

Source: Inara Prusakova/Shutterstock

Rates of depression and anxiety among young people in America have been increasing steadily for the past 50 to 70 years. Today, by at least some estimates, five to eight times as many high school and college students meet the criteria for diagnosis of major depression and/or anxiety disorder as was true half a century or more ago. This increased psychopathology is not the result of changed diagnostic criteria; it holds even when the measures and criteria are constant.

The most recent evidence for the sharp generational rise in young people's depression, anxiety, and other mental disorders comes from a just-released study headed by Jean Twenge at San Diego State University.[1] Twenge and her colleagues took advantage of the fact that the Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI), a questionnaire used to assess a variety of mental disorders, has been given to large samples of college students throughout the United States going as far back as 1938, and the MMPI-A (the version used with younger adolescents) has been given to samples of high school students going as far back as 1951. The results are consistent with other studies, using a variety of indices, which also point to dramatic increases in anxiety and depression—in children as well as adolescents and young adults—over the last five or more decades.

We would like to think of history as progress, but if progress is measured in the mental health and happiness of young people, then we have been going backward at least since the early 1950s.

The question I want to address here is why.

The increased psychopathology seems to have nothing to do with realistic dangers and uncertainties in the larger world. The changes do not correlate with economic cycles, wars, or any of the other kinds of world events that people often talk about as affecting children's mental states. Rates of anxiety and depression among children and adolescents were far lower during the Great Depression, World War II, the Cold War, and the turbulent 1960s and early ‘70s than they are today. The changes seem to have much more to do with the way young people view the world than with the way the world actually is.

Decline in Young People's Sense of Personal Control Over Their Fate

One thing we know about anxiety and depression is that they correlate significantly with people's sense of control or lack of control over their own lives. People who believe that they are in charge of their own fate are less likely to become anxious or depressed than those who believe that they are victims of circumstances beyond their control. You might think that the sense of personal control would have increased over the last several decades. Real progress has occurred in our ability to prevent and treat diseases; the old prejudices that limited people's options because of race, gender, or sexual orientation have diminished; and the average person is wealthier than in decades past. Yet the data indicate that young people's belief that they have control over their own destinies has declined sharply over the decades.

The standard measure of sense of control is a questionnaire developed by Julien Rotter in the late 1950s called the Internal-External Locus of Control Scale. The questionnaire consists of 23 pairs of statements. One statement in each pair represents belief in an Internal locus of control (control by the person) and the other represents belief in an External locus of control (control by circumstances outside of the person). The person taking the test must decide which statement in each pair is more true. One pair, for example, is the following:

  • (a) I have found that what is going to happen will happen.
  • (b) Trusting to fate has never turned out as well for me as making a decision to take a definite course of action.

In this case, choice (a) represents an External locus of control and (b) represents an Internal locus of control.

Many studies over the years have shown that people who score toward the Internal end of Rotter's scale fare better in life than do those who score toward the External end.[2] They are more likely to get good jobs that they enjoy, take care of their health, and play active roles in their communities—and they are less likely to become anxious or depressed.

In a research study published a few years ago, Twenge and her colleagues analyzed the results of many previous studies that used Rotter's Scale with young people from 1960 through 2002.[3] They found that over this period average scores shifted dramatically—for children aged 9 to 14 as well as for college students—away from the Internal toward the External end of the scale. In fact, the shift was so great that the average young person in 2002 was more External than were 80% of young people in the 1960s. The rise in Externality on Rotter's scale over the 42-year period showed the same linear trend as did the rise in depression and anxiety.  

[Correction: The locus of control data used by Twenge and her colleagues for children age 9 to 14 came from the Nowicki-Strickland Scale, developed by Bonnie Strickland and Steve Nowicki, not from the Rotter Scale. Their scale is similar to Rotter's, but modified for use with children.]

It is reasonable to suggest that the rise of Externality (and decline of Internality) is causally related to the rise in anxiety and depression. When people believe that they have little or no control over their fate they become anxious: "Something terrible can happen to me at any time and I will be unable to do anything about it." When the anxiety and sense of helplessness become too great people become depressed: "There is no use trying; I'm doomed."

Shift Toward Extrinsic Goals, Away From Intrinsic Goals

Twenge's own theory is that the generational increases in anxiety and depression are related to a shift from "intrinsic" to "extrinsic" goals.[1] Intrinsic goals are those that have to do with one's own development as a person—such as becoming competent in endeavors of one's choosing and developing a meaningful philosophy of life. Extrinsic goals, on the other hand, are those that have to do with material rewards and other people's judgments. They include goals of high income, status, and good looks. Twenge cites evidence that young people today are, on average, more oriented toward extrinsic goals and less oriented toward intrinsic goals than they were in the past. For example, a annual poll of college freshmen shows that most students today list "being well off financially" as more important to them than "developing a meaningful philosophy of life"—the reverse was true in the 1960s and 1970s.[4]

The shift toward extrinsic goals could well be related causally to the shift toward an External locus of control. We have much less personal control over achievement of extrinsic goals than intrinsic goals. I can, through personal effort, quite definitely improve my competence, but that doesn't guarantee that I'll get rich. I can, through spiritual practices or philosophical delving, find my own sense of meaning in life, but that doesn't guarantee that people will find me more attractive or lavish praise on me. To the extent that my emotional sense of satisfaction comes from progress toward intrinsic goals I can control my emotional wellbeing. To the extent that my satisfaction comes from others' judgments and rewards, I have much less control over my emotional state.

Twenge suggests that the shift from intrinsic to extrinsic goals represents a general shift toward a culture of materialism, transmitted through television and other media. Young people are exposed from birth to advertisements and other messages implying that happiness depends on good looks, popularity, and material goods. My guess is that Twenge is at least partly correct on this, but I will suggest a further cause, which I think is even more significant and basic: My hypothesis is that the generational increases in Externality, extrinsic goals, anxiety, and depression are all caused largely by the decline, over that same period, in opportunities for free play and the increased time and weight given to schooling.

How the Decline of Free Play May Have Caused a Decline in Sense of Control and in Intrinsic Goals, and a Rise in Anxiety and Depression

As I pointed out here and here—and as others have pointed out in recent popular books[5]—children's freedom to play and explore on their own, independent of direct adult guidance and direction, has declined greatly in recent decades. Free play and exploration are, historically, the means by which children learn to solve their own problems, control their own lives, develop their own interests, and become competent in pursuit of their own interests. This has been the theme of many of my previous posts. (See, for example, the series of posts on "The Value of Play.") In fact, play, by definition, is activity controlled and directed by the players; and play, by definition, is directed toward intrinsic rather than extrinsic goals

By depriving children of opportunities to play on their own, away from direct adult supervision and control, we are depriving them of opportunities to learn how to take control of their own lives. We may think we are protecting them, but in fact we are diminishing their joy, diminishing their sense of self-control, preventing them from discovering and exploring the endeavors they would most love, and increasing the odds that they will suffer from anxiety, depression, and other disorders.

How Coercive Schooling Deprives Young People of Personal Control, Directs Them Toward Extrinsic Goals, and Promotes Anxiety and Depression

During the same half-century or more that free play has declined, school and school-like activities (such as lessons out of school and adult-directed sports) have risen continuously in prominence. Children today spend more hours per day, days per year, and years of their life in school than ever before. More weight is given to tests and grades than ever. Outside of school, children spend more time than ever in settings in which they are directed, protected, catered to, ranked, judged, and rewarded by adults. In all of these settings adults are in control, not children.

In school, children learn quickly that their own choices of activities and their own judgments of competence don't count; what matters are the teachers' choices and judgments. Teachers are not entirely predictable: You may study hard and still get a poor grade because you didn't figure out exactly what the teacher wanted you to study or guess correctly what questions he or she would ask. The goal in class, in the minds of the great majority of students, is not competence but good grades. Given a choice between really learning a subject and getting an A, the great majority of students would, without hesitation, pick the latter. That is true at every stage in the educational process, at least up to the level of graduate school. That's not the fault of students; that's our fault. We've set it up that way. Our system of constant testing and evaluation in school—which becomes increasingly intense with every passing year—is a system that very clearly substitutes extrinsic rewards and goals for intrinsic ones. It is almost designed to produce anxiety and depression.[6]

School is also a place where children have little choice about with whom they can associate. They are herded into spaces filled with other children that they did not choose, and they must spend a good portion of each school day in those spaces. In free play, children who feel harassed or bullied can leave the situation and find another group that is more compatible; in school they cannot. Whether the bullies are other students or teachers (which is all too common), the child usually has no choice but to face those persons day after day.

The results are sometimes disastrous.

A few years ago, Mihaly Csikszentmihalyi and Jeremy Hunter conducted a study of happiness and unhappiness in public school students in 6th through 12th grade.[7] Each of 828 participants, from 33 different schools in 12 different communities across the country, wore a special wristwatch for a week, programmed to provide a signal at random times between 7:30 am and 10:30 pm. Whenever the signal went off participants filled out a questionnaire indicating where they were, what they were doing, and how happy or unhappy they were at the moment.

The lowest levels of happiness by far (surprise, surprise) occurred when children were at school, and the highest levels occurred when they were out of school and conversing or playing with friends. Time spent with parents fell in the middle of the range. Average happiness increased on weekends, but then plummeted from late Sunday afternoon through the evening, in anticipation of the coming school week.

As a society we have come to the conclusion that children must spend increasing amounts of time in the very setting where they least want to be. The cost of that belief, as measured by the happiness and mental health of our children, is enormous.

It is time to re-think education.

Another Way

Anyone who looks honestly at the experiences of students at Sudbury model democratic schools and of unschoolers—where freedom, play, and self-directed exploration prevail—knows that there is another way. We don't need to drive kids crazy to educate them. Given freedom and opportunity, without coercion, young people educate themselves. They do so joyfully, and in the process develop intrinsic values, personal self-control, and emotional wellbeing. That's the overriding message of the whole series of essays in this blog. It's time for society to take an honest look.

Oko Laa/Shutterstock

Source: Oko Laa/Shutterstock

In my last post I invited readers to submit their stories of self-directed education, and many of you have responded. That invitation is still open, but please respond soon. Over the next several weeks I will post essays about how children learn to read through their self-directed play and exploration, how and why they learn math, and how they develop special interests and skills that lead eventually to careers.

Stay tuned.

See new book, Free to Learn

Notes

[1] Twenge, J., et al., (2010). Birth cohort increases in psychopathology among young Americans, 1938-2007: A cross-temporal meta-analysis of the MMPI. In press, Clinical Psychology Review 30, 145-154.
[2] For references, see Twenge et al. (2004).
[3] Twenge, J. et al. (2004). Its beyond my control: A cross-temporal meta-analysis of increasing externality in locus of control, 1960-2002. Personality and Social Psychology Review, 8, 308-319.
[4] Pryor, J. H., et al. (2007). The American freshman: Forty-year trends, 1966-2006. Los Angeles: Higher Education Research Institute.
[5] Examples of such books are Hara Estroff Marano's A Nation of Wimps and Lenore Skenazy's Free Range Kids.
[6] Consistent with this claim is evidence that the more academically competitive the school, the greater is the incidence of student depression. Herman, K. C., et al. (2009). Childhood depression: Rethinking the role of school. Psychology in the Schools, 46, 433-446.
[7] Csikszentmihalyi, M., & Hunter, J. (2003). Happiness in everyday life: The uses of experience sampling. Journal of Happiness Studies, 4, 185-199.


Inara Prusakova/Shutterstock

Source: Inara Prusakova/Shutterstock

Rates of depression and anxiety among young people in America have been increasing steadily for the past 50 to 70 years. Today, by at least some estimates, five to eight times as many high school and college students meet the criteria for diagnosis of major depression and/or anxiety disorder as was true half a century or more ago. This increased psychopathology is not the result of changed diagnostic criteria; it holds even when the measures and criteria are constant.

The most recent evidence for the sharp generational rise in young people's depression, anxiety, and other mental disorders comes from a just-released study headed by Jean Twenge at San Diego State University.[1] Twenge and her colleagues took advantage of the fact that the Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI), a questionnaire used to assess a variety of mental disorders, has been given to large samples of college students throughout the United States going as far back as 1938, and the MMPI-A (the version used with younger adolescents) has been given to samples of high school students going as far back as 1951. The results are consistent with other studies, using a variety of indices, which also point to dramatic increases in anxiety and depression—in children as well as adolescents and young adults—over the last five or more decades.

We would like to think of history as progress, but if progress is measured in the mental health and happiness of young people, then we have been going backward at least since the early 1950s.

The question I want to address here is why.

The increased psychopathology seems to have nothing to do with realistic dangers and uncertainties in the larger world. The changes do not correlate with economic cycles, wars, or any of the other kinds of world events that people often talk about as affecting children's mental states. Rates of anxiety and depression among children and adolescents were far lower during the Great Depression, World War II, the Cold War, and the turbulent 1960s and early ‘70s than they are today. The changes seem to have much more to do with the way young people view the world than with the way the world actually is.

Decline in Young People's Sense of Personal Control Over Their Fate

One thing we know about anxiety and depression is that they correlate significantly with people's sense of control or lack of control over their own lives. People who believe that they are in charge of their own fate are less likely to become anxious or depressed than those who believe that they are victims of circumstances beyond their control. You might think that the sense of personal control would have increased over the last several decades. Real progress has occurred in our ability to prevent and treat diseases; the old prejudices that limited people's options because of race, gender, or sexual orientation have diminished; and the average person is wealthier than in decades past. Yet the data indicate that young people's belief that they have control over their own destinies has declined sharply over the decades.

The standard measure of sense of control is a questionnaire developed by Julien Rotter in the late 1950s called the Internal-External Locus of Control Scale. The questionnaire consists of 23 pairs of statements. One statement in each pair represents belief in an Internal locus of control (control by the person) and the other represents belief in an External locus of control (control by circumstances outside of the person). The person taking the test must decide which statement in each pair is more true. One pair, for example, is the following:

  • (a) I have found that what is going to happen will happen.
  • (b) Trusting to fate has never turned out as well for me as making a decision to take a definite course of action.

In this case, choice (a) represents an External locus of control and (b) represents an Internal locus of control.

Many studies over the years have shown that people who score toward the Internal end of Rotter's scale fare better in life than do those who score toward the External end.[2] They are more likely to get good jobs that they enjoy, take care of their health, and play active roles in their communities—and they are less likely to become anxious or depressed.

In a research study published a few years ago, Twenge and her colleagues analyzed the results of many previous studies that used Rotter's Scale with young people from 1960 through 2002.[3] They found that over this period average scores shifted dramatically—for children aged 9 to 14 as well as for college students—away from the Internal toward the External end of the scale. In fact, the shift was so great that the average young person in 2002 was more External than were 80% of young people in the 1960s. The rise in Externality on Rotter's scale over the 42-year period showed the same linear trend as did the rise in depression and anxiety.  

[Correction: The locus of control data used by Twenge and her colleagues for children age 9 to 14 came from the Nowicki-Strickland Scale, developed by Bonnie Strickland and Steve Nowicki, not from the Rotter Scale. Their scale is similar to Rotter's, but modified for use with children.]

It is reasonable to suggest that the rise of Externality (and decline of Internality) is causally related to the rise in anxiety and depression. When people believe that they have little or no control over their fate they become anxious: "Something terrible can happen to me at any time and I will be unable to do anything about it." When the anxiety and sense of helplessness become too great people become depressed: "There is no use trying; I'm doomed."

Shift Toward Extrinsic Goals, Away From Intrinsic Goals

Twenge's own theory is that the generational increases in anxiety and depression are related to a shift from "intrinsic" to "extrinsic" goals.[1] Intrinsic goals are those that have to do with one's own development as a person—such as becoming competent in endeavors of one's choosing and developing a meaningful philosophy of life. Extrinsic goals, on the other hand, are those that have to do with material rewards and other people's judgments. They include goals of high income, status, and good looks. Twenge cites evidence that young people today are, on average, more oriented toward extrinsic goals and less oriented toward intrinsic goals than they were in the past. For example, a annual poll of college freshmen shows that most students today list "being well off financially" as more important to them than "developing a meaningful philosophy of life"—the reverse was true in the 1960s and 1970s.[4]

The shift toward extrinsic goals could well be related causally to the shift toward an External locus of control. We have much less personal control over achievement of extrinsic goals than intrinsic goals. I can, through personal effort, quite definitely improve my competence, but that doesn't guarantee that I'll get rich. I can, through spiritual practices or philosophical delving, find my own sense of meaning in life, but that doesn't guarantee that people will find me more attractive or lavish praise on me. To the extent that my emotional sense of satisfaction comes from progress toward intrinsic goals I can control my emotional wellbeing. To the extent that my satisfaction comes from others' judgments and rewards, I have much less control over my emotional state.

Twenge suggests that the shift from intrinsic to extrinsic goals represents a general shift toward a culture of materialism, transmitted through television and other media. Young people are exposed from birth to advertisements and other messages implying that happiness depends on good looks, popularity, and material goods. My guess is that Twenge is at least partly correct on this, but I will suggest a further cause, which I think is even more significant and basic: My hypothesis is that the generational increases in Externality, extrinsic goals, anxiety, and depression are all caused largely by the decline, over that same period, in opportunities for free play and the increased time and weight given to schooling.

How the Decline of Free Play May Have Caused a Decline in Sense of Control and in Intrinsic Goals, and a Rise in Anxiety and Depression

As I pointed out here and here—and as others have pointed out in recent popular books[5]—children's freedom to play and explore on their own, independent of direct adult guidance and direction, has declined greatly in recent decades. Free play and exploration are, historically, the means by which children learn to solve their own problems, control their own lives, develop their own interests, and become competent in pursuit of their own interests. This has been the theme of many of my previous posts. (See, for example, the series of posts on "The Value of Play.") In fact, play, by definition, is activity controlled and directed by the players; and play, by definition, is directed toward intrinsic rather than extrinsic goals

By depriving children of opportunities to play on their own, away from direct adult supervision and control, we are depriving them of opportunities to learn how to take control of their own lives. We may think we are protecting them, but in fact we are diminishing their joy, diminishing their sense of self-control, preventing them from discovering and exploring the endeavors they would most love, and increasing the odds that they will suffer from anxiety, depression, and other disorders.

How Coercive Schooling Deprives Young People of Personal Control, Directs Them Toward Extrinsic Goals, and Promotes Anxiety and Depression

During the same half-century or more that free play has declined, school and school-like activities (such as lessons out of school and adult-directed sports) have risen continuously in prominence. Children today spend more hours per day, days per year, and years of their life in school than ever before. More weight is given to tests and grades than ever. Outside of school, children spend more time than ever in settings in which they are directed, protected, catered to, ranked, judged, and rewarded by adults. In all of these settings adults are in control, not children.

In school, children learn quickly that their own choices of activities and their own judgments of competence don't count; what matters are the teachers' choices and judgments. Teachers are not entirely predictable: You may study hard and still get a poor grade because you didn't figure out exactly what the teacher wanted you to study or guess correctly what questions he or she would ask. The goal in class, in the minds of the great majority of students, is not competence but good grades. Given a choice between really learning a subject and getting an A, the great majority of students would, without hesitation, pick the latter. That is true at every stage in the educational process, at least up to the level of graduate school. That's not the fault of students; that's our fault. We've set it up that way. Our system of constant testing and evaluation in school—which becomes increasingly intense with every passing year—is a system that very clearly substitutes extrinsic rewards and goals for intrinsic ones. It is almost designed to produce anxiety and depression.[6]

School is also a place where children have little choice about with whom they can associate. They are herded into spaces filled with other children that they did not choose, and they must spend a good portion of each school day in those spaces. In free play, children who feel harassed or bullied can leave the situation and find another group that is more compatible; in school they cannot. Whether the bullies are other students or teachers (which is all too common), the child usually has no choice but to face those persons day after day.

The results are sometimes disastrous.

A few years ago, Mihaly Csikszentmihalyi and Jeremy Hunter conducted a study of happiness and unhappiness in public school students in 6th through 12th grade.[7] Each of 828 participants, from 33 different schools in 12 different communities across the country, wore a special wristwatch for a week, programmed to provide a signal at random times between 7:30 am and 10:30 pm. Whenever the signal went off participants filled out a questionnaire indicating where they were, what they were doing, and how happy or unhappy they were at the moment.

The lowest levels of happiness by far (surprise, surprise) occurred when children were at school, and the highest levels occurred when they were out of school and conversing or playing with friends. Time spent with parents fell in the middle of the range. Average happiness increased on weekends, but then plummeted from late Sunday afternoon through the evening, in anticipation of the coming school week.

As a society we have come to the conclusion that children must spend increasing amounts of time in the very setting where they least want to be. The cost of that belief, as measured by the happiness and mental health of our children, is enormous.

It is time to re-think education.

Another Way

Anyone who looks honestly at the experiences of students at Sudbury model democratic schools and of unschoolers—where freedom, play, and self-directed exploration prevail—knows that there is another way. We don't need to drive kids crazy to educate them. Given freedom and opportunity, without coercion, young people educate themselves. They do so joyfully, and in the process develop intrinsic values, personal self-control, and emotional wellbeing. That's the overriding message of the whole series of essays in this blog. It's time for society to take an honest look.

Oko Laa/Shutterstock

Source: Oko Laa/Shutterstock

In my last post I invited readers to submit their stories of self-directed education, and many of you have responded. That invitation is still open, but please respond soon. Over the next several weeks I will post essays about how children learn to read through their self-directed play and exploration, how and why they learn math, and how they develop special interests and skills that lead eventually to careers.

Stay tuned.

See new book, Free to Learn

Notes

[1] Twenge, J., et al., (2010). Birth cohort increases in psychopathology among young Americans, 1938-2007: A cross-temporal meta-analysis of the MMPI. In press, Clinical Psychology Review 30, 145-154.
[2] For references, see Twenge et al. (2004).
[3] Twenge, J. et al. (2004). Its beyond my control: A cross-temporal meta-analysis of increasing externality in locus of control, 1960-2002. Personality and Social Psychology Review, 8, 308-319.
[4] Pryor, J. H., et al. (2007). The American freshman: Forty-year trends, 1966-2006. Los Angeles: Higher Education Research Institute.
[5] Examples of such books are Hara Estroff Marano's A Nation of Wimps and Lenore Skenazy's Free Range Kids.
[6] Consistent with this claim is evidence that the more academically competitive the school, the greater is the incidence of student depression. Herman, K. C., et al. (2009). Childhood depression: Rethinking the role of school. Psychology in the Schools, 46, 433-446.
[7] Csikszentmihalyi, M., & Hunter, J. (2003). Happiness in everyday life: The uses of experience sampling. Journal of Happiness Studies, 4, 185-199.

02 Nov 12:15

AEP : O futuro da “droga milagrosa” da USP

Recentemente, a Universidade de São Paulo e toda a sociedade se depararam com um caso surreal na história da medicina. Uma droga não aprovada, sintetizada na instituição, passou a ser pedida na Justiça com causas ganhas. Tudo começou com um especialista do Instituto de Química da USP de São Carlos que distribuía de modo autônomo o composto com ação anticâncer produzido por ele: a fosfoetanolamina sintética.

A droga foi testada em laboratório e em ratos e teve comprovada ação antitumoral. Seus efeitos, no entanto, ainda não foram testados em humanos e nem passaram pelos testes necessários para que a legislação brasileira aprovasse o composto. Por isso, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu sua distribuição.

Mas muitos pacientes que se utilizavam do composto foram à Justiça pedir o direito de continuar a terapia e estão ganhando. A USP está obrigada a entregar a droga pelo correio, mas como nem foram concluídos os testes clínicos, não pode se responsabilizar pelo composto. E agora? As pessoas que estão tomando o remédio receberão suporte dos pesquisadores ou da rede pública para avaliar os efeitos reais da substância? A droga será finalmente testada nos moldes requeridos pelo protocolo científico?

Para discutir essas questões, Saúde!Brasileiros entrevistou o oncologista Paulo Hoff, 47 anos. Renomado internacionalmente, Hoff é diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e da Oncologia do Hospital Sírio-Libanês (onde participou das equipes que cuidaram do ex-presidente Lula, de Alencar e Dilma).

Também é professor de oncologia da Faculdade de Medicina da USP e esteve à frente de iniciativas que geraram o programa de incentivo fiscal a projetos contra o câncer (Pronom) e o programa estadual que aumentou a oferta de medicamentos de alto custo contra o câncer no SUS em São Paulo.

Saúde!Brasileiros – Centenas de pessoas com câncer estão tomando o remédio produzido em São Carlos. O que se pode fazer daqui para a frente para testar a droga e dar suporte aos pacientes?  

Dr. Paulo Hoff – É surreal o que está acontecendo no Brasil hoje. E é muito triste, infelizmente, ver a reação de algumas pessoas que pensam que investigadores e instituições sérias teriam a cura do câncer e não a disponibilizam para continuar ganhando dinheiro das pessoas. Na minha opinião, só há uma coisa a fazer.

Dar um passo atrás e fazer os estudos clínicos que precisam ser feitos. O pior que pode acontecer é se manter esta obrigação que está se colocando sobre a Universidade de São Paulo (USP) de prover uma medicação sem nenhuma prova de segurança ou eficácia em humanos. Acredito que USP, como instituição, é contra e está distribuindo o remédio por força de liminares. Conversei com o reitor (Marco Antônio Zago) e ele está profundamente chateado sobre o modo como esse processo está evoluindo. 

Remédio é produzido em São Carlos e distribuído por ordem judicial. Foto: Wikimedia Commons

Remédio é produzido em São Carlos e distribuído por ordem judicial. Foto: Wikimedia Commons

Como deve evoluir toda essa questão?

Aí vem minha preocupação. Hoje, quinta-feira (29), haverá uma audiência pública no Senado sobre isso. Está se falando em passar uma lei no Senado e na Câmara autorizando a distribuição desse remédio sem passar pelo crivo da Anvisa. Isso é uma forma de se desmontar e tirar a autoridade do órgão máximo sanitário brasileiro.

A Anvisa possui um corpo de funcionários extremamente qualificados, que quer fazer as coisas direito, e toma decisões dificílimas sobre medicações. Podemos, certamente, discutir se ela está certa ou errada em determinadas situações…se o tempo de avaliação é longo, se os critérios são razoáveis.

Eu mesmo vou à Brasília e brigo muito por prazos mais curtos e maior acesso aos remédios. Mas penso que se desmoralizarmos a Anvisa, isso vai virar uma terra de ninguém. Além de termos a obrigação de valorizar uma agência que tem se mostrado extremamente profissional, o que vai impedir as pessoas de quererem que o SUS pague e distribua, no futuro, outras terapias que não tem prova de benefício, como o cogumelo do sol ou a babosa?

O que o Sr. espera dessa audiência pública?

Eu gostaria imensamente que a oportunidade fosse utilizada para um debate construtivo, em profundidade, sobre o desenvolvimento de novos fármacos no Brasil. Poderia se aproveitar a oportunidade para avançar na harmonização do Projeto de Lei do Senado 200, que justamente visa simplificar a aprovação de pesquisas no Brasil. Isso poderia facilitar que situações como essa possam ser resolvidas com estudos clínicos rapidamente.

Hoje, nosso desenvolvimento de medicamentos e a regulação da pesquisa é centrado na industria farmacêutica, algo que é muito frequente, mas não exclusivo. Não podemos esquecer que existe um outro tipo de pesquisa, acadêmica, como essa em questão, que é de baixo custo. Esta pesquisa, de baixos recursos, é muito difícil com a regulamentação atual. O Senado poderia avançar nessas questões nessa quinta-feira. Seria um bem para o País e para todos os pacientes.

Na sua visão, o que houve de errado nos testes realizados com o remédio dos pesquisadores de São Carlos?

O maior problema é que esse remédio não foi suficientemente testado. No momento em que os pesquisadores tinham os estudos pré-clínicos (feitos com linhagens celulares e pequenos animais), eles deveriam ter prosseguido com estudos de farmacocinética e farmacodinâmica, e testes iniciais em humanos que comprovassem sua segurança e eficácia. Mas a informação disponível indica que por encontrar dificuldades neste planejamento, eles não realizaram os testes.

Apesar disso, começaram a distribuir o remédio. Não poderiam. É uma obrigação das agências sanitárias no mundo inteiro proteger os pacientes de situações em que possam ser expostos a produtos sem comprovação de eficácia ou sem avaliação de risco, porque o paciente não tem como fazer esse julgamento.

 Sem nenhum estudo em humanos, a droga foi e está sendo usada para qualquer tipo de câncer, em qualquer estágio. É injusto com a droga, porque mesmo que ela tenha alguma eficácia, não vai funcionar para todo mundo, é injusto com os pacientes, porque está se dando a eles e aos seus familiares uma esperança sem nenhum embasamento técnico. E é ruim para o País como um todo porque enfraquece a estrutura de vigilância sanitária e desmoraliza a ciência médica nacional.

Como deveriam ter sido feitos os testes?

Desde o final da primeira metade do século passado a medicina tem sistematizado o desenvolvimento de novos medicamentos. O modelo foi testado inúmeras vezes, e sua aceitação é universal. O protocolo científico deveria ter sido seguido para sabermos primeiro se a droga é segura, e qual a dose adequada. Num segundo momento se avalia a eficácia e contra quais tipos de câncer o produto deve ser utilizado (leia abaixo Como são testados os remédios).

O pesquisador Paulo Hoff diz mais testes são necessários. Foto: William Pereira/Divulgação

O pesquisador Paulo Hoff diz mais testes são necessários. Foto: William Pereira/Divulgação

 Um remédio pode funcionar para todos os tipos de câncer, como se comenta sobre a fosfoetanolamina sintética? 

Não é razoável imaginar que um remédio sozinho será bom para todos os tipos de câncer. Infelizmente, por mais que a gente adore a ideia da cura do câncer, não se trata de uma única doença. Por exemplo, o câncer de mama não tem nada a ver com o linfoma em termos de alterações moleculares que levaram ao surgimento da doença, em termos de evolução da doença e de tratamento. O câncer na realidade reúne mais de 100 doenças, agrupadas porque têm causas similares e uma evolução clínica parecida, mas não são a mesma doença. Outro ponto perdido na discussão é que, embora o câncer seja um doença horrível, com alta mortalidade, e muito mais precise ser feito, mais da metade dos pacientes com câncer são curados com a tecnologia atual.

Pode ser que o remédio seja adequado apenas para algumas pessoas?

Não temos como responder esta pergunta de maneira definitiva, mas sim, teoricamente é possível que beneficie algum grupo de pacientes. No entanto, posso dizer que se funcionar não será para todos. Sei que há pacientes relatando melhoras, mas não podemos esquecer que existem outros fatores que podem estar influenciando estes relatos. Por exemplo, é bem reconhecido que existe o efeito placebo. Em todo estudo que compara um tratamento com placebo, aparecem pessoas, ainda que muito raramente, que se beneficiam do placebo, que é reconhecidamente inativo. 

Em algumas raras situações, há regressão espontânea dos tumores. O número destes casos é muito baixo – estamos falando de menos de 1% dos casos, mas existe. Além disso, há casos em que a pessoa tinha outro tipo de tumor. E pode ser ainda que o fato de usar uma terapêutica com pouca toxicidade faça com que o paciente se sinta melhor em termos gerais, não necessariamente do câncer. Pode ser, finalmente, que o remédio funcione. Como você vai saber qual dessas opções é a verdadeira? Fazendo um estudo clinico. 

O uso desse remédio pode atrapalhar o tratamento de pacientes em estágio adiantado da doença? 

Pelo que tenho lido e ouvido, a maioria das pessoas toma o remédio com a doença em situação muito avançada, em que dificilmente algum medicamento funcionaria. Mas há também gente em estágio mais inicial que está deixando de fazer um tratamento eficiente e curativo para tomar esse remédio. Isso é um perigo. Além de dúvidas sobre a eficácia, não sabemos como é a absorção desse produto, sua farmacocinética em humanos, se há interação medicamentosa, ou o impacto de toxicidade. Na realidade, não sabemos nem a melhor dose a ser dada em seres humanos. Está sendo dada uma dose baseada em estudos com ratinhos. Nunca se deve basear a dose final a se utilizada num ser humano em estudos de animais. Usualmente há um estágio intermediário, com animais de maior porte, como macacos, cachorros, e ai sim se determina a dose inicial em humanos, a ser testada em estudo de fase 1. 

Como é polêmica essa situação…Pessoas em fase terminal querem ter direito de acesso ao que puderem na tentativa de preservar a vida.

Claro que é polêmico. Quem não buscaria seja o que for para melhorar a situação de um ente querido? Só que a história está cheia de remédios milagrosos que não ajudaram, ou até pioraram os pacientes.Se discordamos do modo como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária está atuando na regulação dos medicamentos no Brasil, temos que discutir sua atuação. Isso é legítimo. Suprimi-la, principalmente quando ela tem razão, não é legítimo.

Se o indivíduo quer fazer uma terapia alternativa, quer se dedicar à reza ou cientologia (que não aceita remédios), acho que é um direito individual, protegido pela autonomia da pessoa, e no geral isso deve ser respeitado. Mas o Estado tem obrigações também, inclusive de proteger o indivíduo nas situações em que há risco, ou falta de informação. As agências de vigilância surgiram justamente porquê o acesso indiscriminado a produtos não testados adequadamente já causaram grandes desastres, com grande sofrimento humano. Basta lembrar da talidomida utilizada por mulheres grávidas, gerando bebês com graves deficiências físicas. Neste caso, da fosfoetanolamina sintética, não sabemos o que vai acontecer. Não estou passando nenhuma ideia sobre a eficácia ou segurança desse produto. Afinal, não tenho como saber. O que eu sei é que ele não teve o desenvolvimento clínico como deveria.

Na prática, quais avanços foram feitos no estudo dessa droga?

Há anos dissemos que era necessário fazer estudos clínicos adicionais, mas eles não foram realizados. A maior parte do grupo de São Carlos é composta por químicos. Entendo que não tenham know-how, mas existem grupos que poderiam ter ajudado. Na prática, não vejo nenhum avanço recente.

Alguma instituição não deveria dar suporte às pessoas que estão tomando a droga de São Carlos?

Essa é uma proposta muito complicada. Essas pessoas devem ter médicos, e quando você está acompanhado por um médico, ele e sua instituição normalmente assumem a responsabilidade pelo que está sendo feito. No entanto, muita gente decide tomar o produto em questão por conta própria, e o médico não pode impedir essa escolha. Individualmente, eu não posso criticar as pessoas que já esgotaram suas opções terapêuticas e querem tomar esse remédio. É uma esperança para elas. Mas o médico não pode ser responsabilizado nesta situação, já que a decisão do uso não foi dele. Mais complicado ainda seria incumbir uma instituição de acompanhar um tratamento que ela não recomenda.

Infelizmente, esta e outras situações mostram que mesmo a nossa elite intelectual não costuma ter uma formação suficientemente adequada em metodologia científica. O que vemos foi que uma parte do nosso judiciário, e mesmo parte do sistema científico, falham ao avaliar a situação. Alguém deveria ter chamado o Prof. Gilberto anos atrás e dizer a ele que não poderia distribuir esse remédio sem as avaliações adequadas. O remédio é bom? Vocês acreditam? Então seria o caso de perder um tempo fazendo os ensaios clínicos, mas depois o remédio poderia ser utilizado e até exportado, caso realmente funcione. 

Qual é a repercussão do caso e do potencial da droga na comunidade científica internacional?

Esse barulho todo é nacional. No mundo, surgem “curas” para o câncer todo o tempo. Em 1998, por exemplo, durante um jantar de final de ano em Nova York, um dos descobridores do DNA, James Watson, disse a uma jornalista da revista Time que Judah Folkman, um cirurgião pediátrico do Children’s Hospital, da Universidade de Harvard, iria curar o câncer em pouco tempo. Em laboratório, ele estava dando dois produtos para ratinhos com câncer, a endostatina e a angiostatina, todos se curavam. Todos. Funcionou muito melhor do que qualquer outro produto que tinha sido avaliado até o momento.

A Time fez uma reportagem de capa, e houve um clamor popular por acesso às “drogas milagrosas”. O governo americano enfrentou naquele momento uma celeuma parecida com essa nossa agora, em relação a fosfoetanolamina sintética. Não houve distribuição generalizada, mas prontamente o governo colocou fundos para fazer os estudos. Três centros foram selecionados para fazer esses testes e eu estava em um deles. Onde estão essas drogas hoje? Na época, os pesquisadores chegaram a receber ameaças de morte de familiares de pacientes que queriam o remédio. Mas eles simplesmente não funcionaram em humanos.

Como médico, o que você diz aos pacientes que pedem o remédio?  

Eu digo o tempo todo aos meus pacientes que pedem, especialmente os que não tem mais opção terapêutica, que entendo perfeitamente que eles queiram procurar este ou outros tratamentos alternativos quando não temos uma boa opção a oferecer. Eu me coloco à disposição para dar apoio, mas não recomendo. Se quiser fazer, infelizmente o paciente está assumindo o risco dessa terapia. Do ponto de vista científico, não há como endossar um tipo de terapêutica que não tem validação e da qual não sei os efeitos colaterais.

“O Sírio quis fazer estudos, mas não houve acordo”

Circula na rede uma carta do Hospital Sírio-Libanês declarando não ter interesse no desenvolvimento da droga. O Sr. dirige a Oncologia do hospital. Por que não tiveram interesse?

Já recebi essa carta mais de uma vez no celular durante esta semana. Em fevereiro de 2009, tivemos uma reunião com o professor Gilberto e seu grupo no Sírio, e discutimos a ideia de fazer um desenvolvimento clínico adequado do produto. O Sírio-Libanês se dispunha a bancar esse desenvolvimento. 

E o que aconteceu?

Nós não conseguimos chegar num acordo. 

Sobre valores?
Não. Havia um desacordo que se mostrou impossível de superar sobre quais eram os passos a seguir. Eu participei da reunião na qual insistimos queríamos fazer um desenvolvimento como qualquer outra medicação a ser utilizadas em humanos. Insistimos ainda que a droga precisaria ser fabricada em condições de boas práticas laboratoriais. Hoje, a medicação está sendo produzida num laboratório de química, numa bancada. Não segue nenhuma regulação sanitária.

O Sírio-Libanêsentão desistiu? 

Depois dessa discussão, na qual não conseguimos chegar a um acordo sobre como desenvolver a medicação, abandonamos a ideia. E aí mandamos uma carta dizendo que não teríamos mais interesse em desenvolver a medicação porque não tínhamos chegado a um acordo sobre como fazê-lo. Me parece que essa carta é um dos materiais que estão sendo distribuídos para evidenciar a falta de interesse das instituições na pesquisa desse remédio e validar o discurso de que ninguém quis desenvolver o produto. Não é verdade: nós queríamos, mas não houve acordo.

As etapas para testar um medicamento

Como é o protocolo de testes de uma nova droga?

Você parte de um produto que quer investigar. Existem duas maneiras de se identificar um candidato. Empiricamente, se procura algo que na natureza é venenoso, ou algo que alguém já identificou como sendo um bom remédio – de repente, você está na Amazônia e um pajé diz que uma substância é boa. A segunda maneira é o desenvolvimento racional, mais comum hoje em dia. Se identifica um mecanismo de ação do tumor, e prepara-se um produto ou molécula para atuar sobre aquele mecanismo.

Inicialmente, você ministra a substância a células de câncer no laboratório (in vitro), e vê se produziu ação. Se teve, você continua evoluindo e eventualmente chega no segundo estágio, que é usar em tumores implantados em seres vivos. Mas começa com animais de pequeno porte. Em geral, ratinhos.

Os pesquisadores de São Carlos, coordenados pelo professor Chierice, foram até esse estágio. 

Sim. Mas é necessário fazer muitos outros testes para saber se a droga funciona ou não em humanos.

Quais outros testes são necessários?
Se em ratinhos você demonstrou que a substância tem atividade, o próximo passo é fazer o desenvolvimento em animais de maior porte. Normalmente, nesse momento se requer que sejam feitos exames de farmacocinética e farmacodinâmica.

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Pode explicar o que são esses testes?

É dar o produto para o animal, por via oral ou injetável, e ver como é a interação do produto com o seu organismo. Se eu der 1 mg do produto, quanto será é absorvido e quanto será excretado? A substância é eliminada pelo fígado ou pelo rim? Se o animal receber produto em excesso, o que pode acontecer? Em geral, esse tipo de estudo é feito em animais de porte intermediário, como o macaco Rhesus ou cachorrinho beaggle.

E depois, como são os experimentos em humanos?  

A Fase 1 em seres humanos é feita para avaliar a farmacocinética e a farmacodinâmica do produto, porque o animal não é exatamente igual a nós. Assim, o que foi feito em animal se repete em seres humanos, mas já com uma noção um pouco melhor de como é o metabolismo do medicamento e qual é a reação de um organismo vivo. Se o remédio for para a Fase 2, ela determinará onde a medicação será útil, isto é, se ela funciona para tratar determinada doença, e também obter informações mais detalhadas sobre a segurança (toxicidade).

Se passar para a Fase 3, poderá ser comparado com o tratamento padrão existente. Geralmente, os pacientes são divididos em dois grupos: o grupo controle (recebe o tratamento padrão) e o grupo investigacional (recebe a nova medicação). Posteriormente, há estudos para acompanhar os efeitos do medicamento a longo prazo após o produto ser comercializado.

Tags: fosfoetanolamina, Paulo Hoff, Senado, usp
01 Nov 19:02

16 Delightfully Creative Ways To F**k With Your Cat




01 Nov 15:06

AEP : Três fatos incríveis sobre Ernest Hemingway

Considerado o maior escritor americano de todos os tempos, Ernest Hemingway completaria 116 anos hoje. Ganhador do Prêmio Pulitzer de 1953 e do Nobel de Literatura do ano seguinte, ele escreveu romances, livros de não ficção, coletâneas de contos e livros-reportagem.

Na categoria reportagens, suas duas obras estão esgotadas nas livrarias tradicionais, mas podem ser encontrados na Estante Virtual.

Tempo de viver

Tempo de viver vida de Ernest Hemingway

Veja o livro

Tempo de morrer

Tempo de Morrer vida de Ernest Hemingway

Veja o livro

Pouca gente sabe é que a vida do escritor foi repleta de fatos tão incríveis quanto o seu talento. São episódios de aventura, heroísmo, tristeza e solidão.  Hemingway é um desses raros casos em que a realidade é ainda mais incrível que a ficção.

Ernest Hemingway foi um bastardo inglório

Assim como o personagem de Brad Pitt no filme de Quentin Tarantino, Hemingway também liderou seu time de soldados rebeldes à caça de nazistas em plena Paris ocupada. Servindo como correspondente na Segunda Guerra, ele removeu sua insígnia de não-combatente e se fez passar por coronel. Ele foi acusado de crimes de guerra pela Convenção de Genebra quando ele liderou uma milícia francesa numa batalha contra os nazistas. No fim do julgamento, ele não foi condenado e alegou que apenas aconselhava a milícia e que o “coronel” atribuído pelos soldados era apenas um “título afetuoso”.

De acordo com o autor, ele e sua unidade foram os primeiros a entrar na cidade durante a libertação de Paris, retomando o Hotel Ritz do controle nazista um dia antes da força aliada chegar à capital francesa.

Ernest Hemingway foi um espião soviético

Nos últimos anos de sua vida, os poucos amigos começaram a suspeitar que Ernest Hemingway estava ficando paranóico. O autor viva tenso, afirmando que o FBI estava espionando sua vida. Ele chegou até a ser tratado com eletrochoque, seguindo recomendações médicas. Ao todo, foram 15 sessões. Tempos depois foi revelado que ele realmente estava sendo vigiado por ordem de J. Edgar Hoover, diretor do FBI. Mas as reviravoltas não param por aí. Em 2009, o livro Spies: The Rise and Fall of the KGB in America revelou que o FBI tinha razão em espionar o escritor: ele realmente estava na lista dos agentes da  KGB nos Estados Unidos. Baseado nas  notas de um oficial do serviço de espionagem russo, o livro revela que Hemingway foi recrutado em 1941 antes de fazer uma viagem à China. Seu codinome era “Argo”.

Ernest Hemingway foi um verdadeiro Highlander

Hemingway  era duro na queda. Sua lista de infortúnios era quase tão grande quanto sua bibliografia. Ele sobreviveu ao antrax, à malária, à pneumonia, ao câncer de pele, à hepatite e a diabetes. E essas foram apenas as doenças.

Em 1954, na África, Hemingway quase morreu em dois acidentes de avião em dois dias seguidos. Ele havia contratado um voo turístico sobre o Congo como presente de natal para sua esposa Mary. Ao sobrevoar as cataratas Murchison, o avião bateu numa torre de energia e caiu. O autor ficou ferido na cabeça e sua esposa quebrou duas costelas. No dia seguinte, tentando chegar ao hospital em Entebbe, eles embarcaram num segundo avião que explodiu ao decolar. O escritor sortudo sofreu queimaduras e uma segunda concussão, essa mais grave. Quando eles finalmente chegaram à cidade, encontraram jornalistas fazendo a reportagem sobre a sua própria morte. Ele disse aos repórteres que passaria “as próximas semanas se recuperando e lendo seus obituários equivocados”.

Como um bom Highlander, a imortalidade de Hemingway encontrou seu fim como uma decapitação. Em 2 de julho de 1961, ele se matou com um tiro de espingarda favorita (comprada numa loja Abercrombie & Fitch. Sim, aquela mesma). O resultado foi devastador. Ele explodiu a própria caixa craniana por completo.

Ao fazer isso, o autor destruiu os demônios da depressão, da insegurança e do alcoolismo que o atormentavam há décadas. Além de uma vida de imensas conquistas literárias e aventuras cinematográficas, o suicídio de Hemingway trouxe um trágico contraponto à celebração de uma vida marcada pelo reconhecimento artístico de um dos mais influentes escritores do século XX.

Confira todos os livros do Ernest Hemingway aqui.

 Qual sua obra favorita de Ernest Hemingway? Deixe sua opinião e participe da conversa. 

31 Oct 02:05

Viva Intensamente # 231

by Will Tirando

cão cachorro espaço foguete marte urina marcar território nasa robô

31 Oct 02:03

AEP : O "tu" está saindo do vocabulário dos gaúchos?

Pergunte ao Google: “Como falar com sotaque gaúcho?”. Um dos primeiros resultados sugeridos pelo buscador, provavelmente, será um site que oferece um breve tutorial com dicas específicas para falar como um sulista. Clique. O primeiro item é: “Use o tu na gramática, gaúchos não falam você”.


 
Há algumas semanas, um post no Facebook do jornalista André Benedetti, 39 anos, causou burburinho na rede social sobre o uso do pronome da segunda pessoa no sul do país. O morador de Caxias do Sul escreveu que seus filhos e as crianças com quem ele convive têm o hábito de usar o “você”. Não demorou para que outras pessoas se identificassem com a situação. Estava lançada a polêmica: estaria o gaúcho abrindo mão do “tu”?

Benedetti conta que, quando os dois filhos, Guilherme, cinco anos, e Felipe, três, estavam aprendendo a falar, usava o pronome “você” ao se dirigir aos meninos por ser “mais carinhoso”, soar mais leve e para fugir dos erros gramaticais – no dia a dia, pecamos ao utilizar o “tu” com o verbo na terceira pessoa do singular.

– Mas sempre fui um defensor de falar “tu”, achava bonito manter, é parte da nossa identidade – ressalta Benedetti.

“Sou 100% a favor de usar misturado: ‘tu vai, tu foi’”, diz Luís Augusto Fischer

Ele e a mulher admitem que já aderiram ao pronome da terceira pessoa para falar com os guris. “Culpa” de um mundo cada vez mais conectado e comunicativo.

– Acho que as pessoas estão escrevendo muito mais, todo mundo passa o dia digitando. O perfeccionismo e o politicamente correto da escrita estão levando as pessoas a falarem “você” para não conjugarem o verbo de maneira errada – opina.

O primeiro comentário na publicação de Benedetti foi o da analista de marketing Renata Gravina, 43 anos: “Esta semana, ainda brinquei com o Pedro (seu filho de 13 anos): que ‘você’ o quê, guri, fala direito, que tu é gaúcho”.

– Pelo WhatsApp e nas redes sociais, ele só fala “você”, e até abrevia para “vc” às vezes – diz.

O debate que começou no Facebook foi parar em um grupo de WhatsApp de 15 mães que moram na Capital. A médica Beatriz Luzardo Cardoso, 44 anos, enviou para as amigas uma mensagem de áudio contando a experiência que teve com a filha Maitê, quatro anos. Natural de Alegrete, Beatriz ouvia a filha, que então tinha dois anos e meio, usar o “você” em casa. Até a família, na Fronteira, perguntou o porquê de a menina, que ainda aprendia a falar, usar o pronome da terceira pessoa com os parentes.

– Achamos bonitinho primeiro, mas logo começaram a dizer: “Vocês estão ensinando essa criança errado?”– recorda.

A verdade sobre o trecho do hino gaúcho que os deputados cortaram há 50 anos

Poderia ser a Netflix, que Maitê já sabia dominar para assistir aos desenhos preferidos? Ou uma colega de aula que veio de São Paulo? Seria uma orientação das professoras de Educação Infantil para falar com as crianças? A mãe foi até a escola perguntar.

– A professora daquele ano confirmou que muitas vezes usava o “você” para não correr o risco de apresentar a linguagem de uma forma errada para as crianças. É pernóstico conjugar a segunda pessoa, soa forçado, então, a gente acaba falando errado no dia a dia. O “você” não é o habitual aqui do Sul, mas é mais fácil de conjugar – aponta Beatriz.

– Parece que está se perdendo a identidade do gaúcho quando ouvimos, né? – acrescenta o pai, o servidor público Rogerio Vargas, 47 anos.

Hoje mais falante, com um vocabulário maior, Maitê já não destoa da família
alegretense.

– Ela usa o “tu”– informa a mãe, bem-humorada.

Influências e tradição

Na escola de Educação Infantil do bairro Menino Deus que Maitê frequenta, a pedagoga Larissa Vargas, 25 anos, diz que não há orientação específica para os professores sobre o uso de pronomes como o “tu” e o “você” em sala de aula. Para os alunos de até seis anos, que ainda não estão na fase de alfabetização, a prioridade é ensiná-los como se comunicar. A conjugação dos verbos merece cuidado das professoras, mas nada que imponha ou desincentive o uso da linguagem coloquial.

– Não corrigimos quando a criança usa o “você” ou o “tu”. Cada família tem o próprio jeito de educar os filhos, então, não há regra – completa Larissa, que aponta os desenhos animados, dublados no sudeste do Brasil, como uma possível influência. – Os pais geralmente falam “tu”. O “você” vem mais da TV.

Há escolas que fazem questão de reforçar a tradição. No Colégio Anchieta, os livros dos anos iniciais são escritos com a conjugação do verbo na segunda pessoa.

– Para poder atender a essas questões características da linguagem, do 1º ao 4º ano, o material produzido aqui na escola usa o “tu”, para manter a característica da nossa cultura – explica Doris Trentini, coordenadora-geral do serviço de pedagogia.

Confira: 50 erros de português mais comuns no mercado de trabalho

Por lá, a professora diz que ainda não percebeu um uso significativo do “você” por parte dos alunos.

Ana Rangel, coordenadora do curso de Pedagogia da UniRitter, notou a diferença em casa e recorda que, há 15 anos, era mais difícil ouvir o “você” no Rio Grande do Sul. Ela acredita que o Estado está mais multicultural, o que pode contribuir para as mudanças na linguagem.

– A criança vai aprender as variações da língua com pessoas que são importantes para ela e com as quais convive no dia a dia, como professores e família, mas é especialmente influenciada pelos colegas – completa. 

Sinais de mudança

O “tu” chegou com os portugueses, é o pronome mais conservador e antigo da língua. O “você” vem do pronome de tratamento Vossa Mercê, que, com o passar do tempo e o uso por diferentes grupos, transformou-se em “vosmecê” e, consequentemente, “você” – em algumas regiões, é crescente o uso do “cê”. Essa transformação é chamada de erosão fonética. Algumas partes do país começaram a usar de maneira mais rápida
o “você”, outras, como o Sul, mantiveram o “tu”.

– O que mais acontece em qualquer língua é a criação de formas distintas de gramática. As regiões têm seus limites geográficos e elementos que influenciam a linguagem, como imigração e contatos linguísticos com outros povos. É difícil precisar o que determina o uso de uma forma e outra em cada uma – diz o professor e pesquisador em linguística da UFRGS Marcos Goldnadel.

A pergunta que começou no Facebook pode apontar uma mudança mais ampla da linguagem, um fenômeno que acontece com o passar do tempo e independe da vontade de manter as tradições. Isso quer dizer: não só o “tu”, mas outras expressões irão se adaptar ao novos tempos.

– Um dos critérios usados especialmente em estudos da sociolinguística para identificar se há uma mudança efetiva na língua é fazer uma comparação a respeito do modo como fala cada geração. Se os mais velhos usam uma forma e os mais novos começam a implementar uma forma diferente, é um bom sinal de mudança linguística – acrescenta Goldnadel.

Forma mais respeitosa

Pesquisadores da área de linguística como Gabriel Othero, do Instituto de Letras da UFRGS, desmitificam que aqui no Rio Grande do Sul o “tu” é estritamente soberano. Desde a década de 1970, o “você” era pouco usado na região, mas, gradativamente, o processo que começou no Paraná, avançou por Santa Catarina e já chegou por aqui pode, no futuro, mudar a ideia de que gaúcho só usa o “tu”. Sim, o “você” está cada vez mais comum, principalmente na Capital. Essas transformações na linguagem são documentadas pelo grupo de pesquisa que reúne quatro universidades do sul do país, o Variação Linguística na Região Sul do Brasil (Varsul).

– Em 2015, já vemos crianças usando mais o você do que a geração que nasceu na década de 1970 e 80, mas o “tu” ainda predomina – esclarece Othero, que concorda com a pedagoga Larissa Vargas e a mãe de Maitê, Beatriz: além da facilidade na conjugação verbal, pesa a favor do “você” a maciça presença de produções de Rio e São Paulo na programação de TV.

–  Para tratar uma pessoa de maneira mais respeitosa, é comum usar o você. O “tu” ficou para o dia a dia – completa.

Alternância de pronomes

Rosemari Lorenz Martins, professora do mestrado profissional em Letras da Feevale, coordenou uma pesquisa tendo por base textos produzidos por alunos da universidade. Detectou-se a alternância entre o uso dos dois pronomes – no mesmo texto, aparecem “você” e “contigo”, por exemplo. Mas ela faz uma ponderação:

– Linguisticamente, falar “tu veio” não está errado. Escrever assim em um texto acadêmico já não é adequado.

Cláudio Moreno, professor de Língua Portuguesa:

"O "tu" gaúcho está agonizante, mantido só à base de aparelhos. A dificuldade em conjugar a 2ª pessoa do singular é sintoma, e não causa. Na verdade, está havendo uma "concertação” nacional: usamos o TU e o VOCÊ com o verbo na terceira do singular (os gaúchos aqui fazem feio), e os pronomes TE, TI, TEU e TUA para qualquer interlocutor, independentemente de o chamarmos de TU ou VOCÊ (“Você precisa entender que eu TE amo”, “Se você não se cuidar, a aids vai TE pegar”– aqui,
o resto do Brasil é que faz feio)."

13 Oct 02:17

AEP : The Worst of the Autism Biomed Movement: Bleach, Castration and Death

EDTA

Few things about quackery are more disgustingly horrible than when deluded parents (who know hardly anything about medicine or science) subject their children to dangerous substances that risks their health or even their life. It is understandable that parents who discover that their child has severe autism may become desperate and wants to do everything in their power to help. However, these people are also at their most vulnerable for being exploited by pseudoscientific nonsense and they can cause a lot of harm.

This article covers several of the most dangerous elements of the multi-million dollar industry known as the autism biomedical movement: chlorine dioxide bleach, chemical castration, hyperbaric oxygen chamber and chelation. Parents should never be allowed to sacrifice the health of innocent children for the benefit of pseudoscientific quackery.

Chlorine dioxide bleach

A very popular quack “treatment” for autism is known as miracle mineral solution. Do not be fooled by the name, it is nothing miraculous with it and it does not have any health benefits that the word mineral might suggest. It is based on an industrial bleach called chlorine dioxide that is used in pulp mills. Yes, that’s right; these quacks force bleach into the their autistic children, both orally and anally. Needless to say, this has no benefit and damages the child.

They will quickly try to defend this by saying that chlorine dioxide cannot be part of the chemical group know as chlorine bleaches since it is not exactly the same as household bleach (sodium hypochlorite). But a basic understanding of chemistry reveals that there chlorine bleach substance family has more than one member and that chlorine dioxide is bleach. Furthermore, the concentrations used by these quacks are 3000x higher than the maximum allowed concentration in drinking water.

Chemical Castration with Lupron

Other autism quacks, such as Mark and David Geier, inject autistic children with a drug called Lupron, which is a substance used to chemically castrate sex offenders. Their false belief is that the preservative thimerosal (which only occurs in some multi-dose preparations of influenza vaccines) binds to testosterone, and if you get rid of testosterone by chemical castration (called the Lupron Protocol), you will also get rid of thimerosal and thereby cure or treat autism.

Let us repeat that one more time: these quacks chemically castrate children with autism without any scientific evidence whatsoever that it works.

Hyperbaric oxygen chamber

If a diver ascends quickly, dissolved gases can form bubbles and harm various parts of the body (decompression sickness). To combat this, a person suffering from the symptoms of decompression sickness can be played in a hyperbaric oxygen chamber. This is now rare to due to the development of decompression techniques used by divers.

However, hyperbaric oxygen chambers have recently become very popular in alternative medicine circles where it promises, without any evidence whatsoever, to cure all kinds of conditions from HIV infection, cancer, depression, heart disease, injuries to the spinal cord and autism. The FDA has received around 30 complaints during the past three years and many more have probably not been reported.

Intravenous chelation with EDTA that have killed

Yet other autism quacks try to handle these alleged “heavy metal contamination” by injecting a chelating agent called ethylenediaminetetraacetic acid (EDTA). The medical use of EDTA is, among others, to sequester metal ions such as lead and mercury. However, since autism is not caused by heavy metal poisoning, this does not have any therapeutic effect whatsoever. However, it can have another dangerous effect: it can sequesters calcium ions that has a vital function in the human central nervous system and if strongly perturbed, this can cause death. This is mitigated by using CaEDTA, thereby replenishing the body with calcium at the same time.

Sadly, one cannot guarantee that quacks understand this simple chemistry fact. In an enormously tragic event in 2005, a child with autism was injected with Na2EDTA instead of CaEDTA and died as a result:

In August 2005, a boy aged 5 years with autism died while receiving IV chelation therapy with Na2EDTA in a physician’s office. During the chelation procedure, the mother noted that the child was limp. The physician initiated resuscitation, and an emergency services team transported the child to the hospital. At the emergency department (ED), further resuscitation was attempted, including administration of at least 1 and possibly 2 doses of IV calcium chloride. Subsequently, the boy’s blood calcium level was recorded in the ED as 6.9 mg/dL. The child did not regain consciousness. The coroner examination indicated cause of death as diffuse, acute cerebral hypoxic-ischemic injury, secondary to diffuse subendocardial necrosis. The myocardial necrosis resulted from hypocalcemia associated with administration of Na2EDTA.

Conclusion

Autism quackery is scientifically flawed and morally vile. Full stop. Remember this when people ask “what’s the harm?” with pseudoscientific quackery.

Severely autistic children cannot fend for themselves against their quacks parents. This is why we should spread information about how these so-called “treatments” are nothing but dangerous alternative medicine quackery that harms innocent children. If you come across any quack treatments offered against autism, file a report with the health authorities.

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11 Oct 15:11

AEP : What Your Parents Tell You vs. The Truth

05 Oct 18:46

AEP : a pior face da depressão

A pior parte de ter depressão é que você sabe o quão ridícula é a sua situação.


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De uma hora para a outra ela volta.

Como uma visita indesejada, desarruma tudo de lugar, desorganiza os móveis e levanta a poeira. Você então perde o interesse em fazer coisas que antes eram divertidas, mas não faz ideia do porque isso está acontecendo. A depressão desestabiliza a mente, cega a visão e remove a perspectiva de novamente enxergar luz.

Tudo é tão escuro!

A esperança vai embora e desta vez (posso jurar) jamais voltará. A mente, novamente em reclusão, passa a criar histórias em uma tentativa de sobrevivência, cria roteiros e ensaia cenas de um futuro que na verdade jamais acontecerá. É a demissão, é a solteirisse como ponto final, a inexistência de amigos e a baixa auto-estima. Uma voz – que na verdade é o seu próprio pensamento – repete vez após vez: você não vale nada, você não é nada, ninguém te ama.

As emoções se tornam maiores que os fatos. Para o depressivo, aquela é a verdade. Ele acredita estar vivendo na maior completa realidade, mas são apenas percepções ilusórias.

Nada de bom cresce na escuridão. Nada! Mas tem algo que precisa desse tipo de ambiente: o pensamento de morte.

A imaginação – leia novamente, a imaginação – de que apenas um final definitivo pode te remover daquela areia movediça que te suga para baixo. Nada é pior do que só enxergar essa opção e o seu único desejo é acabar com essa dor dilacerante.

Mas ainda que seja muito sofrido viver, as pessoas que nós amamos e que nos amam são motivos suficientes para tentar mais uma vez.

Ela tomou o seu tempo, exigiu de seu pensamento muito mais do que um músculo é exercitado em uma ginástica, sugou a sua energia e tempo e então, subitamente, vai embora. Tudo isso, luz-escuridão-luz, durou cerca de cinco minutos.

A pior parte de ter depressão é que você sabe o quão ridícula é a sua situação.

Você sabe que aquilo já aconteceu uma vez. Você pode tentar utilizar de artifícios para distrair a mente e espairecer um pouco mas, de alguma forma, você não enxerga uma saída. Feito um pequeno monstro de estimação ela vem frequentemente para se alimentar e quando está saciada volta a brincar.

Em momentos depressivos o mostro quer atenção integral e, como consequência, você se isola. Uma ideia se instala em sua mente de que não há ninguém com quem buscar ajuda; que você é o responsável por lidar com aquele monstrinho. A vergonha de – mais uma vez – estar naquele lugar te impede de gritar socorro. Você pode olhar para o telefone e ainda assim não ter forças para selecionar um contato e pedir ajuda.

Porém, feito uma bola de neve, cada vez que ela volta parece pior, o animal precisa de mais alimento e sua alma vai se deteriorando. E então uma contestação: o silêncio piorou a situação.

Entenda, o humor do ser humano muda de acordo com a fase em que está vivendo. Em um mesmo dia é possível sentir um espectro de emoções que varia de alegria à dor, do medo ao fracasso. Mas, na depressão, não importa o que está acontecendo do lado de fora, por dentro é que está desregulado.

Depressão não é o que você sente quando um parente morre, quando um amor se desfaz ou quando o dia parece estar dando errado. A depressão é uma mente que está triste quando – aparetemente – não há razão para tal. Depressão não é sinônimo de tristeza para perdas catastróficas. É muita tristeza e por qualquer motivo.

Todos temos as nossas lutas e precisamos aprender a lidar com elas. O que um depressivo precisa aprender é a tratar aquilo como uma visitante, não como uma hospede. Ela não faz e não deve fazer parte de seu cotidiano. Não é algo para se domesticar, portanto, “não alimente os animais”. Deixe-o morrer de fome.

Será preciso intervenção química, psicológica e espiritual.

Para matar o monstrinho de fome, você é que precisa se alimentar. Você precisa consumir cultura, entretenimento, alegria e muito, muito auto-conhecimento. A depressão fez com que eu conhecesse o ser que habitava dentro de mim.

Você vai precisar cultivar amizades, aprender que outras pessoas podem caminhar ao seu lado e que o monstrinho não deve possuir toda a sua atenção. Cultive fé. Deixe crescer perseverança e bom-ânimo.

Pode parecer piegas, mas é exatamente uma atitude positiva com a vida que pode te tirar desse poço aparentemente sem fim. E é claro, para começar esse processo uma coisa é essencial: assumir a depressão.

Afastá-la e fingir que nada está acontecendo só a fortalecerá.

Não sinta vergonha de encarar isso. Não há problema algum em assumir a depressão. Não foi culpa sua, ela é uma invasora e entenda que sim, é uma doença – que já foi diagnosticada, que atinge muitas outra pessoas e que já possui tratamento. Você provavelmente precisará de ajuda e alguém com quem conversar – que te entenda, que seja solidário, que abra o coração sem preconceito para te ouvir e que abrace sua mão para buscar um tratamento adequado. E está tudo bem. De verdade.

E quanto aos remédios, o que é que tem? Não é um tratamento que visa trazer a felicidade mas sim tornar a tristeza suportável para que você possa então perceber os pontos positivos de sua vida. E acredite em mim quando eu digo que eles existem. Faça uma forcinha para percebe-los.

Mas lembre-se: ela é uma visitante, não uma moradora. Por mais bagunça que possa fazer, por mais que atrapalhe a sua intimidade e te prive de fazer algumas coisas, ela um dia irá embora e você novamente irá sorrir e, quando voltar, pare e reflita com bravura: o que eu posso aprender com essa crise? É uma honra aprender, crescer e amadurecer dessa forma.


04 Oct 15:44

AEP : This Brilliant Comic Perfectly Illustrates The Struggle Of Depression And Anxiety

Depressions and anxiety are two of the most misunderstood mental health issues. Nick Seluk, the artist behind the Awkward Yeti comic, partnered up with Sarah Flanigan, one of his readers, to explain what it’s like to struggle with these two disorders daily.

At some point or another, we’ll all likely experience anxiety and panic attacks, as well as bouts of depression. What doesn’t help is having people say things like “Why don’t you get over it?”

“As someone who’s experienced and has been around anxiety and depression, it was easy to illustrate in a way that complemented the storyteller,” Seluk told Bored Panda. “Sometimes those who haven’t experienced the extremes don’t understand what it’s like, almost to the point of resenting it.”

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More info: taptastic.com | theawkwardyeti.com | Twitter | Facebook (h/t: aplus)
04 Oct 10:41

AEP : Painfully Accurate Drug Commercial

04 Oct 03:51

AEP : BATBAND

BATBAND™ is an elegant piece of sound technology allowing you to listen to your private soundscape as well as the world that surrounds you. Human-centered design meets technology delivering a high fidelity acoustic experience via an innovative bone conduction system.

BATBAND™ works via bone conduction, consisting of transducers that emit sound waves perceived by your "private" inner ear, thus freeing your "social" outer ear. Sound waves are transmitted at a frequency that can be conducted through the bones of the skull. Your ears remain free, therefore you get to hear twice as much, without compromising on comfort, quality or style.

3 transducers emitting sound waves are incorporated in the product: two touching the sides of your head (temporal bone) and one at the back of your head (occipital bone). Furthermore, its discreet use means that any vocal content you receive is nearly inaudible to outsiders.

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Simply place BATBAND™ around the back of your head, pair it to a mobile device through Bluetooth, control its features using the touch sensors and you are set to listen to your favourite tunes, or discreetly make and take calls.

BATBAND™ is incredibly comfortable as it has been conceived for daily use and fits your busy lifestyle: at work, in transit, with friends, whilst gaming, working out and all of these whilst keeping your ears free.  

Its outer frame is made of spring steel ensuring a good grip around the back of your head and the inner padded lining guarantees maximum comfort and minimum sound leakage. BATBAND™ is easily rechargeable via USB port and requires no software or update, so all you need to worry about is having your favourite playlists to hand.

Two integrated touch sensors allow you to control its main features from your fingertips through a series of intuitive gestures.

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BATBAND™ has been conceived with you and your on the go lifestyle in mind. 

Unlike other bone conduction headphones, the main benefits provided by BATBAND™ result from its high fidelity sound conduction, its incorporated microphone, and its sleek and intelligent design coupled with its qualitative finishings.

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Two years ago Key and Ali, inspired by bats, dolphins and other sonar hearing creatures, met in our London studio and started dreaming of a magical way of listening to music, a new way in which one could hear and listen to the real world. Oli, from our Lausanne studio, brought a set of cables, an amplifier, a few high frequency sound transducers...and a fascinating noisy ideas meeting started! 

Our friends Andy and John, from the electronic engineering research lab in Bangor University UK, got excited by our dream and together we pushed the technology further and some truly surprising sound experiences came about. 

A few months later we invited Ian and Martin, from London-based Postler Ferguson, to collaborate with us on the design of this product. Working together from concept to selecting finishings has been a extraordinarily fun and rewarding process.

Early 2015 we travelled to China to perfect prototypes, discuss manufacturing and plan production rollout. Our Studio Banana Things dream team, as always, have supported the project on all levels making this exciting journey possible. 

During the campaign we will share with our backers some incredibly exciting stretch goals currently in discussion. So come on!! What are you waiting for? Jump on board and let's take this acoustic dream to reality. #listenwithme

      

Many in the Kickstarter community may already know about us, Studio Banana Things.  We are a passionate group of designers, geeks, gentle go-getters, dreamers who love to observe daily life, imagine new worlds and develop fun and functional solutions for people on the go.

We are best known for the Ostrich Pillow family, which has turned heads internationally for the last 3 years; but we are also recognized for other award-winning designs which have been exhibited in prestigious establishments such as the Museum of Modern Art New York. 

For this adventure we have invited our friends from London based design studio Postler Ferguson and Innovation Quarter from Bangor University to collaborate with us and make BATBAND™ possible together. 

Kickstarter, with its smart and active community of backers, is the perfect platform for us to explore our latest dreams, whilst helping busy people across the globe. We are keen to listen and learn from you during this campaign and need you every step of the way.

     

After 4 successful Kickstarter campaigns we know what it takes to bring a great product to your doorstep. We are super excited to welcome you to our Studio Banana Things Backers Family.

Risks and challenges

Perfection and outstanding levels of customer service are at the core of our values and we like being frank with our fans and supporters.

BATBAND™ is an innovative product and like with all Kickstarter campaigns you will be the first to receive it and be mega wowed, we are sure of this!!! When you see BATBAND™ in retail, you must show off to your friends you made the manufacturing possible.

Moving from prototype to production brings challenges at times. We aim to deliver a remarkable ear-free headphone to you, so if we experience unexpected issues we would prefer to delay the delivery a little, and make things perfect. That said we have established some great partners and are certain everything will go as per our timeline.

During our previous Kickstarter launch's we encountered some hurdles and aim to avoid these 100%. Some of these issues were relating to legal, technical and logistics matters, we have addressed all of these aspects (we don't want the same bumps and bruises). Due to some of these hurdles we have regrettably had to reduce the number of countries we can ship to in order to avoid compromising delivery lead times.

Of course some international customs, certification, logistic delays, and Force Majeure may occasionally show their ugly head. However, rest assured we will be working full throttle to avoid any issues on our end.

SHIPMENTS
Only available to certain countries please refer to our FAQ's for full list.

EUROPEAN SHIPMENTS OUT OF EU
European backers outside of the Free Trade Zone, will be responsible for applicable tariffs and customs fees.

If your country is not listed as one of our shipping destinations please drop us a line on Kickstarter@studiobanana.com we will add you to our communications when we go to retail and you will be the first to know.

Please support us in avoiding delivery delays by providing us your full daytime delivery address together with your telephone number for our courier as soon as you receive our survey at the end of our project, keeping in mind cut off point for all shipment is within 3 months of survey. Regrettably we will not be able to fulfill deliveries post this period. Estimated shipment April 2016.

Do stay in touch with us; we love hearing from you and need you every step of the way, without you none of this would be possible.

Learn about accountability on Kickstarter
01 Oct 15:29

Why People With Asperger’s Look Rude And Creepy

by Gwendolyn Kansen
I hate when people are rude. Especially to servers. If a guy is rude to a waiter I won’t go out with him again. Insensitivity like that is something people […]
01 Oct 14:39

AEP : 15 equívocos que escutamos sobre o Japão

10 mentiras que te falaram sobre o Japão

15 mentiras que escutamos falar sobre o Japão
Sempre vemos na mídia e escutamos generalizações sobre o Japão e sobre os japoneses em geral. Mas será que tudo que escutamos é verídico? Generalizar nem sempre é uma coisa muito legal pois nos faz ter uma visão deturpada da realidade. Por isso, resolvi escrever sobre algumas coisas que lemos e escutamos por aí sobre o Japão, mas que na verdade não passam de meras generalizações.

1. Quem vai para o Japão volta rico para o Brasil

Muitas pessoas tem a ideia de pessoas que trabalham no Japão voltarão ricas para o Brasil. Este é um equívoco muito comum de pessoas que moram no Brasil, mas que não conhecem a realidade do Japão. A verdade é que as coisas não funcionam bem assim… Para fazer um bom pé de meia na Terra do Sol Nascente além de levar um bom tempo, também depende de muitos fatores.

Um casal por exemplo, em que os dois estiverem trabalhando, tem a possibilidade de juntar dinheiro muito mais rápido do que um solteiro. Além disso, existem outros fatores como o valor pago por hora trabalhada, quantidade de horas extras, se manda dinheiro para o Brasil para sustentar filhos ou parentes. Enfim… ficar rico trabalhando em fábrica no Japão é na verdade uma grande utopia.

2. A ideia de que todo o Japão se resume a Tóquio


Conheci algumas pessoas que se sentiram decepcionadas ao chegar no Japão pois elas tinham a ideia de que todas as cidades do país fosse iguais a Tóquio. E muitas fábricas que oferecem empregos estão localizadas em cidades do interior, bem menos agitadas e com hatakes por todos os lados (plantações de arroz). Ou seja, uma paisagem bem diferente dos grandes centros urbanos japoneses.

Mas fique tranquilo caso você tenha que ir trabalhar em uma cidade do interior do Japão, pois apesar de serem lugares muito sossegados, as cidades pequenas japonesas não deixam nada a desejar em relação aos grandes centros urbanos. A maioria das lojas, restaurantes e serviços encontrados nas cidades grandes também podem ser encontrados nas cidades mais afastadas.

3. Que os japoneses só comem sushi e peixe cru

Este é um dos mitos que eu ouço muito por pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer o Japão. Muitos tem a ideia de que na Terra do Sol Nascente só se come sushi e peixe cru (sashimi). Porém no Japão podemos encontrar uma grande variedade de restaurantes e muitos deles oferecem muitos pratos com estilo ocidental, como podemos ver neste artigo aqui.

É bem verdade que muitas comidas no Japão são um pouco adocicadas e também é verdade que existem estrangeiros que demoram um pouco para que o seu paladar se adapte ao tempero japonês. Mas enquanto a adaptação não acontece, ninguém corre o risco de passar fome, não só pela variedade de restaurantes, como também pela possibilidade de preparar a própria comida em casa.

4. Que o Japão é cercado por tecnologia por todos os lados

É certo que o Japão é um país bem avançado tecnologicamente, mas algumas pessoas tem uma visão de que em qualquer estabelecimento terá a oportunidade de ser atendido por um robô mega realista e tal… Ou seja, você não verá um robô em cada esquina no Japão, pois muita coisa relacionada a robôs que vemos na mídia só pode ser visto mesmo em grandes feiras de ciência e tecnologia.

Agora se está indo para o Japão atrás de robôs, quem sabe você tenha mesmo a chance de aquirir um e com um preço bem acessível: O Pepper. Este robô está fazendo tanto sucesso por lá que bastou apenas um minuto para que mil exemplares fossem vendidos. Além de inúmeras funções tais como dançar e falar vários idiomas, o Pepper tem outro atrativo interessante segundo seu fabricante: É capaz de ler as emoções das pessoas. O preço do robô é de US$ 1,7 mil mais um seguro de US$ 200 por mês.

5. Que o Japão é o país com maior número de suicídios

Apesar dos índices de suicídios no Japão serem altíssimos, o país não lidera o ranking como muitos pensam. Segundo dados coletados em 2012 pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), quem lidera o ranking é a Lituânia, seguida da Coreia do Sul, Hungria, Letônia e Japão.

A cultura do suicídio no Japão tem raízes históricas, da época em que os samurais praticavam o Harakiri em busca de uma morte honrosa. No Japão, por influência budista, também se acredita que a morte é uma passagem para outra existência. Mas o que leva um japonês a tirar a própria vida? Muitos entendem como fraqueza.

No Japão, a sociedade é muito rígida e muitos japoneses não conseguem lidar com a pressão social. Isso acarreta em frustração, ansiedade e até depressão profunda. Com isso, muitos acreditam que ao tirar a própria vida, estarão se libertando das regras impostas pela sociedade.

6. Que o Japão é lotado de gente

Um dia de chuva em shibuya, hora do rush

Algumas imagens do Japão, tais como o famoso cruzamento de Shibuya e também os metrôs mega lotados, necessitando inclusive de uma empurradinha dos funcionários da estação ferroviária para conseguir acomodar todo mundo dentro do vagão, mostram um Japão com lotação extrema. Com isso, passa a ideia de que os japoneses precisam enfrentar grandes filas em diversas situações do dia a dia.

Na verdade, cenas assim são vistas geralmente em grandes centros urbanos como Tóquio e Osaka e mesmo assim, tudo é tão organizado e funciona tão bem que a lotação não chega a ser um problema e longas filas são praticamente inexistentes. Já nas cidades do interior, as ruas costumam ser desertas e silenciosas (ou quase, afinal é comum ouvirmos os sons dos grilos e das cigarras ao fundo).

7. Que os japoneses são todos certinhos

Assim como em qualquer lugar do mundo, no Japão existe pessoas boas e ruins. Não é uma coisa que se possa generalizar embora não se possa negar que a grande maioria dos japoneses são extremamente educados, honestos e de boa índole. Mas toda regra tem suas exceções…

8. Que na TV japonesa só tem programação sem noção

Muita gente acha que no Japão só passa programação bizarra e de gosto duvidoso na TV, mas eu acredito que a culpa é da mídia internacional que só quer mostrar esse lado da TV japonesa para ganhar audiência. Assim como em qualquer país, existem programas bons e ruins.

E temos que levar em conta de que os programas cômicos são feitos para os japoneses acharem graça e não para nós (estrangeiros). Só para fazer uma comparação, imagine um japonês assistindo certos programas de humor da TV brasileira… Será que ele iria achar graça? Acho que não rs

9. Que todos os japoneses se vestem como em Harajuku

No Japão, especialmente nos grandes centros, muitos jovens fazem parte de subculturas, e cada tribo urbana segue suas próprias diretrizes da moda. Isso não significa que necessariamente todo japonês faça parte de uma tribo ou subcultura. Aliás, a maioria da população não pertence a nenhuma tribo e costumam vestir-se discretamente com roupas comuns e com cores neutras.

Na verdade, os japoneses não se importam com o mode de vestir dos outros… As pessoas tem a liberdade de se vestirem como quiserem. E liberdade de expressão é tudo de bom!!! :)

10. Os japoneses são todos magros e baixinhos

É verdade sim que o Japão tem uma das menores taxas de obesidade do mundo, mas dizer que todos os japoneses são magros é realmente um equívoco. Os lutadores de sumô estão aí para desmitificar esse fato. Também é verdade que muitos japoneses (principalmente mulheres) são um pouco obcecados em relação à magreza, mas esse paradigma vem sendo quebrado aos poucos.

Um exemplo são alguns grupos musicais formados por mocinhas acima do peso, pelo menos para os padrões japoneses. Estes grupos musicais são chamados genericamente de “Marshmallow Girls” e pra citar alguns exemplos de grupos temos as Chubbiness e as Pottya. O intuito é mostrar para as pessoas que estão acima do peso que elas não precisam ser magras para serem saudáveis e felizes.

11. Não existe pobreza no Japão

Para muitas pessoas não existe pobreza e nem mendigos no Japão. Grande parte da população tem realmente um padrão de vida considerado bom quando comparado a outros países, mas infelizmente não podemos dizer que todos vivem essa realidade. Moradores de rua também existem no Japão, e podemos encontra-los principalmente nos grandes centros urbanos como Nagoya e Tóquio.

Existe também uma cidade em Osaka, chamada Kamagasaki, onde a maioria da população vive uma realidade degradante e muito triste, causada pelo desemprego e pelo abandono das autoridades japonesas. Claro que a pobreza no Japão não é nada comparado a outros países por aí, mas também não podemos fechar os olhos para a realidade e dizer que simplesmente não existe.

12. Todo japonês é viciado em manga e anime

Muitas pessoas acham que todos os japoneses são viciados em anime e mangá, mas isto também é um equívoco. É verdade que muitos gostam sim, inclusive adultos, mas também existem aqueles que não se identificam com essa cultura. Mas essa generalização é culpa da mídia internacional que sempre gosta de mostrar a cultura otaku como se isso fizesse parte da vida de todos os japoneses.

Seria a mesma coisa que dizer que todo o brasileiro é fanático por futebol, samba e carnaval… e sabemos que não é bem assim. Viu só como esse tipo de generalização é ruim? 😉

13. Os japoneses são tarados e pervertidos

Muitas pessoas tem essa ideia dos japoneses, mas creio que isso não é algo que possa ser generalizado, afinal em qualquer lugar do mundo devem existir pessoas pervertidas. Mas existem japoneses que realmente tem hábitos estranhos e isso acaba criando um esterótipo infeliz. Um deles é o famoso roubo de calcinhas do varal alheio, algo que chega a ser corriqueiro até.

Aliado ao fato de existirem máquinas que vendem calcinhas usadas e de algumas placas nas estações de trem alertando as moças para tomarem cuidado com os tarados de plantão (aqueles que gostam de tirar fotos por baixo da saia da mulherada), esse estereótipo acaba se intensificando cada vez mais. Mas é como eu disse, pervertidos existem em todo lugar. Não é algo exclusivo no Japão!

14. Que todos os japoneses se matam de trabalhar

karoshi_2

Existe a ideia de que os japoneses trabalham muito e fazem longas e exaustivas jornadas de trabalho. Existe até mesmo pessoas que morrem literalmente de tanto trabalhar devido ao cansaço e estresse. O nome designado para essa situação é Karoshi. Mas tal coisa não pode ser generalizada pois grande parte da população trabalha teiji (em média 8 horas por dia) ou até menos que isso.

Muitos japoneses também preferem trabalhos temporários, conhecidos como arubaito e nesse tipo de serviço quase sempre não tem a necessidade de fazer horas extras. O Japão não é muito diferente do que vemos em outros países… Existem pessoas que vivem para o trabalho, assim como também existem pessoas que preferem trabalhar pouco e ter mais tempo livre. Simples assim…

15. Que todos os japoneses são tímidos

Os japoneses são tímidos

Talvez por causa da forma polida que muitos japoneses tem, muitos tem a ideia de que todos são tímidos, o que não é bem verdade. Assim como em qualquer lugar do mundo, no Japão existem pessoas mais tímidas e outras mais extrovertidas. Outros parecem ser tímidos em um primeiro momento, mas com o passar do tempo e com a convivência, acabam se soltando aos poucos.

A verdade é que a maioria dos japoneses sabem a hora que precisam ser sérios e a hora que podem se soltar. Em momentos de descontração, por exemplo, quando estão em companhia dos amigos em um karaokê ou então em uma festa de fim de ano (Bonenkai), é comum vermos os japoneses bem soltinhos. Nessas horas percebemos o quanto os japoneses podem ser divertidos. :)

E você? Qual tipo de generalização já ouviu sobre o Japão? Deixe sua opinião! :)

30 Sep 14:31

AEP : A painful admission for non-believers

The word "confess" usually involves reluctantly admitting some wrongdoing -- a secret, a lie, a crime.

So when Arian Foster, the star NFL running back for the Houston Texans, appeared in ESPN The Magazine under the headline "The Confession of Arian Foster," I thought he might be conceding to being a steroid-using North Korean national living here illegally.

No, he's an atheist.

OpinionBraithwaite: I decided to join the JesuitsInteractiveSend a message to Pope FrancisMore CoverageCommentary, analysis about Pope Francis

The fact that this revelation of a simple personal belief came with a "confession" headline was troubling, because the discussion transcends that.

Why this 'confession' matters

Foster's decision to go public about his beliefs is a significant source of inspiration. Not for the NFL, a traditional bastion of American quasi-religious fervor. And not for other athletes, some of whom have proved intolerant by taunting Foster for his "devil worship."

It's an inspiration for all the people who have yet to "confess" that they don't believe in God because they fear discrimination or feeling alone. People who are in a position I completely understand.

Growing up on Long Island, I've always been surrounded by Christianity. Raised Catholic, I have had the holy water poured on my head, eaten the body and drank the blood, and attended Catholic elementary and high school.

During my senior year of high school, I began to feel uneasy about religious doctrine. I knew it had social utility, but the philosophical baggage led me to feel guilty, scientifically ignorant and mentally imprisoned. I couldn't pray for others without thinking it fruitless, and I couldn't ask for divine inspiration without feeling unheard.

Deciding for myself

Instead of repressing the feeling, I did my own research. I read the works of prominent atheists Richard Dawkins and Christopher Hitchens. I found agreement with my doubt but still felt secluded.

After months of self-reflection, nonbelief won the mental tug-of-war. Still, I lay awake for nights wondering how much I would disappoint my parents and peers. Telling my friends turned into a roundtable Q&A, fortunately ending with an apathetic yet friendly "Whatever, man." Telling my dad, a fairly religious man, was difficult as my brother gave me a nervous sideways glance over dinner.

But dad understood. "As long as you're not getting into any Scientology or something," he said.

Don't worry, pops, Tom Cruise has laid claim to that. I'm just an atheist.

To be clear, Foster does not define himself with that word, but he does say, "I don't believe in God," and that fits the bill. For him, the road was tough.

Foster, raised a Muslim in New Mexico, plays for a team in the heart of the Bible Belt and for an organization with religious aspects from pregame rituals to celebrations, tattoos and postgame interviews. It's no surprise that for years, Foster said, he was afraid to express himself. And when he did, he was often questioned in a suspicious manner.

Todd Stiefel, chair of the organization Openly Secular, summed up the significance: "This is unprecedented. He is the first active professional athlete, let alone star, to ever stand up . . . for secular Americans."

Nonbelievers, like me

Although more than 20 percent of the American public identify as religiously "unaffiliated," according to Pew Research Center, only about 3 percent use the term "atheist." But there are undoubtedly more shoving their doubt under their mental carpet.

As Catholic rock star Pope Francis makes his historic U.S. visit, that 20 percent not only will be reminded of the religiosity of this country, but also of its potency. Look at the attitude that Foster has exposed -- the NFL had an athlete that is openly homosexual before one that is openly atheist.

But if anything I've said rings true for you, take comfort in recognizing the shifting environment of this country. There are many who have doubts, including at least one star athlete, and now more than ever that's an acceptable view. Even Pope Francis has said atheists have a place in heaven.

I don't think that place exists, Your Holiness, but I appreciate the gesture.

Christopher Leelum is a student majoring in journalism and philosophy at Stony Brook University.

27 Sep 18:52

AEP : 14 sci-fi quotes to live your life by

From Obi-Wan Kenobi to Commander Spock, the sci-fi universe is positively brimming with mentors, who just so happen to be rather forthcoming with some excellent life advice.

Ever found yourself wondering "what would Yoda do?"

Well then, these inspiring quotes will be just the thing for you...

27 Sep 17:44

The Hungry Snake

by Doug
27 Sep 17:44

Old Tech

by Doug

Old Tech

Dedicated to Tom and Kristen!

Here’s more communication.

27 Sep 17:44

Safety Fun

by Doug
27 Sep 00:54

AEP : 33 sites que farão de você um gênio

Não é nenhuma novidade que a web é, virtualmente, um poço virtualmente infinito de informação e conhecimento. Pode-se dizer, sem correr o risco de dar um chute muito longe, que praticamente todo o conteúdo produzido pela humanidade está, de uma forma ou de outra, convertido em dados digitais, acessíveis a quem quiser.

O problema é saber quais caminhos percorrer para chegar até esse conhecimento. Afinal, também não é novidade alguma que o efeito de ter tanta informação acessível de forma tão rápida e gritante é, justamente, a dificuldade de se separar o joio do trigo.

E, se tem uma coisa que aprendi nessa vida como produtor de conteúdo, é o valor de se saber quais caminhos percorrer nessa busca. 

E, posso dizer, com convicção, que saber quais são os melhores canais para achar conhecimento, nessa época tão repleta de ruído, é ouro.

Esse textp encontrei no Medium, escrita por Thomas Oppong. Aqui embaixo vai a lista dele que traduzimos na íntegra. Todos os links estão em inglês, mas alguns sites possuem legendas e/ou versões dos cursos em português, como o Coursera ou o TED. 

Acho que vale muito complementar com bons links brasileiros e/ou em português nos comentários. E aí, você começa?

A web cada vez mais se torna um recurso poderoso que pode facilmente nos ajudar a aprender algo novo todos os dias. E os sites fantásticos listados abaixo são tudo que você precisa.

“Não tenho nenhum talento especial, só tenho paixão em minha curiosidade.” – Albert Einstein

Há uma boa chance que você seja capaz de aplicar pelo menos uma dessas ferramentas de aprendizado e acabar se tornando uma pessoa melhor do que era ano passado. Estes são alguns dos melhores sites que o deixarão mais inteligente dia após dia.

1. BBC — Future— O deixa mais inteligente, todos os dias.

2. 99U (YouTube) —  Insights aplicáveis sobre produtividade, organização e liderança para ajudar as pessoas criativas a levarem suas ideias adiante.

3. Youtube EDU — Vídeos educacionais que não têm gatinhos bonitinhos entrando em caixas  —  mas que despertam conhecimento.

4. WikiWand — Uma interface nova e modernosa para a Wikipédia.

5. The long read (The Guardian) — Ensaios, perfis e reportagens que vão fundo.

6. TED — Ótimos vídeos para abrir sua mente para quase qualquer tópico.

7. iTunes U — Aprendizado “para viagem” das melhores universidades do mundo.

8. InsightfulQuestions (subreddit) — Discussões intelectuais que não são necessariamente ligadas a um ou outro gênero.

9. Cerego — Ajuda a confeccionar planos de estudo personalizados baseados em seus pontos fortes e fracos para ajudar a reter o conhecimento.

10. University of the People— Universidade online gratuita que oferece educação superior em vários canais.

11. OpenSesame — Mercado para treinamento online, com agora mais de 22 mil cursos.

12. CreativeLive — Faça aulas gratuitas sobre criatividade com os maiores especialistas do mundo.

13. Coursera— Em parceria com algumas das melhores universidades estadunidenses, o Coursera oferece uma imensidão de cursos gratuitos.

14. University of reddit — o produto do intelectualismo livre é um santuário para o compartilhamento do conhecimento.

15. Quora — Você pergunta, a internet discute – com grandes especialistas e fascinantes trocas sobre qualquer coisa.

16. Digital Photography School— Uma mina de ouro de artigos sobre como melhorar suas habilidades fotográficas.

17. Umano –Explore a maior coleção de artigos de áudio feitos por pessoas reais. O Dropox comprou a Umano. Brain Pickings é um ótimo substituto para o número 17.

17.1. Brain Pickings — Posts longos e profundos sobre vida, arte, ciência, design, história, filosofia e muito mais.

18. Peer 2 Peer University ou P2PU, é um projeto educacional aberto que o ajuda a aprender no seu próprio ritmo.

19. MIT Open CourseWare é um catálogo de cursos online e recursos de aprendizado oferecidos pelo MIT.

20. Gibbon— A playlist definitiva para o aprendizado.

21. Investopedia — Aprenda tudo que precisa saber sobre o mundo do investimento, mercados e finanças pessoais.

22. Udacity oferece aulas interativas online e cursos de educação superior.

23. Mozilla Developer Network oferece documentação detalhada e recursos de aprendizado para programadores web.

24. Future learn — aproveite cursos online gratuitos das melhores universidades e de organizações de especialistas.

25. Google Scholar  — fornece uma busca na literatura acadêmica, em todas suas disciplinas e fontes, incluindo teses, livros, resumos e artigos.

26. Brain Pump — Um lugar para aprender algo novo todos os dias.

27. Mental Floss — Teste seu conhecimento com fatos, trívias, testes e jogos que desafiam seu cérebro.

28. Learnist — Aprenda com uma curadoria da web, e de vídeos e livros, feita por especialistas.

29. DataCamp — Tutoriais online sobre ciência dos dados e R (pacote de softwares estatísticos).

30. edX — Faça cursos online nas melhores universidades do mundo.

31. Highbrow— Receba cursos condensados por e-mail.

32. Coursmos — Faça um microcurso quando quiser, em qualquer dispositivo.

33. Platzi— Aulas ao vivo sobre design, marketing e programação.

Quais das suas ferramentas de aprendizado favoritas não estão nessa lista?

“O que seria mais importante para alguém que quer aprender do que se tornar proficiente em pensar bem?” Peter Worle

publicado em 26 de Setembro de 2015, 10:50
27 Sep 00:50

AEP : aumentando as suas paranoias com tirinhas

Deep Dark Fears Fran KrauseVocê tem alguma mania ou pensamento estranho, que foi causado por algum trauma infantil ou por simples paranoia? Se sim, então você entenderá perfeitamente a série Deep Dark Fears.

As tirinhas – de autoria do Fran Krause – são baseadas em relatos do ilustrador e de seus leitores. São tantas histórias, que foi necessário um Tumblr exclusivo para elas.

O conteúdo varia entre graça, tristeza, e bizarrice, e por muitas vezes você se pergunta “o que leva uma pessoa a pensar nisso?”. Mas isso tudo você pode conferir com a seleção a seguir, de algumas das tirinhas da série.

Deep Dark Fears (1)
Deep Dark Fears (2)

Deep Dark Fears (3)
Deep Dark Fears (4)

Deep Dark Fears (5)
Deep Dark Fears (6)

Deep Dark Fears (7)
Deep Dark Fears (8)

Deep Dark Fears (9)
Deep Dark Fears (10)

Deep Dark Fears (11)
Deep Dark Fears (12)

Deep Dark Fears (13)
Deep Dark Fears (14)

Deep Dark Fears (15)
Deep Dark Fears (16)

Deep Dark Fears (17)
Deep Dark Fears (18)

Deep Dark Fears (19)
Deep Dark Fears (20)

Deep Dark Fears (21)
Deep Dark Fears (22)

Deep Dark Fears (23)
Deep Dark Fears (24)

Deep Dark Fears (25)
Deep Dark Fears (26)

Deep Dark Fears (27)
Deep Dark Fears (28)

Deep Dark Fears (29)
Deep Dark Fears (30)

Deep Dark Fears (31)
Deep Dark Fears (32)

Deep Dark Fears (34)
Deep Dark Fears (35)

Deep Dark Fears (36)
Deep Dark Fears (37)

Deep Dark Fears (38)
Deep Dark Fears

Caso tenha se interessado pelo projeto, confira mais no Tumblr do Deep Dark Fears, no do Fran Krause, ou em seu site oficial.

E você, tem alguma dessas paranoias inexplicáveis? Compartilhe com a gente! Depois desse amontoado de doideiras, ninguém daqui vai te achar estranho…

Via: Ovelhas Voadoras e Universo Paralelo

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26 Sep 22:59

AEP : 10 weird and wonderful homes around the world

Some people have plain houses, and then there's Mississippi's plane house.Some people have plain houses, and then there's Mississippi's plane house.

It's a rare homeowner who indulges their imagination to the fullest, in creations such as these.

It’s human nature to reject things that are different or unique. Better to blend in with the herd, fit in with the pack, stay on the safe side. So it’s rare to see properties that differ from the typical suburban-structure, city-apartment, cookie-cutter homes.

Imagine if we all just opened up our imaginations like when we were kids and  designed our homes as true  expressions of ourselves. What a world that would be. One thing’s for sure: taking a neighbourhood stroll would be much more exciting.

Take a look at these ten weird and wonderful “homes” from around the world.
1. Upside-down House
Architect Daniel Czapiewski designed the upside-down house to reflect the pace of change in Poland, and to make a statement about the communist era and the state of the world. The building took 114 days to build – a little longer than expected – as workers suffered dizziness and confusion and needed frequent breaks to recover.


2. Shoe house
There once was a rich old man who lived in a shoe … Footwear magnate Mahlon N. Haines built this shoe-shaped home in Pennsylvania. It contains three bedrooms, two bathrooms, a kitchen and a living room.

3. Dome house
Nestled alongside the water’s edge in Auckland sits the dome home. The geodesic Paremoremo property, which looks like something out of a science-fiction movie, was the creation and home of the late Helen “Twink” McCabe and partner Noel Fuller.

4. Shell house
Javier Senosiain is the architect behind the shell house, located in Mexico City. This design was created to resemble the structure of an oceanic shell. It features three levels with no parallel ground. The fluid spiral of levels is meant to mirror uneven ground found in nature.


5. Cave house
This 8.5-hectare property comes with a 300-square-metre shed of exposed aggregate concrete, hidden deep within a wine cellar in Australia. Housed in a tunnel that is a staggering nine storeys deep, the structure took mining experts 6½ months to build.


6. Teapot house
I’m a little teapot … Wait, no, I’m a house! Here’s the perfect property to brew a cuppa – in, you guessed it, tea-loving Britain. Originally designed as a wood-drying shed by sculptor and artist Ian Hunter, the structure has now been refurbished into a full-blown living space.


7. Stone house
The house of stone is a two-storey home built among four large boulders in an open field in Portugal. The house was built in 1974 as a family’s rural retreat but in recent years it has attracted the attention of tourists and architecture enthusiasts. Now owner Vitor Rodrigues has had to move to find solitude once again.


8. Airplane house
​When you board an airplane, you usually expect to travel somewhere – but not in this case. Owner Joanne Ussary created this house, in Mississippi, after her original home was destroyed by an ice storm. She converted a decommissioned 727 into a home, which set her back a mere $US30,000 ($41,000) .

9. Piano house
This building, located in China, is shaped like a giant piano with a grand glass violin (or cello?) for an entrance. The open top of the piano serves as a canopy for the home’s roof terrace.

10. Spaceship house
E.T. phone home! Known as the “spaceship house“, this building was the creation of Curtis King, who spent $250,000 to have it built for his son in 1973.

Domain Home Price Guide Find out what your property's worth

Find out now!
26 Sep 19:12

a literatura da distopia

Foram necessários romances que mostravam bárbaros regimes totalitários, fábulas com porcos, gangues violentas, controle biológico, uso indiscriminado de drogas e queima de livros para finalmente entendermos como era impraticável o modelo de utopia construído há alguns séculos atrás. Por isso são tão importantes os autores de "1984", "Laranja Mecânica", "Admirável Mundo Novo" e "Farenheit 451".


animal-farm_ilustracao_penguin.jpg Detalhe da capa de "A Revolução dos Bichos" (edição da Penguin)

Como vimos no já publicado A Literatura da Utopia, as tentativas de adequação do presente para alcançar uma sociedade perfeita acabaram por desencadear uma desordem na organização racional do mundo. Muitas vezes, fizeram-nos viver submetidos a valores distorcidos e no risco de uma eterna aceitação de fatores hostis que são meio para um fim que parece justificá-los: a perfeição.

Ao perceberem isso, autores como Aldous Huxley e George Orwell resolveram desconstruir os conceitos de utopia existentes. Segundo eles, a moralidade humana não conseguiria seguir uma evolução tão ligeira e, mesmo nos casos em que as sociedades perfeitas são alcançadas, a personalidade corrompida do homem colocaria tudo a perder.

As chamadas distopias podem ser entendidas filologicamente como "utopias negativas". Este neologismo foi cunhado por Gregg Webber e John Stuart Mill num discurso ao Parlamento Britânico em 1868: "É, provavelmente, demasiado elogioso chamar-lhes utópicos; deveriam em vez disso ser chamados dis-tópicos, ou caco-tópicos. O que é comumente chamado utopia é demasiado bom para ser praticável; mas o que eles parecem defender é demasiado mau para ser praticável."

literatura distopia cinema utopia Admirável Mundo Novo (fotograma do filme)

Na literatura, as utopias sempre possuem raízes no presente e são taxadas como o caminho ideal a ser seguido - mesmo que impraticável. Nas distopias, não há qualquer ligação com o presente: partem da utopia já alcançada. Nelas, os problemas atuais seguiram como que camuflados pela perfeição aparente e, a certo momento, eclodem da forma mais bruta. Estes romances geralmente são contados do ponto de vista de um personagem consciente imerso na estupidez coletiva. São explorados recursos como a coerção física e moral, o uso de drogas e robôs e o monopólio do conhecimento, todos agindo de forma direta na contenção social

A atual idolatria ao gênero literário pode ser explicada pela crescente visibilidade da política esquerdista no âmbito contemporâneo. Vários dos autores desta "escola" foram ativistas políticos da oposição e deixaram claros seus fundamentos no pensamento Marxista. George Orwell, por exemplo, conviveu muito tempo com pobres e operários. Apesar de odiar os conflitos entre os partidos esquerdistas, dizia-se socialista e simpatizante de partidos anarquistas. Conseguiu se tornar um crítico de sua própria ideologia: suas magnum opus são 1984 e A Revolução dos Bichos (O Triunfo dos Porcos, em Portugal); na primeira retrata um regime totalitário que, através de constante supervisão e monopólio da História, constrói uma sociedade coletivista auto-punitiva; no segundo, uma sátira direta ao stalinismo mostra que o governo do Estado sempre será suscetível às fraquezas humanas, desmembradas pelo caráter sedutor do poder.

literatura distopia cinema utopia Admirável Mundo Novo (fotograma do filme)

Outros autores também levantaram questões que hoje se mostram mais presentes do que nunca. Aldous Huxley, autor de Admirável Mundo Novo - escrito num período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial -, descreveu um futuro hipotético onde estaríamos aprisionados pela obrigação de bem-estar, seja através da divisão social, do uso indiscriminado de drogas reguladoras ou do controle biológico - uma espécie de eugenia. Isso numa época onde tentativas de clonagem e fertilização in vitro não passavam de experiências fracassadas.

Anthony Burguess, em Laranja Mecânica (obra imortalizada no cinema por Stanley Kubrick, em 1971), via, num futuro indeterminado, que a predisposição humana à violência não acompanharia o ritmo da evolução intelectual, o que resultaria num colapso da sociedade e esdrúxulos e impositivos métodos de contenção psicológica desta característica "primitiva" baseados no Método Ludovico, uma espécie de behaviorismo radical levado ao extremo.

literatura distopia cinema utopia Laranja Mecânica (fotograma do filme de Kubrick)

literatura distopia cinema utopia Laranja Mecânica (fotograma do filme de Kubrick)

Ray Bradbury, autor de Fahrenheit 451 (adaptado com louvor por François Truffaut em 1966) formula um futuro onde a principal arma de opressão utilizada pelo Estado é a censura dos livros, o que faz da televisão o único (e manipulado) instrumento de informação e diversão. É um ensaio sóbrio (ainda que fantástico) sobre a censura e os limites entre entretenimento e alienação que meios de comunicação em massa devem respeitar.

Discutir os problemas sociais atuais através de romances satíricos muito bem elaborados foi o recurso que muitos autores utilizaram para chamar a atenção para os problemas que a eterna busca pela sociedade perfeita encara. Os já considerados clássicos da literatura moderna revolucionaram a forma como pensamos, enxergamos e lidamos com o destoamento da utopia para onde a sociedade caminhava. Há quem diga, inclusive, que já estamos inseridos em distopias tais quais nos livros.

literatura distopia cinema utopia Fahrenheit 451 (fotograma do filme de Truffaut)

Fontes das imagens: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7.


25 Sep 12:15

AEP : "Seu maior legado é atacar a sensação de impunidade", diz auditor fiscal responsável pela Operação Lava-Jato - Política

Em 2013, quando a Polícia Federal ainda preparava a Operação Lava-Jato nos bastidores, um grupo de auditores fiscais seria responsável por elucidar as irregularidades em remessas de dinheiro ao exterior cometidas por doleiros – como Alberto Youssef – e empresas de fachada. A contribuição foi decisiva para que a investigação revelasse um dos maiores escândalos de corrupção do país.  
    
A análise daqueles dados fiscais foi de responsabilidade da Coordenação de Pesquisa e Investigação da Receita Federal (Copei), cujo chefe, Gerson Schaan, esteve nesta quinta-feira em Florianópolis para participar de um evento de auditores. Ele ainda hoje coordena uma equipe de 190 pessoas, sendo que 45 delas dedicam-se exclusivamente a analisar os materiais obtidos pela PF e pelo Ministério Público Federal dentro da Lava-Jato.  

Em entrevista ao Diário Catarinense, Schaan dá detalhes sobre as ações da Receita Federal na operação, os impactos dela em SC e afirma que novas etapas da operação estão por vir.     

DC – A Operação Lava-Jato é a mais importante da sua carreira?
Gerson Schaan – É a mais importante, sem dúvida. Até para o Brasil, eu diria. É um marco em termos de trabalho integrado, efetividade. As condenações em primeira instância já estão saindo. Não só o juiz que está sendo competente, mas todas as instituições envolvidas. A saída que alguns acusados estão tomando é a deleção premiada com diminuição da pena. Isto está sendo um marco. A mudança de comportamento de alguns setores econômicos também é muito importante. Eles estão mais cautelosas no que se refere a fraudes em licitações. Ela ataca a sensação de impunidade, talvez este seja o maior legado, mais do que responsabilizar os culpados.

DC – A operação já teve desdobramentos em SC. A mais recente foi a prisão de um dos donos da Engevix, morador de Florianópolis. O que o Estado representa para a Lava-Jato? 
Schaan – Eu não colocaria essa diferenciação geográfica. Por exemplo, os fatos estão sendo todos investigados em Curitiba porque o inquérito original surgiu em Londrina (PR). A maior parte dos fatos ocorreu em São Paulo, onde estão sediadas as grandes empreiteiras. Mas estamos falando de um esquema multimilionário, com obras superfaturadas pelo Brasil inteiro. A Engevix é uma prestadora de serviço de uma subsidiária da Petrobras. Não vejo essa questão regional como relevante. Nós temos é dinheiro internacional em circulação neste caso. É como uma organização criminosa atua, ela não respeita fronteiras entre Estados ou países. Ela ataca onde é vulnerável. Vai utilizar empresa disposta a ser cúmplice, sem preocupações geográficas.

DC – Mas recentemente SC foi palco de outras importantes operações da PF, como a Ex-Câmbio e Shylock. Isso não tem alguma representatividade?
Schaan – O Estado tem crescido economicamente e em importância. Cresce também o movimento do Porto de Itajaí, dos demais portos, e os fraudadores e sonegadores vêm juntos. O crime econômico organizado ele vem junto com o crescimento. Não é a toa que grande parte das operações sempre tem alguma coisa em São Paulo, pois lá é o centro econômico e financeiro do país. Se aqui se está produzindo mais dinheiro, naturalmente haverá mais fraudes. É um efeito colateral.

DC – Quais foram as contribuições decisivas da RF na Lava-Jato?
Schaan – A Lava-Jato ganhou corpo quando a PF começou a investigar as remessas de doleiros para o exterior através de operações de importação simulada. Quando a PF se deparou com isso, ela procurou a Receita Federal. Então hoje pegamos o material da polícia, fazemos análise e apresentamos os resultados. Depois se quebra o sigilo fiscal e, com as informações coletadas pela PF e pelo MPF, produzimos análises patrimoniais. Por exemplo: a condenação do André Vargas (PT) se deu porque conseguimos montar a forma de lavagem de dinheiro dele. Chegaram até nós informações sobre alguns depósitos relacionados a um imóvel, que foi comprado com um valor e foi registrado com um valor menor. Nós temos uma expertise em investigação financeira e lavagem de dinheiro que está sendo muito útil nesta operação. Essa é a riqueza e a importância do trabalho conjunto.

DC – Em que situação se encontram as ações ficais da RF?
Schaan – Na Lava-Jato há centenas de pessoas investigadas para fins criminais (corrupção, lavagem de dinheiro). Nós avaliamos isso a partir de um enfoque fiscal. Nem todas as pessoas responsabilizadas têm necessariamente efeitos tributários. Nós temos uma equipe especial de 45 auditores dedicadas a isso e já foram abertas mais de 200 ações fiscais.

DC – Disso se prevê a aplicação de multas?
Schaan – Tem a multa penal que quem define é o juiz e tem multas vinculadas à sonegação fiscal. Estas últimas vêm depois dos trabalhos abertos (as 200 ações fiscais em andamento). E tem algumas que são mais complexas. A RF está em cima da parte de sonegação fiscal. Ainda não é resultado concreto de multa, pois isso está sendo definido ainda. Mas acredito que será mais de R$ 1 bilhão em multas cobradas.

DC – Como é o trabalho com outras instituições como PF e MPF?
Schaan – Trabalho integrado é fundamental. A Lava-Jato é um exemplo de sucesso, cada um com suas contribuições e com suas colaborações, e disso resulta casos robustos. Isso facilita o julgamento do juiz Sérgio Moro que, para nossa sorte, é muito competente, que está de posse de um material contundente. Mas manter a integração entre os órgãos não é tarefa simples. As direções da PF, MPF e RF entendem que é necessária a integração, mas quando descemos para a parte operacional, entre delegado, procurador e auditor, os ruídos surgem. E meu papel é aparar estas arestas. Mas é normal, como em brigas de casal. Os atritos aparecem, mas são superados. Afinal estamos lidando com pessoas, com entendimentos subjetivos, apesar dos papéis institucionais.  

DC – Acha que o desmembramento dos inquéritos da Lava-Jato pode ser prejudicial?
Schaan – Nós temos que trabalhar com as decisões do Judiciário. Eu não sei se isso será bom ou ruim. Por exemplo, a Lava-Jato está toda com um juiz só. Pode se aumentar a força-tarefa, com mais delegados de polícia, de procuradores e de auditores, e assim aumentar a quantidade de material. Mas o juiz continua sendo um. Ele dá conta disso? Não sei. É algo para se pensar. Sei que um procurador do MPF já questionou e disse que isso pode ser ruim, mas eu prefiro avaliar mais tarde.

DC – Há dificuldade em levantar uma estimativa precisa do rombo causado pelo esquema?
Schaan – A gente não tem essa estimativa. Foram 19 etapas da Lava-Jato até agora. Eu não trabalhei da mesma forma em todas elas. Em algumas a gente colaborou decisivamente, e em outras apenas com informação fiscal. Em âmbito penal, quem atua primariamente é o MPF e a PF. Nós trabalhamos para colaborar com expertise. Nessa parte de comprovação de faturamento, nós não enfocamos isso.

DC – Novas etapas da Lava-Jato e novas prisões estão a caminho?
Schaan – O trabalho segue. Tem muito material pra ser analisado Vai levar ainda um bom tempo. A ação fiscal também, pois é complexa. Nós temos 15 servidores dedicados na investigação criminal. Na fiscalização fiscal são 45 e segue dessa forma. Outras etapas devem acontecer sim. É de se esperar novas prisões, pois há muito material pra analisar e cada etapa gera novas informações.

23 Sep 18:02

AEP : This Twitter Parody Account, 50 Nerds Of Grey, Will Leave You Laughing On The Floor!

What if it was an invisibility cloak?

'So,' she said, entering his bedroom, 'This is where the magic happens.' 'Oh yes,' he smiled, putting on his Harry Potter glasses and cloak.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 9, 2015

At LEAST one number

He was very careful during bondage sessions. He always used a safe word that contained upper and lower case letters and at least one number.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 9, 2015

Doesn't everyone?

'Come over,' she begged. 'I need you right now!' 'Just turn it off and on again,' he sighed. He hated these late night rebooty calls.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 7, 2015

All hail nerdy things!

He was heavily into BDSM - Batman, Dungeons & Dragons, Star Trek and Mathematics.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 6, 2015

It's so organized!

'Do what you want!' she cried lying back on the bed. 'I love a man who takes control.' 'OK' he said and put her CDs into alphabetical order.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 6, 2015

Ooooh...risky

She said she was turned on by men who took risks. So he took the plastic off his iPhone screen.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 10, 2015

Such a harsh punishment

'I've been a very bad girl,' she said, biting her lip. 'I need to be punished.' 'Very well,' he said and installed Windows 10 on her laptop.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 7, 2015

Not hard enough!

'Harder!' she screamed, 'Harder!' 'Alright,' he said. 'What's the square root of nine times twelve divided by six point three recurring?'

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 6, 2015

Ouch...

'Hurt me!' she begged, leaning over his desk. 'Alright,' he said. 'Your phone's out of date and you're terrible at quadratic equations.'

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 11, 2015

That takes forever!

'I'm your slave tonight,' she said breathlessly, 'I'll do whatever you want.' 'OK' he said, 'You can sort my Lego while I watch Doctor Who.'

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 9, 2015

Beep boop beep!

'How do you feel about wearing black leather?' he asked. 'Ok,' she said. 'Good,' he smiled, 'Then you can be Darth Vader and I'll be R2-D2.'

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 5, 2015

Especially that kind of 'experimetntal!'

Her eyes widened as he placed his Bunsen burner on her dressing table and lit the flame. She loved a man who was experimental in the bedroom

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 8, 2015

What if it was an invisibility cloak?

'So,' she said, entering his bedroom, 'This is where the magic happens.' 'Oh yes,' he smiled, putting on his Harry Potter glasses and cloak.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 9, 2015

At LEAST one number

He was very careful during bondage sessions. He always used a safe word that contained upper and lower case letters and at least one number.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 9, 2015

Doesn't everyone?

'Come over,' she begged. 'I need you right now!' 'Just turn it off and on again,' he sighed. He hated these late night rebooty calls.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 7, 2015

All hail nerdy things!

He was heavily into BDSM - Batman, Dungeons & Dragons, Star Trek and Mathematics.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 6, 2015

It's so organized!

'Do what you want!' she cried lying back on the bed. 'I love a man who takes control.' 'OK' he said and put her CDs into alphabetical order.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 6, 2015

Ooooh...risky

She said she was turned on by men who took risks. So he took the plastic off his iPhone screen.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 10, 2015

Such a harsh punishment

'I've been a very bad girl,' she said, biting her lip. 'I need to be punished.' 'Very well,' he said and installed Windows 10 on her laptop.

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 7, 2015

Not hard enough!

'Harder!' she screamed, 'Harder!' 'Alright,' he said. 'What's the square root of nine times twelve divided by six point three recurring?'

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 6, 2015

Ouch...

'Hurt me!' she begged, leaning over his desk. 'Alright,' he said. 'Your phone's out of date and you're terrible at quadratic equations.'

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 11, 2015

That takes forever!

'I'm your slave tonight,' she said breathlessly, 'I'll do whatever you want.' 'OK' he said, 'You can sort my Lego while I watch Doctor Who.'

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 9, 2015

Beep boop beep!

'How do you feel about wearing black leather?' he asked. 'Ok,' she said. 'Good,' he smiled, 'Then you can be Darth Vader and I'll be R2-D2.'

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 5, 2015

Especially that kind of 'experimetntal!'

Her eyes widened as he placed his Bunsen burner on her dressing table and lit the flame. She loved a man who was experimental in the bedroom

— 50 Nerds of Grey (@50NerdsofGrey) September 8, 2015

What if it was an invisibility cloak?

'So,' she said, entering his bedroom, 'This is where the magic happens.' 'Oh yes,' he smiled, putting on his Harry Potter glasses and cloak.

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At LEAST one number

He was very careful during bondage sessions. He always used a safe word that contained upper and lower case letters and at least one number.

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Doesn't everyone?

'Come over,' she begged. 'I need you right now!' 'Just turn it off and on again,' he sighed. He hated these late night rebooty calls.

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All hail nerdy things!

He was heavily into BDSM - Batman, Dungeons & Dragons, Star Trek and Mathematics.

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It's so organized!

'Do what you want!' she cried lying back on the bed. 'I love a man who takes control.' 'OK' he said and put her CDs into alphabetical order.

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Ooooh...risky

She said she was turned on by men who took risks. So he took the plastic off his iPhone screen.

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Such a harsh punishment

'I've been a very bad girl,' she said, biting her lip. 'I need to be punished.' 'Very well,' he said and installed Windows 10 on her laptop.

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Not hard enough!

'Harder!' she screamed, 'Harder!' 'Alright,' he said. 'What's the square root of nine times twelve divided by six point three recurring?'

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Ouch...

'Hurt me!' she begged, leaning over his desk. 'Alright,' he said. 'Your phone's out of date and you're terrible at quadratic equations.'

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That takes forever!

'I'm your slave tonight,' she said breathlessly, 'I'll do whatever you want.' 'OK' he said, 'You can sort my Lego while I watch Doctor Who.'

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Beep boop beep!

'How do you feel about wearing black leather?' he asked. 'Ok,' she said. 'Good,' he smiled, 'Then you can be Darth Vader and I'll be R2-D2.'

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Especially that kind of 'experimetntal!'

Her eyes widened as he placed his Bunsen burner on her dressing table and lit the flame. She loved a man who was experimental in the bedroom

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23 Sep 09:17

AEP : O sofrimento dos cães de raça

Antes de tudo, veja esta coisa mais fofa do mundo:

cachorro

É um cachorro com um nome dos mais pomposos: o cavalier king charles spaniel.

A raça é recente, surgiu na Inglaterra apenas no século passado. É parente do cocker spaniel, mas menorzinho, não tem mais do que uns 30 cm de altura.

Imagine você chegando em casa enquanto esse peludinho com cara pidona faz festa. Uma graça, não?

A história não é tão bonita, na verdade.

Os cruzamentos sequenciais de bichos com as características desejadas criam vários problemas de saúde nos cachorros de raça. Eles sofrem. E o caso do cavalier king charles é extremo.

Problemas genéticos fazem com que eles tenham insuficiência cardíaca –a maioria dos animais morre prematuramente por causa do coração. É comum que os bichos morram antes de completar dez anos.

Mas o pior e mais bizarro é isto: seu cérebro é muito grande para o seu crânio. Isso causa dores de cabeça e, em alguns casos, paralisia. Um estudo holandês mostra que o problema deixa a área ao redor da cabeça, pescoço e ombos muito sensível, o que faz o bichinho ficar choramingando e tentando se arranhar.

Como isso aconteceu? Uma boa explicação se encontra no livro “Domesticated”, do neurobiólogo Richard Francis, recém-lançado nos EUA e que o colega Gabriel Alves gentilmente me trouxe de presente –bom, “presente”, “gentilmente”, porque mandou a nota fiscal para o jornal… Escrevi sobre ele na edição de sábado da Folha.

“No fim do século 19, todas as raças se pareciam mais com um cachorro genérico. Cachorros pequenos eram maiores, e os maiores eram menores… Diferenças nos esqueletos não eram tão exageradas. Mas tudo mudou com a fundação, em 1874, do primeiro kennel club de Londres. Esse clubes, em tese, serviriam para manter os padrões de raça existentes. Mas o que aconteceu foi bem diferente”, escreve Francis. “O seu efeito foi ampliar muito as diferenças entre as raças, por meio de competições nas quais os cachorros com traços mais extremos eram premiados e então selecionados para se reproduzir.”

Isso criou uma confusão genética. No afã de conseguir bichos pequenos, por exemplo, uma consequência pode ser meramente espremer os ossos, reduzindo o espaço para o cérebro ou outro órgãos.

É verdade que cruzamentos repetidos entre cães campeões, muitas vezes entre irmãos ou mesmo entre pais e filhos, serviram para “purificar” traços desejados –está lá eternizado aquele focinho bonito. Mas isso também causou o acúmulo de mutações genéticas deletérias.

É como em humanos: reproduzir-se em família aumenta o risco de problemas. Aliás, os estudos mostram que, inconscientemente, nós nos sentimentos atraídos pelo cheiro de pessoas com o sistema imunológico diferente do nosso. Eventuais filhos terão assim um sistema mais variado e, portanto, um arsenal maior contra eventuais doenças. E pense que, no caso dos cães de raça, não se trata de um incesto aqui ou ali. São vários, em série, por gerações.

“Virtualmente todas as ‘raças puras’ têm problemas genéticos. O câncer é tão comum entre cães de raça que, se estivéssemos usando padrões humanos, diríamos que ele é epidêmico”, escreve Francis.

Um estudo americano com 24 mil cachorros mortos mostrou que os vira-latas vivem em média 27% a mais do que os cães de raça –e isso desconsiderando que estes, muitas vezes bem caros, talvez sejam tratados melhor.

gdgs

O buldogue inglês Chico (Toni Pires/Folhapress)

Veja o caso do buldogue, para citar uma raça conhecida no Brasil.

A cara característica do bicho pode ser divertida, mas significa vários problemas respiratórios, porque o focinho pequeno dificulta o fluxo do ar. Isso atrapalha a refrigeração do animal, o que faz com que buldogues com frequência morram por “superaquecimento”.

A boca é pequena demais para acomodar os dentes. Os olhos não se encaixam perfeitamente no crânio. As dobras excessivas da pele, também levadas a um nível exagerado por criadores, são um paraíso para infecções.

Mas o mais impressionante de tudo é que a cabeça do buldogue é grande demais para o canal por onde ele tem de nascer, o que leva à necessidade de cesáreas.

“Tudo isso é consequência da obsessão com a pureza das raças”, escreve o autor americano.

Claro que não se trata de impedir que cães de raça existam. Até porque boa parte das raças não surgiram pela ação de criadores profissionais. A diferenciação se deu em função das necessidades locais –cães de caça, de companhia, pastores– e das condições geográficas –frio, calor, montanha.

É também sem dúvida útil para o dono ter certa previsibilidade sobre o comportamento do bicho. Um labrador não vai engolir seu filho, e o rottweiler não vai ficar amigo dos bandidos que tentarem entrar na sua casa.

Além disso, esses cães são lindos, até porque a seleção artificial promovida pelos criadores foi, afinal, direcionada para isso. Alguns entusiastas da adoção até podem dizer que os cachorros são todos bonitos da mesma forma, que cada um é bonito ao seu jeito, mas isso é ver o mundo de um jeito cor-de-rosa.

Inevitavelmente alguns bichos –assim como algumas pessoas– serão mais bonitos que os outros, e é natural que o dono queira que o cachorro mexa com seus sentimentos estéticos. Beleza importa –fico de uma hora escrever sobre a defesa da estética feita pelo filósofo britânico Roger Scruton e pela neurocientista Nancy Etcoff.

A questão é quanto sofrimento estamos causando aos bichos só para saciar nosso desejo de levar ao extremo determinados traços.

Talvez manter as raças tradicionais, que ao menos tiveram vários séculos para se adaptar, já estivesse mais do que de bom tamanho.

Claro que não temos como saber qual o grau de felicidade dos cachorrinhos, mas a impressão de que vira-latas aparentam alegria talvez não se deva, como diz o senso comum, ao fato de eles ficarem satisfeitos só por terem um lar.

Talvez a ausência daquela dor de cabeça insuportável seja providencial na hora de balançar o rabo alegremente.

Parece que a moda agora é chamar vira-lata de SRD (de “sem raça definida”). Vá lá que veterinários escrevam assim em textos técnicos, mas que essa sigla horrível passe a ser utilizada nos jornais ou na rua é uma bobagem.

Vira-lata é uma das palavras mais divertidas da língua portuguesa, no nível do nhenhenhem e do escarafunchar. Que chatice.

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22 Sep 17:27

AEP : 6 frases que delatan a los pseudo-psicólogos y falsos terapeutas

Albener Pessoa

(Via Cyntia MB)

Imagen: Critical Thinkers

El entorno de sobreinformación que constituye el internet hace que proliferen y se multipliquen ideas, teorías y propuestas de dudosa efectividad. Más aún, los charlatanes, falsos psicólogos y personajes con delirios de redención espiritual han encontrado la vía para difundir su concepción de salud mental, poniendo en serio peligro la salud de las personas. ¿Cómo reconocer a un charlatán cuando se le tiene enfrente? Recorriendo la inmensa cantidad de páginas web dedicadas a supuestas teorías revolucionarias, hemos detectado las 6 frases más comunes utilizadas por éstas:

 1.  “Yo no trato enfermedades, trato el bienestar de las personas”

Se ha difundido la creencia popular de que las enfermedades son provocadas por la ciencia médica, y peor aún, que el objetivo de la medicina es mantener a la gente enferma. Episodios históricos como la peste bubónica en Europa o la epidemia de viruela que casi acabó con los aztecas a la llegada de los españoles son convenientemente olvidados por los promotores de esta idea. Algunos charlatanes un poco más letrados citan dos o tres referencias de Focault para alegar que la medicina mata, y que ellos, como no son médicos, no matan. Este argumento es tal válido como asegurar que el tabaco no mata, porque es natural.

 2. “Para curar la enfermedad, se debe sanar al cuerpo y al alma”

La dualidad cuerpo-alma pertenece al campo de la filosofía. Para las ciencias de la salud, está más que claro que las funciones biológicas son el soporte de las funciones mentales, y que éstas son dependientes de las primeras. Del mismo modo, sabemos que las funciones mentales pueden desencadenar procesos biológicos en un sistema de doble retroalimentación. Este sistema involucra una comunicación químico-eléctrica entre las entidades neurológica, inmunológica y endocrina a través de ejes químicos y redes de recepción-acción. Esta interacción no permite análisis del tipo causa-efecto, sino más bien de ciclación. Es decir, un evento psicológico desencadena un evento biológico, pero ese evento psicológico pudo darse gracias a que lo permitió un evento biológico anterior. Como este sistema es demasiado complejo para los charlatanes, es más fácil recurrir al alma y demás entidades a las cuales se les pueden atribuir toda clase de facultades sin mayor explicación más que “energías”.

 3. “Usted sanará si es su momento para sanar, no puedo contravenir a leyes universales”

La noción de leyes universales, reglas eternas, axiomas naturales, información cósmica y demás conceptos inconexos se han vuelto particularmente populares, y se han difundido de forma irresponsable en televisión y cine tratándolas como verdaderas, incuestionables y absolutas. El nivel de aceptación que han provocado llegan a niveles de fanatismo, especialmente porque basta revisar un poco estas ideas para darnos cuenta que poseen el mismo fundamento que cualquier otro esoterismo. Ligado a estas ideas, se ha optado por utilizar la noción de sanación, la cual suele definirse de forma similar al nirvana. ¿Qué ocurre cuando fundamentamos un proceso terapéutico a una acción esotérica? Nada. De ahí a que se le dé al tiempo el poder último de decisión de estado de salud del paciente. Estos charlatanes son como el Rey de El Principito, quien alegaba que todo el universo le obedecía. Cuando El Principito le pide al Rey una prueba de tan magnífico poder, el Rey le pide al sol “¡Sol, ponte!”. Como el sol no se ponía, El Principito cuestionó al Rey, “¿Por qué no te obedece el sol?” a lo que el Rey le responde, “me obedecerá cuando sea el momento”.

4. “Yo no uso expedientes ni estudios, porque trato el presente vital, no el pasado”

Muchos movimientos de pseudopsicología, o incursiones falaces de psicologías no clínicas en el campo de la salud se caracterizan por una desestimación absoluta de los métodos de recolección y seguimiento de información clínica, con el pretexto de que a un paciente, lo que le importa es su bienestar actual y no sus problemas del pasado. Por lo tanto, las historias clínicas, las  notas de evolución, y los antecedentes heredo-familiares son obviados, esperando a que esto tenga alguna clase de efecto terapéutico, ya que “si algo no se recuerda es como si no hubiera existido”. Para un charlatán, dedicarle tiempo al ejercicio de la recolección, análisis y descripción de información clínica es una pérdida de tiempo, y un acto que contraviene a las leyes de asistencia sanitaria en casi todos los países.

5. “Después de la sesión, no trate de pensar en lo que pasó, el tratamiento hará su trabajo en el momento indicado”, o “Para que esto funcione, tiene que dejar de pensar y comenzar a sentir”

El pensamiento crítico es el gran enemigo de los charlatanes, por lo que éstos suelen manipular a sus pacientes induciéndoles la idea de que pensar es malo, o simplemente nocivo para el tratamiento. De esta forma nos hemos encontrado con pseudoterapias que aseguran que su proceso de acción es tan profundo y personal que si la persona trata de comprender o explicar lo que pasó, el efecto simplemente se pierde. Esto se parece mucho al mito del hombre que siempre sabía que número de lotería sería el ganador, solo que si se lo comentaba a alguien o hacía uso de ese conocimiento, en ese momento el número ganador cambiaba por otro. Todos los pacientes tienen derecho a la segunda opinión, al consentimiento informado y a realizar cuantas preguntas sean necesarias para comprender el tratamiento en el que se les pretende involucrar.

 6. “Si no funcionó es porque no siguió el tratamiento adecuadamente”

Finalmente, nos topamos con que los tratamientos promovidos por los charlatanes tienen una garantía del 100% de efectividad, sólo por un pequeñísimo detalle: dependen de que se sigan al pie de la letra todos y cada uno de los pasos con precisión quirúrgica, de lo contrario el tratamiento falla.  Esto es totalmente opuesto a la sencillez y claridad con la que explican las causas de un padecimiento. Por el contrario, muchos tratamientos pseudo-psicológicos recurren a explicaciones de su funcionamiento tan complicadas que ni sus mismos promotores saben exponerlas con claridad. Así como en el Medioevo los fenómenos de la electricidad estática eran tan espectaculares que los alquimistas los utilizaban para asombrar a las masas, hoy nos topamos con falsos terapeutas que recurren a ramas de las ciencias como la mecánica cuántica, la teoría de cuerdas, los alelos genómicos, e incluso los priones para “fundamentar científicamente” sus tratamientos, y la razón de su “complejidad”.

Si usted es un paciente y escucha de un auto-proclamado profesional una de estas frases, o paráfrasis de las mismas, es prácticamente seguro que se trata de un charlatán. Si usted es un psicólogo y está buscando nuevos horizontes de especialización, ponga atención en las frases con las que se promueve la terapia de su interés para evitar caer en incursiones falaces de teorías psicológicas en el entorno clínico.

Artículo previamente publicado en Actualidad Clínica y cedido para su publicación en Psyciencia por su autor. 

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20 Sep 22:59

AEP : Salvador receberá curso para ensinar homens a fazer sexo oral em mulheres - Varela Notícias - Conectado aos Baianos

orgasmo 1

Em curso, homens aprenderão a dar prazer para a mulher (Foto: Divulgação)

Redação VN
redacao@varelanoticias.com.br

Após a realização dos cursos de Sexo Oral e Masturbação voltados apenas para mulheres, a equipe do portal Mundo Intimidade resolveu quebrar mais um tabu: em novembro, vai lançar o primeiro curso de sexo oral do Brasil voltados exclusivamente para homens. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (17).

“O curso é importante porque muitas mulheres que fizeram os outros cursos se queixavam que os companheiros não sabiam fazer o sexo oral direito. Muitas contaram que fingiam estar gostando para manter a relação. E a gente também teve uma procura de homens perguntando se não iríamos fazer cursos voltados para eles”, conta a a educadora sexual e pesquisadora de sexualidade da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Aline Castelo Branco, ao Varela Notícias.

(Foto: Reprodução/Facebook)

(Foto: Reprodução/Facebook)

“Através das pesquisas que faço no mestrado, diante dos questionamento das mulheres, classifiquei os piores homens que fazem sexo oral em três tipos: o primeiro é o ‘Homem Lambida de Vaca’, aquele que passa a língua de cima para baixo repetidas vezes, algo errado e que não dá prazer nenhum; o segundo é o ‘Homem Sugador’, aquele que faz bico de peixe e fica tentando puxar o clitóris, causando dores; o terceiro é o ‘Homem Furadeira’, que é aquele homem que fica com o rosto para lá e para cá, sacudindo a vagina e o clitóris da mulher.”, explica ela. “Vamos tentar fazer com que os homens não fiquem em nenhuma dessas classificações”, completa.

Nesse curso, também será ensinado como tocar na mulher e algumas técnicas para beijar o clitóris. Os rapazes vão ter noção de como funciona o órgão genital feminino. A ideia, segundo os idealizadores, é fazer com que o machismo seja deixado de lado. A data e o local do evento ainda não foram divulgados, mas quem participar já pode se inscrever por e-mail: cursosintimidade@gmail.com. O curso será ministrado por médicos homens e mulheres.