Shared posts

22 Jul 12:34

Mini-conto #21 – “Adventure Comics 330″

by João Baldi Jr.

lex luthor

Quando ela ligou o rádio do carro a música deles estava tocando. Por um segundo a mão tremeu, ela não conseguiu apertar o botão certo, ouviu todo o refrão. Mudou de estação. Respirou fundo, abriu a janela, saiu com o carro.

No caminho a rua de sempre estava fechada, teve que pegar um desvio. Cruzou duas ruas que não conhecia muito bem e quando reconheceu o caminho outra vez estava passando na frente do bar onde eles tinham se conhecido. Acelerou um pouco mais, quase furou um sinal, colocou a mão no porta-luvas pra procurar por alguma coisa sem nem saber o que era.

Escritório. Na entrada a Fernanda estava esperando com umas pastas, ela tentou desviar mas as duas acabaram no mesmo elevador. Ela não falou sobre ele, não perguntou, apenas cumprimentou como se não tivesse nada pra falar. As duas sorriram um pouco sem graça. O elevador pareceu demorar o dobro do tempo pra chegar no oitavo andar.

A primeira reunião da manhã era com um consultor de fora e assim que ela ouviu a primeira frase viu que o cara tinha o mesmo sotaque que ele. Tentou se distrair com o telefone celular mas mesmo ela tendo deletado todas as fotos dos dois juntos, fosse nas férias, fosse em casa, fosse com o cachorro, uma delas ainda estava lá, perdida no meio dos wallpapers. Chegou a sorrir um pouco antes de clicar e deletar.

No outdoor do outro lado da rua um anúncio da peça de teatro que eles queriam ver. No email chegou o pedido de confirmação de presença do casamento da prima dela, eles tinha comprado junto as passagens. Quando foi procurar grafite pra lapiseira achou dentro da gaveta um livro que ele tinha emprestado pra ela. Na copa o Luiz perguntou pra ela se o Lê ainda estava procurando alguma pelada pra quinta-feira, porque tinha uma vaga na dele. Ela disse que não sabia e bebeu o café mais rápido, quase queimou a boca.

Na hora do almoço o prato do dia no restaurante era aquele peixe que eles tinham aprendido a fazer com o programa da tv. Um cara parecido com ele sentou na mesa do lado, a moça do caixa deu de troco a bala favorita dele. Ela sempre odiou maçã verde, atirou a bala no lixo. Um garoto com o mesmo perfume que ele estava esperando na recepção, os resultados do jogo do time dele passavam no monitor, ela ouviu alguém chamando a Luisa Prestes de Luzinha, que era o apelido dela, quando os dois tavam juntos. Mesmo ela tendo desfeito a amizade alguém compartilhou um post dele no Facebook. Ela decidiu sair pro jardim, pra fumar.

Chegando lá ela se sentou, abriu o maço, respirou fundo. Acendeu o cigarro. Deu a primeira tragada e finalmente sentiu um pouco de paz. Tocou de leve numa das plantas. Levantou a cabeça. Olhou pro céu e tudo parecia bem. Até ver uma nuvem que, ela não sabia exatamente como explicar, mas parecia ter exatamente a forma do rosto dele. Apagou o cigarro. Colocou o maço no bolso, disse pra si mesma que aquilo estava ridículo. Correu até a mesa, pegou o celular, mandou uma mensagem dizendo que estava pensando nele.

#

Em seu laboratório o cientista maligno Lex Luthor esfregava as mãos, enquanto pensava se não eram atitudes como esfregar as mãos que faziam com que todos pensassem que ele era um cientista maligno. Ou as tentativas de matar o Super-Homem. Ou a frequência com que ele usava robôs gigantes pra atacar a cidade. Mas o que importava é que ela tinha respondido. Alterar a programação do rádio tinha dado certo, a hipnose na Fernanda, chantagear o gerente para trocar o consultor, hackear toda a rede de telefones celulares, criar um polímero especial que alterava a imagem do outdoor durante a manhã, criar um robô igual ao Luiz, comprar o restaurante, subornar a moça do caixa, colocar no prédio aquele fungo kandoriano que emitia o mesmo perfume que ele, realizar a programação mental com palavras chave em todas as pessoas do prédio usando uma frequência microondas emitida através de um satélite localizado no lado escuro da lua.  O livro ele tinha esquecido com ela mesmo. Ele gostava daquele livro. Mas tudo valia a pena se ela tinha pensado nele.

Enquanto dava os retoques na mais nova versão da sua armadura movida a kriptonita, Lex pensava se talvez a ideia de usar uma máquina para colocar o formato do próprio rosto nas nuvens não teria sido um pouco demais. Sorriu e afastou a ideia enquanto colocava mais um lançador de mísseis acima do braço biônico. “Ficaram ótimas as nuvens. Tava bem foda”, ele pensou.


Arquivado em:Sem Categoria Tagged: contos, eu totalmente gostaria de poder escolher o formato das nuves e acho que a gente investe pouco nisso talvez porque não teria nenhuma utilidade prática, fanfic, gosto de imaginar que algum amigo do lex luthor chamaria ele de LELÊZÃO DA GALERA, lex luthor, mas pensa você poder sei lá desenhar o seu logo numa nuvem e colocar ela no centro da cidade na hora do rush me diz se não ia ser uma ideia doida e todo mundo ia achar que a nuvem tava lá por acas, mini-contos, nuvens são um lance bem foda se você for pensar, releituras emotivas do universo dc, romance, situações, super-homem, términos, tipo

16 Jul 14:42

The Perfect Idea

by Grant

Incidental Comics posters are available at my shop.
16 Jul 14:41

Negative Thinking

by Grant

16 Jul 13:52

Kong

14 Jul 14:05

Photo



14 Jul 13:31

Knock loud, I’m home.



Knock loud, I’m home.

14 Jul 13:29

Nope

14 Jul 12:23

Peanuts

14 Jul 12:23

Superheroes, William Wray















Superheroes, William Wray

24 Jun 17:45

(31) Tumblr

by ladybird13
24 Jun 15:18

Reflection

by Grant

18 Jun 12:01

Walk this way

16 Jun 13:37

New Philosopher

11 Jun 12:23

Lorraine Dowty

11 Jun 12:20

Tokstokhausen

by brunomaron

tokstokhausen


Arquivado em:doutores da tristeza
11 Jun 12:16

Como foi o show do RVIVR no Rock Together (SP)

by boredcarla

Todas as fotos por Ana Laura Leardini

Senti o corpo quente e vivo. A sensação de falta de ar já passou. O som muito alto, a banda tocando de um jeito visceral - afinal, são três anos sem nos vermos - e os sorrisos entre a banda, o público e o público e a banda foi bonito de ver. Sabe, aquela compreensão cheia de carinho? Foi assim. Por quase duas horas falamos a mesma língua, dançamos juntes e fomos catárticas. O show acabou e ainda deu tempo de pegar o metrô, então as pessoas que fizeram bate volta só pra ver o show (como eu) conseguiram sair sem correria. Ainda bem.

Ao meu lado e atrás de mim tinham várias minas dançando e cantando, e isso em São Paulo você sabe que não é algo que vemos todos os dias, e isso só tem a ver com a postura da banda. Quando a Erica falou que o show do RVIVR é para ser para tods se divertirem (ela pediu para uma pessoa falar isso em português), a reação dos caras - de onde pude ver - foi ok. Bem diferente daquela lá de 2012, quando muitos caras ficaram desmaiados porque pela primeira vez ouviram de uma banda que ela não queria um espaço de violência e que queria as "meninas para frente". 

A cada acorde de um som mais antigo, como "Cut the Cord" e "Grandma" uma explosão de todo mundo cantando junto acontecia. Em uníssono, com movimento e muita paixão. Era isso que o RVIVR veio fazer e isso que todo mundo deu: empolgação, tesão, vontade e diversão. O Kevin não parava de socar a bateria, e as vezes ainda olhava pra frente e dava um sorriso bem satisfeito. 

O ar ficou pesado, o suor desceu e a cada pulo/pogo, eu sentia que a calça estava grudada para sempre em mim. As lembranças dos shows de 2012, dos amigos, das pessoas que ainda não tinham tretado e de tudo daquele ano afloraram, aí tive que dançar aquilo tudo para fazer novas lembranças.


 


O Rock Together é um estúdio bem pequeno, o palco muito baixo e todo mundo ficou assim, bem vermelho, bem junto, como é comum nos shows da banda. Dava gosto de ver o Matt tocando e dos solos malucos, as aceleradas que ele dava na música sem a gente esperar. A baixista que está acompanhando a banda na turnê Sul Americana, Sue Werner, com muita simpatia curtiu o show, desceu do palquinho, vibrou a cada nota, cantou junto e deixou o show mais animado. Ela toca também no War on Women. A Erica foi a Erica, a mesma simpatia, simplicidade, virtuosidade e vontade de sempre. A real fucking diva. 





É sempre bom ver o RVIVR tocar. Desta vez o que mais me marcou foi a comunicação visual dels, que é tão cheia de sentimento e que deixa as músicas ainda mais intensas. A troca de olhares o "espera" antes da música começar, os sorrisos, a alegria deles. O sentimento está lá na sua cara pulsando e suando e o que me restou fazer foi me acabar no show que acho que vai ser o melhor do meu ano.

O show foi.. "Its just something that I cant explain". Por que muita coisa fica mesmo é por dentro, mexendo com as tuas lembranças daquele dia que a coisa (a única) que te deixou feliz foi ouvir RVIVR porque o que eles falam faz sentido na tua vivência. Porque a cada música gritada no show você explodia e voltava, revivendo sentimentos e pessoas que "have to go and that's ok"; que te deram motivos para gritar toda a letra de "Real Mean" porque você tentou demais; porque você precisa ser a enxurrada de chuva que vai mudar a sua própria vida; porque a música é tão forte e você não consegue controlar os músculos; porque a única coisa que você pode fazer é ser você mesma, independente do que as amigas, família, conhecids esperam de você; porque você termina o show com um sorriso mais alegre de todos e suas amigas reparam. 

O show foi isso mas também foi aquele entendimento incomodo de que "como você consegue passar tanto tempo da sua vida fazendo coisas que você não gosta e não acredita mas que são necessárias para a sua sobrevivência". Talvez o que falte seja só coragem. 


 É sempre incrível revivere e lembrar quem a gente é, e esquecer o que as pessoas falam que nós somos. Depois disso, só fica a certeza de "we don't wanna get good at goodbyes" porque "i've seen how the flowers grown you light". 

--------------------------
O primeiro show do RVIVR da turnê 2015 foi quinta-feira, dia 4, no estúdio Rock Together em São Paulo. Veja a lista completa dos shows.

This entry passed through the Full-Text RSS service - if this is your content and you're reading it on someone else's site, please read the FAQ at fivefilters.org/content-only/faq.php#publishers.

05 Jun 11:22

The Return

by Eoin

The-Return-onblack

The post The Return first appeared on SPACE AVALANCHE.

Flattr this!

02 Jun 12:21

Mobstr

02 Jun 11:20

fucktum

by xote
02 Jun 11:17

Bill Domonkos # update

by noreply@blogger.com (I need a guide)



Animated gifs by Bill Domonkos

(previously featured here)


02 Jun 11:15

Photo



26 May 12:12

Lorenzo Castellini, @art.lies


Lorenzo Castellini's Instagram account @art.lies


Lorenzo Castellini's Instagram account @art.lies


Lorenzo Castellini's Instagram account @art.lies


Lorenzo Castellini's Instagram account @art.lies


Lorenzo Castellini's Instagram account @art.lies


Lorenzo Castellini's Instagram account @art.lies


Lorenzo Castellini's Instagram account @art.lies


Lorenzo Castellini's Instagram account @art.lies

Lorenzo Castellini, @art.lies

25 May 12:40

Toothpaste for dinner

Robson Assis

uma realidade.

15 May 10:41

I have to agree with Mr. Tristan.

13 May 13:32

Saint-Etienne, France

13 May 12:47

Mobstr

13 May 12:43

Modern Toss

11 May 16:59

Vinnie creates a new piece in Eauze, France

by Street Art News
Vinnie spent her week-end working on this brand new piece somewhere in the city of Eauze in France.

Vinnie spent her week-end working on this brand new piece somewhere in the city of Eauze in France.
In town for the Street Art Festival Magnac Eauze, the French female artist brought to life one of her signature ladies with big eyes. As usual, she cleverly took advantage of the surrounding vegetation to create this artwork. Vinnie's work usually features voluptuous women, women of color with afros, full lips, and wide hips. Regardless of ethnicity, her street art surely catches one’s eyes with lovely colors and enticing expressions.
Hit the jump for a closer look at this piece and then check back with us throughout the week for the latest Street Art updates.

Read The Full Story »
30 Apr 14:13

Matthew Quick


Matthew Quick | matthewquick.com.au


Matthew Quick | matthewquick.com.au


Matthew Quick | matthewquick.com.au


Matthew Quick | matthewquick.com.au


Matthew Quick | matthewquick.com.au

Matthew Quick

30 Apr 13:59

Connect the dots , Gavin Rain











Connect the dots , Gavin Rain