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http://last-tapes.blogspot.com/2013/12/mais-dia-menos-dia-demito-me-deste-lugar.html
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de histórias é justamente o contrário de historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias. Por que essa diferença? Simples, leitor, nada mais simples. O historiador foi inventado por ti, homem culto, letrado humanista; o contador de histórias foi inventado pelo povo, que nunca leu Tito Lívio, e entende que contar o que se passou é só fantasiar.
Machado de Assis, crónica de 15 de Março de 1877.
Mom, It's REAL!
Amazing Reasons to Get Detention
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Fan Imagines Activision's Atari Games As G.I. Joe Action Figures
Fresh from constructing Mega Man toys using Kenner’s classic 3.75″ tall Star Wars figures, action figure customizer Dan Polydoris is back on the scene with a line honoring the Activision games of the Atari Era using classic G.I. Joe figures. That’s right, Polydoris has fashioned the protagonists from Pressure Cooker, Keystone Kapers, Pitfall!, H.E.R.O. and Frostbite into toys from Real American Heroes.
Posted by Polydoris as a birthday present to himself upon turning 33, the custom figures are completed with custom blister packs. Polydoris notes on his site that he took minor liberties with each character’s clothing, but otherwise stuck to their Atari pixel color schemes.
Polydoris has even shared his custom recipes for fellow action figure enthusiasts who might wish to commemorate their favorite Activision Atari games with customs of their own. It’s not too difficult to track down most of these pieces on auction sites, garage sales or brick and mortar stores, but it’ll certainly take some skill to replicate his handiwork.
www.chicagotoycollector.com/ www.chicagotoycollector.com/ www.chicagotoycollector.com/ www.chicagotoycollector.com/ www.chicagotoycollector.com/ http://www.chicagotoycollector.com/[Via Chicago Toy Collector]
Poder e autoridade
Nas aulas de ciência política de Francisco Lucas Pires aprendia-se, via Max Weber, a distinguir poder de autoridade. Ontem, nas escadarias da Assembleia da República, uma manifestação pacífica - sim, pacífica - de milhares de cidadãos que exercem funções policiais acabou por exemplificar a distinção. Poder e autoridade ficaram separados por uns lances de escada. A circunstância de alguns daqueles cidadãos terem acedido a um patamar superior possui um simbolismo que não deve ser desprezado. E ainda mais simbólico foi o facto de, como maior ou menor exaltação (própria do humano, do demasiadamente humano), não ter havido violência. O que pretendo significar é que a autoridade do Governo perdeu-se entre a base e o primeiro patamar daquela escadaria. Pacificamente. A do Presidente da República, perdida desde Julho, acentuou-se com uma coisa nunca vista nestes quarenta anos de regime: o inusitado pedido público da sua demissão por parte de um seu antecessor. Em suma, somos pastoreados por poderes representativos sem sombra de autoridade. Se calhar não merecemos melhor.
Adenda: Percebi ao longo do dia que algumas vestais ficaram perturbadas com o que se passou ou deixou de passar. Na realidade, não se passou nada se tivermos em conta que os envolvidos são o que são e actuam num quadro de deveres e de direitos bem distintos do chamado cidadão comum. Por isso não entendo a demissão do director nacional da PSP. Pedida ou exigida, esta demissão é mais uma consequência canhestra de não se saber conciliar poder com autoridade. O respeitinho e o temor reverencial, quando substituem um e a outra, transmitem um sinal errado à sociedade. Mas ao ponto a que isto chegou, não vale a pena chover no molhado. Quem só se lembra das instituições, ou dos compromissos institucionais, de calças na mão, o que é que deve esperar?
Adenda2: Constança Cunha e Sá, na tvi 24, afirmou que lhe constou que o MAI, ontem à noite, terá ligado ao director nacional da PSP a felicitá-lo pelo comportamento das forças de segurança na escadaria de São Bento. E que, de manhã, o chamou, no fundo, para o demitir. O que se terá passado no interim? Algum telefonema mais "elevado"? Não seria a primeira vez, nem decerto seria a última, que o telefone toca e que, de seguida, uma cabeça intermédia é "servida".
ouvido ao telefone
Estou agora a chegar ao parlamento. Isto hoje está mais seguro. Os polícias já foram embora.
Olhe que não, olhe que não
Mário Soares está tão convencido que escaparia incólume a uma onda de violência revolucionária que resolveu incitá-la.
Livre-Trânsito
16 anos
Ai Céus!
PS — Choca também que este chalado, apesar de escrever em jornais e de ter um programa na televisão, seja constantemente convidado para dizer baboseiras, como aconteceu este fim-de-semana com a TSF e o DN.
É a desigualdade, estúpido!
O Cláudio já aqui referiu como não está de todo estabelecida qualquer relação entre a actualização do salário mínimo e o desemprego. Quem acena esse fantasma tenta apoiar a sua tese num empirismo em que uma empresa luta com dificuldade para sobreviver e o aumento do salário mínimo levaria a empresa a fechar portas. É curioso como a direita tende a lidar tão bem com as insolvências como regeneração da economia excepto se se dever ao salário mínimo.
João César das Neves contesta a subida do salário mínimo. Diz ser favorável a uma subida gradual (e mais indicativa do que impostiva) e que esta foi bastante significativa nos anos recentes. Contudo, para quem gosta de avaliar os custos relativos do trabalho, poderia preocupar-se em fazer uma comparação de salários mínimos, por exemplo. Aí, porventura, poderíamos todos concordar que pode ainda subir mais porque em termos relativos continuamos com um salário mínimo muito baixo:
A razão pela qual é absolutamente imperiosa uma subida do salário mínimo é porque permite reduzir a pobreza entre os trabalhadores, permite reduzir as desigualdades. Um dos primeiros pontos na discussão com César das Neves seria desqualificá-lo como ele pretende fazer com todos os que defendem teses contrárias às deles.
Para César das Neves todos os que dele discordam são porta-vozes de interesses mais ou menos obscuros. Ora, sendo o aumento salário uma (re)distribuição de rendimentos de capital e de rendimentos de trabalhadores qualficados para os menos qualificados percebe-se que alguns dos que surgem a gritar na comunicação social se mostrem muito incomodados. Aparecem a bater com a mão no peito como se pretendessem defender os pobres quando estão essencialmente a defender de forma mesquinha a sua posição relativa. (O vocabulário foi propositadamente adaptado ao estilo troglodita.)
A desigualdade não merece da parte do César das Neves uma palavra séria. Porque razão? Porque não é um problema? Este relatório de 2012 da OCDE apresenta Portugal como um dos países com as desigualdades mais obscenas entre os países analisados.
César das Neves aparece indignado com a subida enorme do salário mínimo. Com os efeitos que a sua dinâmica possa ter nos custos do "factor trabalho". É estranho, contudo, que outras subidas não o deixem igualmente indignado. Por exemplo no mesmo relatório podemos avaliar a progressão da fracção de rendimento que os mais bem pagos (1%) recebem:
Seria interessante perceber o que César das Neves tem a dizer sobre esta progressão. Seria muito interessante. Mas para que a conversa seja devidamente colocada nos termos em que César das Neves a coloca, deveria comentar apenas depois de dizer se confirma que pertence ao 1% da população mais bem pago.
o medo mora comigo
graçolas de oportunidade
Calma. Roberto mudou de clube mas está tudo na mesma: continua a custar pontos e jogos ao Benfica.