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15 Feb 20:59

November 11, 2012


WOOH COMICS


10 Dec 12:24

mitsudiz

by O Melhor do Twitter (OMdT)

WINAMP O ITUNES HÉTERO

10 Dec 12:04

fuckyourfreckles: casstic: Gamers do Christmas...

by aishiterushit


fuckyourfreckles:

casstic:

Gamers do Christmas better!

gamers do everything better

HOW.

HOW DO I MAKE THIS HAPPEN.

10 Dec 02:46

Toy Story 4

Submitted by: rohtyv
Posted at: 2012-12-07 14:02:30
See full post and comment: http://9gag.com/gag/6020766

10 Dec 02:36

http://naosenteaomeulado.blogspot.com/2012/12/tenho-uma-pasta-no-email-onde-vou.html

by raquel.
tenho uma pasta no email onde vou jogando todos os convites que recebo. simpósios, congressos, semanas disso e daquilo, curso de manejo de cana de açúcar, semana dos produtores de banana prata. não é um sistema muito bom porque muitas vezes acumula tanto lixo que acabo perdendo eventos que realmente me interessavam (tá bom, vai, nem tanto), mas no geral administro minhas inscrições baseada em 3 critérios:
1. NÃO TEM DINÂMICA/RODINHA/MOMENTO VAMOS-DAR-AS-MÃOS 2. dá algum certificado útil (defina útil) 3. é razoavelmente perto de casa
e dentro disso eu me inscrevo em praticamente qualquer coisa. 
mas estava aqui analisando a viabilidade de um evento e me deparo com a seguinte informação:
a taxa de inscrição será utilizada para a compra do material e realização de nosso coffee break, que será o mais agroecológico possível!
gente. aí não, né. vamos combinar que ao se realizar uma inscrição apenas 2 coisas REALMENTE importam: o certificado e o coffee break. sem mimimis aqui. pode confessar, sua mãe e seu orientador não estão olhando. compartilhar conhecimento meu cu. eu quero ganhar um papel dizendo que gastei muitas horas de minha vida ali sentada e apresentei meu trabalhinho como um bom chimpanzé adestrado, se possível tomando um chocolate quente entre uma coisa e outra. agora imagine passar 3 horas assistindo uma mesa redonda sem mais nem porquê, e quando finalmente aquele martírio acaba vem alguém e te oferece, sei lá, chips de mandioca. cubos de mamão orgânico desidratado. rouba a alegria de viver (que já vai estar baixíssima). eu já ganhei banana em coffee break, cara. sem condições, acabou com o meu dia. e olha que já participei de uns eventos trevas que davam biscoitos suspeitíssimos e muitos litros de refrigerante genérico de manhã cedo, mas nada jamais superou a decepção de sair da sala e encontrar um cesto cheio de... bananas. 
então estava aqui pensando que, além dos 3 critérios habituais, precisarei adotar mais um. que consistirá na análise do nível de ripongagem de perfis do facebook dos membros das comissões organizadoras procurando por indícios como dreads, colares de sementes, flautas de bambu, fotos abraçando árvores e referências aos guarani kaiowá no status.

e a outra opção continua sendo descobrir em mim um insuspeito talento para a ginástica rítmica e trocar de carreira, mas sei lá, tô começando a achar um pouco difícil de acontecer.
10 Dec 00:15

fuckyeahdementia: awkward



fuckyeahdementia:

awkward

09 Dec 02:17

Sobre o Google Reader

by marcus

Like a physician’s scale, achieving the ideal social network is a question of balance. Twitter errs on the side of distribution, and, consequently, 40% of its users don’t tweet. Tumblr favors creators, but is rife with pornography and spam. Facebook may well achieve an equilibrium, but it is social to a fault; the network, like a heaving, many-headed Narcissus, rallies mostly around itself. Reader pivoted on the fulcrum of content, unearthed and spread in equal parts. What drew Courtney Stanton, a project manager in Boston, to Reader was that “it balances the two primary uses of the Internet: information and communication.” Or as Wetherell told me, “What we made is nearly a one-to-one relationship between the ease of consumption and the ease of sharing.” Google, after Facebook could no longer be ignored, went looking for a social network of its own. It might have already had a golden one.

Google’s Lost Social Network

Leia também:

  1. Venham gostar de mim
  2. Sobre FarmVille e similares
  3. Meias Vermelhas & Histórias Inteiras
  4. Se não sabe brincar, não desce pro play
  5. O que os finlandeses precisam de saber acerca de Portugal
07 Dec 14:57

Macanudo

07 Dec 11:56

escuta, o fundador da wikipédia que é vocalista do Coldplay, né?

by OsiasJota (Osias Jota)
escuta, o fundador da wikipédia que é vocalista do Coldplay, né?
07 Dec 11:44

O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE (1990)

by Felipe M. Guerra
Osias Jota

OH GOD!


Quem viveu a Era de Ouro das videolocadoras brasileiras deve lembrar bem do nome Wilson Rodrigues. Através da sua empresa, a WR-Filmes Ltda., este mineiro de Belo Horizonte radicado em São Paulo distribuiu um montão de tralhas hoje dificílimas de encontrar mesmo lá fora, como a ficção científica pós-apocalíptica "1999 - O Sobrevivente do Fim do Mundo", de Michael Shackleton, o drama de guerra "Mergulhando Para o Inferno", de Shûe Matsubayashi, e o anime "Terror em Love City", de Kôichi Mashimo.

Mas Wilson Rodrigues também dirigiu e produziu seus próprios filmes. Começou com pornochanchadas ("A Dama do Sexo", "Meu Primeiro Amante"), mudou para o sexo explícito quando o pornô estava dando dinheiro ("Masculino... Até Certo Ponto", em 1986), e tentou limpar o currículo especializando-se em produções voltadas ao público infantil. "É a primeira vez que se tem a chance de produzir um vídeo especialmente dedicado ao público infantil, que tem poucos títulos brasileiros à sua disposição", declarou Wilson em reportagem da época.


O resultado da iniciativa foram duas produções baratas baseadas em contos de fadas, produzidas originalmente para o mercado de vídeo, mas também exibidas em alguns cinemas: "No Mundo da Carochinha Volume 1 - Chapeuzinho Vermelho" e "No Mundo da Carochinha Volume 2 - Joãozinho e Maria", ambas de 1986. José Mojica Marins, o Zé do Caixão, trabalhou na supervisão de "Chapeuzinho Vermelho", e Rubens Francisco Lucchetti, roteirista de vários filmes de Mojica e de Ivan Cardoso, ficou responsável pelas adaptações (acima, os pôsteres das duas produções).

Surpreendentemente, os dois filmes deram um bom retorno financeiro, e Wilson resolveu investir a grana que lucrou com eles numa produção melhorzinha, em sociedade com Rodri J. Rodriguez. Só que sonhou um pouquinho alto demais, achou que era Steven Spielberg e torrou todo o dinheiro num filme brasileiro com pretensões hollywoodianas (só pretensões). Em resumo, foi assim que nasceu O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE, terceira obra da série "No Mundo da Carochinha", mas lançada diretamente em VHS sem esta alcunha, como se fosse uma produção independente.


Rubens Lucchetti novamente ficou a cargo da adaptação, dessa vez da fábula "O Gato de Botas" (Le Chat Botté, no original), do francês Charles Perrault (1628–1703). Esta história popular foi publicada originalmente no volume conhecido como "Histórias da Mamãe Gansa" (Les Contes de ma Mère l'Oye), em 1697. Anos depois, no século 19, os Irmãos Grimm escreveriam sua própria versão de "O Gato de Botas", mas sem nenhuma mudança marcante na trama já conhecida.

Na versão original dos contos de fadas, "O Gato de Botas" narra a história dos três filhos do finado proprietário de um moinho. O mais velho herda o moinho, o irmão do meio herda os cavalos, e o mais jovem fica com o inofensivo gatinho que pertencia ao pai. Só que não é um felino normal: o "Gato de Botas" do título anda em duas patas, fala e se comporta como gente (sem que ninguém estranhe o fato), e, entristecido com a pobreza do seu novo dono, arma um complicado esquema para que ele se case com a bela princesa do reino.


Pelos próximos dias, o Gato de Botas caça coelhos e gansos e os entrega ao rei como se fossem presentes do "Marquês de Carabás", de quem seria súdito. Repete isso tantas vezes que o rei e a rainha ficam encantados com a generosidade do nobre que sequer existe. Aí o gato malandro coloca seu dono no golpe durante um passeio de carruagem do rei, fazendo o rapaz identificar-se como o tão comentado marquês e fingindo que foi assaltado.

E a mentira vai ficando cada vez mais complexa: para que o rei acredite que seu humilde dono é mesmo um nobre, o Gato de Botas sai em disparada pelo reino inventando mentiras, convencendo fazendeiros a dizerem ao rei que suas terras pertencem ao fictício "Marquês de Carabás", e até matando um malvado Ogro que vive na região para apoderar-se do seu castelo, que passa a ser o castelo do marquês de mentirinha. No final, o rapaz pobretão que se fingia de nobre ganha a mão da princesa em casamento e vira príncipe de verdade, enquanto o mentiroso Gato de Botas diverte-se com sua nova vida entre a realeza.


Para a adaptação brasileira, Wilson Rodrigues contratou um elenco repleto de nomes famosos e/ou conhecidos, quase todos oriundos do elenco da Rede Globo na época. O fazendeiro e falso Marquês de Carabás, por exemplo, é interpretado por um jovem Maurício Mattar, então astro das novelas da Globo graças ao João Ligeiro de "Roque Santeiro".

Sua princesa é a ninfetinha Flávia Monteiro, que alguns anos antes, em 1987, tinha provocado polêmica por interpretar uma espécie de Lolita em "A Menina do Lado", protagonizando cenas ousadas com Reginaldo Farias. Na época do filme, ela integrava o elenco da novela das oito "Vale Tudo".


Já o papel do Gato de Botas, que já havia sido interpretado pelo oscarizado Christopher Walken numa adaptação mequetrefe da Cannon Films (e depois seria dublado por Antonio Banderas na série "Shrek"), ficou com Heitor Gaiotti, figurinha carimbada dos filmes de ação baratos de Tony Vieira (como "Tortura Cruel" e "O Último Cão de Guerra").

Ironicamente, Gaiotti era conhecido pelo apelido de "Gato", e talvez por isso tenha sido convidado a interpretar o personagem. (Alguns podem achar engraçado e "politicamente incorreto" um ator de pornochanchada interpretando um clássico personagem infantil, mas é bom não esquecer que o eterno Papaco Fernando Benini hoje está no elenco da novela "Carrossel"!)


O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE começa com a então garota-propaganda do Leite de Aveia Davene, Tônia Carrero, no papel de uma simpática vovó contando uma história para a netinha dormir. Ela pega o livro do "Gato de Botas", e então começa a encenação da história, seguindo fielmente o original de Perrault (embora os créditos iniciais informem que o roteiro de Lucchetti baseou-se na versão dos Irmãos Grimm).

Além dos nomes já citados, Felipe Levy (célebre figurante do programa Os Trapalhões e ator em tralhas como "A Rota do Brilho") interpreta o rei, e a atriz gaúcha Carmem Silva a sua rainha. Tony Tornado aparece como um dos guardas do palácio, Joffre Soares é o feiticeiro malvado Mago Mau (substituindo o Ogro da história original), e há pequenas participações de Zezé Motta e José Mojica Marins como vítimas do feiticeiro malvado. Mojica aparece vestido como Zé do Caixão, mas identifica-se como "Príncipe Renini", um jovem enfeitiçado para ficar com a aparência do Zé do Caixão, na única tirada divertida da adaptação.


O produtor Wilson (que faz uma ponta lendo o testamento dos três irmãos no início do filme) não poupou esforços para dar o ar de "superprodução hollywoodiana" que tanto sonhava ao seu filme. Além de filmar parte das cenas em Monte Verde (MG) e na cidade gaúcha de Gramado - onde também foram aproveitadas as miniaturas de castelos do parque temático Mini Mundo para as externas do reino do conto de fadas -, Wilson encomendou a máscara do Gato de Botas ao Burman Studio, em Hollywood.

Você não leu errado: "o" Burman Studio, aquele mesmo responsável pelos licantropos de "A Marca da Pantera" e "O Garoto do Futuro", pelo Sloth de "Os Goonies", e indicado ao Oscar de Melhor Maquiagem pelas assombrações da comédia "Os Fantasmas Contra-Atacam" (1988). A máscara do gato realmente é bem expressiva, e deve ter comido a maior parte do orçamento, mas sozinha não salva o filme. (Para não ser injusto, a caracterização de Joffre Soares como feiticeiro malvado também é muito boa.)


E se a produção segue fielmente o original de Perrault/Irmãos Grimm (descontando, é claro, a introdução com a vovó e sua netinha, e o bruxo no lugar do ogro), por que diabos o título é O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE?

Aí é que está o problema: para tentar dar uma ar mais "moderno" à fábula, já que as crianças do final dos anos 80 foram educadas mais por Spielberg e George Lucas do que pelos velhos contos de fadas, Lucchetti resolveu dar uma origem alienígena ao Gato de Botas, o que talvez explique o fato de o gato andar, falar e comportar-se como ser humano - embora no filme, como na fábula original, ninguém nunca estranhe esse comportamento.


O problema é que o produtor Wilson deve ter ficado sem dinheiro na hora de filmar as cenas que explicam essa origem alienígena. Portanto, não espere por cenas com o Gato de Botas em seu planeta cheio de outros Gatos de Botas inteligentes e malandros, recebendo a missão de ir à Terra ajudar o pobre fazendeiro. O máximo de "extraterrestre", para justificar o título absurdo do filme, são takes totalmente gratuitos de uma nave espacial em formato fálico no espaço (sua construção é creditada a "Alex Miller"), enxertados sem muito critério no meio da narrativa.

E a conclusão também traz um toque mínimo de ficção científica, quando revela-se que o tal "Gato de Botas Extraterrestre" na verdade é um robô! O personagem fica paralisado enquanto caminha pelo campo, como se as pilhas tivessem acabado, e foi isso mesmo que aconteceu! Então a tal nave em formato fálico aproxima-se da órbita da Terra, um alienígena vestido de preto estilo Darth Vader sai dela e troca as baterias do Gato de Botas, que volta a andar todo serelepe. The end!


Em resumo, a natureza "extraterrestre" do Gato de Botas não acrescenta absolutamente nada de novo à fábula, e a trilha sonora roubada de "Blade Runner - O Caçador de Andróides", repetida ad nauseam ao longo do filme, também falha em dar qualquer tom de ficção científica ao produto final. Lá pelas tantas, também entram trechos da 9ª Sinfonia de Beethoven, talvez porque os realizadores tenham ficado com vergonha da repetição da música de "Blade Runner".

Misteriosamente, os créditos iniciais indicam Jorge Mello como autor da trilha sonora do filme, mas não consegui perceber nenhuma música original além das chupadas de "Blade Runner" e de Beethoven. De qualquer jeito, faz-se a menção.


Se os toques de ficção científica não acrescentam nada de novo, Lucchetti tampouco parece interessado em mexer no texto original, adaptado praticamente na íntegra. Não há espaço para que os poucos personagens novos, como o príncipe enfeitiçado para ter a cara do Zé do Caixão, ou mesmo o bruxo malvado, possam fazer algo para justificar suas existências.

O guarda do rei interpretado por Tony Tornado em certos momentos parece suspeitar da idoneidade do Gato de Botas, mas nem a este personagem é dado qualquer espaço para crescer e mostrar serviço. Por isso, na maior parte de O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE só vemos Heitor Gaiotti correndo para cá e para lá com suas mentiras e Maurício Mattar andando de carruagem com Flávia Monteiro e Carmen Silva, ele com cara de bunda, elas com cara de paisagem - quem sabe pensando "Por que diabos fui me meter nessa furada?".


Particularmente, acho bem triste o fato do roteiro de Lucchetti preferir manter a ambientação do conto original num "reino de conto de fadas", com os poucos e dispensáveis toques de ficção científica, ao invés de "abrasileirar" a trama, fazendo, quem sabe, uma adaptação contemporânea do Gato de Botas aqui no Brasil, e não num reino mágico de conto de fadas.

Afinal, se a fábula de Perrault pode ser interpretada como um elogio à esperteza, por outro lado também incentiva e glorifica a mentira: o que o Gato de Botas faz não deixa de ser o popular "conto do vigário", enrolando o rei e a rainha para que entreguem a mão da sua filha a um fazendeiro pobretão que se finge de nobre.


Portanto, sendo o Gato de Botas um personagem tão "171", parece ter nascido para estrelar uma adaptação feita no Brasil, o notório país dos malandros que querem levar vantagem às custas dos outros. Numa adaptação contemporânea da fábula, o felino poderia ter se transformado num personagem estilo Zé Carioca, e sem princesas e castelos.

Mas Wilson Rodrigues e Rubens Lucchetti preferiram uma adaptação mais tradicional, e os ridículos elementos de ficção científica parecem ter sido inseridos no fim das filmagens. Ao mesmo é a essa conclusão que se chega na pesquisa por reportagens antigas sobre a produção, que ainda era chamada apenas de "O Gato de Botas". Não duvido que a sub-trama com a origem extraterrestre do personagem tenha sido acrescentada depois para tornar o filme mais atrativo à molecada, o que também justificaria as poucas cenas com esse tema.


No conjunto, O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE é um desastre. Não há história para mais do que um curta-metragem de meia hora, e curiosamente os episódios anteriores de "No Mundo da Carochinha" ficavam nessa metragem, entre 40 e 50 minutos. Mas este aqui preferiram transformar em longa, com intermináveis 85 minutos! Não há a menor noção de ritmo e nem um mínimo de edição (cada take dura uma eternidade).

Como não havia história para contar (a própria fábula em que se inspira é bem curtinha), a solução foi enrolar com inúmeras e intermináveis cenas de cavaleiros galopando, com loooooooooongas cenas dos personagens caminhando de ponto A para ponto B, ou ainda a festa de casamento da princesa com o "Marquês de Carabás" no final, filmada como se fosse um autêntico vídeo de festa de casamento da vida real - ou seja, com cenas longas e arrastadas de pessoas comendo, dançando e se divertindo.


O excesso de astros e estrelas, efeitos hollywoodianos e pompa de O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE cobrou seu preço, e o diretor/produtor Wilson Rodrigues teria ido à bancarrota. Pelo menos foi o que explicou o roteirista Lucchetti em entrevista de 2000: "Wilson investiu todo o seu dinheiro numa superprodução, que, apesar de não ficar devendo nada às fitas hollywoodianas, levou a WR-Filmes à falência".

O filme sequer chegou aos cinemas, como os dois volumes anteriores da série "No Mundo da Carochinha", saindo direto em vídeo. E se a data oficial da produção é 1990, aparenta ter sido filmado pelo menos dois anos antes (provavelmente ficou emperrado pelos problemas financeiros e de distribuição).


O curioso é que os créditos iniciais do filme estão em inglês (o título inclusive ficou "The Extra-Terrestrial Cat in Boots"!!!), porque a ideia de Wilson e cia. era lançá-lo nos cinemas disputando espaço e público de igual para igual com os blockbusters de Hollywood. "Nosso Gato de Botas vai enfrentar Spielberg", dizia a manchete "só um pouquinho" exagerada de um jornal da época da produção.

Só que o inglês do cara que fez os títulos não era tão bom assim, e deixou passar algumas pérolas. O montador Walter Wanny, por exemplo, virou o responsável pela "ediction" (!!!), palavra que nem existe na língua inglesa (o correto seria "montage", ou "film editing by"); o co-produtor Rodri J. Rodriguez virou "The Rodri Group" (!!!); e os agradecimentos nos créditos finais são identificados pela cartola "Thankfulness" (!!!).


Wilson Rodrigues ainda insistiu e tentou fazer um quarto "No Mundo da Carochinha" em 1994, novamente com roteiro de Rubens Lucchetti, e dessa vez com apresentação de Mojica. Algumas cenas chegaram a ser filmadas, mas a produção foi cancelada pelas dificuldades financeiras do produtor, e porque o próprio cinema brasileiro vivia tempos muito difíceis pré-Retomada.

Ignorado na época de seu lançamento, O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE logo ganhou uma sobrevida entre os admiradores de filmes trash. Afinal, não é todo dia que você Maurício Mattar como príncipe assessorado por Heitor Gaiotti com uma máscara de gato, e Tony Tornado e Zé do Caixão fazendo parte do mesmo elenco!


E eu não consegui descobrir se o filme chegou a ser lançado no exterior, mas, por mais inacreditável que isso soe, existem reproduções do pôster original do filme para vender em sites como Amazon e Moviegoods! Não consigo imaginar quem em sã consciência seria maluco o suficiente para adornar seu quarto ou sala de estar com um pôster de O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE...

Mas, a julgar pela quantidade de gente talentosa/famosa que se envolveu nessa canoa furada, e à quantidade de linhas que o demente aqui escreveu sobre o filme, o que mais tem nesse mundão é gente maluca...

PS: Um dos assistentes de direção foi Custódio Gomes, que já havia lidado com "extraterrestres" antes, mas num filme com teor bem menos infantil: o pornô "Aguenta Tesão - O ETesão"!

Trailer de O GATO DE BOTAS EXTRATERRESTRE


*******************************************************
O Gato de Botas Extraterrestre (1990, Brasil)
Direção: Wilson Rodrigues
Elenco: Maurício Mattar, Heitor Gaiotti, Flávia Monteiro,
Felipe Levy, Carmen Silva, Tony Tornado, Joffre Soares,
José Mojica Marins e Zezé Motta.
07 Dec 11:27

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07 Dec 11:25

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by joberholtzer


07 Dec 11:24

Porra, Nassif

by Lele

E o Nassif que resolveu fazer um grande post em homenagem ao Oscar Niemeyer, que morreu ontem, exaltando a FALTA DE CADUQUICE que o arquiteto teria demonstrado em seu "blog do Twitter"?

nassif1 Porra, Nassif

nassif2 Porra, Nassif

Se Niemeyer visse que Nassif acreditava que ele escrevia no Twitter sobre Sangalão e espermatozóides de Justin Bieber, certamente morria de novo.

06 Dec 20:33

whatsayyousir: teatray-inthesky: forever reblog





whatsayyousir:

teatray-inthesky:

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forever reblog

06 Dec 19:42

 Spider-Man 2099 #1 by Rick Leonardi, Al Williamson 

Osias Jota

LOVE




 Spider-Man 2099 #1 by Rick Leonardi, Al Williamson 

06 Dec 19:42

plummerfernandez: As predicted, 3D Print scan/remix objects...



plummerfernandez:

As predicted, 3D Print scan/remix objects will eventually be challenged by lawyers and policy-makers, and the 3D print providers that have so strongly praised an open distribution and democratisation of culture, will not be on your side. 

06 Dec 19:30

O retorno de Xanxas!!!

by Hell
Osias Jota

Share pelo vídeo!!! o.O

Má então, nerdaiada desgraçada… Que haveria uma continuação pro filme que adaptou os 300 de Esparta pras telona todo mundo já sabia… O que se perguntavam era se Rodrigo Santoro estaria ou não no novo filme.

E o póprio ator deu uma entrevsita ao Comingsoon onde falou sobre isso, vejam aí:

Sim vou voltar ao Xexes, e já comecei as sessões de depilação (huuuum, boiola) e com a malhação pesada. Ele ainda é o mesmo personagem mas teremos novidades…

O filme mostra o antes e também o depois do que vimos em 300, mas a maior parte do filme mostra os acontecimentos DURANTE …quase que no mesmo tempo em que se passa o primeiro filme.

Temos diversas coisas acontecendo ao mesmo tempo. E particularmente acho difícil fazer tudo em tela verde, é uma forma diferente de se trabalhar e tmbém um desafio.

Mas precisamos estar cientes de que Xerxes é um gigante, praticamente um não-humano, óbvio que como licença-poética, esse4 Xerxes é o das HQs, e não o personagem histórico….

O personagem é imensamente alto e sua voz ecoa como o trovão, então precisamos de alguns efeitos especiais pra obtermos esse resultado. Atuo praticamente o tempo todo sozinho, pra depois ser inserido digitalkmente nas cenas, é um trabalho diferente e interessante, mas muito difícil e trablhoso.

Aproveito o ensejo pra mostrar também uma foto nova do filme Last Stand, com Arnold Schwarzenegger em que o Santoro participa, vejam aí ele ao lado da tetéia da Jaimie Alexander:

O que eu acho? Hum, legal, vão fazer um filme mostrando o que o Xerxes fazia enquanto o Leônidas Nicolau destruía seu exército em slow motion… Acho que se mosttrarem os acontecimentos em velocidade normal teremos menos de 23 minutos de filme… HAUEHAEUAHEAUE.

E pra terminar, um crááássico do nosso mestre Alborgas:

06 Dec 17:41

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Osias Jota

ah, o simbolismo!



06 Dec 17:36

Photo



05 Dec 18:51

whatsayyousir: teatray-inthesky: forever reblog





whatsayyousir:

teatray-inthesky:

forever reblog

05 Dec 18:37

Perspective: “Why C++ Is Not ‘Back’”

by Herb Sutter

John Sonmez wrote a nice article on the weekend – both the article and the comments are worth reading.

“Why C++ Is Not ‘Back’”

by John Sonmez

I love C++. […] There are plenty of excellent developers I know today that still use C++ and teach others how to use it and there is nothing at all wrong with that.

So what is the problem then?

[…] Everyone keeps asking me if they need to learn C++, but just like my answer was a few years ago, it is the same today—NO!

Ok, so “NO” in caps is a bit harsh.  A better answer is “why?”

[…]

Although I don’t agree with everything John says, he presents something quite valuable, and unfortunately rare: a thoughtful hype-free opinion. This is valuable especially when (not just “even when”) it differs from your own opinion, because combining different thoughtful views of the same thing gives something exceedingly important and precious: perspective.

By definition, depth perception is something you get from seeing and combining more than one point of view. This is why one of my favorite parts of any conference or group interview is discussions between experts on points where they disagree – because experts do regularly disagree, and when they each present their thoughtful reasons and qualifications and specific cases (not just hype), you get to see why a point is valid, when it is valid and not valid, how it applies to a specific situation or doesn’t, and so on.

I encourage you to read the article and the comments. This quote isn’t the only thing I don’t fully agree with, but it’s the one thing I’ll respond to a little from the article:

There are only about three sensible reasons to learn C++ today that I can think of.

There are other major reasons in addition to those, such as:

  • Servicing, which is harder when you depend on a runtime.
  • Testing, since you lose the ability to test your entire application (compare doing all-static or mostly-static linking with having your application often be compiled/jitted for the first time on an end user’s machine).

These aren’t bad things in themselves, just tradeoffs and reasons to prefer native code vs managed code depending on your application’s needs.

But even the three points John does mention are very broad reasons that apply often, especially the issue of control over memory layouts, to the point where I would say: In any language, if you are serious about performance you will be using arrays a lot (not “always,” just “a lot”). Some languages make that easier and give you much better control over layout in general and arrays in particular, while other languages/environments make it harder (possible! but harder) and you have to “opt out” or “work against” the language’s/runtime’s strong preference for pointer-chasing node-based data structures.

For more, please see also my April 2012 Lang.NEXT talk “(Not Your Father’s) C++”, especially the second half:

  • From 19:20, I try to contrast the value and tenets of C++ and of managed language/environments, including that each is making a legitimate and useful design choice.
  • From 36:00, I try to address the question of: “can managed languages do essentially everything that’s interesting, so native C/C++ code should be really just for things like device drivers?”
  • From 39:00, I talk about when each one is valuable and should be used, especially that if programmer time is your biggest cost, that’s what you should optimize for and it’s exactly what managed languages/environments are designed for.

But again, I encourage you to read John’s article – and the comments – yourself. There’s an unusually high signal-to-noise ratio here.

It’s always nice to encounter a thoughtful balanced piece of writing, whether or not we agree with every detail. Thanks, John!


Filed under: C# / .NET, C++
05 Dec 18:28

Photo



05 Dec 18:23

thesochillnetwork: What happened?



thesochillnetwork:

What happened?


05 Dec 18:20

Mortal Kognomen

by Steve Napierski
Mortal Kognomen

Scorpion’s brothers Libran and Cancern should have made this so obvious.

via: kidt82
05 Dec 17:46

http://dumped-girl.livejournal.com/5181517.html

http://cs417130.userapi.com/v417130346/f20/QKZnAHqt--8.jpg
05 Dec 13:02

Nolan Solta o Verbo Sobre o Batman

by Corto de Malta

Joseph Gordon-Levitt será o novo Batman numa continuação de O Cavaleiro das Trevas Ressurge? O universo da trilogia era realista mesmo? TDKR é um filme fascista ou uma critica ao capitalismo? A Warner deixou Christopher Nolan fazer os filmes que ele queria? E o que a Ópera tem a ver com isso?
O Diretor deu uma longa entrevista ao Film Comment sobre a Trilogia Dark Knight respondendo essas e outras questões.

Reboot, Richard Donner e Tim Burton

É um sinal de como as coisas mudam rapidamente no mundo do cinema, mas não havia tal coisa conceitualmente como um “reboot”. Essa idéia não existia quando eu vim dar minha visão para o Batman. Essa é a nova terminologia. A Warner Bros detinha esse personagem maravilhoso, e não sabia o que fazer com ele. Tinha chegado a um tipo de um beco sem saída com sua interação anterior. Fiquei animado com a idéia de preencher esta lacuna interessante, ninguém jamais contou a história da origem do Batman. É por isso mesmo que o filme de Tim Burton, tinha feito uma versão definitiva do personagem, que era uma visão muito peculiar de Tim Burton.

Eu tinha em mente uma espécie de tratamento de Batman que Richard Donner poderia ter feito nos anos setenta do jeito que ele fez com Superman. Para mim, o que o representava era em primeiro lugar uma narração detalhada da história de origem, que nem sequer foi realmente abordada nos quadrinhos de forma definitiva ao longo dos anos, curiosamente. E em segundo lugar, a tonalidade que eu estava procurando em caráter interpretativo que apresentasse uma figura extraordinária em um mundo normal. Então, eu queria que os habitantes de Gotham pudessem ver Batman como sendo estranho e extraordinário como ele é para nós.

Christian Bale

Christian foi na verdade o primeiro ator que eu conheci para o papel. Mas dadas as apostas, o estúdio estava sempre precisando de mim para reunir um grupo de atores para ser testado na tela. E nós tiramos a velha fantasia pra fora e Christian fez o teste propriamente de uma maneira que foi muito próxima da concepção que estávamos colocando junto com o roteiro.
Em termos de potencial de raiva que este personagem tem, o fardo que o personagem está carregando com ele, ele foi capaz de projetar isso muito bem em seu teste e ter que fundamentar não só Batman, mas também Bruce Wayne e seu lado playboy. Há uma escuridão causada por uma tragédia que administra a vida do personagem até uma idade avançada, e é o motor que impulsiona tudo o que ele faz.

O realismo dos filmes

O termo “realismo” é muitas vezes confuso e tipicamente utilizado de forma arbitrária. Suponho que “relacionável” é a palavra que eu usaria. Eu queria retratar de forma realista um mundo em que, apesar de acontecimentos estranhos poderem estar ocorrendo, essa figura extraordinária pode estar andando por essas ruas, as ruas que têm o mesmo peso e validade das ruas em qualquer dos outros filmes de ação. Então, eles seriam relacionáveis dessa forma. E assim fizemos a texturização de mais e mais camadas para que pudéssemos chegar a este filme, quanto mais tátil fosse, mais você iria sentir e ser animado pela ação. Então, só a nível técnico, eu realmente queria trabalhar essa idéia do que eu chamo a qualidade tátil.

Você quer realmente entender como as coisas iriam cheirar neste mundo, que sabor as coisas teriam quando os ossos começam a ser triturados ou carros começam a bater. Você sente estas coisas de uma forma, porque o mundo não é intensamente artificial e criado por computação gráfica, o que resultaria em uma qualidade anódina, estéril que não é tão emocionante para mim, que estava fazendo do personagem o mais especial ali. Se eu acredito nesse mundo porque eu o reconheço e me vejo andando pela rua, então, quando essa figura extraordinária de Batman vem descendo neste traje teatral e apresenta este aspecto muito teatral, vai ser mais emocionante para mim.

Gotham City

Queríamos nos afastar da noção de Gotham como uma aldeia, como uma espécie de ambiente claustrofóbico de outro mundo, que é o que ela sempre tinha sido antes. Queríamos mostrá-la como Nova York, em um mundo mais amplo. Assim, tendo Bruce Wayne viajando por todo o mundo, mostrando como ele constrói a si mesmo usando as habilidades adquiridas de todos esses lugares diferentes ao redor do mundo, nós sentimos que seria como posicionar Gotham como a cidade líder internacional de nosso mundo de Batman.

A Jornada de Bruce Para se Tornar Batman

Estou interessado no processo, o processo de transformação. Eu sou fascinado pela idéia de Bruce Wayne ser um homem comum, sem super-poderes, transformando-se nesta figura maior que a vida, que parece ter habilidades extraordinárias. E uma vez que você começa a descer a estrada, é como limpar a sujeira pra fora de alguma coisa. Uma vez que você limpa um local, uma vez que você descasca a lógica ou a realidade do que parece ser, você tem que ir por todo o caminho. Eu nunca gostei de filmes que vão a parte do caminho e depois dão um salto improvável. Portanto, em termos de imaginar como ele iria criar isso, nós realmente tentamos chegar com a melhor solução possível e apresentá-la no filme. O que descobrimos foi que, gosto muito da [comparação] com O Grande Truque [filme onde ele mostrava como os ilusionistas realizam suas mágicas], esse processo torna-se uma parte muito interessante do entretenimento do filme.

O Conflito entre Bruce Wayne e Batman

É paradoxal, mas a fim de obter a dualidade de Bruce Wayne, nós tivemos que fazê-lo em três pessoas. Sentei-me com Christian cedo e decidimos que há o Bruce Wayne privado, que só Alfred e Rachel realmente veêm, o Bruce Wayne público, que é essa máscara que ele coloca como playboy decadente e, em seguida, a criatura Batman que ele criou para contra-atacar o mundo. Fazendo-o nestes três aspectos, você realmente começa a ver a idéia de que você tem de uma pessoa privada que está lutando com todos os tipos de demônios e tentando fazer algo produtivo com isso.

Eu acho que o momento mais interessante para mim que Christian tira em Batman Begins é a cena na festa quando ele finge estar bêbado, com Bruce Wayne sendo rude com seus convidados para tirá-los do lugar, para salvá-los dos homens de Ra’s Al Ghul. Mas há alguma verdade que chega a superfície, e que você pode ver em seu desempenho. É um ato, mas Bruce Wayne como ator está chegando em algo que ele realmente sente. É bastante amargo, e eu gosto das camadas que Christian foi capaz de colocar lá.

A Trilogia

Acho que foi nos meses após o primeiro filme foi lançado [que ele decidiu que seria uma trilogia]. No final de Batman Begins, quando ele vira a carta do Coringa e acaba, eu encontrei-me perguntando: “Ok, como teria que ser o antagonista?” Visto através do prisma de Batman Begins. Eu queria ver como poderíamos traduzir o Coringa nesse mundo.

Esse foi o ponto de partida. E a natureza do antagonismo do Coringa foi tão diferente do que aconteceu em Batman Begins e era tão diferente a relação de Batman com Gotham, em particular. Assim, O Cavaleiro das Trevas é muito mais uma história sobre uma cidade, uma espécie de drama criminal, enquanto Batman Begins é mais uma história de aventura. Então, ele realmente se sentia como um gênero diferente, e então você sabe que você não está recauchutando o que você fez, você está expandindo-o.

Liberdade Criativa em uma Superprodução

Bem, foi intimidador na teoria, mas uma grande parte do desafio com a tomada de um grande filme está em não permitir-se ser pego na maneira que as outras pessoas fazem grandes filmes. Porque você pode colocar uma equipe em torno de você de pessoas muito experientes, e que lhe dá uma grande rede de segurança, mas que também tem um monte de armadilhas. No entanto, é possível fazer grandes filmes muito da maneira que você faz seus filmes menores, e é possível manter um pouco da espontaneidade e criatividade que você tem no set. Não toda ela. Você tem que ajustar seus métodos, mas você não quer ficar completamente fora da condução da coisa em um grande filme por medo e inexperiência.

Eu tinha conversas com o meu produtor de linha e ele dizia: “Ah não, vai haver alguns dias em que você só vai conseguir trabalhar de manhã” [provavelmente referindo-se ao fato de que nas grandes produções os diretores costumam usar uma segunda unidade comandada por outra pessoa], e eu disse, “Eu nunca vou trabalhar dessa forma, porque, francamente, é muito chato, e é criativamente estupidificante.” Com a equipe que eu tinha, fomos capazes de manter as coisas muito mais leves sob os pés, apesar da enorme escala. E a coisa que eu aprendi é que não importa o quão grande o filme tornou-se, as pessoas sempre reclamam que era muito pequeno.

Para o estúdio, nunca foi o suficiente. Então você aprende a relaxar com ele um pouco, e confiar em seus instintos sobre escala, como isso vai sentir ser grande o suficiente quando estiver na lata. Assim, quando cheguei a fazer O Cavaleiro das Trevas, fomos para um ambiente muito mais confortável do filme apenas em Gotham, em situações mais claustrofóbicas, porque tínhamos estabelecido todo o mundo de Batman Begins em uma escala muito grande, com um mosteiro explodindo e o personagem deslizando para baixo do penhasco e tudo para que, no momento em que chegamos a O Cavaleiro das Trevas tivemos a confiança para dizer:

“Se nós estamos colocando personagens e conflitos enormes enormes na tela, e fazemos esse tipo de drama policial urbano, a escala naturalmente está lá, apenas na maneira que nós mostramos o palhaço andando pela rua com uma metralhadora. Isso vai ser uma grande imagem.” Isso foi uma grande parte de investir nesse tipo de estilo de quadro de fotografia que eu realmente não tinha feito antes.

Os Vilões

Com o meu co-roteirista David Goyer e meu irmão [Jonathan Nolan], decidimos desde o início que os maiores vilões nos filmes, as pessoas que devem se parecer mais conosco, são as pessoas que falam a verdade. Assim, com Ra’s Al Ghul, queríamos que tudo o que ele dissesse fosse verdade, de alguma forma. Então, ele está olhando para o mundo de uma perspectiva muito honesta em que ele realmente acredita. E aplicamos a mesma coisa com o Coringa e Bane no terceiro. Tudo o que dizem é sincero. E em termos de sua ideologia, é realmente sobre os fins justificarem os meios. Era importante em Batman Begins ter Bruce indo muito longe nessa estrada com Ducard, até o ponto onde eles querem que ele corte a cabeça de alguém fora porque ele roubou alguma coisa.

E nesse ponto há um momento quase cômico onde Bruce se transforma em frente a Ducard e diz: “Você não pode estar falando sério.” Nesse ponto, você está surpreso o quão sedutor a formação e a doutrinação podem ser. E as escamas caem dos olhos. Mas mesmo mais tarde, quando Ra’s Al Ghul retorna e está prestes a destruir toda a Gotham, há uma lógica para tudo o que ele diz. Eu acho que realmente vilões ameaçadores são aqueles que têm uma ideologia coerente por trás do que eles estão dizendo. O desafio na aplicação para com o Coringa era termos parte da ideologia como sendo anarquia e também termos uma falta de ideologia que fizesse um sentido. Mas é muito específica a falta de preocupação com uma ideologia e por isso torna-se, paradoxalmente, uma ideologia em si.

E, enquanto Ra’s Al Ghul é um extremista quase religioso, Bane se vale de uma luta de classes, mas também em uma abordagem militarista ditatorial. Se você olhar para os três, Ra’s Al Ghul é quase uma figura religiosa, o Palhaço é a figura anti-religiosa, o anarquista anti-estrutural. E então Bane entra como um ditador militar. E ditadores militares podem ser baseados em ideologias, eles podem ser baseados em religiões, ou numa combinação delas.

Occupy Wall Street

Nós estávamos escrevendo anos antes do Occupy Wall Street, e nós estávamos realmente filmando no momento em que ele surgiu, mas eu acho que as semelhanças vêm do fato de Occupy ser uma resposta para a crise bancária de 2008. Nós estávamos sentados lá em um mundo onde, através das notícias, nós estávamos constantemente sendo apresentados a cenários hipotéticos. Como: “O que aconteceria se todos os bancos fossem à falência?” “E se o mercado de ações não valesse nada?”

Essas questões são terríveis, e nós estávamos tomando a visão de que deveríamos estar escrevendo sobre “o que é mais assustador?”. Nós viemos com a idéia de como na América nós garantimos uma estabilidade de classe e estrutura social, que nunca foi sustentada em outras partes do mundo. Em outras palavras, esse tipo de coisa tem acontecido em países de todo o mundo, por que não aqui? E por que não agora? Então, um monte de ideias subjacentes do filme vem de uma situação em que a economia estava em crise e, portanto, até mesmo sobre as questões de que notícias como essas estão levantando questionamentos impensáveis sobre o que pode acontecer na sociedade.

A Questão Política de TDKR

E depois você entra na questão filosófica: se uma energia ou um movimento pode ser cooptado para o mal, então isso é uma crítica ao próprio movimento? Todas estas diferentes interpretações são possíveis. O que foi surpreendente para mim é como muitos especialistas iriam escrever sobre sua interpretação política do filme e não entender que qualquer interpretação política necessariamente envolvia ignorar enormes pedaços do filme.

E isso me fez sentir bem sobre onde havíamos colocado o filme, porque não tem a intenção de ser politicamente específico. Seria absurdo tentar fazer um filme politicamente específico sobre este assunto, onde você está, na verdade, tentando sair das amarras da vida cotidiana e ir para um lugar mais assustador em que qualquer coisa é possível. Você está fora do espectro político convencional, por isso é muito sujeito a interpretação e a má interpretação.

Ópera

E então, como você vem para explorar o mundo de Gotham, e revisitá-lo, e voltar a ele novamente em O Cavaleiro das Trevas Ressurge, porque você tem esse conjunto de estrelas maciçamente talentosas lá [referindo-se ao elenco], você é capaz de lidar com a verdade de algumas destas situações extraordinárias que a mitologia do personagem e seu giro sobre ela montou. Isso é algo que você raramente vê em filmes desta natureza. Christian disse isso muito bem quando disse que The Dark Knight Rises é sobre conseqüências. O que eu estava fazendo era dizer:

“Ok, eu sei que eu tenho Christian Bale e Michael Caine fazendo esta cena juntos, e eles são capazes de assumir a verdade de que se as coisas que aconteceram em The Dark Knight realmente aconteceram? E se eles realmente disseram as mentiras que disseram, a fim de chegar a uma verdade maior ou chegar a oportunidade de salvar uma cidade? O que é que isso vai fazer com eles ao longo do tempo? Qual é a realidade da relação entre Bruce e este servo da família Wayne, que foi encarregado de cuidar de seu único filho, o seu bem mais precioso no mundo, porque eles foram mortos a tiros em frente a ele? E o que esse garoto deve ter passado por?”

Eu estou olhando para esses atores e dizendo: “Eu vou te escrever uma cena em que essas coisas estão vindo para tona, essas conseqüências estão vindo à superfície.” E eu sei que eles estão indo de encontro a verdade, e que vai ser devastador às vezes e revigorante às vezes, e isso vai levar o drama para alturas operísticas, e aos extremos de emoção, onde você realmente sente alguma coisa, porque eles descobriram a verdade de uma situação. Você está experimentando emoções de uma forma muito intensa e operística.

[Nesse momento o entrevistador Scott Foundas recorda que os pais de Bruce Wayne foram assassinados diante dele na saída de uma ópera quando o personagem era criança em Batman Begins.]

Sim, absolutamente. E a teatralidade da ópera e da sua qualidade da apresentação de algo maior que a vida, mas também as emoções que ela gera, tem sempre se instalado sob a minha compreensão de como fazer esses trabalhos numa realidade amplificada. Por que eu estou trabalhando neste gênero [super-heróis] para o público? O que me permite fazer como um cineasta que eu não poderia fazer em um universo mais comum de todos os dias?

A resposta é esta qualidade de ópera. É essa capacidade de explodir coisas em emoções muito grandes que sejam acessíveis a um público universal. E é uma posição muito privilegiada em que você está como cineasta para com o seu público. Eu senti que eu não estava recebendo a experiência que vinha nos principais filmes comerciais do momento, então eu realmente queria aproveitar que como cineasta eu tive um grande momento com estes três filmes, gostando muito da relação com o público.

Público

Eu sempre a caracterizo como a fé na platéia [falando sobre fugir das fórmulas dos filmes comerciais], mas é também a fé nos filmes, a fé no cinema puro. Se você pode aproveitar-se do dispositivo cinematográfico apropriado para fazer o público sentir alguma coisa, então o cinema é um comunicador incrivelmente poderoso. Eu tenho fé no processo, que se eu acertar e colocar os pedaços juntos, então as pessoas vão entender o que elas precisam entender e sentir a intensidade da experiência que eu estou tentando dar-lhes.

O Final

Nós tentamos com todos os três filmes, mas de maneira mais extrema com The Dark Knight Rises, o que eu chamo desse tipo de abordagem bola de neve para a ação e eventos. Nós experimentamos isso em The Dark Knight, onde a ação não é baseada em um conjunto de peças independentes e, claro, o caminho traçado em Batman Begins também foi assim, mas empurramos [a bola de neve de eventos] muito mais neste filme. O escopo e a escala da ação é construída a partir de pedaços menores, que juntos numa transversal formam uma bola de neve, o que eu amo fazer, e tentar encontrar um ritmo em conjunto com a música e os efeitos sonoros. Então você está construindo e a construção de tensão contínua é sustentada durante uma longa parte do filme, e você não a libera até o último quadro. É uma estratégia arriscada, porque você corre o risco de esgotar o seu público, mas para mim é a maneira mais revigorante de aproximá-lo de um filme da ação.

É uma abordagem que foi aplicada também com Inception, tendo linhas paralelas de tensão subindo e subindo e depois se unindo. Em The Dark Knight Rises, a partir do momento em que silencia a música e o som para que o garoto comece a cantar o hino nacional, é uma espécie de momento de arregaçar as mangas. Fui surpreendido e fiquei encantado em como as pessoas aceitaram o extremo de até onde as coisas vão.

Para mim, The Dark Knight Rises é especificamente e definitivamente, o fim da história de Batman e do que eu queria dizer sobre ele, e a natureza aberta do final é simplesmente uma idéia temática muito importante que queríamos que entrasse no filme, de que Batman é um símbolo.

Ele pode ser qualquer um, e isso foi muito importante para nós. Nem todo fã de Batman necessariamente concorda com essa interpretação da filosofia do personagem, mas para mim tudo volta à cena entre Bruce Wayne e Alfred no jato particular em Batman Begins, onde a única maneira que eu poderia encontrar para fazer uma caracterização crível de um cara transformando-se em Batman é se ele fosse como um símbolo necessário, e ele se visse como um catalisador para a mudança.

E, portanto, era um processo temporário, talvez um plano de cinco anos que seria imposto para simbolicamente incentivar o bem de Gotham para assim ter de volta a sua cidade. Para mim, para que a missão seja bem sucedida, ela tem que acabar, por isso este é o fim para mim e, como eu disse, os elementos em aberto tem tudo a ver com a idéia temática de que Batman não era importante como um homem, ele é mais do que isso. Ele é um símbolo, e o símbolo vive além do homem.

O QUE EU ACHO?

Primeiro acho bom ver uma entrevista em que ele não fique o tempo todo só falando da tecnologia IMAX – eu cortei essas e outras partes pra não ficar mais longa ainda – e acredito que muito das críticas ao Nolan como diretor é exatamente por esses paradoxos que ele cita, como por exemplo a questão do realismo relativo. TDKR, particularmente, funciona melhor como uma grande fábula do mundo moderno.

Aliás, todos os filmes da trilogia tem essa característica de refletir o mundo atual. Por isso mesmo fico feliz em comprovar que ele realmente não quis passar uma visão política definitiva e sim mostrar os dois ou mais lados de ambas visões políticas. Ou seja, nenhum filme da Trilogia é de “Direita” ou de “Esquerda”, diferente do muito que foi falado por aí.

O final também eu francamente não entendi porque tanta gente interpretou como um gancho pra continuação. As cenas da preparação do Bruce em Begins – especialmente a citada cena do jato com o Alfred – são perfeitamente coerentes com o final apresentado do terceiro longa metragem e não deixam muito espaço pra dúvidas.

E, sei que muita gente vai discordar de mim, mas essa caracterização dos vilões como as pessoas que falam a verdade, é genial. Mas gostei mesmo der ler sobre as inspirações no trabalho do Richard Donner e em todo o conceito de Ópera. Acho que realmente é uma visão válida usar a Ópera como uma ponte entre Quadrinhos e Cinema -por ser um meio termo entre a linguagem de ambos – e que ninguém tinha imaginado antes.

02 Dec 23:02

What Are Your Odds Of Winning The Lottery? [Infographic]

by Colin Lecher
In a word, terrible. On the bright side, your odds of becoming a pro athlete are good by comparison!

People have just won that ridiculous, record-breaking $579.9 million Powerball jackpot. Two people, even! But you know who didn't win the jackpot? A lot more people. This infographic shows exactly how crappy your chances are of winning the lottery--and how lucky today's winners really are.

Probability Of Winning The Lotto (And Other Unlikely Things) by Shane Snow. Learn about data visualization tools.

[visaul.ly]

29 Nov 21:36

The Rules Do Not Apply

The Rules Do Not Apply

Submitted by: Unknown (via Sofa Pizza)

Tagged: gifs , kids , lift the system , kmfdm , the rules do not apply Share on Facebook
28 Nov 19:17

Anésia # 81

Anesia-Fuleco
28 Nov 18:57

Heatmap

by (author unknown)
There are also a lot of global versions of this map showing traffic to English-language websites which are indistinguishable from maps of the location of internet users who are native English speakers.