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05 Nov 19:28

Desempregado, pedreiro mantém biblioteca de 40 mil livros com a ajuda de amigos

by Pavarini
Marcos Bonilha

Para fazer muito, precisa de pouco. Muito pouco.


Depois de um dia de trabalho, Evando encontrou uma pilha de cerca de 50 livros. Ao levar os livros para casa, surgiu a ideia de criar uma biblioteca comunitária

Felipe Martins, no UOL

Uma das maiores felicidades do pedreiro Evando dos Santos, 52, é a biblioteca comunitária Tobias Barreto de Meneses. Fruto do seu esforço pessoal, a instituição tem mais de 40 mil livros.

No entanto, a biblioteca virou uma dor de cabeça constante. A realidade de Evando é levantar cedo todos os dias para receber as pessoas e manter limpo o espaço. Tudo sozinho. Semanalmente ele lava os 280 metros quadrados do prédio dividido em três andares.

Para os custos com água e energia elétrica Evando conta com a ajuda financeira de amigos e da mulher, Maria José, companheira em seu sonho. “Eu me contagiei pelo entusiasmo do Evando. Eu era alérgica à poeira, mas essa alegria dele me fez não sentir mais nada. A biblioteca é um presente de Deus para nós”, afirmou.

Evando lamenta não ter dinheiro para enviar 3500 livros para a construção de bibliotecas comunitárias no interior da Bahia e de Pernambuco. Ou para oferecer cursos gratuitos utilizando as duas salas de aula, com 50 lugares cada uma.

Mas o homem de “intelecto lapidado”, como ele costuma dizer, não desiste do projeto. “Às vezes eu quero desanimar. Sem dinheiro, desempregado, mais duro que um coco. Mais uma voz me vem na memória e me diz ‘levanta!’ Eu, um nada, fiquei uma hora na casa do maior arquiteto do mundo, Oscar Niemeyer. Lembro da minha mãe, das medalhas. Homenageado pela Academia Brasileira de Letras pela escritora Nélida Piñon. Aí eu sacudo a poeira e, como uma águia, renovo as forças e fico a voar no mundo das ideias, criando, inventando e indo para a prática”, definiu.

Sem “burrocracia”

Criada em 1998, na Vila da Penha, subúrbio do rio de Janeiro, a Biblioteca Comunitária Tobias Barreto de Meneses tem mais de 40 mil livros e funciona em um prédio próprio, desenhado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.

Nessa biblioteca, as regras para o empréstimo são simples: o leitor preenche um cadastro e pode ficar com o volume pelo tempo que achar necessário. “Se a pessoa não devolve o livro é porque precisa”, diz Evando dos Santos.

Cheio de orgulho, Evando diz que esse era seu sonho: uma biblioteca sem “burrocracia”, funcionando de domingo à domingo. Segundo ele, com livros que não se encontram na Biblioteca Nacional. Exemplo disso é uma gramática da língua bunda que era a falada pelos escravos.

fotos: Luciano Belford/Divulgação


Conforme a história de Evando foi ficando conhecida, as doações foram aumentando. Os livros, em maioria, eram colocados na garagem da humilde casa na Vila da Penha. Ele calcula ter reunido mais de 40 mil livros tornando a Tobias Barreto de Meneses, a maior biblioteca comunitária do país 

26 Oct 14:49

Ideias de jerico

by Martin Jayo

Dois interessantes anúncios publicados na Folha de S.Paulo em 24 de janeiro de 1971, dia em que o minhocão foi inaugurado.

O primeiro, publicado pela prefeitura, convida a população para a “solenidade” e avisa que o nome do elevado “eternizará um dos grandes nomes da Revolução de 1964”. Nesse ponto o anúncio estava certo: nada  em São Paulo eternizou tão bem o autoritarismo e a violência como essa obra.

O segundo, de uma empresa de engenharia que participou da construção, explica que o minhocão possui “3.600 metros de ideias”. Que pena: se ao menos uma delas tivesse sido boa, uma grande parte da cidade poderia ter tido outra sorte.


22 Oct 14:56

Fabuloso Adauto

by Juca Kfouri
Marcos Bonilha

Era bola cantada...

17 Oct 18:17

Ultimate Virgin Ninja

Marcos Bonilha

Ahahahhahaa, PQP, passando mal!


He really


Hates


all kinds


of water


inclusive COKE!!


Ultimate Virgin Ninja

Ultimate Virgin Ninja

16 Oct 13:01

So Two Dudes Built This Giant LEGO Batcave Playset

Marcos Bonilha

Carajo!

lego-batman-1.jpg Carlyle Livingston II and Wayne Hussey (pictured, and looking dapper as hell!) built this giant LEGO Batcave playset WITH THEIR BARE HANDS. Sure it would have been more impressive if they'd only used their mouths, but I bet they were afraid of swallowing pieces. Me? I laugh in the face of choking hazards. No, no I don't. But I do laugh in the face of my roommate when he tells me he has a hot date. Hit the jump for a bunch of worthwhile closeups, complete with lighting effects. But be sure to check out their Flickr page for a ton more. lego-batman-2.jpglego-batman-3.jpglego-batman-4.jpglego-batman-5.jpglego-batman-6.jpglego-batman-7.jpglego-batman-8.jpglego-batman-9.jpglego-batman-10.jpglego-batman-11.jpglego-batman-12.jpglego-batman-13.jpglego-batman-14.jpg Thanks to clive and The Superficial Writer, who both love Batman. The Superficial Writer sexually.
11 Oct 20:20

Treta: jogadores muçulmanos do Newcastle e o patrocinador da camisa

by admin
Marcos Bonilha

Se sou o presidente do clube, falo: "Ok, não vão jogar, também não vão receber, já que é ele que vai pagar as contas. Podem procurar outro clube."

Depois que o Kanouté recusou-se a usar a camisa do Sevilla com o patrocínio da casa de jogos 888.com, pelo fato de tal prática ser contrária às leis islâmicas, agora 4 jogadores do Newcastle – Demba Ba, Papiss Cisse, Cheick Tiote e Hatem Ben Arfa – recusam-se a usar a camisa do time com o patrocínio da Wonga.com, uma empresa de micro-crédito que, naturalmente, cobra juros (escorchantes, por sinal, de acordo com matéria do Daily Mail) em seus empréstimos, algo igualmente contrário às leis islãmicas. Saiu no Maillots de Sport.

Fico imaginando se algum deles jogasse no Brasil nos anos 80, época em que uma cacetada de bancos patrocinava times de futebol… – puxando pela memória: BESC, Banestado, Nacional, BDMG, Credireal, Banpará, Baneb, Banese, Banestes, BEG, BIC, Banrisul (nos anos 90), CAIXA (agora)…

treta-jogadores-muulmanos-do-newcastle-e-o-patrocinador-da-camisa-1
11 Oct 20:03

Na Colômbia, traficante é preso por esconder drogas em quadro de Lionel Messi

by UOL Esporte
Marcos Bonilha

Ainda se fosse o quadro do Maicon ou do Marlos, a gente entendia...

Crédito da imagem: Reprodução/elheraldo.com

A polícia colombiana prendeu um traficante que estava transportando 11 quilos de maconha em um quadro com a imagem do craque Lionel Messi, do Barcelona. Segundo o site elheraldo.co, as autoridades flagraram Franklin Zúñiga Vargas, de 30 anos, durante blitz em um ônibus que vinha da cidade de Sabanalarga com destino a Barranquilla, no norte do país.

O coronel Gonzalo Carrero, da Polícia Metropolitana de Barranquilla, festejou a prisão e disse que o método usado por Vargas para transportar as drogas era “engenhoso”: “Ele burlava a fiscalização com tranquilidade, pois ninguém imaginava que a droga estaria escondido debaixo da imagem do quadro”. O traficante segue detido em Barranquilla e agora espera julgamento para saber quanto tempo vai ficar em cana.

O flagrante no ônibus, porém, acabou até rendendo uma cena cômica, segundo os policiais. Ao ver tanta maconha escondida no quadro de Messi, um dos passageiros exclamou: “Está explicado porque este cara voa em campo!”.

11 Oct 19:10

Quem Venceu o 1º Turno das Municipais 2012?

by noreply@blogger.com (Hugo Albuquerque)
Marcos Bonilha

Vale a leitura!

O PT. Sim, o PT. Por quê? É muito simples: porque ele teve o maior número de votos -- e haverá quem coloque alguma ressalva, mas o fato é que ele ganhou mesmo. Ele não só cresceu como também passou o número de votos do PMDB, partido mais votado no último pleito municipal. É possível dizer que o PMDB foi o vitorioso pelo número de prefeituras conquistado, ainda acima de mil -- uma façanha impressionante -- no entanto, graças a enorme diferença entre a população dos municípios brasileiros -- que incluem desde metrópoles gigantescas como São Paulo e Rio a cidadezinhas do interior -- é fato que "quantidade de prefeituras" não é o melhor critério para determinar quem venceu, uma vez que não ilustra quem tem realmente mais força em nível nacional. Na real, o PT teve 16,8% dos votos, o PMDB 16,2%, enquanto o PSDB teve 13,5% e o PSB 8,6%. 
Atrás de ambos, resta o PSDB, ainda segundo em número em número de prefeituras, mas terceiro em votos: a maior legenda de oposição, entretanto, viu seu número de votos válidos e de prefeituras caírem. DEM, depois do racha do PSD, e PPS não apresentam melhor sorte. Aliás, o conservador PSD, governista de última hora estreou bem, mas não conseguiu ser a quarta força nacional como prometia, perdendo em número de votos para o PSB, embora tenha cravado o quarto maior número de prefeituras -- em geral, prefeituras interioranas. O PSB tornou-se, sem dúvida, a quarta força brasileira e foi, inclusive, uma das maiores causas de derrota do PT nas cidades importantes nas quais rachou com o aliado: Belo Horizonte e Recife são belos exemplos disso, em São Paulo, por sua vez, eles estão juntos na chapa de Fernando Haddad. Revés mesmo, ele só tomou em Curitiba, onde esteve coligado com o PSDB do governador Beto Richa.
No balanço de forças entre grandes nomes, os governadores que saíram mais fortalecidos da conversa foram Sérgio Cabral (PMDB-RJ), Aécio Neves (PSDB-MG) e, sobretudo, Eduardo Campos (PSB-PE), todos responsáveis pela eleição, em 1º turno, de seus candidatos nas capitais. O personagem político, para variar, foi o ex-presidente Lula, diretamente empenhado no atual pleito e grande responsável pela manutenção do partido na disputa em Fortaleza, Salvador e São Paulo -- sobretudo no último caso, onde seu empenho pessoal foi decisivo em uma eleição dramática na qual ele alçou o jovem Fernando Haddad para o 2º turno. Os maiores derrotados foram os governadores Beto Richa (PSDB-PR) e, talvez, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) -- sendo que o último sequer conseguiu dar a linha da eleição na capital de seu estado e, ainda, perdeu uma eleição importante no seu reduto, o Vale do Paraíba (leste do estado), onde São José dos Campos passou para o comando petista.
A figura chave, para 2014, será, em virtude de tudo isso, Eduardo Campos: o governador pernambucano cresceu bastante, tornou a política nordestina, antes bipartida entre as velhas  oligarquias aliadas ao projeto neoliberal (a aliança PSDB-PFL/DEM) e a frente popular (PT-PSB-PC do B), em um tripé no qual seu partido ocupa o centro e, agora, será o objeto de disputa para as próximas eleições gerais. A questão é simples: Campos cresceu muito e o PT terá dificuldades para realoca-lo em uma posição superior, até porque ele não pode preterir o PMDB; por outro lado, uma aliança de Campos com o PSDB (possível no caso de Aécio ser o candidato) faria com que a oposição passasse a ter chances de vitória por "abrir o nordeste" -- sem isso, Dilma poderá se eleger em 2014 talvez com um pé nas costas. O PSB, para Dilma, tornou-se algo parecido com o que o PFL foi para FHC nos anos 90, embora menor e cuja integração à base seja, paradoxalmente, mais complexa por sua natureza centrista.
No campo da esquerda, o PSOL cresceu em número de votos, fez um prefeito, uma campanha importante no Rio e dobrou seu número de vereadores. Aliás, é possível que seja a primeira vez, desde 2006, que o PSOL saia maior de um pleito do que quando entrou. Ironicamente, ele só é o décimo-terceiro partido do Brasil e está bem distante de pautar qualquer coisa. PSTU, PCB e PCO continuam atrofiados e sem perspectiva. O PT cresceu como faz em todas as eleições municipais desde que nasceu. O voto caminhou mais para a esquerda em 2012, embora o clima da política institucional e partidária tenha se acomodado cada vez mais ao centro e na contemporização. A oposição que cresceu é a gerencial e pragmática, não a liberal e ostensiva. São mostras do que vem em 2014, quando um discurso liberal arcaico tende a perder espaço e há uma demanda clara pela intensificação de uma agenda de esquerda -- ainda mais em um momento no qual os pilares do capitalismo estão abalados e a questão social emerge no Brasil. 
A única oposição que cresceu, em suma, é aquela que está à esquerda do governo petista, mas o fez justamente onde o PT vai mal ou esteve engessado por alianças, não raro, em nome da governabilidade nacional. O PSDB, apesar da campanha calcada no julgamento do Mensalão regrediu em número de votos, inclusive em importantes redutos eleitorais seus pelo estado de São Paulo: é fato que existe a possibilidade de reverter o jogo no 2º turno, mas fora Santos, onde os tucanos registraram uma inédita e boa vitória, ter conseguido ir, por muita sorte, para o 2º turno em um reduto como Jundiaí, é horrível -- fora a derrota em 1º turno em São José dos Campos e não ter conseguido levar a eleição em Sorocaba, mesmo  disputando contra um ex-prefeito de índole duvidosa agora no PMDB.

Em outras palavras, a política nacional, fraturada em três dezenas de partidos, muitos dos quais meramente fisiológicos, segue muito longe de estar resolvida em torno deste ou daquele programa: os principais partidos são apenas e tão somente aqueles que conseguem agenciar mais aliados e capitanear algum campo do espectro político nacional. Portanto, a vitória petista é apenas e tão somente relativa, como é relativa a importância do PMDB. O que não muda a situação de crise do PSDB, que amarga a ilusão de que uma agenda meramente moralista irá mudar suas seguidas quedas nas urnas. A cobertura midiática, por sua vez, peca novamente em assumir-se partidária, ecoar teses antipetistas quando poderia, mesmo tendo sua perspectiva, fazer uma crítica geral ao sistema, este sim, antes de qualquer coisa, a fonte dos demais problemas: em vez de agir como torquemada, poderia catalisar o sentimento favorável uma reforma política, mesmo dentro dos limites de uma visão liberal.
10 Oct 20:35

Goleiro aproveita frango de rival, faz gol incrível e classifica time para final

by UOL Esporte
Marcos Bonilha

Hahahahaha

O duelo entre New Radiant e Victory, pela semifinal Copa das Ilhas Maldivas, foi marcado por um gol incrível, e também por um frango absurdo. Após um empate por 0 a 0 levar a partida para a prorrogação, o New Radiant abriu o placar no tempo-extra através de Ashfaaq. Dois minutos depois, em um lance despretensioso, o goleiro Imran Mohamed mandou um chutão de sua área e contou com falha inacreditável do rival Faisal para colocar 2 a 0 no placar. O Victory ainda diminuiu perto do fim, mas o “golaço” de área a área marcado pelo goleirão Imram foi o suficiente para garantir o New Radiant na final da competição.

Veja o lance incrível:

Just Dance 2
10 Oct 14:35

Photo

Marcos Bonilha

Hahahahha vdd!





10 Oct 13:33

Parece Woodstock…

by Rodrigo Mattar
Marcos Bonilha

Olha isso!

A multidão ao fundo lembra a que invadiu a fazenda de Max Yasgur em Bethel (EUA), para o legítimo Woodstock. Mas não é: a foto é dos 1000 km de Nürburgring em 1966, com o Porsche 906-8 de Jochen Rindt/Nino Vaccarella riscando o asfalto e a plateia numerosa nos barrancos do Inferno Verde. Sensacional!

09 Oct 15:08

Consumidor paulistano manda devolver Russomanno

by Diogo Salles
Marcos Bonilha

Acho justo!

Insatisfeito com o produto que pediu, o consumidor paulistano contactou Celso Russomanno para devolver o candidato a prefeito da cidade. “Ruim por ruim, resolvemos ficar com PT e PSDB”, disse o cidadão, ciente de seus direitos. “Em 22 anos como patrulheiro do consumidor, os cidadãos nunca tinham me pedido para eu defendê-los de mim mesmo”.

Com Russomanno fora de segundo turno, os templos da igreja Universal voltarão a ter missas e São Paulo ficará livre de ter uma igreja a cada esquina. Revoltado, Edir Macedo disse que essa devolução em massa foi fruto de uma campanha política da “imprensa ateísta” e anunciou uma sessão de descarrego.

No Facebook, circula o boato de que a candidatura de Celso Russomeme seria um viral para anunciar a volta do Aqui e Agora. Mas, por ora, o eleitor paulistano fica com mais um capítulo de Vale a Pena Ver de Novo, com a novela “Petuscos X Tucaneiros”.

08 Oct 21:00

O candidato acidental e o eleitor safado

by Diogo Salles
Marcos Bonilha

Melhor coisa dessas eleições.

Nesta eleição, nenhum blog foi mais ousado e inovador do que o Candidato Acidental. A ideia era a seguinte: um jornalista aqui do JT se filiou a um partido (isso ainda em 2011) para disputar uma eleição deste ano como candidato a vereador aqui em São Paulo. Não para ser eleito, claro, porque não era essa a intenção. A intenção era mostrar os bastidores e trambicagens que rolam por trás de uma campanha política. De post em post, ele foi montando um quebra-cabeça eleitoral. Apesar de suas observações bem humoradas, o quadro que o Candidato Acidental nos mostrou é sombrio. Recomendo a leitura de todos os posts, mas destaco três em especial:

- candidatos alugando vans para transportar eleitores
- o comércio de mensagens telefônicas
- eleitores trocando votos por calçados e até por cerveja

Sim, é abjeta a maneira como os candidatos usam crianças, idosos, negros e deficientes para angariar votos. Mas a cada esquina visitada pelo Candidato Acidental, um crime eleitoral era cometido a céu aberto — e quem os cometia não eram só os políticos. Derrubou-se o mito de que, no Brasil, o eleitor é o pobrezinho, oprimido pelas maquinações dos poderosos. Pelo contrário, o eleitor encontrou o seu lugar no jogo para tentar tirar alguma vantagem, fazendo escambos com o seu voto e o de outros e se tornando sócio de candidatos desonestos. Eis a grande conclusão: o eleitor é tão safado quanto o político — o mesmo político que o deixará “indignado” quando estiver no poder.

Voto aqui não é um instrumento democrático, nem mesmo uma arma contra os corruptos. Voto é uma mercadoria de R$ 1,99 vendida numa Rua 25 de Março lotada de camelôs eleitorais. Dirão alguns que há eleitores conscientes, que votam porque acreditam. Eu direi que são minoria. Dirão outros que basta investirmos pesadamente em educação para instruir nosso povo e todo esse blá-blá-blá. Mas a proposta, apesar de bem intencionada, encontra furos. Primeiro porque soa um tanto utópica, e segundo porque muitos desses crimes são cometidos por eleitores escolarizados. A questão é muito maior do que isso. Estamos falando de deveres cívicos e valores éticos que, historicamente, sempre foram um tanto frouxos no Brasil. Procuro fazer a minha parte, alertando e municiando as pessoas com informações sobre candidatos e me colocando sempre à disposição para qualquer debate. Já acreditar é outro papo. Todos os meus ímpetos de querer mudar o mundo foram esgotados pelos fatos históricos.

De qualquer maneira, obrigado, Candidato Acidental. Da próxima vez que me perguntarem porque sou tão pessimista, terei uma resposta concreta na ponta da língua.

08 Oct 20:57

Em quem você votou para vereador?

by Diogo Salles
Marcos Bonilha

Pergunta do dia!

A votação acabou há poucas horas e a pergunta do título é simples e direta, mas muita gente fará cara de paisagem. Tente se lembrar quantas pessoas estavam lá em sua seção eleitoral ligando para parentes ou olhando no mural à procura de um número para digitar na urna. Essas pessoas certamente não se lembrarão nem da cara do sujeito a quem confiaram a tarefa defendê-los na câmara dos vereadores. Gente que preferiu terceirizar a tarefa de pesquisar e refletir sobre que tipo de cidade querem viver.

É opção de cada um, claro. Mas, ora, se nós podemos terceirizar nosso voto, por que os eleitos estariam proibidos de terceirizar a tarefa de governar e legislar?

05 Oct 14:48

Gangnam Style



Gangnam Style

04 Oct 21:39

Todos os carros da Fittipaldi na F-1

by Rodrigo Mattar
Marcos Bonilha

Vale pela história da primeira equipe brasileira na F1.

Passei batido pela data, confesso. Mas o amigo Alexander Grünwald, não. No último dia 25 de setembro, há 30 anos, após 104 corridas disputadas em oito temporadas, chegava ao fim a trajetória da primeira e única equipe sul-americana na história da Fórmula 1: a Fittipaldi.

O pioneirismo dos irmãos Wilsinho e Emerson, até hoje incompreendido por muita gente, rendeu três pódios, 44 pontos somados, projetos arrojados, diversos dissabores e frustrações, alguns momentos bonitos na categoria e dívidas que fizeram a família começar tudo do zero após não conseguirem a qualificação para o GP de Las Vegas, a última corrida da temporada de 1982.

Como homenagem à Fittipaldi, coloco aqui no blog uma galeria de fotos de todos os carros construídos pela equipe no período em que esteve presente na Fórmula 1.

O primeiro carro: o Copersucar-Fittipaldi FD01, desenhado por Ricardo Divila, só andou nos testes preparatórios e no Grande Prêmio da Argentina de 1975. Com a menor área frontal entre todos os Fórmula 1 da época, tinha linhas belíssimas, mas algumas soluções como o radiador traseiro foram alvo de galhofa de alguns integrantes da imprensa especializada.

Na segunda corrida da temporada de 75, o GP do Brasil, a equipe modificou o FD01, com a introdução de uma tomada de ar alta em forma de periscópio e os radiadores mais próximos do motor. O carro virou o Copersucar-Fittipaldi FD02, usado até o GP da Suécia. Seu melhor resultado foi um 12º lugar na Bélgica, em Zolder.

Da Holanda em diante, o Copersucar-Fittipaldi ficou com a sigla FD03, denotando mais uma evolução do projeto original. O carro melhorou e Wilsinho foi 10º colocado nos EUA, em Watkins Glen e 11º na Holanda. O italiano Arturo Merzario foi o primeiro estrangeiro a guiar para a equipe, em Monza. O FD03 seria também o carro da estreia de Ingo Hoffmann na Fórmula 1, no GP do Brasil de 1976.

Em 1976, Emerson Fittipaldi, então bicampeão mundial e duas vezes vice-campeão, junta-se à equipe, chocando o mundo da Fórmula 1 e do automobilismo. Os primeiros testes com o novo FD04 são promissores, mas o carro, que brilha nos treinos do GP do Brasil, não rende absolutamente mais nada quando o regulamento muda antes do GP da Espanha, tirando a tomada de ar dos carros. Emerson não se qualifica para o GP da Bélgica e tudo o que consegue são três sextos lugares, em Long Beach, Mônaco e Brands Hatch.

Sobrevida: o FD04 resiste ainda ao início do campeonato de 1977, quando a equipe troca o prateado dos primeiros carros pelo amarelo. Emerson Fittipaldi consegue marcar oito pontos até o GP da Bélgica. Ingo Hoffmann quase pontua no GP do Brasil, mas sua carreira na Fórmula 1 acaba de forma prematura após aquela corrida.

Primeiro – e único – carro projetado por David Baldwin para a Copersucar Fittipaldi, o F5 é uma cópia fiel do Ensign, equipe para a qual o engenheiro trabalhava. Mais um carro problemático: Emerson só consegue um 4º lugar no GP da Holanda e não se classifica para as corridas da Alemanha e Itália em 1977. Tempos frustrantes, onde a Fittipaldi até abdica de viajar para o Japão e planejar melhor o ano de 1978.

Salvação: uma dupla de italianos – Giacomo Caliri e Luigi Marmiliori, do Studio Fly, localizado em Bolonha, salvam o malfadado F5, com colaboração de Ricardo Divila, e o transformam em F5A. O carro melhora da água para o vinho. Emerson Fittipaldi conquista um histórico pódio no GP do Brasil em Jacarepaguá e alguns resultados bastante significativos na temporada europeia daquele ano de 78. Com 17 pontos, o bicampeão termina a temporada em 10º lugar. A Copersucar fica em 7º no Mundial de Construtores, à frente de ícones da Fórmula 1 como McLaren, Williams e Renault, que começava seu projeto com motor turbo. O F5A sobreviveria, já bastante defasado, até o meio do campeonato de 1979.

A grande decepção: Ralph Bellamy, um dos integrantes da equipe de projetos da Lotus, é contratado no mesmo ano de 1978 para conceber o projeto que poderia significar a ascensão da Copersucar-Fittipaldi a um novo patamar na Fórmula 1. Mas o carro, criticado por Emerson Fittipaldi logo após o primeiro teste pela absoluta falta de rigidez no contorno das curvas, revelou-se uma decepção e um fracasso, onde a equipe investiu somas vultosas e não houve retorno de resultados.

Paliativo: novamente a equipe se socorre do Studio Fly, que minimiza as falhas do F6, transformando-o em F6A, com nova aerodinâmica e tubos instalados no chassi para melhorar sua rigidez torcional. Emerson Fittipaldi não consegue nenhum ponto com o carro e a Copersucar retira o patrocínio ao fim da temporada de 1979.

Meu carro ainda é amarelo: a cervejaria Skol entrou no lugar da Copersucar e patrocinou a Fittipaldi em 1980. A equipe adquiriu o espólio da Wolf e bons profissionais do ramo, como Peter Warr – que trabalhara com Emerson na Lotus e o desenhista Harvey Postlethwaite, de talento promissor. Com base no Wolf WR8, o Fittipaldi F7 consegue dois pódios – um com Keke Rosberg (foto acima) na Argentina e o outro, de Emerson Fittipaldi, em Long Beach, é o último da equipe e o do bicampeão em 10 anos de Fórmula 1.

No GP da Inglaterra de 1980, o F8 estreia como substituto do F7. Apesar do aparente potencial do projeto, sem dinheiro – já que a Skol anuncia que não renovaria o contrato para 1981 – não há como fazer milagres. Keke Rosberg ainda salva um 5º lugar no GP da Itália, em Imola e o ano termina com a Fittipaldi em 8º no Mundial de Construtores, empatada com Arrows e McLaren e à frente, acredite quem quiser, de Ferrari e Alfa Romeo.

No money, no race: sem um patrocinador capaz de bancar os custos de toda a temporada, a Fittipaldi passa o ano de 1981 igual à cor do carro, ou seja, em branco. Keke Rosberg ainda tem lampejos no começo do ano, mas sem dinheiro para novos motores e pneus de segunda qualidade, fica difícil o finlandês fazer algo. Imaginem então o estreante Chico Serra, que pouco pôde fazer em seu primeiro ano na Fórmula 1. Keke Rosberg tirou a sorte grande: Jean-Pierre Jarier, eleito por Frank Williams para defender sua equipe em 1982, quebrou uma costela e o nórdico foi escolhido para o seu lugar.

Em 1982, a equipe volta a concentrar atenções em um carro apenas, para Chico Serra, que se mantém leal aos Fittipaldi. Mesmo com a falta de recursos, o piloto ainda consegue um 6º lugar no GP da Bélgica, a bordo do F8 na versão D, adaptada ao regulamento daquele ano, quando voltaram as minissaias.

O último carro: o Fittipaldi F9 estreia após o F8D capotar com Chico Serra em Brands Hatch, quando o brasileiro partiu de 21º para 13º em duas voltas. O projeto de Ricardo Divila e Tim Wright tem ainda a assessoria de um jovem estagiário de engenharia, chamado Adrian Newey. Com o F9, Chico faz apenas três das seis corridas finais de 1982 e ainda alcança um 7º lugar no GP da Áustria. A última corrida da história da Fittipaldi é o GP da Itália, no dia 12 de setembro: último no grid, Chico Serra termina em 11º lugar. Após a não-classificação em Las Vegas, para a última corrida do ano, Emerson e Wilsinho Fittipaldi encerram definitivamente as atividades da equipe brasileira na Fórmula 1.