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26 Feb 00:01

Oscar 2013: sem surpresas, e interminável

by Ana Maria Bahiana

Ah, Oscar, o que fazer com você? Às vezes você parece uma criança teimosa que a gente quer muito bem, mas que não pára de fazer bobagens.

E não estou falando nem das escolhas, que foram praticamente como previstas. E na hora em que a gente pensa em quantos outros filmes são superiores ao (muito bom) Argo, é preciso repetir mentalmente aquele mantra: com todo o seu glamour e prestígio, o Oscar é apenas a manifestação da opinião de um grupo de pessoas num determinado momento.

No caso, o grupo de pessoas é a síntese da indústria cinematográfica norte americana – com um grande componente internacional, que cresce a cada ano – e suas escolhas refletem o consenso de seu gosto, neste ano. Curiosamente, a esnobada (ou teria sido um acidente de percurso por conta do novo esquema de votação? ) em Ben Affleck como diretor só serviu para chamar ainda mais atenção dos votantes para Argo. Com seus três Oscars, Argo foi o primeiro filme desde 1990 (Conduzindo Miss Daisy) a ganhar o prêmio maior sem ter uma indicação para seu diretor, e apenas a quarta vitoria desse tipo em 85 anos de Academia.

Quem definitivamente implodiu foi Lincoln – o super favorito na largada, acabou rendendo apenas o já muito anunciado Oscar para Daniel Day Lewis (o terceiro em sua carreira, outro recorde no Oscar) e outro para sua direção de arte (que, a meu ver, deveria ter sido de Anna Karenina).

As Aventuras de Pi e Django Livre entraram no vácuo deixado pelo filme de Spielberg, com Ang Lee ficando com o Oscar de melhor diretor (entre os quatro que o filme recebeu) e Quentin Tarantino com o de melhor roteiro original, mais o prêmio de coadjuvante para Christoph Waltz, repetindo a escolha dos Globos. (Aliás, contrariando até mesmo o que eu penso, as escolhas da Academia este ano foram praticamente idênticas às dos Globos. Menos aquele detalhe embaraçoso de Argo ter-se dirigido sozinho…)

Pi era mesmo a cara da Academia: épico mas íntimo, emotivo mas positivo, visualmente lindo. Django para mim foi a surpresa da noite: o tom, o tema e a linguagem de Tarantino nunca estiveram tão distantes do gosto médio dos acadêmicos. E no entanto…

Mas não, não estou falando das escolhas. Estou falando do evento. Pelos deuses do cinema, o que foi aquilo? Ninguém aprendeu nada com a Branca de Neve de 1989, ou a perpétua saia justa de James Franco e a pobre Anne Hathaway em 2011?

Acho que não. Os produtores Neil Meron e Craig Zadan estavam mais preocupados em louvar a si mesmos, mostrar o quanto Chicago – que eles produziram – foi importante para uma “volta dos musicais” que nunca aconteceu.

Números musicais se atropelavam sem estrutura e sem razão, salvos eventualmente pela classe de uma Shirley Bassey, o carisma de uma Adele e o fôlego de uma Jennifer Hudson. Houve uma “homenagem” aos 50 Anos de James Bond (para justificar os anúncios do Conselho Turístico da Grã Bretanha nos intervalos?) limitada a um número musical. Uma “homenagem” aos musicais que se limitou a três filmes dos últimos 10 anos (e Hairspray, que Meron/Zadan também produziram, citado nos painéis de abertura atrás do semi-mumificado John Travolta). E referencias a melhor canção tão desconcatenadas que quando o Oscar da categoria foi finalmente anunciado, ninguém mais se lembrava que ele existia.

O resultado final foi um espetáculo cansativo, tedioso, esticado além dos limites da paciência por números longos demais.

Oscar é sobre cinema. Transformar esse tema em um grande espetáculo não é fácil, concordo. Mas certamente o caminho escolhido neste domingo não foi exatamente o mais feliz.

E Seth…. Ah, Seth! Sim, ele sabe cantar, dança direitinho e, como criador de animação em TV, tem talento. Como host…

Eis duas coisas que um bom host não faz: achincalhar a plateia e o tema da festa que está apresentando; e fingir que não está achincalhando, pedindo desculpas falsas, dizendo que é tudo parte do número, que , ei, é uma piada.

Ninguém quer ver o Oscar – onde os presentes na plateia estão investidos com suas carreiras, e os espectadores em casa com suas emoções e sua torcida – para ser chamado de idiota, crédulo, irrelevante. Há uma fina arte em cutucar com elegância, fazer rir por expor absurdos e incoerências sem precisar realmente ofender ninguém. Em seu auge, Johnny Carson e Billy Crystal faziam isso sem o menor esforço. Já Seth resolveu abrir o Oscar com uma canção adolescente sobre peitos, fingir que chocava a plateia e depois retratar-se falsamente com a intervenção do Capitão Kirk/William Shatner vindo “do futuro” para recrimina-lo. Como melhorar depois disso? (Resposta: impossível.)

E ainda houve um patético número de encerramento com uma palavra que a Academia, em idos tempos, proibia de ser usada- “perdedores”. Sorte que ninguém no Dolby viu, já que todos os presentes correram para as saídas assim que a turma de Argo aceitou seu Oscar.

Não sei ainda o que pensar sobre a aparição de Michelle Obama para apresentar melhor filme. Será que a dupla de produtores preparou o número pensando que Lincoln iria ganhar? A Primeira Dama e sua franja são muito simpáticas, mas não seria melhor manter um prêmio de cinema dentro da esfera do cinema?

No final das contas os momentos de real graça, real beleza e real emoção da festa ficaram por conta do que ela tem de genuíno: o talento de seus protagonistas. O maior riso da noite veio por conta de Daniel Dany Lewis garantindo que tinha sido abordado para fazer o papel de Margaret Thatcher. Os maiores aplausos, para as gargantas de ouro de Shirley Bassey, Adele e Jennifer Hudson. As emoções mais fortes, na homenagem ao grande Marvin Hamlisch na voz de sua amiga Barbra Streisand (amplificada pelo fato da canção “The Way We Were”, de Hamlisch, já ser o tradicional tema do segmento “in memoriam” da noite) ; na empolgação de Ben Affleck e Jennifer Lawrence; e na revolta da plateia com a tentativa de calar Bill Westenhofer, presidente da falida Rhythm ‘n Hues, oscarizada por efeitos especiais.

Oscar, a gente gosta de você. Mas por favor, não abuse de nossa paixão. E até o ano que vem.

Veja Álbum de fotos

25 Feb 15:14

“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2” é eleito o pior filme do ano com 7 “prêmios” no Framboesa de Ouro 2013!

by Equipe CETI

Seguir @cinemaetudoisso

Seguindo a tradição que antecede a festa do Oscar, foram revelados os “vencedores” dos piores do ano no cinema pela “premiação” Framboesa de Ouro.

Neste 33º edição, “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final” foi o grande vencedor, de 11 nomeações, “ganhou” 7 framboesas, incluindo Pior Filme e Pior Atriz para Kristen Stewart. A saga havia conseguido fugir de ser premiado por 3 anos seguidos, mas dessa vez não deu para escapar.

Já o ator Adam Sandler que em 2012 levou todas as Framboesas por “Cada um tem a Gêmea que Merece”, foi vencedor novamente com “Este é o Meu Garoto“, como Pior Ator.

E o longa de ficção-científica “Battleship – A Batalha dos Mares” que veio com 7 indicações, só premiou Rihanna como Pior Atriz Coadjuvante.

Veja a lista completa dos vencedores, quer dizer… dos piores do ano, abaixo:

PIOR FILME
“Battleship – A Batalha dos Mares”
“The Oogieloves in Big Balloon Adventure”
“Este é o Meu Garoto”
“As Mil Palavras”
“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final” – VENCEDOR

PIOR ATOR
Nicolas Cage, “Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança” e “O Pacto”
Eddie Murphy – “As Mil Palavras”
Robert Pattinson, – “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final”
Tyler Perry – “A Sombra do Inimigo” e “Good Deeds”
Adam Sandler – “Este é o Meu Garoto” – VENCEDOR

PIOR ATRIZ
Katherine Heigl – “Como Agarrar Meu Ex-Namorado”
Milla Jovovich – “Resident Evil 5 – Retribuição”
Tyler Perry – “Madea’s Witness Protection”
Kristen Stewart – “Branca de Neve e o Caçador” e “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final” - VENCEDOR
Barbra Streisand – “The Guilt Trip”

PIOR ATOR COADJUVANTE
David Hasselhoff – “Pirannha 3DD”
Taylor Lautner – “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final” – VENCEDOR
Liam Neeson – “Battleship – A Batalha dos Mares” e “Fúria de Titãs 2″
Nick Swardson – “Este é o Meu Garoto”
Vanilla Ice – “Este é o Meu Garoto”

PIOR ATRIZ COADJUVANTE
Jessica Biel – “Playing for Keeps” e “O Vingador do Futuro”
Brooklyn Dekcer – “Battleship – A Batalha dos Mares” e “O Que Esperar Quando Você Está Esperando”
Ashley Green – “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final”
Jennifer Lopez – “O Que Esperar Quando Você Está Esperando”
Rihanna – “Battleship – A Batalha dos Mares” – VENCEDOR

PIOR ELENCO
“Battleship – A Batalha dos Mares”
“Madea’s Witness Protection”
“The Oogieloves in Big Balloon Adventure”
“Este é o Meu Garoto”
“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final” – VENCEDOR

PIOR DIRETOR
Sean Anders – “Este é o Meu Garoto”
Peter Berg – “Battleship – A Batalha dos Mares”
Bill Condon – “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final” – VENCEDOR
Tyler Perry – “Good Deeds” e “Madea’s Witness Protection”
John Putch – “Atlas Shrugged: Part II”

PIOR SEQUÊNCIA OU REMAKE
“Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança”
“Madea’s Witness Protection”
“Pirannha 3DD”
“Amanhecer Violento”
“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final” – VENCEDOR

PIOR CASAL NA TELA
Qualquer combinação do elenco de “Jersey Shore” – “Os Três Patetas”
Mackenzie Foy & Taylor Lautner – “A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final” – VENCEDOR
Robert Pattinson & Kristen Stewart – A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final”
Tyler Perry & e sua transformação Drag – “Madea’s Witness Protection”
Adam Sandler & Leighton Meester/Andy Samberg/Susan Sarandon – “Este é o Meu Garoto”

PIOR ROTEIRO
“Atlas Shrugged: Part II”
“Battleship – A Batalha dos Mares”
“Este é o Meu Garoto” – VENCEDOR
“As Mil Palavras”
“A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, O Final”

25 Feb 15:01

Veja os pôsteres minimalistas dos 9 indicados a Melhor Filme do Oscar 2013 feitos especialmente para o Blog do CETI!

by Equipe CETI

Nesta nossa última postagem do aquecimento Oscar 2013, queríamos fazer algo extremamente especial para os nossos leitores.

Por isso, o blog em parceria com o designer André Felippe Cezar, criou 9 pôsteres minimalistas dos indicados a melhor filme do Oscar 2013.

Esperamos que gostem do nosso trabalho!

E ai, gostou de qual pôster? Comente!

24 Feb 22:10

Sixteen year-old Elizabeth Taylor in 1948.



Sixteen year-old Elizabeth Taylor in 1948.

24 Feb 22:07

Petição contra a lei de direitos autorais

by noreply@blogger.com (Grex Desvendando Mistérios)
Hugo Avelar

ASSINEM!!

A autora Magali Vaz lançou uma petição para mudança das leis de direitos autorais no Brasil. Nossas leis não resguardam os direitos dos autores que tem suas obras usurpadas por estrangeiros, que nada sofrem mediante as leis brasileiras. Essa petição será entregue através da Ong Avaaz. Saibam mais e assinem

http://www.avaaz.org/po/petition/Mudanca_da_lei_de_direitos_autorais/?launch
23 Feb 19:37

gaksdesigns: Artist Andrew Judd

22 Feb 13:41

Das aventuras de Pi ao plágio de Scliar

by Tininha
Hugo Avelar

Life of Pi pra mim é plágio. Fim

1 g1

Norma Couri, no Observatório da Imprensa

No domingo (24/2), a premiação do Oscar pode reacender a polêmica do plágio ao escolher, para um das 11 indicações à estatueta, As Aventuras de Pi, de Ang Lee, baseado no livro do autor canadense nascido na Espanha Yann Martel, de 50 anos. No prefácio do livro, entre os agradecimentos, Martel concedeu “…já a centelha de vida devo ao Sr. Moacyr Scliar”. Morto aos 73 anos em 2011, no mesmo ano da publicação do livro de Martel, o médico gaúcho autor de 21 romances – fora os contos e os infantis – não pode se defender. Mas Luiz Schwarcz, editor da Companhia das Letras, conta no blog da editora que Scliar quis processar Martel (Folha de S.Paulo, 16/2/2013; ver “Scliar e o felino”). E no prefácio de Max e Os Felinos (L&PM) Scliar revelou sua decepção.

Ao saber dos comentários que Martel fez ao ganhar o prestigioso prêmio Booker no valor de 55 mil libras esterlinas com As Aventuras de Pi,Scliar estranhou. “Um escritor, do chamado Primeiro Mundo, copiando um autor brasileiro? Copiando a mim?” O canadense dizia que, depois de ter lido uma resenha desfavorável sobre o livro de Scliar por John Updike para o New York Times, concluiu: “Uma pena que uma ideia boa – um garoto num barco com um felino – tivesse sido estragada por um escritor menor”.

Publicado 20 anos antes, composto de três capítulos (“O tigre sobre o armário”, “O jaguar no escaler” e “A onça no morro”), Max e os Felinos foi traduzido para o inglês e o francês e conta a história de um jovem alemão, Max Schmidt, que, fugindo do nazismo, embarca para o Brasil num velho cargueiro, junto com animais do zoológico. Max sobrevive a um naufrágio criminoso, ele e um jaguar.

Ainda no prefácio do livro, Scliar lembra que a história do menino hindu Piscine Molitor Patel – Pi –, que se salva de um naufrágio junto com um tigre de Bengala, é diferente da sua. “Mas o leitmotiv é, sim, o mesmo. E aí surge o embaraçoso termo: plágio. Embaraçoso não para mim”, escreve o elegante Scliar, que logo diz que seu livro A Mulher Que Escreveu a Bíblia partiu de uma hipótese levantada pelo crítico norte-americano Harold Bloom, segundo a qual uma parte do Antigo Testamento poderia ter sido escrito por uma mulher. Com uma diferença: Scliar colocou o trecho de Bloom na epígrafe do livro, e o enviou ao crítico.

Leituras e histórias

Em Fazenda Modelo (1975), Chico Buarque teria plagiado Animal Farm, do inglês George Orwell, escrito 30 anos antes? O Nobel peruano Mario Vargas Llosa teria plagiado em A Festa do Bode (2000) o correspondente Bernard Diederich em They Killed the Goad (Mataron al Chivo), escrito 12 anos antes sobre a era do ditador dominicano Rafael Trujillo? E, afinal, foi ou não plágio dos três autores do livro The Holy Blood and the Holy Grail, escrito em 1982, o livro de Dan Brown O Código da Vinci, lido por meio mundo em 2003 e que virou filme três anos depois?

Num ótimo artigo publicado no The New York Review of Books (edição de 21/2/2013), o biólogo e neurologista Oliver Sacks escreveu sobre as armadilhas da memória, “Speak, Memory” (Fala, Memória). E conta como ele próprio escreveu sobre fatos vividos na infância que foram mais tarde desmentidos pelo irmão. Oliver, o irmão garantiu, não estava presente quando aquilo aconteceu. Foi assimilado, imaginado, deduzido e impresso na sua memória ou teria sido uma traição da memória do próprio irmão?

Sacks fala na diferença entre plágio e criptomnésia, que poderia ser entendida como “plágio inconsciente”. Como exemplo cita a música do beatle George Harrison, “My Sweet Lord” (1970), que tinha enorme semelhança com “He’s So Fine”, gravada oito anos antes por Ronald Mack. Embora o juiz tenha considerado um plágio, refrescou o beatle acusando seu subconsciente: “Não acredito que ele tenha copiado deliberadamente”.

Helen Keller, cega e surda, tinha 12 anos quando publicou The Frost King numa revista e foi acusada de plagiar Margaret Canby na história infantil The Frost Fairies. A própria Helen assumiria que as apropriações aconteciam quando os livros eram “lidos” pela técnica de fingerspelling, diretamente nos dedos. Nesse caso ela não era capaz de dizer se a fonte tinha vindo de fora ou criada por ela mesma. Isso não acontecia quando os livros em Braille eram “folheados” pelas suas mãos. O humorista norte-americano Mark Twain, nascido Samuel Clemens, não se conteve e escreveu para Helen:

“Deus meu, como é incrivelmente engraçada, idiota e grotesca essa farsa de plágio! Como se existisse outra coisa na expressão humana que não fosse plágio! Porque basicamente todas as ideias são de segunda mão, conscientes ou inconscientes, sugadas de um milhão de fontes existentes no mundo.”

Oliver Wendel Holmes, médico como Scliar e considerado um dos melhores escritores do século 19, recebeu na festa dos seus 70 anos a confirmação do plágio de Twain, pelo próprio Twain:

“Holmes foi o primeiro grande escritor de quem eu copiei alguma coisa…”, Twain o saudou no discurso. “Quando publiquei meu primeiro livro, The Innocents Abroad, um amigo me disse que havia gostado muito da dedicatória, mesmo depois de ter lido a mesma em Songs in Many Keys,de Holmes. Surpreso, escrevi a Holmes, não pretendia roubar a dedicatória. E ele me respondeu dizendo que inconscientemente nós todos trabalhamos ideias acumuladas em leituras e histórias orais mas, ao criá-las, acreditamos que elas sejam absolutamente originais.”

Novos tempos

Mesmo que não esteja presente para fomentar a polêmica do plágio durante a premiação do Oscar, Scliar deixou registrada sua opinião no prefácio de Max e os Felinos. Disse que leu o livro de Martel “sem rancor… ali estava a minha ideia”. Mas, como Twain, ressalvou: “Uma ideia é uma propriedade intelectual. Isto não significa que não possa ser partilhada”.

Na sua coluna da “Ilustrada”, da Folha de S.Paulo, Scliar escreveu, em 2002:

“É plágio? Depende, o que dá margem a uma discussão não apenas literária: nesta época de copyrights, propriedade intelectual é uma coisa séria, e uma ação judicial me foi sugerida. Recusei. Não sou litigante.”

22 Feb 13:27

Irmã mais velha de Clarice Lispector começa a sair do ostracismo

by Cristina
Hugo Avelar

Por favor, todos publicando frases de auto ajuda de Elisa Lispector

Elisa Lispector, que escreveu sobre a vida da família no Recife, tem a sua obra reavaliada por pesquisadores

Fellipe Torres no Divirta-se

A avó, a mãe (em pé, à direita), e tias de Elisa, Tania e Clarice Lispector (Arquivo/Elisa Lispector)

                                             A avó, a mãe (em pé, à direita), e tias de Elisa, Tania e Clarice Lispector

Quando emigrou da Ucrânia para o Brasil em 1920, com 9 anos de idade, Leia teve o nome alterado para Elisa. Aos 14 anos, foi morar no Recife, onde permaneceu por uma década. Mas somente aos 34 anos, já no Rio de Janeiro, a escritora começou a publicação de seus sete romances e três livros de contos. A biografia e a obra de Elisa até hoje são pouco estudadas e despertam interesse quase nulo por parte do público leitor. Situação considerada injusta por pesquisadores. A hipótese mais provável para o ostracismo é a força do sobrenome: Lispector.

Ter sido escritora e irmã de Clarice Lispector, um dos maiores expoentes da literatura brasileira, não foi fácil. Mas Elisa, bem ou mal, encontrou seu próprio caminho. No autobiográfico ‘No exílio’ (1948) baseou-se na saga da família ucraniana, incluindo os dez anos de convivência com o Recife. “Elisa descreve a rotina na cidade pernambucana, com registro de lugares, comidas, escolas, festas, situações… A perspectiva é a de uma adolescente judia, imigrante, que circula pelo bairro da Boa Vista, frequenta o clube israelita com o pai, vai à escola”, diz a pesquisadora da USP Nádia Gotlib.

A história da família Lispector tornou-se ainda mais acessível 63 anos depois da publicação de No exílio, quando Gotlib retomou o assunto com a organização de ‘Retratos antigos’ (Editora UFMG, 143 páginas, R$ 85). O livro traz relatos inéditos de Elisa Lispector, várias fotos em preto e branco, além de declarações sobre o quanto a autora sofria com os “encargos pesados que a vida lhe reservara: cuidar da casa, das duas irmãs menores e da mãe, que padecia de paralisia e mal de Parkinson”.

Um dos motivos para o esquecimento de Elisa por parte do público e dos acadêmicos é a escassez de novas edições. Além de ‘Retratos antigos’ (2012), apenas ‘No exílio’ (José Olympio, 208 páginas, R$ 32) pode ser encontrado nas livrarias. Nas décadas de 1970 e 1980, tiveram segunda edição ‘O muro de pedras’ (1976), O dia mais longo de ‘Thereza’ (1978) e ‘Além da fronteira’ (1988), mas três romances e três livros de contos permanecem na primeira edição. “Poucos volumes ainda são encontrados em sebos, mas os preços estão subindo. Elisa escreveu textos que merecem ser lidos por um público mais amplo”, alerta Nádia Gotlib.



Trechos

“Todas as manhãs Marim vem sentar-se à varanda do velho sobrado da rua da Imperatriz, vestido de linho engomado, os cabelos negros e lisos penteados, os braços inúteis cruzados sobre o busto. Depois que toma tento do que vai lá embaixo, reparando numa ou noutra pessoa que passa, inclina a cabeça de lado, os olhos como contas azuis ligeiramente amortecidos, e fica olhando com ar distante, entristecido.” (Trecho do livro ‘No exílio’, 1948)

“É difícil definir bem a própria irmã. Sempre fomos muito unidas, Clarice, Tânia e eu. Lembro-me que, na infância, Clarice demonstrou logo ser independente, imaginativa e cheia de ternura. Tivemos todas uma vida muito agradável e feliz no Recife, e temos muitas saudades daqueles tempos. Embora casadas, e muitas vezes morando muito longe, estávamos sempre em contato umas com as outras, seja por carta, ou telefone. O que mais impressiona em Clarice não é fato de ser irmã, e ótima como sempre foi, mas como tornou-se mãe maravilhosa.” (Depoimento de 1963. Arquivo Clarice Lispector da Fundação Casa de Rui Barbosa).

22 Feb 13:09

Britânica aluga réplica de quarto de “50 Tons de Cinza” para casais

by Pavarini
Foto publicada pelo jornal "Daily Mail" mostra a réplica do Quarto Vermelho de "50 Tons de Cinza" criado por uma britânica

Foto publicada pelo jornal “Daily Mail” mostra a réplica do Quarto Vermelho de “50 Tons de Cinza” criado por uma britânica

Publicado no UOL

Uma mulher chamada Georgina Wilde criou uma réplica do Quarto Vermelho, local fictício usado para práticas sadomasoquistas no livro “50 Tons de Cinza”.

Segundo o jornal “Daily Mail”, Georgina, uma dominatrix britânica, está alugando o local por 263 libras (R$ 790) a hora para casais que queiram viver as experiências sexuais dos personagens Anastasia Steele e Christian Grey descritas no livro.

O local é equipado com vários chicotes, dispositivos de suspensão e outros artefatos sadomasoquistas.

Ao jornal, Georgina disse que já alugava o espaço para práticas sexuais há anos, mas que resolveu criar a réplica inspirada em “50 Tons de Cinza” para atender uma nova clientela.

“Nós adicionamos uma cama de luxo, amenidades noturnas e as paredes são pintadas de um tom profundo de vermelho como os da sala de Christian Grey”, disse.

Escrito por E.L. James, a trilogia “50 Tons de Cinza” foi traduzida para 45 idiomas e vendeu mais de 32 milhões de cópias somente nos Estados Unidos.

A história está prestes a ser adaptada para o cinema pelo estúdio Universal Pictures. Atrizes como Mila Kunis, Emma Watson e Rooney Mara já foram cotadas para viverem a heroína Anastasia.

22 Feb 02:41

Comentário da Semana

by Lele
Hugo Avelar

Tenho 8 anos de idade e estou rindo disso.

No Instagram do Gugu:

 

gugu1.jpg Comentário da Semana

 

gugu2.jpg Comentário da Semana

21 Feb 19:59

UM QUASE TUMBLR DO DIA: YOU HAD ONE JOB

by youPIX
Hugo Avelar

Sei nem o que é verdade, mas tenho certeza que eu faria o do vaso sanitário e do armário.

E quando a pessoa foi escolhida pra fazer um trabalho simples, coisa boba, trivial e o resultado é… desastroso?

Só porque a webz é MUITO generosa, temos agora o lugar certo para admirar a estupidez alheia: o site You Had One Job reuniu algumas imagens quase inacreditáveis. Como é possível um ser humano errar tanto? Tem umas que tá na cara que é Photoshop ou foram plantadas de propósitos, mas tem outras que convencem. Isso realmente pode acontecer. Ou não? Seria possível alguém fazer essa cagada besteira?  Tire suas próprias conclusões… hahahahahaha


21 Feb 18:48

The 2013 Oscar Nominees And Their Animal Doppelgängers

Hugo Avelar

Mas que coisa maravilhosa, meu Deus.

Long lost twinz.

Philip Seymour Hoffman = Fluffy Chicken

Philip Seymour Hoffman = Fluffy Chicken

Source: Getty  /  via: pinterest.com

Christoph Waltz = Dog

Christoph Waltz = Dog

Source: Getty  /  via: firstjokes.com

Robert De Niro = Goat

Robert De Niro = Goat

Source: Getty  /  via: energy.korea.com

View Entire List ›

21 Feb 15:47

Quem vê muita televisão morre mais cedo

by Carol Castro
Hugo Avelar

Vou morrer cedo.

Como se não bastasse a acusação de emburrecer as pessoas, a tevê encara outro problema, ainda mais grave: pesquisadores da Austrália descobriram que passar muito tempo em frente à telinha pode encurtar seus anos de vida.

Eles acompanharam 8,8 mil adultos, nenhum com histórico de doenças cardíacas, por mais de 6 anos. Durante o período, 284 pessoas morreram – a maioria passava mais de 4 horas, diariamente, vendo televisão. Segundo a pesquisa, quem perde gasta tanto tempo assim com a tevê tem 80% mais chances de morrer por conta de doenças do coração do que os telespectadores menos vorazes, que passam, no máximo, 2 horas por dia. E mais: o risco de morrer por conta de qualquer outro motivo aumenta 46%.

Ou seja, quanto mais tempo em frente à tevê, mais perto você fica da morte. E, nesse caso, uma hora a mais faz toda diferença. Cada hora extra aumenta em 11% o risco de morrer – e em 18% a chance de sofrer alguma complicação cardíaca fatal.

Mas a tevê, coitadinha, nem é a maior culpada. As porcarias que você come enquanto vê tevê também não.  O problema mesmo é ficar tanto tempo sentado. “Quem passa muitas horas em frente à tevê fica muito tempo sentado, e isso, invariavelmente, resulta na ausência de movimento muscular”, explica o pesquisador David Dunstan. Segundo ele, essa falta de movimento pode prejudicar o metabolismo do seu corpo.

É, a gente já tinha avisado, lembra?

Crédito da foto: flickr.com/alvi2047

Leia também:
Cuidado! Passar muito tempo sentado pode encurtar sua vida
Passar muito tempo sentado aumenta o tamanho do bumbum 
Pessoas felizes vivem menos 

21 Feb 15:05

Coca-Cola estreia campanha brasileira para a Copa do Mundo 2014

by Carlos Merigo

A Coca-Cola revelou hoje seu posicionamento oficial pra a Copa do Mundo no Brasil, com a assinatura “A Copa de Todo Mundo”.

Ao contrário do oba-oba de outras campanhas temáticas para o evento de 2014, a abordagem da marca é mais pé no chão.

Com narração de Tom Zé e elementos gráficos grafitados produzidos pelo artista Speto, o texto diz que a Copa do Mundo não vai ser só de jogos, vitórias, derrotas, jogadores galãs e celebridades, incentivando assim o engajamento popular em torno do acontecimento.

A campanha estreia na TV aberta e fechada no próximo fim de semana. A criação é da Wieden+Kennedy São Paulo.

Coca-Cola

Posts relacionados:

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Advertisement
21 Feb 13:54

Viva Intensamente # 2 ANOS!

Hugo Avelar

Compartilhando pela auto ajuda

vivaintensamente-chamada
É um data especial para os cães monocromáticos desse blog. Além de completar dois anos, a série traz hoje a tira de número 100! A data é linda, por isso eu busquei respeitá-la bem, e trazer algo novo para vocês. Fiz a história da maneira mais consciente possível, a fim de sintetizar a série e a mensagem que busco passar ao longo dessa centena de tiras. Espero que todos gostem!





VivaIntensamente-EspeciaL
21 Feb 13:41

Mau humor

21 Feb 13:40

Macanudo

20 Feb 16:04

ISSO É TRISTE PORQUE É VERDADE

by youPIX

Toda santa noite é a mesma coisa…

Visto no 9Gag, traduzido por youPIX

20 Feb 15:20

Quadrin 18/02/2013 - Níquel Náusea (Fernando Gonsales)

by quadrin

Níquel Náusea Fernando Gonsales
19 Feb 23:23

Show de Paul McCartney no Brasil é confirmado

by Tony Aiex
Hugo Avelar

Agora só faltam Joss Stone e Dionne Warwick virem fazer show aqui, e aí sim não fugiremos da regra.

Paul McCartney volta ao Brasil

Paul McCartney irá voltar ao Brasil mais uma vez.

Como publicamos por aqui, fortes boatos a respeito de uma nova turnê do cara pela América do Sul vieram dos nossos vizinhos Argentinos, e agora foi a vez de um show em Fortaleza ser confirmado.

Quem o fez foi o secretário especial da Copa do Mundo Ferrucio Feitosa, que revelou a informação ao Diário do Nordeste Online quando falava sobre o Castelão, estádio que foi reformado para a Copa de 2014.

Ainda não se sabe a data oficial, mas especula-se o dia 27 de Abril além de um possível show em Belo Horizonte.

Fonte: Diário do Nordeste

Paul McCartney no Brasil

Nos últimos anos o ex Beatle tem sido presença constante no país, já que em 2010 tocou em Porto Alegre e São Paulo, em 2011 foi até o Rio de Janeiro e 2012 teve shows do cara em Recife e Florianópolis.

Parece que o Macca está gostando de vir para cá.

Assim que mais informações forem disponibilizadas, publicaremos aqui.

Recentemente publicamos por aqui uma notícia sobre McCartney ter sido confundido com um músico de rua nos EUA e o colocamos em nossa lista de 50 músicas para o Valentine’s Day.

O post Show de Paul McCartney no Brasil é confirmado foi publicado em Tenho Mais Discos Que Amigos!.

19 Feb 22:22

Conheça a origem de 6 brincadeiras populares

by Jessica Soares

Você provavelmente já participou de alguma dessas brincadeiras. Seu pai também. E seu avô. E o avô do seu avô. Algumas brincadeiras são tão antigas que até os antigos reis de Roma devem ter entrado na roda. Para relembrar a infância e fazer um passeio pela história, listamos a origem de 6 brincadeiras populares:
.
1. Cabra-cega


Cuidado com a mão boba

Quando: 500 a.C.

Já deve ter um tempo que você não vê ninguém brincando de cabra-cega por aí. Mas, caso queira reviver a tradição, basta conseguir um pedaço de pano e reunir a turma: a cabra-cega da rodada deve ser vendada e tentar encontrar os companheiros de brincadeira; ao trombar em alguém, deve adivinhar quem é a pessoa – se acertar, esta passa a ser a cabra-cega. Acredita-se que brincadeira, que já foi popular entre a criançada, tenha sido originada durante a Dinastia Zhou, da China, perto do ano 500 a.C. Na Idade Média e na Era Vitoriana, era um divertimento aristocrático: na Casa dos Tudor (dinastia inglesa que reinou entre 1485 e 1603), jogos de cabra-cega eram opção para recreação.
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2. Cara ou coroa

Quando: aproximadamente 300 a.C.

É verdade que este parece mais um pré-jogo do que uma brincadeira propriamente dita, mas prometemos não julgar caso você queira desafiar a probabilidade e instituir o I Campeonato de Cara ou Coroa. O jogo, que surgiu na Roma Antiga, era conhecido como navia aut caput, “cara ou navio”, em referência à moeda que trazia de um lado o rosto do deus da mitologia Janus e, do outro, uma embarcação. Além de ser usado para decidir quem escolhe o campo e quem começa com a bola antes de toda partida de futebol, o jogo já foi importante para resolver impasses maiores: nos EUA, em 1845, Asa Lovejoy e Francis Pettygrove jogaram a moedinha para saber quem escolheria o nome da nova cidade do estado de Oregon. Pettygrove levou a melhor e nomeou a cidade como Portland.
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3. Joquempô

Quando: entre 206 a.C. e 220 d.C.

Tesoura corta papel, papel cobre a pedra, pedra esmaga Lagarto, Lagarto envenena Spock, Spock esmaga tesoura, tesoura decapita Lagarto, Lagarto come papel, papel refuta Spock, Spock vaporiza pedra que, é claro, esmaga tesoura. Muito antes de Sheldon Cooper nos apresentar o jogo “Pedra, Papel, Tesoura, Lagarto, Spock” (criado por Sam Kass) em The Big Bang Theory, o joquempô já acumulava milênios de tradição. Os primeiros registros que se têm da brincadeira estão no livro chinês Wuzazu, escrito durante a Dinastia Han, entre os anos 206 a.C e 220 d.C. No século 17, o jogo com os elementos que conhecemos hoje já era popular na China e no Japão, e no século 20 já havia se espalhado pelo mundo.
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4. Par ou ímpar


Quando: aproximadamente 200 a.C.

Um torneio de par ou ímpar não seria televisionado, é verdade, mas a sua origem mereceria uns minutinhos da programação. O jogo é uma variação da Morra, brincadeira criada na Roma Antiga e popular até o dia de hoje, principalmente na Itália. No jogo da antiguidade, os participantes costumavam se reunir em roda e mostrar entre 0 a 5 dedos de uma das mãos – o desafio era adivinhar a soma total da roda e ganhava quem gritasse o número mais rápido.

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Bônus: O “Dois ou um” também deriva da Morra e é um bom método de eliminação (e para decidir  quem fica “na de fora”): todos devem mostrar, ao mesmo tempo, um ou dois dedos de uma das mãos. Os que colocarem um número diferente da maioria são eliminados e, no final, para decidir o ~ultimate champion~ basta recorrer ao par ou ímpar.
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5. Jogo da Velha

Quando: 1 a.C.

Para se divertir no Império Romano, um dos jogos mais populares era o bom e velho Jogo da Velha: marcas das matrizes de três linhas e três colunas, que datam do ano 1 a.C., foram encontradas em diversos lugares de Roma. Mas acredita-se que o jogo, cujo objetivo é completar primeiro uma linha de três círculos ou xis em sequência, possa ter origem ainda mais distante. A educadora estunidense Claudia Zaslavsky aponta em seus estudos que o jogo poderia ter derivado de brincadeiras similares já presentes no Egito Antigo. O jogo de mais de 4000 anos foi pioneiro nos computadores: OXO, criado em 1952, foi um dos primeiros videogames desenvolvidos.
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6. Amarelinha

Quando: século 17

Do 1 ao 10 para chegar ao céu. Caso você não se lembre, a amarelinha, jogo popular entre as crianças de antigamente, tinha regras simples. Depois de desenhar o percurso no chão (como na foto acima) jogava-se uma pedrinha na primeira casa e o objetivo era ir pulando até chegar à marca circular, evitando a casinha em que estava a pedra. Na volta, o desafio era se equilibrar para pegar a pedrinha. Acredita-se que amarelinha teria sido inventada pelos romanos – gravuras mostram crianças brincando de amarelinha nos pavilhões de mármore nas vias da Roma antiga. Mas as primeiras referências ao jogo de que se tem registro confirmado datam do século 17. No manuscrito Book of Games (“Livro de jogos”, em português), compilado entre os anos de 1635 e 1672, o estudioso inglês Francis Willughby já descrevia a brincadeira em que crianças pulavam sobre linhas no chão no percurso que simbolizava a trajetória do homem através da vida.

19 Feb 22:19

Grito dos torcedores pode gerar energia elétrica nos estádios de futebol

by Débora Spitzcovsky

As energias solar, eólica e geotérmica, entre outras, já são bem conhecidas da maioria das pessoas, mas você já ouviu falar em “energia de goela”? Estudantes de engenharia de Minas Gerais estão desenvolvendo um projeto que promete converter o grito dos torcedores que vão aos estádios de futebol em energia elétrica.

A iniciativa se baseia em espalhar receptores por toda a arena esportiva que são revestidos por uma espécie de manta capaz de vibrar ao entrar em contato com ondas sonoras que tenham entre 90 e 100 decibéis – alguém duvida que um estádio lotado de torcedores fanáticos não alcance essa potência? A energia de movimento gerada na manta por meio dos gritos da arquibancada, então, é convertida em eletricidade, que pode abastecer o próprio local durante as competições.

De acordo com os estudantes que desenvolvem o projeto, uma torcida empolgada com cerca de 15 mil pessoas é capaz de gerar a quantidade de eletricidade necessária para suprir a demanda elétrica do estádio nos 90 minutos de jogo. Mas eles já estudam maneiras de empolgar ainda mais os torcedores para aumentar o montante de eletricidade e, quem sabe, vender a energia excedente. Gincanas que desafiam as torcidas rivais para ver quem faz mais barulho é uma delas.

Por enquanto, a ideia está no papel, mas os engenheiros já estão atrás de patrocínio para tentar colocá-la em prática na Copa do Mundo de 2014. Se pegar, o projeto pode ser aplicado em outros locais com bastante barulho, como baladas e autódromos. Você tem alguma outra sugestão para implantar a produção de “energia de goela”?

Foto: Alexandre Battibugli

Leia também:
Green Noise produz energia a partir de barulhos altos

18 Feb 22:32

Maior número primo do mundo tem mais de 17 milhões de dígitos

by Carolina Vilaverde


O projeto GIMPS (Great Internet Mersenne Prime Search) anunciou esta semana que descobriu o maior número primo conhecido, com 17.425.170 dígitos. O número vale 2 elevado à potência de 57.885.161, menos 1 (na imagem acima você só vê os primeiros dígitos). Como mostra o site CNET, esse tamanho é tão grande que, se você quiser conhecer o número inteiro, precisa fazer o download de um arquivo de 22.5 MB.

O GIMPS é um projeto cooperativo: são mais de 98 mil pessoas, 574 equipes e mais de 730 mil processadores envolvidos para realizar cerca de 129 trilhões de cálculos por segundo. A ideia é dividir as buscas entre milhares de computadores individuais, mas que trabalham juntos em projetos. Apesar da importância do trabalho em conjunto (outros computadores estavam eliminando candidatos), a descoberta é atribuída ao professor da University of Central Missouri, Curtis Cooper. Ele precisou rodar um software que “caça” número primos em uma rede de computadores para conseguir o feito.

Mas para que tanto esforço? Segundo o site da New Scientist, encontrar este número primo pode ter servido para aprimorar técnicas de criptografia. Elas podem ser usadas, por exemplo, para melhorar a segurança nas transações on-line.

Via Geekologie

18 Feb 17:33

Tamagotchi ‘ressuscita’ em app para celulares Android

by Ismael dos Anjos

Quem foi criança na década de 90, aprendeu cedo a lidar com as alegrias e responsabilidades de alimentar, brincar e cuidar um animalzinho – ainda que virtual. Pois preparem-se: o Tamagotchi – o joguinho eletrônico reponsável por isso e que ficava grudado nas mãos de 11 entre 10 crianças – está de volta.

Responsável pela marca, a Namco Bandai lançou nesta sexta-feira, 15 de fevereiro, um aplicativo para Android chamado Tamagotchi L.i.f.eque reproduz fielmente o viciante joguinho. Infelizmente o download via Google Play ainda está restrito para os EUA, mas, em breve, o jogo já deve estar disponível no Brasil e em outras plataformas, como o iOS da Apple.

Quer saber mais? Entre no site que comemora o lançamento – http://tamagotchilife.com – e assista o vídeo abaixo:

Imagem: Divulgação

17 Feb 19:49

Paperman Cosplay

by aishiterushit
Hugo Avelar

HAHAHAHHAA Muito bom!









Paperman Cosplay

17 Feb 19:25

Riquezas

by camilalpav
Estou muito cansada para escrever um texto metido a espertinho, mas minha vontade de simplesmente escrever é maior do que o cansaço. Aí você tem todo o direito de perguntar, mas quando e onde foi que você escreveu um texto realmente espertinho?, e a real é que, mesmo os textos espertinhos fracassados (aliás, especialmente os textos fracassados), bem, eles dão trabalho em como dizia Dorival, “ninguém quer saber o trabalho que dá” (ou: “o trabalho que dá pra fazer é que é”). Então hoje estou me dando o prêmio e a licença de escrever dois ou três parágrafos, “sem ter trabalho”. Só porque escrever é bom.

Então já que já estou aqui escrevendo, vou escrever duas coisas:

- Eu não sabia, eu não imaginava, e ninguém nunca me contou – e vai ver ninguém nunca contou pra você também (acho que “either” ou “tampoco” fazem uma falta danada no português, mas sigamos) – que a parte mais difícil de cozinhar – não cozinhar uma coisa chique pra impressionar os amigos no fim de semana, mas: cozinhar. a sua própria comida. todo dia – não é, em absoluto, cozinhar. Cozinhar você vai pra cozinha, arregaça as mangas e cozinha, ué, você pica a cebola, descasca a cenoura, lava a salada, refoga os legumes, tempera a carne. Tudo isso, qualquer um faz. Agora, aquilo que apenas pessoas como nossas avós são capazes de fazer é saber, saber com firmeza e tranquilidade, dia após dia e ano após ano e eternamente, O QUE cozinhar. Esta é a dificuldade. Este é o terror. E, principalmente, não há livro de receitas que ajude. Eu não sei se quem cozinha todo dia é em algum momento acometido por esse pânico. Eu sei que, hoje, esse pânico chegou. E tudo bem, porque fiz que nem o Tom Cruise naqueles filmes do Tom Cruise (alguém ainda se lembra desse meme velho?) em que o Tom Cruise encontra uma grande dificuldade, se supera e se torna um vencedor.

- “Pra vocês que têm leitura é diferente”, disse a senhora. E eu, ué, mas como assim, qualquer um pode “ter leitura” – no pior dos casos, rouba-se uma revista de um salão de beleza e… Bem, foi então que percebi que “ter leitura” para aquela senhora não era ter acesso a uma revista ou jornal ou livro ou kindle, e sim saber O QUE fazer com esses objetos. Que coisa incrível esta expressão, “ter leitura” – a capacidade de ler como um bem material. Está certíssimo. Saber ler, saber cozinhar. Duas das atividades mais simples, mais básicas (não no sentido de pretinho-básico, mas de sobrevivência mesmo), mais valiosas.

- As duas coisas viraram três. Eu teria de guglar mas, lembrem-se, estou cansada, então alguém gugle para mim, por favor: uma entrevista em que Esperanza Spalding diz que não se considerava pobre quando criança, embora, de acordo com o IBGE gringo, fosse (food stamps do governo e o escambau). E ela não se achava pobre porque tinha a orquestra em que ela tocava, tinha esse espaço, essa comunidade acolhedora e vibrante – e riqueza, para ela, era isso. Ela sempre se sentiu rica porque teve acesso a experiências ricas. É mais ou menos isso que o Mujica fala, também. Mas é difícil, porque quando eu escrevo essas coisas fica parecendo uma auto-ajuda para pobre, mas quando Mujica e quando Esperanza falam, quando eles contam o que é a riqueza, você acredita. Você acredita de fato que riqueza não é a possibilidade de comprar um monte de quinquilharia – isso é excesso de dinheiro, riqueza é outra coisa.
17 Feb 19:04

actegratuit: Aakash Nihalani

16 Feb 15:00

Malvados

15 Feb 19:17

Lembrei de você:

by Érika

Alguns dias são piores que outros. Mas alguns dias até tem salvação.

Hoje foi um dias de cão, amigues.

Postei essa frase que li no bloguinho da Fal:

“A vida não é para amadores. Ou seja, não sirvo presse negócio.” da @moringah, e hoje é isso.

Dois segundos depois recebi isso no face e resolvi dar um desconto pra vida:

Joy K. S. Souza

 Lembrei de você:

 “Tenho observado com freqüência a pouca atenção que as pessoas dão às palavras. Explico-me. Um homem simples (com simples não quero dizer parvo, e sim não-eminente) tem uma opinião, critica uma instituição ou crença geral; sabendo que a maioria das pessoas não pensa assim, cala-se, na suposição de que não vale a pena falar, pois o que pudesse dizer não mudaria coisa alguma. Trata-se de um erro grave. Eu ajo de outro modo. Por exemplo, sou contra a pena de morte. Sempre que me aparece uma oportunidade, manifesto-me a respeito, não porque ache que, com isso, o Estado a vá abolir, mas porque estou convencido de que assim contribuo para o triunfo das minhas idéias. Pouco me importa que ninguém concorde comigo. O que eu disse não foi em pura perda. Talvez alguém repita minhas palavras e elas cheguem a ouvidos que as ouçam e as perfilhem. Quem sabe se futuramente algum daqueles que ora discordam de mim não se vai lembrar, numa ocasião propícia, daquilo que eu disse e convencer-se ou pelo menos sentir abalada sua opinião em contrário. – O mesmo vale para diversas outras questões sociais, das que exigem ação. Reconheço que sou tímido e não sei agir. Por isso limito-me a falar. Não acho, porém, que minhas palavras sejam em vão. Outro agirá, mas essas palavras – de mim, o tímido, – terão facilitado a ação e limpado o terreno.”

KAVAFIS, K. Reflexões sobre Poesia e Ética. SP: Ática, 1998


14 Feb 14:09

Hackers invadem programação de emissora americana e fazem alerta sobre apocalipse zumbi

by Cláudia Fusco

Na noite de 30 de outubro de 1938, o cineasta Orson Welles ficaria mundialmente conhecido como um pregador de peças de primeira classe. O diretor do clássico Cidadão Kane apresentou uma peça para rádio, na americana CBS, inspirada na obra de ficção científica Guerra dos Mundos, de H. G. Wells. Ainda que tudo tivesse sido explicado anteriormente pela emissora, a transmissão causou pânico nos Estados Unidos e estourou recordes de audiência – cerca de seis milhões de pessoas ficaram com os ouvidos grudados no rádio, desesperadas para saber como o terrível ataque (fictício) terminaria.

E 2013 ta aí para provar que certas piadas não envelhecem.

Um grupo de hackers invadiu o alerta de emergência do canal de tv KRTV, de Montana, e deixou uma mensagem . De acordo com o site da emissora, os hackers transmitiram uma curta mensagem dizendo que “corpos mortos estavam saindo de seus caixões” e “atacando os vivos”. A mensagem ainda recomendava que os espectadores “não chegassem perto dos corpos, pois são extremamente perigosos.”

A mensagem foi deixada apenas em áudio, durante um programa sobre adolescentes que traem suas namoradas. O vídeo infelizmente ainda não foi legendado, mas dá para sentir um gosto do drrrama:

http://www.youtube.com/watch?v=nc60XPCXrh8

 

A emissora diz não ter pressa de resolver o ocorrido, mas já está buscando pelos responsáveis.

Em algum lugar, Orson Welles deve estar sorrindo.