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...a J.K Rowling anunciou 12 novos contos de Harry Potter pra esse mês.
Mentirinhas #706
Tá pensando que é igual a bicho de estimação que pode largar 3 dias sem comida e sem amÔ?!
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Quando é hora de dizer adeus… Para sempre!
Ontem o pessoal teve a triste notícia do passamento do ator e comediante Robin Williams. Vítima de severa depressão, Robin, ao que tudo indica até agora, suicidou-se enforcando-se com um cinto no pescoço, e tendo cortes superficiais nas partes internas do pulso esquerdo. O ator resolveu dar fim ao seu sofrimento, sua enorme tristeza, com sua vida e todos nós lamentamos muito.
Todo mundo começou a compartilhar que depressão é uma doença séria e precisa ser encarada com essa seriedade. Não é uma questão "tô tristinhu!". Grupos de ajuda foram divulgados etc. Mas Robin ainda está morto e ninguém fala por ele. Digo ELE, ele mesmo. A questão é: Podemos realmente dizer que ele não podia se suicidar? Temos mesmo que forçá-lo a fazer o que não quer (a saber: continuar vivendo)?
Depressão é uma doença, então, a pessoa não sabe o que faz. Assim, ela não pode se matar.
Toda morte é trágica. Principalmente para quem convive. Mas e a tragédia da vida de quem efetivamente se matou? Nós lamentamos a morte de Robin, mas quantos de nós foi conversar com ele?
Ah,. mas eu estou longe.
Não importa.
Mas eu não era amigo dele.
Ponto interessante, mas não no momento. Poderia tê-lo abordado na rua.
Mas e se ele me repudiasse? Ele não iria falar comigo. Ele iria achar que eu ia pedir esmola. Ele iria achar … sei lá.
Não importa. Nada disso importa. O ponto é: lamentar a morte de alguém é fácil, mas você nunc conviveu com essa pessoa. Nunca soube dos seus dramas. O que as pessoas estão lamentando não é a morte do Robin Williams e sim por causa de um pensamento mesquinho que ele tem que estar presente para nos dar alegria. Mas e as alegrias dele? Ele não era uma pessoa feliz, e se você pensa que só porque alguém está sorrindo fica provado que está feliz, realmente você deve ser a pior das pessoas mais egoístas.
Uma amiga minha estava conversando com o pai certa vez.. O pai levou as mãos ao peito e caiu duro. Infarto fulminante. Ela me confessou depois que daria tudo pro seu pai estar em cima de uma cama, mesmo que em coma, porque ela precisava que ele estivesse ali, com ela.
Ela me olhou e disse: eu era a pior das pessoas, pois estava pensando apenas em mim mesma. Não pensei que por mais brutal e rápida que foi a morte dele, ele não sentiu o desconforto nem o sofrimento de passar semanas ou meses num hospital.
Somos egoístas. Queremos aqueles que nos alegram perto de nós, mas nunca olhamos o outro lado da moeda. Nunca paramos para entender aquele que está ali, só nos importamos com o que aquela pessoa nos traz. E isso me lembra:
Ouvi uma piada uma vez: Um homem vai ao médico, diz que está deprimido. Diz que a vida parece dura e cruel. Conta que se sente só num mundo ameaçador.
O médico diz: "O tratamento é simples. O grande palhaço Pagliacci está na cidade. Assista ao espetáculo! Isso deve animá-lo."
O homem se desfaz em lágrimas. E diz: "Mas, doutor… Eu sou o Pagliacci!"
Boa piada. Todo mundo ri. Rufam os tambores. Desce o pano.
– extraído de Watchmen
Quantos amigos, próximos ou distantes, estão pensando em morrer agora? Mas não queremos isso. Queremos que eles vivam, apenas para que eles estejam entre nós. Mas quem somos para dizer quem pode viver ou morrer?
Ainda é uma visão tacanha medieval. Se ele morrer vai pro inferno, não queremos isso. Se ele morrer, eu estarei sozinho e deprimido (porque o que o outro tinha não era depressão. Era… era… não sei, mas eu estou deprimido e preciso de fulano para me animar).
É um conflito de pensamentos. Se matar unicamente porque o DNA fez merda e não codificou uma proteína, que fez um cérebro mais gambiarrento que de costume, cuja neuroquímica acabou que não produz substâncias que ajudam na alegria, pois tudo é química e física na cabeça. Não temos alma depressiva, não temos energia obsessora. Temos um cérebro que defeito de fabricação.
Ainda assim, fica a pergunta: Por que Robin não podia tirar sua própria vida? Porque Jesus não quis? Não era hora dele? Se não era hora, não era para ele ter morrido. Que diabo de destino é esse que um cinto destrói a harmonia da divina providência?
.Por que ele se matou? Vamos ser sinceros: porque quis. Isso é certo? Não sei responder e você também não sabe. É moral e ético? Não sei, não há como julgar. Temos o direito de mandar na vida alheia? Tudo depende unicamente de "ele não está em condições mentais de avaliar isso" Quem está?
O Washington Post veio com um artigo (idiota) alertando que as pessoas estavam compartilhando um tweet postado pela Academy Awards (Oscar, para os íntimos), fazendo referência ao Gênio do desenho Alladin, da Disney, como homenagem:
Genie, you’re free. pic.twitter.com/WjA9QuuldD
— The Academy (@TheAcademy) August 12, 2014
Os "especialistas" ficaram om medo que a frase "Genie, you’re free" da homenagem fosse encarado como "Vai fundo, mermão, se mata mesmo e se liberte dessa bagaça".
Cá pra nós, uma pessoa em estado avançado de depressão poderá basear sua decisão de suicídio em muita coisa, mas creio que um tweet não será uma delas, porque o depressivo não precisa disso. Seu próprio cérebro criará motivos "perfeitos" para tal (aspas, prestem atenção nelas).
Dito isso tudo, que conclusão chegamos? Nenhuma, não sabemos nada. Somos apenas egocêntricos achando que só porque (achamos que) temos uma vida perfeita, os outros devem ter e enfrentar sus medos e desejos, mantendo-se firmes feito rochas.
Mas mesmo a água é capaz de destruir a mais dura das rochas.
1377 – A explicação religiosa da cobra naja
Deus criando o homem! (em detalhes)
A Bíblia diz “Deus criou o homem…” Espere! Como Deus criou o homem?!? Foi simples assim, criou e pronto? Apenas mexendo o nariz, fazendo um “plim!”, ou foi algo mais complexo que isso? Bem, como o livro não entra em detalhes, isso nos dá uma margem para imaginarmos como deve ter sido.
Ainda não se inscreveu no canal? Olha que não seguir Deus é pecado. Inscreva-se!
Antes de crescer, você precisa se apaixonar.
1338 – Nos bastidores do apocalipse 6
A menina do vento
Desculpa, gente! Não deu tempo de colorir. O dia de ontem não foi FÀSSIO. Prometo que se sair em um livro algum dia, será colorida
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Que tal deixar suas fixações de lado?
Num mundo em que a única constante é a mudança, vamos combinar, a gente morre de medo das mudanças, não é?
Não me refiro só ao medo da escola nova, de não se encaixar na cidade desconhecida, das cobranças do chefe recém-contratado ou, até mesmo, do vizinho caladão com cara de poucos amigos que se mudou ontem.
Falo daquele medo mais interno de, sem querer, virar um ex-alguma-coisa: ex-namorado, ex-marido, ex-empregado, ex-esquerdista ou ex-pegador.
De qual fixação estamos falando?
Num nível sutil, fixação pode ser interpretada como sendo aquele aspecto da sua vida que você não gostaria que mudasse. Ou então, aquele detalhe na sua identidade que não deveria, nunca, encontrar o rolo compressor do destino. Ou ainda, aquilo que você tem certeza que é.
Ideologias, religiões, times de futebol, partidos políticos, apelidos, relacionamentos, status social, coisas das quais nos orgulhamos etc. Todas estas podem ser fontes de fixações que acabam por influenciar e restringir as nossas possibilidades de escolhas.
Isso sem contar que, se estamos com um olhar – ou uma mente, ou um espectro de possibilidades – restrito, isso atrapalha muito a nossa empatia e a nossa capacidade de ouvir o outro.
Mas e qual o problema em tê-las?
Se o mundo muda constantemente e nós tentamos, a todo custo, manter uma parte da nossa vida inalterada, algum atrito vai acontecer. Se tentarmos manter a nossa identidade atrelada a essas fixações, mais cedo ou mais tarde vamos ter que gastar uma energia tremenda tentando sustentá-las.
Com exemplos isso fica mais fácil de visualizar.
Às vezes é amor. Às vezes é só apego mesmo
Uma pessoa que se considera um Don Juan, vai estar sempre atrás de uma nova conquista, nunca ficando satisfeito e, mais cedo ou mais tarde, vai usar muita energia tentando sustentar essa fama, gastando muito em baladas, roupas caras, jantares e encontros. Se a fixação de Don Juan dele for atacada, ou contestada, vai gerar raiva, já que ele está tão certo de que é um amante perfeito que defenderá isso a qualquer custo.
Muitas brigas acontecem por causa das fixações. Uma pessoa é vegetariana e você vem dizer que comer carne é a melhor opção? Pronto. Campo fértil para uma discussão inglória. Imagine então, se o seu time do coração fechasse ou sumisse. Suspeito que você ia brigar até o fim dos dias pela volta ou, pelo menos, pra manter viva a memória do seu time.
E o que eu faço com elas?
A princípio não precisa fazer nada. Não tem problema nenhum em torcer pro seu time, ser do partido ou se considerar uma pessoa poderosa. O problema começa quando você tem uma certeza imutável e inabalável disso.
E se os mal-humorados passassem, do nada, a sorrir? E se você que tem certeza que é um fracote, começasse a desenvolver auto-compaixão? Rapaz. Isso seria subversivo!
Você também pode começar não cobrando padrões fixos dos outros. Aquele amigo que era Corintiano e passou a torcer pelo Vitória, só deixou as fixações de lado, não precisa cobrar isso dele.
Se você ‘congela’ a sua empregada doméstica nessa visão – como se ela não pudesse ir alem dessa função – o que acontece com esse seu olhar, quando ela vira prefeita?
Ter um certo nível de desconfiança para cada uma das nossas obsessões é um meio muito bom de ter uma vida mais leve. Se a gente pudesse sorrir a cada vez que a gente se perceber numa fixação, com certeza teríamos menos desentendimentos e bem mais amigos. Quanto menos amarrados formos, mais livres seremos.
Agora jogo a pergunta pra vocês: quais fixações vocês tem medo de deixar de lado?
Quem dera ser seu sabonete.
SousadejesusjonathanApenas achei engraçado a expressão do sabonete safadenho.
O rock não morreu, só mudou de lugar
Lá nas gringas, houve um período no qual o rock perdeu a ingenuidade. Os palcos foram ficando maiores, as drogas mais pesadas, as mortes dos artistas se tornando frequentes. Houve retornos, tentativas de retomada da velha pureza. Veio o punk e derivados, com sua veia ainda mais transgressora. Mas mesmo ele foi incorporado.
As pessoas e os artistas começaram a notar que ir até os extremos tem um preço e tudo pode ser empacotado e vendido. Entre altos e baixos, o rock tomou as atuais proporções e ocupou os comerciais de quaisquer empresas que queiram ser um pouco mais descoladinhas. Os alarmes foram acionados nos corações das pessoas e parece que todo mundo está notando que tem algo errado.
O rock realmente parece um pouco mais morto.
Porém, talvez isso não seja tão verdade assim. É provável que, pelo contrário, o rock (aliás, não só ele) está, mais do que nunca, na linha de frente, na vanguarda de si próprio, nos lugares onde a vanguarda é feita: os pequenos bares, guetos e periferias.
Como Martin Scorsese diz em sua carta à sua filha, estamos em um dos melhores períodos da história para a criatividade e a arte. Temos equipamento acessível, podemos gravar material de qualidade dentro de casa, temos video-tutoriais por todo lado na internet.
Não faltam recursos, não falta o conhecimento. Porém, mais do que nunca, o fator humano conta. Os fatores limitantes não são mais tão logísticos.
Tem um trecho do texto do Jader, “Rock n’ roll: da luz ao pó e, das tripas, coração. De onde veio e para onde vai”
O rock n’ roll sempre deu voz aos excluídos. Não que eles fizesse m rock, mas sempre falavam pra eles ou com eles. Jovens, trabalhadores, mulheres, indígenas mexicanos. A facilidade em tocar e absorver melodia e mensagem, a catarse de se cantar junto, de se movimentar, de inspirar e cuspir frustração e hormônio sempre foi o catalizador do rock.
Hoje, o rap, o hip-hop, o funk tomaram essas qualidades de assalto. Não confunda “não entendi” com “não gostei”. Se você não gosta desses novos estilos, é porque eles não são para você. Liberdade da sexualidade, o desabafo da violência na cidade, música “fácil” feita deles para eles.
O rock já foi assim um dia.
Hoje, o rock parece ter adquirido um caráter de música elitizada. Quando um intitulado “roqueiro” diz que esses estilos são feitos para as pessoas não pensarem, ele está fazendo o que um pai americano da década de 50 — militar e conservador — fazia quando o rock misturava o country dos brancos com a suingada dos negros.
O rock sempre foi e deve continuar sendo um estilo inclusivo, que atrai pessoas e não que as repelem. Por isso bandas mais experimentar (ou elitizadas, ou arredias ou qualquer adjetivo que quiser colocar) como Radiohead poderia ficar confortavelmente no mesmo estilo que o som bonachão do rock rural que os Raimundos fizeram no começo da carreira.
O rock n’ roll tem até rock pra quem não gosta de rock, como as diversas bandas mais pop como (coloque aqui o nome daquela banda que você acha que nem deveria ser chamada de rock).
O rock tem ressurgido todos os dias, reciclado, regurgitado, transformado e transformador, com várias caras e expressões, se fundindo com a cultura dos lugares aonde chega.
O rock está nas ruas. Os moleques do Unlocking The Truth, por exemplo, não precisam de luzes, grandes palcos, nem mesmo equipamentos caros e sofisticados. Se o público não vem até eles, eles vão até o público. E, quem diria, agora vão estar no Coachella.
Link Youtube | Os meninos na rua, quebrando tudo
O rock está na África. Se houve uma época na qual os brancos se apropriaram da música negra para dar vazão ao seu lado mais visceral, agora os africanos estão se reapropriando do que é seu, levando o estilo ainda mais longe.
E, se você ainda não ouviu, recomendo também dar uma olhada no que é chamado de zamrock. Vale.
Link Soundcloud | Aqui tem punk, tem ska, tem dub, funk e um monte de outras coisas
A gente meio que ainda está viciado naquela cultura de quando a mídia de massa jogava pra nós o que devíamos falar, pensar e ouvir. Existe um caráter de responsabilidade sobre o que consumimos que nos recusamos a aceitar.
Claro, é bem legal que música feita com o coração esteja em evidência, mas o subtexto no conteúdo dos grandes veículos me faz questionar se é isso que eles querem mostrar.
Sabendo disso, tenho uma tendência a achar que o rock não está desaparecendo. É só a gente que está olhando no lugar errado.
No Brasil não é diferente. Provavelmente, tem alguém na sua cidade fazendo um som foda, sem encontrar espaço pra tocar. Nas escolas, nos pequenos bares, nas garagens, em pequenos centros culturais.
Aqui tem um documentário falando sobre a cena musical em Belém, no começo dos anos 2000. A molecadinha da época, descobrindo o som, a internet, vendo que dava pra partir pro DIY. Bem bonito de ver. Hoje o país está repleto de gente assim.
No PdH, temos o PdH Sessions, onde produzimos vídeos com músicos incríveis com os quais vamos esbarrando nas nossas andanças pelo mundo.
As pessoas estão um pouco escondidas, talvez um pouco tímidas. Mas estão por aí. Isso eu garanto.