Shared posts

27 Dec 11:00

A Outra Face da Lua

by Bruno

outrafacedaluaExiste uma certa fixação sobre o Japão e tudo o que é japonês no mundo ocidental, da qual nem mesmo eu estou exatamente livre – vide certas coisas que me despertam o interesse praticamente apenas devido a isso, meu encantamento com a obra de autores como Haruki Murakami e Kobo Abe, ou até o meu gosto pelo sushi e a culinária oriental de maneira geral, que não imagino existindo com a mesma intensidade de outra forma. De minha parte, sei que posso justificar isso pela onipresença da cultura pop nipônica na minha geração, com a invasão que tivemos de animes e mangás pelo menos desde Cavaleiros do Zodíaco, lá nos idos dos anos 1990; fui criado entre Evangelion e Final Fantasy, e é difícil imaginar que isso não tenha deixado algumas marcas na minha personalidade. Recuando um pouco mais, o Japão, seus ninja e mecha também tiveram uma presença forte na cultura pop da década de 1980, em grande parte devido ao próprio prodígio econômico que era o país naquele período, que atraía os olhares de todo o mundo para o arquipélago. Mas quando temos o peso de um Claude Lévi-Strauss, maior nome da antropologia contemporânea e considerado mesmo por muitos o maior intelectual do século XX, confessando a sua paixão pela cultura japonesa… Bom, talvez já possamos desconfiar de que há algo de realmente especial nela.

Como descobrimos já na introdução de A Outra Face da Lua, uma pequena coletânea de textos dele sobre a terra do sol nascente, Lévi-Strauss justifica esse interesse pelas estampas japonesas que recebia de presente do seu pai na infância, como recompensa por boas notas na escola, e que desde muito cedo o encantaram e despertaram a curiosidade sobre o estilo e cenas que eram retratadas. Mesmo assim, foi só em 1977, já um pesquisador consagrado, que ele teve a oportunidade de visitar o país pela primeira vez, dando início à série de viagens e textos que são reunidos no volume. As fontes variam bastante – há discursos em congressos sobre a cultura oriental, artigos acadêmicos, mesmo a transcrição de uma entrevista para a rede de televisão NHK -, o que justifica até algumas idéias bastante repetidas entre eles, como a da inversão das técnicas japonesas em relação às do resto do mundo (por exemplo, o fato de cavaleiros japoneses montarem o cavalo pelo lado direito, enquanto os europeus montam pelo lado esquerdo), ou comentários sobre as obras de artistas tradicionais como Hokusai e Sengai; mas o que se sobressai, principalmente, é a vasta erudição e conhecimento que ele possui sobre os mitos e costumes não só locais como de todo o globo, fazendo diversas ligações e paralelos entre histórias como as da Lebre de Inaba e dos deuses Amaterasu e Susanoo com mitos americanos, europeus e insulíndios.

E então, agora com o aval do monsieur Lévi-Strauss, será possível entender o que causa esse fascínio todo das coisas japonesas? Nunca haverá uma resposta definitiva, acredito, muito menos em um livro com textos de origens tão heterogêneas e que não buscam diretamente responder a esta pergunta, mas há sim algumas pistas interessantes a se pescar. Para além do chavão da dicotomia país-ultramoderno-versus-sociedade-tradicional, o antropólogo, buscando referências em todos os seus estudos e bagagem intelectual a respeito de mitologia universal, destaca o relativo primitivismo dos mitos japoneses, e a forma como, ainda hoje, eles se fazem tão vivos na cultura local. Foi esse elemento que despertou a curiosidade ocidental já em fins do século XIX, como se preservasse algo que, para nós, há muito havia se perdido; e é em parte ele também que, mesmo em meio a revoluções tecnológicas e mudanças políticas e sociais que parecem torná-los anacrônicos, persiste na sua vitalidade e continua a fascinar e encantar os olhos estrangeiros.

A Outra Face da Lua, enfim, é uma coletânea de textos bem interessantes, tanto para os interessados na obra de Lévi-Strauss como para os curiosos em entender um pouco melhor a cultura japonesa. E a edição da Companhia das Letras também está linda, com uma sobrecapa em papel vegetal com o título sobrescrito em caracteres ideográficos, além de um encarte central com fotos do autor em suas viagens pelo país. Recomendado.


27 Dec 10:57

Best. Experiment. Ever.

by noreply@blogger.com (Neuroskeptic)
Studies have shown that men's testosterone levels increase after sexual stimulation. However, other research shows that merely briefly chatting to a woman also causes testosterone release, making it unclear whether sex, per se, is associated with testosterone changes.

So an intrepid band of researchers decided to find out using a unique methodology. Their paper's called Salivary Testosterone Levels in Men at a U.S. Sex Club and it's about... that.

They first set the scene:
Subjects were recruited from an internationally known "adult social club" in Las Vegas, Nevada, also referred to as a "sex club"... patrons pay a membership fee (akin to an entrance fee) to enter the 18,000 square foot, 2-story club. The first floor is open to all paying customers. The second VIP floor is available for an additional fee and includes a variety of rooms, including fetish rooms...
All are not created equal in this Garden of Eden, however:
Personal observation and communication with staff and members revealed to the investigators that there is a semi-structured hierarchy of patrons in the club. Single men (also referred to as ‘‘sharks’’) are easily identified by an orange wristband. Single women also wear an orange wrist band. Couples are identified by a green colored wristband. Single men are often considered to be a nuisance, as reported by many patrons, and are avoided in certain circumstances. Single women, moderately rare, do not share the stigma.
Anyway, the authors went there and recruited 44 men, of whom 18 ended up having sex, while 26 only looked at other patrons doing so. Saliva samples were taken before and afterwards, and levels of testosterone were measured. The results showed that testosterone increases were much larger in the do-ers than the watchers (see above).

This is an important result, the authors say, because
it runs against the grain of previous human testosterone and sexual stimuli studies in which testosterone increases in response to erotic videos and "courtship"’ behavioral interactions appeared more reliably induced than those related to active sexual behavior... We suggest that the reason for our findings, in contrast to the overarching pattern of previous work, is that lab-based paradigms may quell men’s testosterone responses... engaging in sexual behavior while wired up to machines in a sterile lab may put a damper on men’s arousal and physiological responses.

A good point.

In general, lab studies can be misleading when the behaviors under investigation are the kind of thing you can't really do in a lab. For research on fairly 'basic' memory, perception and cognitive tasks, a lab is probably as good an environment as any but for more complex behaviours it may be systematically misleading. And if a lab is bad, an MRI scanner is even less realistic.

Now, I thought the neuroscientists who threw a cocktail party on their grant money had it good, but these authors really hit a home run by using theirs to get into a sex club. It would be hard to top that but I note that surprisingly little is known about the, er, physiological correlates of lying on a beach in the Bahamas atop a pile of gold bars and bottles of Dom Pérignon. Someone needs to find out and I for one would be willing to undertake this challenge.

 ResearchBlogging.orgEscasa, M., Casey, J., and Gray, P. (2010). Salivary Testosterone Levels in Men at a U.S. Sex Club Archives of Sexual Behavior, 40 (5), 921-926 DOI: 10.1007/s10508-010-9711-3
27 Dec 10:50

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World

by Michael Zhang

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World Gap13

The words “grandma’s cooking” often elicits warm feelings and pangs of nostalgia in people, as they’re reminded of delicious meals prepared by their grandmother’s loving and experienced hands. Italian photographer Gabriele Galimberti wanted to learn what these memories are for people in different cultures and contexts, so he set out to document grandmas and their dishes in countries all across the globe. The result is a project titled “Delicatessen with love.”

In each country he visited, Galimberti sought out grandmas and asked them to whip up their best dishes. He then created two photographs: one of the woman posing with the ingredients, and a second of the final dish itself.

It wasn’t just his sensor’s pixels that were gathering information on these shoots — his taste buds were too. Galimberti tried out each of the dishes that was prepared for him, from various fish meats and steaks to bugs and veggies. Some of the dishes contain strange and exotic ingredients, but all of them have been tested and perfected through countless preparations over the years.

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World kUzWn

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World SslLZ

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World K104C

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World Dv7EQ

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World 9CxMl

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World JGxMh

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World a89ZG

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World T5mh1

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World nC4ux

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World iLomx

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World ZlHb9

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World m6QXy

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World wsrdt

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World U3eUA

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World bi5lY

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World pkIVm

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World eHpdE

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World B4wt2

Portraits of Grandmas and Their Cooking Around the World zpTBs

You can find the entire series of photographs over on Galimberti’s website.

Image credits: Photographs by Gabriele Galimberti and used with permission

24 Dec 01:10

27-11-12

by Laerte

22 Dec 12:55

100 Diagrams That Changed the World

by Maria Popova

A visual history of human sensemaking, from cave paintings to the world wide web.

Since the dawn of recorded history, we’ve been using visual depictions to map the Earth, order the heavens, make sense of time, dissect the human body, organize the natural world, perform music, and even concretize abstract concepts like consciousness and love. 100 Diagrams That Changed the World (UK; public library) by investigative journalist and documentarian Scott Christianson chronicles the history of our evolving understanding of the world through humanity’s most groundbreaking sketches, illustrations, and drawings, ranging from cave paintings to The Rosetta Stone to Moses Harris’s color wheel to Tim Berners-Lee’s flowchart for a “mesh” information management system, the original blueprint for the world wide web.

But most noteworthy of all is the way in which these diagrams bespeak an essential part of culture — the awareness that everything builds on what came before, that creativity is combinatorial, and that the most radical innovations harness the cross-pollination of disciplines. Christianson writes in the introduction:

It appears that no great diagram is solely authored by its creator. Most of those described here were the culmination of centuries of accumulated knowledge. Most arose from collaboration (and oftentimes in competition) with others. Each was a product and a reflection of its unique cultural, historical and political environment. Each represented specific preoccupations, interests, and stake holders.

[…]

The great diagrams depicted in the book form the basis for many fields — art, astronomy, cartography, chemistry, mathematics, engineering, history, communications, particle physics, and space travel among others. More often than not, however, their creators — mostly known, but many lost to time — were polymaths who are creating new technologies or breakthroughs by drawing from a potent combination of disciplines. By applying trigonometric methods to the heavens, or by harnessing the movement of the sun and the planets to keep time, they were forging powerful new tools; their diagrams were imbued with synergy.

Rosetta Stone (196 BC)

Discovered in 1799, this granite block containing a decree written in three languages allowed Egyptologists to interpret hieroglyphics for the first time -- a language that had been out of use since the fourth century AD.

The Ptolemaic System (Claudus Ptolemy, c. AD 140-150)

This 1568 illuminated illustration of the Ptolemaic geocentric system, 'Figura dos Corpos Celestes' (Four Heavenly Bodies), is by the Portuguese cosmographer and cartographer Bartolomeu Velbo.

Ptolemy's World Map (Claudius Ptolemy, c. AD 150)

In this 15th-century example of the Ptolemaic world map, the Indian Ocean is enclosed and there is no sea route around the Cape. The 'inhabited' (Old) World is massively inflated.

Lunar Eclipse (Abu Rayhan al-Biruni, 1019)

An illustration showing the different phases of the moon from al-Biruni's manuscript copy of his Kitab al-Tafhim (Book of Instruction on the Principles of the Art of Astrology)

Christianson offers a definition:

diagram

From the latin diagramma (figure) from Greek, a figure worked out b lines, plan, from diagraphein, from graphein to write.

First known use of the word: 1619.

  1. A plan, a sketch, drawing, outline, not necessarily representational, designed to demonstrate or explain something or clarify the relationship existing between the parts of the whole.
  2. In mathematics, a graphic representation of an algebraic or geometric relationship. A chart or graph.
  3. A drawing or plan that outlines and explains the parts, operation, etc. of something: a diagram of an engine.

Dante's Divine Comedy (Dante Alighieri, 1308-21)

A 19th-century interpretation of Dante's map of Hell. The level of suffering and wickedness increases on the downward journey through the inferno's nine layers. No original copies of Dante's manuscript survive.

Vitruvian Man (Leonardo da Vinci, c. 1487

This sketch, and the notes that go with it, show how da Vinci understood the proportions of the human body. The head measured from the forehead to the chin was exactly one tenth of the total height, and the outstretched arms were always as wide as the body was tall.

Human Body (Andreas Vesalius, 1543)

Vesalius's revolutionary anatomical treatise, De Humani Corporis Fabrica, shows the dissected body in unusually animated poses. These detailed diagrams are perhaps the most famous illustrations in all of medical history.

Heliocentric Universe (Nicolaus Copernicus, 1543)

Copernicus's revolutionary view of the universe was crystallized in this simple yet disconcerting line drawing. His heliocentric model -- which placed the Sun and not the Earth and the center of the universe -- contradicted 14th-century beliefs.

The Four Books of Architecture

Palladio's country villas, urban palazzos, and churches combined modern features with classical Roman principles. His designs were hailed as 'the quintessence of High Renaissance calm and harmony.'

Flush Toilet (John Harington, 1596)

The text accompanying Harington's diagram identified A as the 'Cesterne,' D as the 'seate boord,' H as the 'stoole pot,' and L as the 'sluce.' If used correctly, 'your worst privie may be as sweet as your best chamber.'

Moon Drawings (Galileo Galilei, 1610)

Aided by his telescope, Galileo's drawings of the moon were a revelation. Until these illustrations were published, the moon was thought to be perfectly smooth and round. Galileo's sketches revealed it to be mountainous and pitted with craters.

Color Wheel (Moses Harris, 1766)

Moses Harris's chart was the first full-color circle. The 18 colors of his wheel were derived from what he then called the three 'primitive' colors: red, yellow and blue. At the center of the wheel, Harris showed that black is formed by the superimposition of these colors.

A New Chart of History (Joseph Priestley, 1769)

The regularized distribution of dates on Priestley's chart and its horizontal composition help to emphasize the continuous flow of time. This innovative, colorful timeline allowed students to survey the fates of 78 kingdoms in one chart.

Line Graph (William Playfair, 1786)

William Playfair was the first person to display demographic and economic data in graph form. His clearly drawn, color-coded line graphs show time on the horizontal axis and economic data or quantities on the vertical axis.

Emoticons (Puck Magazine, 1881)

Emoticons made a discreet entrance, arriving in print for the first time in this March 30, 1881 issue of Puck. The small item in the middle of this page gives four examples of 'typographical art' -- joy, melancholy, indifference, and astonishment.

Treasure Island Map (Robert Louis Stevenson, 1883)

While there is no evidence of real pirates ever leaving a 'treasure map' showing where they had buried their stolen goods, with 'X' marking the spot, Stevenson's fictional device has continued to excite generations of children to this day.

Cubism and Abstract Art (Alfred Barr, 1936)

Barr's striking diagram highlighted the role that cubism had played in the development of modernism. Like the exhibition and book that accompanied it, Barr's diagram was a watershed in the history of 20th-century modernism.

Intel 4004 CPU (Ted Hoff, Stanley Mazor, Masatoshi Shima, Federico Faggin, Philip Tai, and Wayne Pickette, 1971)

Wayne Pickette suggested that Intel could use a 'computer on a board' for one of their projects with the Japanese company Busicom. Pickette drew this diagram with Philip Tai for the 4004 demonstration board.

Complement 100 Diagrams That Changed the World with 17 equations that changed the world and the fantastic Cartographies of Time.

Thanks, Kirstin

Donating = Loving

In 2012, bringing you (ad-free) Brain Pickings took more than 5,000 hours. If you found any joy and stimulation here this year, please consider becoming a Member and supporting with a recurring monthly donation of your choosing, between a cup of coffee and a fancy dinner:


♥ $10 / month♥ $3 / month♥ $25 / month♥ $50 / month♥ $100 / month




You can also become a one-time patron with a single donation in any amount:





Brain Pickings has a free weekly newsletter and people say it’s cool. It comes out on Sundays and offers the week’s best articles. Here’s what to expect. Like? Sign up.

Brain Pickings takes 450+ hours a month to curate and edit across the different platforms, and remains banner-free. If it brings you any joy and inspiration, please consider a modest donation – it lets me know I'm doing something right. Holstee

21 Dec 19:49

Instagram

I'm gonna call the cops and get Chad arrested for theft, then move all my stuff to the house across the street. Hopefully the owners there are more responsible.
21 Dec 01:41

Photo



20 Dec 23:22

Abelardo e Verônica

by Puppet

E quem um dia irá dizer

que não exista quem ame

alguém surgido de uma roda punk?

E quem um dia irá dizer

que não exista quem ame?

.

Abelardo abriu o blog mas não quis nem comentar

Olhou pro baixo e viu que cordas eram

E Verônica escutava o show da Banda

Mais Bonita da Cidade quando eles fizeram

.

Abelardo e Verônica um dia se encontraram sem querem

dentro da roda de pogo e tentaram se bater

Um promoter conhecido do Abelardo que disse:

“Ela tem uma banda animal, a gente vai se divertir”

.

Banda hype, de gente alternativa

“O som não tá legal, deve ser essa Tagima”

E Verônica, vil, quis xingar um pouco mais

O punkzinho que tentava anarquizar

E Abelardo, alucinado, só pensava em ir pra casa

“Estou chapadaço, quero vomitar”

.

Abelardo e Verônica foram para o chatroulette

Se seguiram no twitter e até no facebook

O Abelardo achou estranho e até meio piriguete

Ela tocando lá no Luciano Huck

.

Se encontraram então na festa à fantasia

Verônica de Mallu e Abelardo de Camelo

O Abelardo achou bizarro e melhor não ir trollar

A roupa dela igual a do Gogol Bordello

.

Abelardo e Verônica eram nada parecidos

Ela curtia Kings of Leon e também The Subways

Ele curtia o Bulimia e o Ratos de Porão

E metalcore tipo Killswitch Engage

.

Ela curtia o pós-punk do Bauhaus

Joy Division, The Cure e até Snow Patrol

E Abelardo se indignava com as mazelas

que diziam as letras do Cólera que decorou

.

Ela falava coisas sobre o início do Capital Inicial

e o Afasia do Dead Fish

E o Abelardo ainda tava no esquema:

“ainda vou cursar cinema para ser um David Lynch”

.

E mesmo com o gosto divergente

veio mesmo, de repente, uma vontade de tc

E os dois se encontravam todo dia

e toda noite no skype como tinha de ser

.

Abelardo e Verônica fizeram passeata

boicote, marcha, levante, e foram ocupar

Verônica explicava pra Abelardo

coisas sobre a Céu, Ana Terra, a Agatha e Lumiar

.

Ele parou de beber, carne deixou de comer

E decidiu uma banda formar

E ela gravou um álbum no mesmo mês

Que ele passou a se apresentar

.

E os dois subiram no palco juntos

E também ensaiaram juntos, muitas vezes depois

E todo mundo comenta o ecletismo

dele e dela, de Death a Sigur Rós

.

Construíram um estúdio há uns dois anos atrás

Mais ou menos quando os Geminis vieram

Formaram um projeto inspirado em metal

A banda mais pesada que tiveram

.

Abelardo e Verônica voltaram pra São Paulo

E a nossa roqueiragem dá saudade de se ver

Só que, nessas férias, não irão tocar

Porque os instrumentos do Abelardo ainda estão no luthier

.

E quem um dia irá dizer

que não exista quem ame

alguém surgido de uma roda punk?

E quem um dia irá dizer

que não exista quem ame?

Postado no Velho Punk #3

20 Dec 15:29

Vida real vs anime

by Igor Massami

Galera brincou com um app que transforma as pessoas em anime, olhai o resultado.

Vida real vs anime 01

Vida real vs anime 02

Vida real vs anime 03

Vida real vs anime 05

Vida real vs anime 06

Vida real vs anime 07

Vida real vs anime 08

Vida real vs anime 09

Vida real vs anime 10

20 Dec 15:26

Estas ilusões dependem apenas do seu ponto de vista

by Ana Mões

Muita calma nessa hora: você não caiu em outra dimensão e isto não é uma miragem. São apenas ilusões anamórficas.

Vendo pelo ângulo certo temos diversas formas geométricas flutuando pela biblioteca, pela casa, pela empresa… Caso você mude um pouco o ângulo de visão, verá que não há nada além de um bocado de linhas e círculos retorcidos.

O mago da anamorfose arquitetônica se chama Felice Varini, um artista suíço. Segundo ele, o posicionamento das obras de arte é arbitrário, mas é sempre melhor colocar o ponto de vista ideal em um local com muita movimentação. Podemos observar algumas de suas obras abaixo:

O ponto de vista é muito importante nas obras de Felice Varini:

Vários materiais são utilizados nas obras:

As obras empreendem grande conhecimento de perspectiva e podem ser consideradas um espetáculo da geometria:

Este tipo de efeito pode ser usado para decorações de ambientes:

Caso você queira um pouco de emoção no caminho de casa, você pode tentar uma das ilusões anamórficas de Julian Beever, o inglês conhecido como “O Picasso do Asfalto”. Ele acredita que este tipo de arte é excelente por chamar a atenção de quem passa pelo local (e tem como não perceber uma lagosta gigante pronta para comer um bebezinho?).

 ”Babyfood”, por Julian Beever:

A lagosta gigante, vista pelo ângulo errado:

Quando um caracol se aproxima de uma moça na praça: 

Para desenhar o caracol na superfície brilhante do banco, uma cobertura de papel foi necessária. Além disso, um pino de metal foi incorporado à cabeça do caracol.

Julian Beever faz propagandas com suas imagens. Neste caso, ele fez para a Worldcard, impressora e scanner de cartões empresariais, em Istambul.

Se a decoração de ambientes não for seu forte, você ainda pode imprimir e recortar estas anamorfoses em alta definição e impressionar a família no Natal.

20 Dec 10:41

The Most Remote Workplace on Earth

by Jason Major

ESA’s Proba-1 satellite imaged the French-Italian Concordia base on November 21, 2012 (ESA)

Located in one of the loneliest locations on Earth, the French-Italian Concordia station was captured on high-resolution camera by ESA’s Proba-1 microsatellite last month, showing the snow-covered base and 25 square kilometers of the virtually featureless expanse of Antarctic ice surrounding it.

A cluster of scientific research buildings situated 3233 meters above sea level in the Antarctic interior, Concordia is one of the only permanently-crewed stations on the southern continent. Around 12–15 researchers and engineers spend months — sometimes over a year —  in isolation at Concordia, where during the winter months there are no deliveries, no chance of evacuation, temperatures below -80 ºC (-112 ºF) and the next closest station is 600 km (370 miles) away. It’s like working on another planet.

And that’s precisely why they’re there.

(...)
Read the rest of The Most Remote Workplace on Earth (424 words)

© Jason Major for Universe Today, 2012. | Permalink | 6 comments |
Post tags: antarctica, Concordia, esa, Proba, research, satellite

Feed enhanced by Better Feed from Ozh

20 Dec 00:22

Game Of Pop Culture Thrones

by Jeremy Barker

House sigils for superheroes and other pop culture characters. I made my picks out of the 21 banners created by Miguel "Lokiable" Lokia on DeviantArt. (via Comics Alliance)









Previously on Popped Culture...
Direwolf, Direwolf, What Do You See?
Hello Mary, Mother Of Pop Culture
Pop Culture Übermensch


20 Dec 00:21

Queen Elizabeth II is descended from the Prophet...



Queen Elizabeth II is descended from the Prophet Muhammad.

source

19 Dec 16:47

What’s It Like?

by DOGHOUSE DIARIES

What's It Like?

Yup, you guessed it, I just got a haircut.  -Raf

Tweet
18 Dec 14:41

waywardchangeling: Gimli became all about the elves. Remember...





waywardchangeling:

Gimli became all about the elves. Remember when he hit on Galadriel in front of her husband?

18 Dec 14:25

São Paulo: as origens da violência

by admin

Nossa investigação revela: brutalidade inaugurada no Carandiru alastra-se há vinte anos pela PM. Para ter paz, Estado terá de enfrentá-la

Por Vinicius Souza e Maria Eugênia Sá, editores do MediaQuatro

Outubro de 2012 registrou o recorde de homicídios e latrocínios na Grande São Paulo no ano: 345. Na capital, o aumento foi de quase 110% em relação ao ano anterior. O número só pode ser comparado aos 493 mortos entre os dias 12 e 20 de maio de 2006, cuja macabra contagem diária (média de 55 por dia) somente tem paralelo nos 111 detentos executados pela PM no Massacre do Carandiru, em 2 de outubro de 1992. Mesmo assim, a atual crise na segurança teve destaque nos jornais e TVs apenas após as eleições. Até então, as quase cem vítimas entre policiais, principalmente PMs de baixa patente e fora do horário de serviço, e as centenas de casos de pessoas baleadas nas proximidades desses assassinatos nas horas seguintes, estavam sendo tratadas, todas, como “casos isolados”. Sem o fator eleitoral, a culpa pela violência recai agora sobre o suspeito usual: o Primeiro Comando da Capital ou, como é chamado nos telejornais, “a facção criminosa que age dentro e fora dos presídios”. Mas será assim tão simples?

Várias linhas ligam os sangrentos eventos de 1992, 2006 e 2012. No primeiro, não há dúvidas sobre quem atirou. Ainda assim, o único condenado pela chacina de presos desarmados foi o Coronel Ubiratan Guimarães, que comandou a invasão do presídio. Sua pena de 632 anos de reclusão, porém, foi derrubada pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo, em fevereiro de 2006, quando ele já tinha sido eleito deputado estadual com o sugestivo número 14.111. Em setembro do mesmo ano, o político/coronel foi morto com um tiro no peito em seu apartamento. A única indiciada foi sua então namorada, Carla Cepollina, julgada e absolvida na primeira semana de novembro desse ano. Foi na esteira do Massacre do Carandiru que nasceu o PCC, inicialmente para impedir futuras mortandades em massa dentro das cadeias. Com o crescimento do “partido”, realmente despencaram os índices de assassinatos e estupros nas penitenciárias, além de praticamente não haver uso de crack.

O caso de 2006 é bem mais emblemático. Logo depois de o governo estadual transferir cerca de 700 prisioneiros tidos como líderes do PCC para os presídios de Presidente Bernardes e de Presidente Prudente, considerados de maior segurança, policiais civis e militares passaram a ser mortos nas ruas das principais cidades do estado. Ao todo, 59 foram assassinados, incluídos guardas civis e bombeiros, principalmente entre os dias 12 e 13 de maio. Ato contínuo, a “tropa de elite” da PM paulista, a Rota, saiu às ruas “trocando tiros” com “criminosos” e elevando como nunca as “resistências seguidas de morte”. Ao mesmo tempo, assassinos mascarados passaram a atirar em pessoas nas periferias.

Crimes de maio

O saldo de mortos oficialmente registrados entre maio e junho de 2006 passa de 600, fora os desaparecidos. Dos “confrontos” entre polícia e “bandidos”, 60% a 70% tinham claros indícios de execução (tiros à queima roupa, de cima para baixo, na região do tórax e/ou da cabeça como confirmou o perito Ricardo Molina a respeito de 124 mortos), segundo uma comissão formada pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Defensoria Pública, Ouvidoria da Polícia, Ministério Público (Estadual e Federal), Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Regional de Medicina e Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, entre outras entidades. As mortes jamais foram investigadas e até hoje ninguém está preso pelos assassinatos de civis durante esse período. A “I Guerra do PCC” teria acabado devido a um acordo, nunca admitido, firmado entre o grupo e o governo. É inegável, no entanto, o fortalecimento da facção criminosa, que extrapolou os muros das cadeias. Sem a concorrência de outro grande grupo, diminuíram também os confrontos entre traficantes rivais e as mortes por dívida de drogas, ajudando a derrubar significativamente as taxas de homicídios nas ruas (72% entre 1999 e 2011)*.

A nova onda

A trégua, contudo, parece ter chegado ao fim em 29 de maio de 2012, quando policiais da Rota cercaram supostos integrantes do PCC em um lava-rápido na Zona Leste matando seis pessoas e prendendo outras três. Ao menos um dos mortos teria sido levado vivo para a beira da rodovia Ayrton Senna e torturado antes de ser executado, conforme relatou uma testemunha. Três oficiais chegaram a ser presos mas foram absolvidos em novembro, porque a testemunha teria “entrado em contradição”. Nos dias seguintes ao confronto, PMs começaram a ser assassinados em dezenas de emboscadas. A cada morte de policial, em média mais dez pessoas são mortas, a maior parte na mesma região do assassinato, poucas horas depois do evento e por meio de homens encapuzados, em motos sem placas ou carros de vidros escuros, que atiram aleatoriamente em grupos de pessoas nas periferias (93% das mortes são registradas fora do centro expandido da capital).

Apesar do padrão óbvio, somente com a queda do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, em 21 de novembro, a imprensa realizou um levantamento apontando que pelo menos 16 chacinas (com 28 mortes) entre junho e novembro ocorreram a menos de cinco quilômetros de onde foram executados sete policiais. E mais, o ex-chefe da Polícia Civil Paulista, Marcos Carneiro de Lima, admitiu publicamente que várias das vítimas civis fora das chacinas tiveram suas fichas criminais levantadas em delegacias distantes de suas regiões antes de serem mortas, o que leva a suspeitas de execuções premeditadas. A apuração rigorosa desses crimes, no entanto, não deve ser motivo de grandes esperanças.

Policiais bandidos

De fato, a maior probabilidade é que aconteça exatamente o contrário. Um exemplo é o aumento de 100% sobre a indenização a familiares de policiais mortos e sua extensão para oficiais vitimados fora do horário de serviço, anunciada recentemente pelo governador Geraldo Alckmin. Com isso é bem possível que as famílias dos dois policiais executados em 1º de novembro em Heliópolis recebam R$ 200 mil cada. A polícia não parece muito interessada em averiguar a fundo o que os dois, considerados “linha dura” pelos colegas, faziam juntos numa moto, à meia noite no meio da favela. Uma boa resposta pode estar na excelente matéria da repórter Tatiana Merlino, “Em cada batalhão da PM tem um grupo de extermínio”, publicada em setembro, em Caros Amigos.

Pior, para alguns analistas, muitos policiais estão sendo executados por colegas de farda, aproveitando a onda de violência como cortina de fumaça. É o que pode ter acontecido com o sargento da PM Marcelo Fukuhara, assassinado na Baixada Santista no início de outubro. Conhecido como “ninja” ou “japonês”, ele seria o chefe de um dos mais temidos grupos de extermínio da região. Logo após sua morte, um outro oficial não identificado pelo comando da PM foi preso suspeito de ser o executor, o que não impediu que oito pessoas fossem mortas em duas chacinas na mesma área, nas duas horas seguintes à morte do sargento. Segundo testemunhas, os executores foram homens encapuzados saídos de um carro preto. Fontes de dentro da polícia também afirmam que a única oficial mulher assassinada esse ano, a soldado Marta Umbelina da Silva, teria sido vítima de seu ex-marido, um ex-policial. A informação, contudo, não pode ser confirmada, já que todas as investigações seguem sob sigilo.

BOX

Palavra de mãe

Débora Maria da Silva, coordenadora e fundadora o Mães de Maio, grupo de parentes e amigos de civis mortos em 2006 conta sua versão sobre os fatos

“O que mais nos revolta é a impunidade dos policiais matadores. A explosão das mortes na periferia de São Paulo está ocorrendo há pelo menos três anos na Baixada Santista. E quem mais mata são os policiais e ex-policiais. Pra mim, essa coisa de PCC é balela pra justificar a morte de civis. Eles entram em favela, mostram listas de policiais marcados pra morrer, mas não mostram as listas de civis. O próprio antigo secretário tinha falado que todos os que morreram tinham ficha suja, mas como é que ele sabe? A verdade é que desde 2006 tem uma máfia de extermínio, com os policiais ganhando mais com bicos do que registrado na carteira. Com isso, ficam disputando os bicos e estão totalmente fora do controle do comando. Diferente do que disse o governador, quem não reage é que tá morto! Por isso a gente cobra investigação, intervenção federal e federalização dos Crimes de Maio. Porque esse estado não tem mais remendo. Tem que trocar tudo, não só a cúpula da segurança!”

Com a nova onda de violência, as Mães de Maio estão se organizando com dezenas de outros movimentos e grupos para reagir, formando o Comitê Ampliado Contra o Genocídio (veja a carta-manifesto exigindo, entre outras coisas, o fim dos “autos de resistência” em http://bit.ly/SkE9QZ). Já solicitaram uma audiência pública com o governador e com o Ministro da Justiça. Também estão promovendo atividades de divulgação de suas lutas, como marchas periódicas pela paz. A repercussão midiática, contudo, ainda é frágil. “A primeira vez que nosso nome saiu na TV esse ano foi no programa da Sonia Abraão, com o Coronel Telhada, o Comandante Camilo e o Capitão Conte Lopes nos chamando de ‘amigas de bandidos’, como fizeram com o jornalista André Caramante, que teve de sair do Brasil com medo”, diz.

* Para uma visão mais profunda e séria sobre o “crime organizado” em SP, vale a pena ler o documento 16 Perguntas sobre o PCC, em http://bit.ly/SnVgzQ

18 Dec 14:21

How Blogs Work

by DOGHOUSE DIARIES

How Blogs Work

But seriously, if it wasn’t for re-blogging how would we get enough gifs of cats falling off chairs? -Will

Tweet
17 Dec 14:52

KAREN GILLAN PLAYING WITH HERSELF



KAREN GILLAN PLAYING WITH HERSELF

16 Dec 22:11

Koi fish can live for centuries. One lived for 226 years. source



Koi fish can live for centuries. One lived for 226 years.

source

15 Dec 12:48

that’s how I show affection.









that’s how I show affection.

15 Dec 12:48

Photo



15 Dec 12:46

Chamadas universais não favorecem inovação

by Carlos Hotta

research_funding_2_standard

O CNPq tem como um dos principais editais de financiamento à pesquisa as “Chamadas Universais”. Esses editais são abertos anualmente para projetos acima de R$60 mil, entre R$30 mil e R$60 mil e abaixo de R$30 mil por três anos. Pesquisadores de todas as áreas podem pedir verba. O bolo é dividido de forma competitiva entre os projetos, o que significa que muitos projetos considerados bons cientificamente são deixados de fora, em detrimento de projetos considerados melhores.

Este sistema parece, à primeira vista, bastante correto: projetos melhores ganham verba, projetos piores, não. Meritocracia pura.

Porém – e é claro que há um porém – este sistema tem limitações. Por exemplo: em um cenário de intensa competição, professores com carreiras mais estabelecidas devem ter mais vantagens sobre professores mais jovens. A Suzana Herculano-Houzel, pesquisadora jovem mas com um projeto de nível internacional, por exemplo, foi preterida na última rodada de seleção. E ela não é uma professora recém contratada (como este que vos escreve). Outro problema é que projetos já estabelecidos também possuem uma vantagem: já existe um histórico de sucesso, logo é mais garantido investir neste projeto do que em projetos que propõem hipóteses novas, o desenvolvimento de novas metodologias ou o início de novas linhas de pesquisa. Acho que é fácil entender onde quero chegar: mesmo que não exista viés de seleção por politicagem ou camaradagem, este sistema favorece o que já existe e já está estabelecido. Só que a Ciência não é uma área que depende do estabelecido para crescer. Muito pelo contrário.

Não creio que as Chamadas Universais devam ser mudadas ou canceladas. Acho que ela consegue financiar projetos importantíssimos ano após ano. A solução para os problemas que levantei são mais simples: é necessário a abertura de editais voltados para jovens pesquisadores (como a FAPESP possui), e editais voltados para a abertura de novas pesquisas. Neste sentido a Gates Foundation possui uma proposta interessante: ela dá uma verba incial para muitos projetos inovadores e depois aumenta o bolo de alguns projetos bem-sucedidos.

Qualquer que seja a solução, creio que o maior órgão federal de financiamento à pesquisa precisa parar de sinais de que prefere autoridades à inovação. Do jeito que está construímos pesquisadores em torres de marfim que olham para seu próprio umbigo e não cientistas revolucionários de nível internacional.

15 Dec 03:03

Sabe quem perguntou por você?

by Lori

As pessoas e os valores dentro de uma sociedade modificam através do tempo. Não sei se as mudanças continuam em seu ritmo 'natural' ou se essa popularização da convivência dentro da 'virtualidade' causou um impacto, negativo, na minha opinião, nas relações interpessoais. Explico, há um contato entre as pessoas, elas coexistem nos mesmos espaços virtuais, mas a impressão que me causa é que, apesar de coexistirem, não há uma interação real como seria de se esperar que houvesse entre seres humanos.

No Facebook, por exemplo, sou muito mais platéia que elenco. Eu não produzo conteúdo para o Facebook, além de umas fotos esporádicas dos meus bichinhos no Instagram que são re-compartilhadas lá, mas recentemente criei o hábito de dar uma olhada na timeline e distribuir "curtir" nas coisas que eu acho de alguma forma interessante e/ou vindas de pessoas bem quistas por mim.
Aconteceu uma coisa interessante, uma ex-colega de sala, provavelmente ao receber meu 'joinha' em uma foto, me enviou uma mensagem dizendo que estava com saudades e me convidando para visitá-la.

Achei engraçado como essa conhecida rompeu com a superficialidade das relações naquele espaço e aquilo me surpreendeu. Por que?

Porque a maioria das pessoas ignora que aquele 'joinha' (ou aquele coraçãozinho) aqui e acolá vem de uma pessoa que na maioria das vezes você conhece, gosta, o sentimento ser até recíproco, mas com quem acaba não tendo tanto contato. Por exemplo, é natural que eu não tenha tanto contato com amigas que morem em outros estados, ou países. Mas por que essa falta de interação entre pessoas que existem, fisicamente e geograficamente, próximas?

Louco isso, né?

O problema começa a surgir quando a maioria das pessoas quer ser apenas elenco, jamais se submetendo ao papel de platéia. São milhares de performances acontecendo ao mesmo tempo sem ninguém pra assistir. Perde-se o equilíbrio entre ouvir e ser ouvido. Pessoalmente, quando me pego nesse tipo de situação, prefiro ir jogar um joguinho, ou ver algo na tv. Até porque a solidão não me é dolorosa, pelo contrário, costuma ser extremamente prazerosa, especialmente quando existe a consciência de que se está sozinho.

Só que eu já reparei que essa situação não incomoda a maioria das pessoas. Não. Elas continuam lá, no meio da multidão, falando pra ninguém, ignorantes da realidade na qual estão invariavelmente sozinhos. Sozinhos, no meio da multidão. Quando vem a percepção dessa 'independência' o sistema, que até então supostamente é retroalimentado, se quebra.

Me fez lembrar lá dos meus 19 anos, numa conversa com o pessoal de uma banda. Tinha se tornado 'moda' entre os músicos das bandas independentes entrar nos shows apenas para tocar e ir embora. E eu me lembro de perguntar pra um desses músicos:

- Se você não está lá para aplaudir as outras bandas, você acha que as pessoas vão continuar aplaudindo você?

Não me lembro exatamente da resposta, mas tinha a ver com a crença dessa pessoa de que a banda dele era ótima e que sempre teria público, enquanto as outras bandas deveriam conquistar a mesma 'excelência'. O que acabou acontecendo foi que a 'cena' se quebrou, os shows pararam de ter público, e muitas vezes depois disso eu assisti à performance de ótimas bandas com meia dúzia de gatos pingados na platéia.

Tudo porque o ego dos músicos os cegava para o fato de que a maior parte do público dos shows consistia em outros músicos, de outras bandas.

Perdeu-se todo um movi divertido, shows bons toda semana, uma balada sempre satisfatória, porque algumas pessoas achavam que pra ser importante de verdade tinha que ser apenas aplaudido, nunca aplaudir.

Ser lido. Nunca ler.

Ser ouvido. Nunca ouvir.

Ser visto. Nunca ver.

É assim que gente muito 'importante' e frequentemente ovacionada vira ninguém.

Eu tenho medo do dia que todos perceberem, ao mesmo tempo, que não são ninguém.
13 Dec 16:37

483 – É Pavê ou Pra Comer?

by gomba

 

Fiiiiiiim da semana de títulos enviados pelos leitores!!! Esse de agora foi enviado pelo Matheus Vitorino!! Valeu Matheus!! E valeu a todo mundo que enviou!! Eu curti as coisas que saíram. E lembrando, cada vez que a página do Feicebufas consegue uma centena a mais de curtir, mais uma semana assim acontece!! BELIEVE IN YOUR DREAMS!!!

13 Dec 16:36

Ken Masters’ Flowchart

by Steve Napierski
Ken Masters' Flowchart

I imagine that the Dan Hibiki flowchart is a lot more depressing than this. Poor, sad Dan Hibiki…

source: Unknown
updated version: Dueling Analogs
13 Dec 16:18

#watchcommunity

13 Dec 16:18

SPN + Community ► Dean/Annie









SPN + Community ► Dean/Annie

13 Dec 01:19

Carta Aberta ao Papai Noel (3)

by Bruno

Querido Papai Noel,

Vá se foder.

Atenciosamente,

Bruno.


13 Dec 01:18

Bauru, SP.



Bauru, SP.

11 Dec 21:31

Qual o preço justo de um e-book?

by Pavarini

Carlo Carrenho, no Tipos Digitais

As lojas de e-books da Kobo, Amazon e Google mal abriram suas portas virtuais e já começaram as reclamações sobre o preço dos livros digitais. “Livros a R$ 9,90 já!”, alguém postou no twitter. Outros acusavam os editores, mantendo-se a tradição de computar aos editores toda a responsabilidade pelo preço do livro considerado alto – infelizmente, o público leigo e até jornalistas costumam esquecer as altas margens das grandes redes que abocanham de 50 a 60% do preço de capa de um livro.

Os livros digitais estão caros demais?

Mas afinal, os livros digitais estão caros ou não? Para início de conversa, pegamos o preço dos 64 livros da lista de mais vendidos do PublishNews que estão no catálogo da Amazon brasileira e comparamos com os preços de capa das edições de papel. Jogando uma média simples, os livros digitais estão 36,2% mais baratos. Mas isto é pouco, muito ou o suficiente? Para analisarmos esta questão, precisamos entender melhor como a receita se distribui entre os vários agentes e custos da cadeia do livro físico e, então, comparar os resultados com a realidade digital.

Os custos de papel, impressão e logística física situam-se entre 20 e 25% do preço de capa de um livro. Vamos então considerar uma média de 22%. Os descontos para distribuidores e varejistas oferecidos pelas editoras situa-se entre 40 e 60%, então vamos trabalhar com 50% em média. E os direitos autorais giram em torno dos tradicionais 10% sobre o preço de capa. Ficamos assim para um livro com preço de capa de R$ 50:

O Livro Físico
 Preço de capa  100%  R$ 50,00
 Desconto comercial 50% R$ 25,00
 Direitos autorais 10% R$ 5,00
 Impressão e logística 22% R$ 11,00
 Subtotal 85% R$ 41,00
 Participação da editora  18% R$ 9,00

Vale lembrar que são números aproximados e que podem variar de editora para editora. Acredito, no entanto, que estejam perto da realidade. Mas vejam que, neste modelo, a editora ficar com 18% do preço de capa ou R$ 9,00. E isto está longe de ser o lucro, pois desta contribuição a editora ainda precisa retirar os recursos para pagar seus custos fixos de salários, administração etc., além dos próprios custos fixos da produção editorial como tradução, revisão, diagramação etc.

E no mundo digital, como ficamos? Vamos a princípio manter o preço de capa de R$ 50 para o digital, mas agora o custo logístico desaba e o desconto comercial diminui. Obviamente não existe mais custo com impressão e papel, mas há custo logístico de distribuição, de DRM, de armazenagem. Vamos estimá-los em 2,5% do preço de capa.

Ainda não se sabe bem qual a amplitude de desconto comercial que Kobo, Google e Amazon fecharam com os editores. A Apple costuma ficar nos 30% inspirada no modelo agência que ajudou a implementar nos EUA. A Kobo deve ter mantido mais ou menos o que era exercido por sua parceira Livraria Cultura.

A Google não deve ter sido muito agressiva, já que o e-book em si não é seu principal negócio. A Saraiva sempre procurou manter os mesmos descontos do físico, mas com certeza os editoras conseguiram aumentar sua fatia do bolo. E quanto a Amazon, cercada de mais NDAs (Non-DisclosureAgreements; Acordo de Não-Revelação) que o Neymar de fãs, ainda não é possível ter uma ideia clara de seus contratos. Mas como NDAs no Brasil não duram mais que um romance de verão, logo, logo todos já saberão sua faixa de descontos.

Acho, no entanto, razoável imaginarmos os descontos concedidos para livrarias e distribuidores digitais na faixa dos 35 a 45%, e vou trabalhar aqui com uma média de 40%. Já os direitos autorais possuem forma de cálculo diferenciada, são negociados em cima do preço líquido e podem até aumentar. Por hora, vamos considerá-los na faixa dos 25%. Ficamos assim:

 

O Livro Digital
 Preço de capa 100%  R$ 50,00
 Desconto comercial 40% R$ 20,00
 Direitos autorais  25% (líquido) R$ 7,50
 Logística 2,5% R$ 1,25
 Subtotal 57,5% R$ 28,75
 Participação da editora  42,5% R$ 21,25

Como pode se observar, se o livro digital tiver o mesmo preço que o livro físico, a margem das e a fatia das editoras aumentam quase 150%, e realmente é injustificável que o preço digital seja igual ao físico. Se fossemos manter a mesma margem por livro digital vendido do modelo físico, ou seja, em R$ 9,00, o preço do e-book deveria ser R$ 21,18. Veja abaixo:

O Livro Digital com Mesma Contribuição
 Preço de capa 100%  R$ 21,18
 Desconto comercial 40% R$ 8,47
 Direitos autorais  25% (líquido) R$ 3,18
 Logística 2,5% R$ 0,53
 Subtotal 57,5% R$ 12,18
 Participação da editora  42,5% R$ 9,00

Ou seja, neste nosso modelo, o livro poderia custar 57,64% a menos. Mas é claro que nada é tão simples assim. Como pode se ver, os autores teriam uma queda razoável de receita de R$ 5,00 (no livro físico) ou R$ 7,50 (no livro digital com mesmo preço de capa) para R$ 3,18. E em um momento em que a Amazon oferece até 70% de royalties em seu programa de self-publishing, o KDP, e em que outras empresas chegam até a 85%, como a americana SmashWords, acho difícil que os autores aceitem facilmente uma diminuição do valor bruto por livro vendido ainda que a porcentagem de direitos autorais fique fixa nos 25%. Outra questão é que o custo logístico tem um limite de redução em valores absolutos. Por isso, fiz o exercício de readequar a tabela mantendo os R$ 5,00 de direitos autorais e reduzindo a logística digital a apenas 1%. Ficamos assim:

 O Livro Digital com Royalties e Logística Ajustados 
 Preço de capa 100%  R$ 25,00
 Desconto comercial 40% R$ 10,00
 Direitos autorais  33% (líquido) R$ 5,00
 Logística 4% R$ 1,00
 Subtotal 64% R$ 16,00
 Participação da editora  36% R$ 9,00

Portanto, se as premissas deste estudo estiverem corretas, os editores poderiam reduzir os preços dos livros digitais em 50%, de R$ 50,00 para R$ 25,00 e, ainda assim, manter a mesma contribuição em valores financeiros absolutos que têm no modelo físico.

Mas e se os descontos digitais não forem assim tão baixos?

Ainda a título de estudo, considerei um modelo em que o desconto comercial permanecesse em 50%:

 O Livro Digital com Royalties e Logística Ajustados 
 Preço de capa 100% R$ 30,00
 Desconto comercial 50% R$ 15,00
 Direitos autorais  33% (líquido) R$ 5,00
 Logística 3,33% R$ 1,00
 Subtotal 70% R$ 21,00
 Participação da editora  30% R$ 9,00

Ou seja, ainda que o desconto digital seja 50%, que os autores mantenham a mesma receita de 10% do preço de capa físico e que a logística seja fixada em R$ 1,00 por livro, os livros digitais poderiam ser vendidos a preços 40% inferiores ao preço de capa físico.

E por que isto não acontece?

A principal razão é que os editores ainda estão mais preocupados com seus negócios físicos do que digitais. E eles têm toda a razão em agir assim. Afinal, o mercado de livros digitais representa hoje menos que 0,5% do mercado de livros. Ao decidir qualquer coisa, portanto, o editor sempre pensa nas consequências para seus livros físicos e para o estoque no qual tanto capital ele investiu. E qual o maior medo do editor? Que uma queda do preço do livro digital mude a percepção de valor dos livros em geral por parte do consumidor-leitor e leve-o a exigir preços semelhantes ao digital para o livro físico sob a pena de não comprá-los. O pesadelo do editor seria ter de vender seu estoque físico a preços digitais para se livrar dele. Ou seja, as editoras têm receio, justificado, de que ao baixarem consideravelmente os preços dos livros digitais, haja uma canibalização radical, os leitores migrem radicalmente para o digital, e a percepção de valor dos livros seja o novo preço de capa digital. Considerando que todas as editoras possuem estoques razoáveis e grandes capitais investidos em papel e tinta, algo assim poderia até colocar em risco sua própria existência. Voltemos ao modelo, aplicando o preço digital de R$ 25,00 na tabela do livro físico:

O Livro Físico com Preço Digital
 Preço de capa  100%  R$ 25,00
 Desconto comercial 40% R$ 10,00
 Direitos autorais 10% R$ 2,50
 Impressão e logística 44% R$ 11,00
 Subtotal 94% R$ 23,50
 Participação da editora  6% R$ 1,50

Como é possível notar, se a percepção de valor do livro físico alcançar os patamares dos possíveis preços digitais, as editoras passam a ter uma margem de apenas R$ 1,50 em suas vendas físicas. Entende-se, então o medo dos editores.

Conclusão

O livro digital pode custar de 40% a 50% a menos que o livro físico, mantendo-se a margem de contribuição em valores absolutos que vai para as editoras – eles ficam com uma fatia digital do mesmo tamanho que a fatia física. Os editores, no entanto, ainda têm o foco no mundo físico, responsável por 99,5% de seu faturamento, e temem o que grandes variações nos preços dos livros digitais podem causar na percepção do valor dos livros físicos. A queda do preço do livro digital, portanto, será um processo. Quanto maior for a fatia digital do mercado de livros, menos inseguros estarão os editores para baixar seus preços. E quanto mais o tempo passar, mais experiências de preço forem feitas e mais pressão os leitores exercerem, mais os preços tenderam a cair.

A queda do preço do livro digital em relação ao seu primo físico será um processo. E os preços cairão no máximo algo entre 40% e 50%. Mais do que isso, é utopia para a atual estrutura do mercado de livros.

Ainda falta falar do baixo custo marginal do livro digital e de como ele permite experiências rápidas com o preço dos livros, mais isto fica para um próximo post.

[Contribuíram Iona Teixeira Stevens e Matheus Perez]