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01 Jul 16:15

PRETO NO BRANCO - Autor(Allan Sieber)

28 Jun 18:31

Roberto Benigni filmará longa baseado em 'A Divina Comédia' de Dante

Lielson Zeni

posso ter medo?

O cineasta italiano Roberto Benigni, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro com "A Vida é Bela" (1997), anunciou que começará as filmagens de um longa baseado na obra "A Divina Comédia", de Dante Alighieri, no final do verão italiano. Benigni, que apresentará um programa na TV da Itália sobre o autor do século 14, disse que a produção do filme começará imediatamente após as gravações. O programa se chama "Tutto Dante" (em português, Tudo Dante), e abordará a vida do poeta e escritor italiano. Ele deve ir ao ar entre 20 de julho e 6 de agosto. Leia mais (28/06/2013 - 14h46)
28 Jun 16:26

Weakness

by Doug

Weakness

A sort of alternate ending for this one.

28 Jun 14:34

História de pescador

by Antonio Hermida *

Euforia, apatia e um leve pânico.

Essa sequência de palavras define com exatidão matemática como me senti quando Moby Dick foi citado numa reunião na qual se discutiam os próximos títulos a serem lançados em e-book pela editora.

Imediatamente fui transpassado por essas sensações, afinal, trabalhar neste tipo de livro significa, para mim,  lidar com uma série  de pesos e de tensões emocionais que ignoro, ao longo do dia, serem parte indissociável de quem sou hoje. Adaptar nossa edição de Moby Dick para o digital representava encarar uma série de sensações, memórias enevoadas e, também, medos infantis.

Meu pai, segundo da esq. pra dir., minha mãe, quarta, da esq. para dir. Não sei quem são os demais.

Passei parte da minha  primeira infância dentro de um barco de pesca: a traineira azul e branca de papai. Lembro do frio da madrugada próximo às ilhas Maricás, a um quilômetro da costa de Ponta Negra (RJ), e de tentar dormir em uma das beliches, dispostas imediatamente sobre o motor, que aquecia o ambiente.

Lembro também da pequena embarcação sendo açoitada pela chuva, característica dos temporais de janeiro, e do enjoo causado pelas ondas fortes da estação e da lua. Do cheiro de diesel queimando, do vozerio dos adultos acordados, bebendo e cantando esperando a hora de recolher a rede alta e a curvineira. E ainda posso sentir  meu senso de urgência em pular do barco assim que o tempo esquentava e, em decorrência desse impulso, do desespero de papai em nadar atrás de mim a fim de me trazer de volta para o barco – afinal, eu não devia ter mais que cinco anos e tudo era imenso, mesmo levando em conta o fato de nossa pesca ser mais modesta do que a de Ahab.

Esse quadro, no entanto, é composto puramente por sensações, e estas não podem ser transferidas para uma moldura. Poucas são as imagens que se mantiveram em minha memória, ainda que de maneira turva: o porão pesado, carregado com uma tonelada de peixes (olhos-de-boi, curvinas, anchovas e tainhas), a aproximação do mercado de peixe São Pedro a uns 30 metros da proa, às quatro da manhã, e o jacaré que lá vivia, aprisionado em uma espécie de aquário improvisado: um cercado de azulejos brancos de mais ou menos 1 metro de altura, dentro do qual o animal, – que não devia chegar a um metro -, resistia exposto, semissubmerso por um palmo d’água.

Por conta desse amontoado de lembranças, a adaptação dessa bela edição impressa para um e-book me causou todo esse peculiar desconforto de quem há muito não retorna ao mar e sente aquela fraqueza nas pernas enquanto tenta se equilibrar no convés.

A baleia

Moby Dick é um livro grande e robusto, por dentro e por fora. Sua identidade visual é tão forte que me sinto desajeitado segurando-o.

Ele aparenta ter mesmo o peso de uma baleia e, por isso, o mantenho na estante, por trás de um vidro, como que em um aquário. Ele é, para mim, o tipo de livro para ser lido em casa, em segurança, e não para ser carregado para cima e para baixo ao longo do dia. Afinal, seria no mínimo curioso observar um sujeito, na linha azul do metrô, com uma baleia entre as mãos…

Não imaginei que adaptaríamos esse título para o digital, que tentaríamos aprisionar o mar e o monstro em um quadro modestamente medido em pixels.

Conceitualmente, o livro não é menos sinuoso do que minhas impressões particulares sobre ele, e a busca por um resultado que expressasse algo próximo do que a edição impressa traz como experiência não racionalizável (com sua distribuição de capítulos, títulos, cores e proporções) se tornou mais um peso a ser medido.

O horizonte

“O que você vê aqui?” “Me passa uma ideia de horizonte…”

Como transpor essa sensação de horizonte para o digital, que não conta com folhas duplas?

Em situações como essa, não creio que valha a pena encarar como necessidade uma transposição, da mesma forma como não haveria como transpor a sensação visual de ondulação na distribuição dos títulos. Forçar algo assim é como comparar o que se vê, olhando na mesma direção sob perspectivas diferentes. Como comparar a imagem que se tem a partir de um convés com o que se vê por trás de uma escotilha.

Como se pode observar na imagem acima, os títulos dos capítulos distribuem-se de forma irregular, à esquerda e à direita. No digital, em telas menores, essa distribuição é inviável e o efeito, para a leitura, incômodo e confuso, em especial nos títulos à direita. Por conta de o alinhamento do texto ser oposto,  a deformação da estrutura seria gritante.

Com isso em mente, optei por dispor os títulos de maneira quase uniforme, como capitulares, à esquerda. Assim foi possível manter alguma coerência com o projeto original (ainda que precisando abrir mão da impressão ondulante, marcante no impresso) e evitar a possível bagunça em telas menores.

Em todo caso, essa saída não contempla todos os capítulos por conta da extensão de certos títulos (como no “56   DAS REPRESENTAÇÕES MENOS ERRÔNEAS DE BALEIAS E REPRESENTAÇÕES GENUÍNAS DE CENAS DA PESCA BALEEIRA”). Para estes, depois de testar uma série de adaptações possíveis, o melhor, para manter algum controle sobre a exibição, foi uma declaração simples, destacando os títulos do texto corrido.

As páginas iniciais (rosto, sumário) da edição impressa foram originalmente compostas em duplas. O que caracteriza um problema na composição de sentido em um e-book,  que conta apenas com uma página (tela).

No caso da folha de rosto, pude optar por uma solução lógica: sobrepô-las, aproveitando as imagens que não seriam usadas, uma vez que optamos (ver post sobre e-books) por não reproduzir índices do impresso em nossos livros digitais. O resultado comparado pode ser observado abaixo:

Todavia, o sumário impresso é encabeçado por um mapa que dialoga diretamente com seu conteúdo. Ele (o mapa) traça a rota do Pequod em sua busca por Moby Dick e sinaliza com uma observação acerca dos títulos de capítulos que correspondem aos lugares e situações atravessados pela embarcação.

Se fosse uma imagem comum, não haveria problema em descartá-la ou, simplesmente, deslocá-la para algum ponto do miolo que lhe atribuísse sentido. Porém, sendo um mapa mundi, acaba se apresentando a necessidade de uma adaptação, tanto pelas dimensões quanto pela quantidade de informação. Sem esse cuidado, o conteúdo do mapa se tornaria ilegível em telas menores.

A melhor opção para remediar essa limitação foi marcar o mapa, dividindo-o em duas partes (A e B).

Assim temos, em sequência, (1) uma miniatura do mapa completo, sinalizado por A e B em suas extremidades e sua legenda explicando o conteúdo; (2) nas duas páginas seguintes, sua primeira e segunda metade, ambas configuradas para serem exibidas em tela cheia, com os textos aumentados (na edição) e suas imagens rotacionadas verticalmente a fim de maximizar o espaço da tela.

Outras imagens do livro também foram modificadas mas sem grande impacto (ajuste de contraste, redistribuição de legendas etc.)

Por fim, a última das adaptações distintivas entre as edições refere-se às páginas com fundo verde.

Apesar de se tratar de um recurso simples (background-color), alguns aplicativos não interpretam fundo colorido de maneira satisfatória (além de  variarem muito, de um para outro, quando é feita a inversão de cores para modo noturno). Optei por inverter a cor do texto pela cor do fundo, passando o verde para branco e vice-versa. Foi preciso ainda escurecer o tom do verde para melhor exibição e contraste em telas monocromáticas.

Os resultados dessas alterações foram distintos para os dois tipos de tela, embora, em ambos os casos,  tenham mantido coerência com o projeto original.

Se por um lado, em telas retroiluminadas, o tom de verde causa um efeito de limo, por outro, nas telas monocromáticas, causa uma sensação de névoa ou intangibilidade.

Evidências fósseis apontam que um cachalote, à época de Melville, podia chegar a quase 30 metros e pesar algo em torno 150 toneladas. De início, erroneamente acreditei que meu trabalho consistia em aprisionar uma criatura desse porte (e, com ela, o mar, suas intempéries, o Pequod , a motivação febril de seu capitão e o temor de seus homens) dentro de um aparelho de menos de 500 gramas.

Não se tratava disso… Esta edição digital de Moby Dick, nesse aspecto, acabou por tornar-se o que poderia ser desde o início: mais uma marcação no mapa de seu trajeto migratório.

* Antonio Hermida é coordenador de mídia digital da Cosac Naify.

28 Jun 12:25

“I lie every second of the day. My whole life is a sham.” -...









“I lie every second of the day. My whole life is a sham.” - George Costanza
[more behind the Seinfeld scenes]

28 Jun 12:24

http://tastequiet.blogspot.com/2013/06/blog-post_27.html

by noreply@blogger.com (vidi)

27 Jun 20:40

Cientistas criam arma que dispara antimatéria

São Paulo – Pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, criaram uma arma de antimatéria. O equipamento é capaz de despejar rajadas de pósitrons... - por Vanessa Daraya
27 Jun 18:07

A VICE Adora a Magnum: Jonas Bendiksen Fotografa Países que Não Existem

by Bruno Bayley

NORUEGA. Vesterålen. Barraco em chamas.

Magnum é provavelmente a agência de fotógrafos mais famosa do mundo. Mesmo que você não tivesse ouvido falar dela até agora, é muito provável que já conheça suas imagens – seja a cobertura de Robert Capa da Guerra Civil Espanhola, ou as férias bem britânicas de Martin Parr. Diferente da maioria das agências, os membros da Magnum são selecionados pelos outros fotógrafos da agência e, como eles são a maior agência de fotógrafos do mundo, se tornar um membro é algo muito difícil. Como parte de uma parceria com a Magnum, vamos apresentar o perfil de alguns de seus fotógrafos nas próximas semanas.

Ao contrário da maioria dos outros fotógrafos com quem conversamos na série A VICE Adora a Magnum, o trabalho de Jonas Bendiksen não tem seu foco em zonas de guerra ou conflitos. Jonas começou na Magnum como estagiário e percorreu todo o caminho até se tornar um membro oficial, então, sua visão de como a fotografia pode se envolver com o mundo ao redor é bastante informada. Do exame da vida nos estados marginais pós-soviéticos à exploração da transição cada vez mais rápida da humanidade do campo para a vida na cidade, conversamos com o fotógrafo a respeito de seu trabalho e os motivos pelos quais as pessoas deveriam parar de ver favelas como aberrações.

VICE: Tenho certeza que já te perguntaram isso muitas vezes: como alguém que foi avançando por todas as posições da Magnum, você deve ter uma perspectiva interessante da agência como um todo ese tivesse que resumir, na sua opinião, o que faz a Magnum ser tão importante no mundo da fotografia?
Jonas Bendiksen: Bom, acho que o que torna a Magnum interessante e ainda relevante é que ela tem essa variedade incrivelmente diversa de fotógrafos que, cada um a seu modo, cria uma fotografia que é um comentário do que eles veem ao redor. E acho que a Magnum se tornou ainda mais interessante nos últimos anos por se tornar ainda mais diversa.


NORUEGA. Vesterålen. Pátio da escola com flocos de gelo.

Como você disse, esse é um grupo de fotógrafos muito diverso. Mas você diria que há um tipo de “missão”?
A Magnum possui um objetivo em comum: usar a fotografia para ser parte de um diálogo sobre o mundo que nos rodeia. Dentro disso, cada fotógrafo pode estar interessado em coisas diferentes, mas esse objetivo é o denominador comum.

Como você descreveria a ideia por trás de seu livro Satellites? Ele examina regiões um tanto esquecidas, certo?
Sim, o livro é uma jornada através das margens da antiga União Soviética. Parei em todos esses lugares que você poderia dizer que, no papel, realmente não existem. Quer dizer, essas repúblicas separatistas como a Transnístria e a Abecásia, que existem fisicamente — elas possuem suas próprias fronteiras e governos — mas que não são reconhecidas. Pode-se dizer que esses lugares representam alguns dos negócios inacabados da queda da União Soviética. Então, isso se tornou uma jornada para mim.

NORUEGA. Vesterålen. Porto de Myre.

Quais foram suas experiências nesses lugares e como as pessoas vivem ali? Você notou alguma característica unificadora?
Pode-se dizer que essas pessoas vivem sob bastante pressão, no sentido de que a vida nesses lugares é economicamente difícil. Até hoje, eles são, de certa forma, isolados do resto do mundo. É difícil sair dali e é difícil viver ali. Ao mesmo tempo, esses lugares são todos bem diferentes e têm seu caráter único.

Places We Live foi seu livro seguinte. Ele lida com a ideia de que, pela primeira vez, mais pessoas vivem nas cidades do que fora delas. Você tratou isso como uma questão ambiental ou social?
Acho que o ponto é que as duas noções são completamente inseparáveis. Foi uma das coisas na qual esse projeto me fez pensar. Não estou tentando dizer que morar nas cidades é ruim ou bom. O que estou dizendo é que isso é um fenômeno e precisamos lidar com ele. Mais de um bilhão de pessoas vivem em favelas e esse número está sempre crescendo. Precisamos aceitar que é assim que as cidades modernas funcionam e nos envolver com o problema.

RÚSSIA. Próximo de Sergeyev Posad. 2011. Palina (6 anos) brinca na folhagem perto da dacha onde ela passa o verão.

Você se surpreendeu com a capacidade de funcionamento dessas favelas?
Acho que foi o que mais me surpreendeu durante todo o projeto, e foi por isso também que o fiz. Eu tinha lido todas as estatísticas e senti que essa era uma questão que precisava ser explorada. Mas o que realmente me fez querer expandir o alcance disso foi porque fiquei impressionado com a normalidade desses lugares. Você vê montes enormes de lixo e entre eles, pessoas normais levando vidas bem normais, lidando com as mesmas questões que as pessoas dos outros lugares. Eles ajudam os filhos com a lição de casa, tentam ganhar a vida, manter a família junta. Sabe, esse projeto foi uma exploração de como as pessoas criam normalidade nesse tipo de cenário extremo.

RÚSSIA. Vyalki, perto de Bykovo. 2011. Garotas dão banho em seus cavalos e nadam em um lago perto de uma comunidade de dachas de luxo.

Acho que você é o primeiro fotógrafo da série que não passou parte de sua carreira em uma zona de guerra. Isso é uma coisa pela qual você nunca se interessou?
É possível dizer que isso não é o tipo de coisa que realmente funcionou na minha vida. Fui pai aos 24 anos. Então, tenho sido um pai por boa parte da minha carreira, e, simplesmente, a mim nunca fez sentido ser o cara que viaja para onde estão jogando bombas. E acho que há muitas questões interessantes para ver por aí. Há tantas outras forças e pressões trabalhando nos seres humanos e criando situações complexas e fascinantes ao redor do mundo.

É claro que há sempre espaço para alguém que vai para uma zona de conflito e faz um trabalho interessante. Mas isso realmente nunca esteve na minha agenda. Não sei muito bem o porquê, mas sempre me senti mais satisfeito quando faço histórias nas quais me sinto deixado em paz, histórias que ninguém está perseguindo. O que me levou a trabalhar em projetos que ficam um pouco de fora das grandes manchetes; histórias menores. Talvez elas não sejam tão dramáticas ou atraentescomo algumas dessas outras coisas, mas, para mim, essa sempre foi a maneira mais satisfatória de trabalhar. Sinto que estou trazendo algo à mesa quando me envolvo em uma história que não receberia tanta atenção de outra maneira.

Clique abaixo para ver mais da fotografia de Jonas Bendiksen.

BANGLADESH. Ashulia. 2010. Esse tipo de forno de tijolos é onipresente em Bangladesh e uma grande fonte de poluição (já que usa carvão e é um tanto ineficaz), em termos de CO2 e qualidade do ar. Enquanto Jonas fotografava, uma tempestade chegou com muita chuva e vento. Aqui, os trabalhadores estão pegando os tijolos submersos e os jogando para a terra para depois serem levados para um barco.

BANGLADESH. Padmapukur. 2009. Na char (“ilha de lodo”) de Padmapukur, no delta do Ganges. O furacão Aila destruiu os diques, causando inundações diárias nas comunidades.

ISLÂNDIA. Reydarfjordur. 2007. Aalheiur Vilbergsdottir, 30 anos, brinca com seus dois filhos na praia de Reydarfjordur, bem na frente de sua casa, com a cidade ao fundo. Ela morou em Reydarfjordur a vida inteira juntamente com sua família.

RÚSSIA. Território Altai. 2000. Moradores da região coletam ferro-velho de uma espaçonave caída, cercados por milhares de borboletas brancas. Ambientalistas temem pelo futuro da região devido ao combustível tóxico desses foguetes.

MOLDÁVIA. Transnístria. 2004. A população da Transnístria é principalmente de etnia russa e a religião principal é o Cristianismo Ortodoxo. Aqui, o padre dá abenção antes de um batismo nas águas geladas.

GEÓRGIA. Abecásia. Sukhumi. 2005. Apesar da Abecásia estar isolada, meio abandonada e continuar sofrendo com as feridas da guerra em razão de seus status não reconhecido, tanto moradores locais como turistas russos são atraídos pelas águas mornas do Mar Negro. Esse país localizado em um trecho exuberante na costa do Mar Negro, ganhou sua independência da ex-república soviética da Geórgia em uma guerra sangrenta em 1993.

ÍNDIA. Bombaim. 2006. Uma garotinha brinca em Laxmi Chawl, um bairro de Dharavi. As luzes foram colocadas para um casamento na vizinhança.

Anteriormente - Peter van Agtmael Não Nega a Estranha Sedução da Guerra

Mais da Magnum:

Ian Berry Faz Fotos Incríveis de Massacres e Inundações

Thomas Dworzak Fotograda Soldados Norte-Americanos Tristes e Posers Talibãs

Steve McCurry Fotografa a Condição Humana

O Jeito que o Christopher Anderson Vê o Mundo É Incrível

27 Jun 18:04

“Onde começam queimando livros…”

by Alexandre Matias

A notícia que um livro foi apreendido como se fosse arma no Rio de Janeiro (e justo o Mate-Me Por Favor!) é outro indício de autoritarismo latente que ronda esses dias estranhos que estamos vivendo e mais do que motivo para ficarmos atento à tomada de nossas liberdades. O próprio Ivan Pinheiro Machado, dono da L&PM que publicou o livro apreendido, dá o tom de indignação frente uma situação dessas no blog de sua editora:

“Meu pai era um inimigo da ditadura militar de 1964. Por isso nossa família sofreu vários tipos de intimidações e perseguições. Minha casa foi invadida várias vezes pela repressão. A que mais me marcou foi o dia em que a polícia política (DOPS) invadiu nossa casa e prendeu centenas livros da grande biblioteca do meu pai. “Vamos queimar esta imundície comunista”, dizia o delegado, jogando ensaios de Marx e Schopenhauer numa caixa de lixo.

Ontem eu vi um delegado exibindo na TV um livro publicado pela L&PM Editores: Mate-me por favor dos jornalistas e críticos musicais Legs McNeil e Gillian McCain apreendido na casa de um suposto vândalo.

Não me interessa o que o rapaz fez. Mas o que me chamou a atenção foi a naturalidade com que o delegado apreendeu o livro. Um delegado que não serve a uma ditadura e apreende um livro é porque tem a vocação do autoritarismo. E nenhum respeito por um livro. Mate-me por favor é um livro maravilhoso, editado por minha indicação. Não faz a apologia da violência. Muito pelo contrário. Ele trata de jovens que foram abandonados pelo sistema e elegeram a música como uma forma de protesto. E esta música foi uma bofetada no sistema. Esta música fez com que os delegados e os políticos voltassem os seus olhos para uma enorme legião de jovens sem futuro e sem emprego nos idos dos anos 80. A L&PM Editores, meu caro delegado, já foi vítima durante sua história nos anos sombrios da ditadura de vários delegados que odiavam livros.

O que me surpreende é que um bom livro seja alinhado junto a facas e correntes e exibido na TV como se fosse uma arma. E ninguém diz nada. Lembrou-me o tira ignorante que invadiu a casa do meu pai nos anos 70 para prender os “livros comunistas”. Ele não teve dúvidas; atirou-se na estande e pegou o O vermelho e o negro de Stendhal como um símbolo desta “corja vermelha que quer tomar conta do país…”

Inevitável lembrar não apenas da ditadura militar brasileira, mas na viagem que fiz à Berlim há pouco me deparei com uma frase de uma peça de 1821 citada em uma placa no meio da Bebelplatz, a praça alemã que serviu de palco para a fogueira de livros promovida pelos nazistas em maio de 1933:

“Das war ein Vorspiel nur, dort wo man Bücher verbrennt, verbrennt man am Ende auch Menschen.”

Onde começam queimando livros, terminam queimando gente. Não dá pra aceitar isso numa boa.

27 Jun 17:50

Surf’s up

27 Jun 16:06

Criterion to Release Lynch’s Mulholland Drive



Criterion to Release Lynch’s Mulholland Drive

27 Jun 16:05

Photo



27 Jun 15:58

Takesada Matsutani

27 Jun 15:49

Google Hipster Glass

by Salles
26 Jun 20:49

Photo



26 Jun 14:54

getsickgetwell: Dansa Serpentina  (1900) [x] Fun fact: there...

















getsickgetwell:

Dansa Serpentina  (1900) [x]

Fun fact: there are actually hundreds of these kinds of videos. Often called Serptine/Butterfly/Annabelle Dances, they are some of the earliest things filmed. They give a modern viewer insight into just how groundbreaking it was to view things moving not in reality. Further, the colors you see are hand painted. Contrary to popular belief, most silent films (about 90%) were premiered in color with either tinting or hand painting.

26 Jun 13:42

Do caralho!

by Alexandre Matias

docaralho

Como diziam os Mutantes “you know, it’s time now to learn Portuguese…”

Esses autralianos…

25 Jun 20:47

I don’t think it’s working, girls.



I don’t think it’s working, girls.

25 Jun 12:13

'Joy of Tech', Nitrozac & Snaggy

Nitrozac & Snaggy
< TIRA ANTERIOR TIRA SEGUINTE >
TODOS OS QUADRINHOS
Leia mais (24/06/2013 - 06h18)
25 Jun 12:09

O Bang em BH

by Victor Diniz; Fotos por Tamás Bodolay

Advogados denunciam terem sido impedidos de conversar com seus clientes, jornalistas revelam ameaças em redações, manifestantes presos relatam terem sofrido violência policial, estudantes protestam contra UFMG tomada pela PMMG, médicos impedidos de socorrer feridos durante as manifestações alertam sobre a existência de policiais infiltrados e, em meio a tudo isso, segundo informação apurada por um colega de profissão, a Comandante do Policiamento da Capital, Coronel Cláudia, avisou: "quem sair às ruas na quarta estará cometendo suicídio". Assim, Belo Horizonte se prepara para receber, dia 26 de junho, a semifinal da Copa das Confederações que reunirá Brasil e Uruguai na próxima quarta-feira às 16h.

A declaração da Comandante Cláudia foi dada a um grupo de manifestantes que conversava com ela no último sábado, 22 de junho, na Praça Sete, centro de Belo Horizonte, local que momentos antes havia vivido cenas violentas quando a PMMG chegou a utilizar até o temido "Caveirão" para atacar os manifestantes que eram, em sua maioria, pacíficos. Antes disso, mais de 60 mil pessoas (dados da PMMG, manifestantes falam em ao menos 100 mil) foram às ruas em mais uma passeata convocada pelo COPAC/BH — Comitê Popular dos Atingidos pela Copa/ Belo Horizonte. 

Graças a um grande esforço articulado por diversos movimentos sociais da capital mineira, dessa vez tivemos pouca hostilização à presença dos partidos de esquerda que puderam levantar suas bandeiras com liberdade. Alguns gritos genéricos, como "o gigante acordou" e "chega de corrupção" eram abafados por manifestações mais incisivas contra o fascismo (aqui não tem fascismo!), a violência policial ("policia assassina, mata pobre todo dia!") e ampliação do metrô da capital (ô, eu quero o meu metrô, eu quero o meu metrô, ôôôôô"). Tudo em um clima de paz e com muitos manifestantes conversando sobre as pautas históricas dos movimentos sociais.

Mais uma vez, foi em frente à "área Fifa" nas imediações do Mineirão que a violência foi deflagrada. Um grupo de manifestantes encapuzados lançou diversas pedras na direção do Choque, que se manteve impassível até por volta das 16h30 (estariam esperando o jogo do Brasil começar?) para então reagir com muita violência atirando contra toda a massa de pessoas, especialmente nos que estavam pacíficos. Tivemos então uma versão ampliada do massacre da última segunda-feira. Há relatos que as tropas do Governo de Minas Gerais chegaram a lançar bombas de dentro de um helicóptero, atingindo pessoas que estavam muito distantes do ponto onde a confusão iniciou-se, mas isso ainda não foi confirmado. Os números oficiais apontam para 28 feridos, sendo sete policiais e 21 manifestantes. Um deles, Luiz Felipe Aniceto, de apenas 22 anos, caiu de um viaduto e está em estado grave internado em uma UTI e respirando por aparelhos. Ao menos outros três jovens também caíram de viadutos e estão internados nos hospitais da região metropolitana de BH. O jornal Estado de Minas disse, em matéria de capa de sua edição de hoje, que os feridos passavam bem. A assessoria de imprensa do HPS João XXIII me passou informação diferente, confirmando que Luiz Felipe segue na UTI em estado grave.

O médico Giovanno Iannoti escreveu um comovente relato para o Portal Vermelho descrevendo as brutalidades presenciadas por ele e fez algumas denúncias graves. Segundo o médico, enquanto ele tentava socorrer um paciente caído de um viaduto que dá acesso ao Mineirão, um manifestante encapuzado chegou até ele, apresentou-se como um policial e avisou que iria pedir para que os tiros fossem contidos naquela área para que ele pudesse prestar socorro à vítima. Não dá para saber se o autodeclarado policial era de fato um membro das forças de repressão do Estado de Minas Gerais, mas fato é que as bombas foram interrompidas pouco depois. No mesmo artigo, Jannoti conta sobre momentos menos pacíficos na relação com a PMMG, que o impediu de utilizar uma ambulância para socorrer outro ferido (era exclusiva para militares) e de encaminhar uma vítima grave ao centro de traumas do Mineirão (primeiro disseram que era exclusivo para torcedores e depois alegaram que ele não existia).

O número de feridos entre os policiais deve-se ao fato de que muitos manifestantes reagiram à truculência desproporcional da Policia Militar do Estado de Minas Gerais e isso gerou uma série de conflitos. Há vários vídeos mostrando esse confronto no YouTube. Em um deles, um grupo avança sobre policiais da cavalaria, que bateu em retirada. Ações como essa provavelmente aumentaram dentro do comando da PM a revolta com as manifestações, o que levou a uma repressão ainda mais violenta. Longe do Mineirão, manifestantes foram perseguidos por várias ruas da área central de BH. Grupos pacíficos que se sentavam no chão para sinalizar que não ofereciam resistência receberam bombas e balas de borracha como resposta. 

Muitas prisões foram feitas, embora o Governo de Minas Gerais não tenha divulgado um balanço oficial até a publicação dessa matéria. A maioria dos detidos foi encaminhada para o quarto batalhão da PMMG que fica na Rua da Bahia, região central de BH. Os boatos de agressão a civis se espalharam pelas redes sociais e grupos de advogados voluntários começaram a se dirigir para o local na tentativa de prestar o direito constitucional de defesa aos manifestantes presos. Gustavo Simim foi um desses advogados. "Tivemos uma série de ilegalidades sendo cometidas. Batalhão não é lugar de levar presos. Eles deveriam ter sido encaminhados para a Polícia Civil, que tem locais adequados para acolher os acusados. Os manifestantes estavam todos juntos, sem separação entre homens e mulheres e lhes foi negado o direito a ampla defesa, uma vez que eles estavam sendo impedidos de conversar com seus advogados", relata.

Daniel Thadeu Assis foi outro advogado voluntário que presenciou os desrespeitos à Constituição Brasileira. "Nós ficamos até 5h30 da manhã tentando, sem sucesso, acompanhar os depoimentos dos presos. Alguns deles haviam sido detidos por volta das 17h e estavam sem comer desde então", conta. A Coronel Cláudia, Comandante do Policiamento da Capital Mineira, disse para os advogados: "Vocês querem defender bandidos? Aqui não tem manifestante pacífico, somente vândalos. Se querem defendê-los, preparem-se para esperar".

Todas as denúncias dos advogados foram encaminhadas à Ordem dos Advogados de Minas Gerais. Hoje às 18h, Cintia Ribeiro de Freitas, presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/MG, irá se reunir com os advogados voluntários na Faculdade de Direito da UFMG (Av. João Pinheiro, 100, terceiro andar) para saber mais detalhes sobre as violações constitucionais de sábado. No dia seguinte, a OAB/MG deve apresentar uma representação ao Comando de Policiamento de Minas Gerais para assegurar que isso não volte a acontecer na próxima quarta. A OAB/MG também anunciou que estará de plantão no dia do jogo acompanhando de perto todas as denúncias de impedimento do amplo acesso à defesa dos cidadãos mineiros.

Ainda no sábado à noite, agentes infiltrados da Polícia Militar (os chamados P2) informaram que havia risco de ameçaas contra funcionários dos principais jornais de Belo Horizonte. A informação foi desmentida pelos organizadores das manifestações, que afirmam não saber de onde veio essa notícia, uma vez que o movimento deles é absolutamente pacífico. Independente disso, as redações foram esvaziadas e o jornal Hoje em Dia, que vem fazendo a cobertura mais isenta entre os grandes jornais, fechou, mandou todos os seus jornalistas para casa e adiantou sua segunda edição das 23h30 para as 20h30. Liguei no Hoje em Dia e consegui confirmar que a polícia ligou para eles alertando que as redações seriam alvo dos manifestantes (negaram que houve um alerta de bomba). Inconformados com os abusos, vários estudantes da UFMG convocaram uma assembleia para hoje e é possível que a Reitoria seja ocupada.

Anteriormente - O 17 de Junho em BH

25 Jun 11:54

Revolution.

by koostella

25 Jun 11:52

A cool screen grab of the SiP #1 color pages in Dropbox.



A cool screen grab of the SiP #1 color pages in Dropbox.

24 Jun 12:09

14-06-2013

by Laerte

24 Jun 12:04

Morre o editor Cléber Teixeira, 'mestre zen' dos livros artesanais

by Prosa

Morreu neste sábado, aos 74 anos, o editor, tipógrafo e poeta Cléber Teixeira, criador da Noa Noa, tradicional casa especializada em poesia e livros artesanais. Nascido no Rio de Janeiro e radicado desde 1977 em Florianópolis, Teixeira trabalhava com...

Leia mais

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24 Jun 11:57

My new book of cartoons “You’re All Just Jealous of My...



My new book of cartoons “You’re All Just Jealous of My Jetpack” is out now. Details are here.

21 Jun 18:06

Jonathan Calugi

21 Jun 13:04

Absolutely Anything

by tobwaylan
21 Jun 12:34

This is a perfectly natural reaction to a woman that’s...



This is a perfectly natural reaction to a woman that’s obviously trying to ask you a question in Brazil.

21 Jun 12:33

Prometheus

'I'm here to return what Prometheus stole.' would be a good thing to say if you were a fighter pilot in a Michael Bay movie where for some reason the world's militaries had to team up to defeat every god from human mythology, and you'd just broken through the perimeter and gotten a missile lock on Mount Olympus.
20 Jun 19:06

The New Yorker