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16 Jan 19:52

Como montar o Home Office perfeito

by Alberto Brandão

O sonho áureo dos amantes da produtividade é o próprio home office, um lugar desenhado especialmente para atender as necessidades básicas de concentração, organização e criatividade.

Montar seu próprio escritório pode parecer uma ideia exagerada, um desejo megalomaníaco que vai necessitar de um alto investimento financeiro e bastante espaço. No entanto, a verdade é que, com um pouco de criatividade e as dicas certas, é possível construir um belo espaço sem gastar muito dinheiro.

Espaço

Procurar o espaço ideal para seu escritório pode não ser tão simples assim. Os apartamentos mais antigos costumam ter quartos extras ou os antigos quartos para empregados. Se esse for o caso, já saiu com sorte. Se morar num apartamento mais moderno e voltado para praticidade, é possível que o espaço seja reduzido ao mínimo necessário, como em estúdios quarto-sala-cozinha.

Para quem vive a realidade dos espaços limitados, o ideal é utilizar uma das paredes da sala ou do quarto – o que tiver mais espaço sobrando – e construir uma mesa estilo bancada, mais estreita na largura, porém longa no comprimento.

Utilizar os cantos pode ser uma boa ideia também:

Mesas

Mesas prontas costumam ser bem caras. É possível gastar bastante dinheiro em mesas bem pequenas. Se você tem recurso financeiro, pode ser uma boa opção comprar aquela mesa ideal que você encontrou na loja. Caso a grana esteja mais curta, construir sua própria mesa é bem simples e fica bem bacana.

Cavaletes e Madeira

Uma mesa é basicamente um pedaço de madeira sobre pés que o equilibram. Não existe muita mágica além disso.

Em lojas de decoração e materiais de construção é possível encontrar cavaletes de madeira ou metal prontos para o uso. Minhas mesas de escritório são feitas com uma porta de madeira crua e cavaletes de madeira. Já minha mesa de jantar é feita com um Blindex e um cavalete de de alumínio com proteções de borracha. Escrevi um tutorial mais detalhado, o "Como fazer uma mesa de cavaletes, passo-a-passo".

Para os espaços onde uma porta pode parecer grande demais, é aconselhável comprar um pedaço de madeira e pedir para um serralheiro cortar no tamanho que deseja, ainda utilizando do sistema de cavaletes para apoiá-la.

Paletes

Paletes são o coringa da decoração moderna. É possível fazer bastante coisas com essa estruturas de madeira. O custo é bem reduzido e as possibilidades são inúmeras. É possível fazer desde camas, sofás e mesas, até decorações mais complexas como painéis e adegas. O site Mais Paletes tem algumas boas dicas para trabalhar e improvisar a partir dos Paletes.

Mesa de escritório feita de Palete

Cadeiras

Este é provavelmente um dos itens mais difíceis de se burlar num Home Office.

Cadeiras são tipicamente caras. Uma escolha errada e desconfortável pode arruinar completamente sua produtividade. Ficar tentando encontrar a posição ideal para sentar ou levantar diversas vezes ao dia para aliviar dores é um algo que atrapalha bastante. Para quem gosta de exercícios físicos e não se importa em trabalhar a postura ao longo do dia, uma opção interessante é utilizar bolas de ginástica.

Para aqueles que procuram mais conforto e mobilidade, cadeiras com rodinhas e apoio de braços me parecem uma boa opção. Tenha em mente que economizar com uma cadeira barata pode ser uma péssima ideia a longo prazo.

Ao optar por cadeiras com rodinhas, fique atento porque elas podem danificar a madeira ou o carpete do piso, talvez uma boa solução seja posicionar um tapete logo abaixo da cadeira.

Luz

Iluminação tem um papel bem importante no ambiente. Dependendo da luz, podemos sentir sono, preguiça ou dificuldades de concentração.

  • Tente aproveitar a luz natural, mas cuidado para não acabar criando reflexo ou sombra demais em sua mesa. Observe os ângulos onde a luz entra e tente se planejar para aproveitar o máximo de luz ao longo do dia.

  • A luz ambiente da sua casa provavelmente não foi desenhada pra trabalhar, então tente utilizar luminárias ou pontos de luz que fiquem acima da mesa.

  • Utilize lampadas fortes que imitem a luz do dia.

Quadros de escrever

Quadros possuem infinitas utilidades, desde organizar tarefas e auxiliar na explicação de ideias para outras pessoas, até espaço para brainstorm e processamento de ideias. A mente flui melhor e mais livre quando podemos abusar criativamente do espaço.

Quadro Branco

Quadros brancos são baratos e resolvem o problema com rapidez e simplicidade. Funcionam com pincel atômico, são fáceis de limpar e  podem ter o tamanho que precisar.

Quadros Negros 

Quadros negros em casa estão na moda. Podem ser feitos com tinta especial ou com papel contact preto. Ambos ficam bons de utilizar, sendo que o papel contact é mais fácil de apagar e remover caso queira mudar a decoração.

Quadros de Vidro: Estes quadros são sem dúvida os mais elegantes, mas também são mais caros. Cores ao fundo do vidro ajudam a dar mais personalidade ao ambiente.

Decoração

Decorar sua oficina é a parte mais divertida do processo. É onde o espaço ganha personalidade e se conecta com você.

Um escritório é um ambiente de concentração. Tudo que está ali dentro deve contribuir para harmonia do lugar, caso contrário, serão apenas elementos de distração. A dica para evitar este problema é utilizar uma decoração que seja prática e funcional, utilizando elementos que aumentem a produtividade como forma de ilustrar seu espaço.

Adornos

Enfeitar o espaço requer bastante cuidado. Podemos facilmente perder a mão e misturar muitos elementos, criando uma sensação de peso e poluição no ambiente. Uma dica interessante para evitar cair nessa armadilha é decorar de forma temática, inspirado no próprio trabalho que será feito no local ou em hobbies e assuntos de interesse.

Quadros artísticos

Quadros são peças simples de se conseguir e fáceis de combinar com o ambiente. Para os que gostam de uma decoração mais fria, sem muitas cores, um quadro cores fortes pode ser a peça ideal para quebrar o padrão.

É interessante criar os próprios quadros também, com recortes, fotos próprias estilizadas e ampliadas.

Adesivos decorativos

Existe todo um universo de adesivos decorativos para ambientes. É possível encontrá-los em diversos tamanhos e temáticas. A aplicação pode ser um pouco complicada, mas o resultado é muito interessante.

Papeis de parede

Papel de parede é uma solução simples e rápida para mudar a cara do ambiente. Existem dos mais diversos modelos, com cores, texturas e temáticas. Para quem gosta de um visual mais rústico, texturas de tijolos expostos podem compor ambientes bem aconchegantes.

Esconda os fios

Com a tecnologia dominando os escritórios, é muito comum ver belas decorações ofuscadas por emaranhados de fios nas mesas. As soluções para evitar fios são das mais diversas mas sem dúvida devem ser prioridade para um home office organizado.

Existem diversas formas de esconder os fios, desde utilizar ganchos plásticos escondendo tudo, até canaletas metálicas expostas dando uma temática industrial para ambientes mais rústicos. Esse site possui uma coleção fantástica de dicas para esconder fios de forma elegante e criativa.

Organizadores

Em qualquer mesa existe uma série de pequenas coisas que precisam ser organizadas. Canetas, clips, grampos, marcadores, post-its, régua e coisas que são particulares de cada atividade ou função. Nada pior do que deixar essas coisas passeando e soltas por cima da mesa. O ideal é colocar cada item em seu recipiente, organizando tudo ao alcance das mãos.

Pastas e caixas para guardar documentos, pequenos itens e papeis podem criar uma harmonia interessante no ambiente. O artifício de criar pegboards (quadros com buracos para colocar anexar organizadores) valoriza o espaço e facilita muito o acesso às ferramentas, sem deixar de fazer parte da decoração.

Cuidados finais

O mar da internet é cheio de ideia se dicas para decorar ambientes, mas é importante tomar um certo cuidado. Ambientes que são lindos no pinterest podem trazer elementos que não são tão confortáveis, que foram planejados para ganho estético, mas não servem para cinquenta horas semanais de trabalho.

É sempre necessário lembrar que todos possuem necessidades diferentes, e que ao criar um espaço de trabalho, cada detalhe pessoal deve ser levado em consideração.

Para os que nunca organizaram um espaço, a experimentação acaba sendo o melhor remédio. Será necessário testar e modificar algumas coisas até que tudo trabalhe em harmonia.

Lembrando que o mais importante é que você se sinta confortável em trabalhar na sua própria casa.

Mecenas: Dell Latitude 13 7000

A Dell e a Intel realizaram um estudo com 5 mil profissionais que trabalham de casa para pequenas, médias e grandes empresas, em 12 países no mundo, e chegou a alguns números interessantes:

54% se consideram mais produtivos ao trabalhar remoto ou de casa;

69% trabalha até 25% das horas semanais de casa;

49% sentem menos estresse;

20% acredita que a distância do escritório pode representar uma barreira para a evolução da carreira; 

56% dos brasileiros levam equipamentos pessoais para se conectar à rede corporativa.

Depois de aprender a montar o home office perfeito, você precisa de um computador perfeito.

A Dell, entendendo a necessidade de ajudar empresas e funcionários que trabalham em casa, desenvolveu o Latitude 13 7000, computador pensado para quem vive a realidade de usar o mesmo equipamento para atividades profissionais e pessoais.

Ele funciona como um notebook 2 em 1 que reúne tablet e notebook  além de leve e versátil, possui um dispositivo de segurança para manter os seus dados e os dados da sua empresa protegidos e pode-se incluir o Dell Data Protection Enterprise Edition, pacote de soluções para segurança da informação que contempla criptografia, autenticação e prevenção de malwares em computadores e tablets com sistema operacional Windows e que atende todos os perfis de empresas: desde microempresários a grandes corporações.

16 Jan 19:30

Desventuras em série 2

by Envy - MDM 4ever

Para ver "Desventuras em série 1", clique aqui
.
15 Jan 18:57

Quadcopter

I always have to turn off nature documentaries when they show these scenes.
13 Jan 00:48

O MUNDO É DOS ESPERTOS

by Regiane Virginelli

Uma dica para a sua próxima potencial cantada:

espertos

 

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12 Jan 17:11

Magnus

In the latest round, 9-year-old Muhammad Ali beat 10-year-old JFK at air hockey, while Secretariat lost the hot-dog-eating crown to 12-year-old Ken Jennings. Meanwhile, in a huge upset, 11-year-old Martha Stewart knocked out the adult Ronda Rousey.
10 Jan 18:01

O Verdadeiro Herói





Gente, por que as pessoas insistem em cortar cebola perto de mim enquanto eu vejo essas coisas

10 Jan 17:50

Vamos Formar Uma Dupla

Isso faz parte do ensino fundamental em Goiás

10 Jan 17:49

O Que é o Amor?

É dificil entender o amor... Mas as vezes o amor apenas acontece
D <3 A

10 Jan 17:45

ENQUANTO ISSO, NO FACEBOOK #103

by Regiane Virginelli

No calor da discussão:

ENQUANTO-4

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10 Jan 17:38

Overdose de fofura: Pokémons fantasiados como suas evoluções.

by Zanfa

O artista Randy, conhecido por seu Instagram @itsbirdy, criou essas maravilhosas obras de arte da fofura.

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10 Jan 16:15

FreeValve é a proposta de motor sem comando da Koenigsegg (vídeo)

by Ricardo de Oliveira

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A Koenigsegg, tradicional fabricante de hiperesportivos da Suécia, há anos vem tentando melhorar a performance de seus motores, mas buscando também ganhos em termos de eficiência energética. Parece que agora eles estão perto de atingir isso.

A marca nórdica apresentou um novo conceito de motor que dispensa de uma vez por todas o tradicional comando de válvulas. Chamada FreeValve, a tecnologia permite o acionamento individual e no tempo certo de cada válvula atráves de comandos pneumáticos, tendo sua retração por meio de molas ou pressão do ar.

Cada válvula é totalmente variável e possui um controle específico. Além disso, o FreeValve permite a desativação dos cilindros de forma mais rápida e eficaz que no sistema atual. Com isso, o propulsor revolucionário da Koenigsegg permite aumento de 30% em potência e torque, bem como eficiência energética 30% superior.

A noticia FreeValve é a proposta de motor sem comando da Koenigsegg (vídeo) foi publicada no site Notícias Automotivas - Notícias de carros.










10 Jan 15:52

Renderizando texto via GPU

by Carlos Cardoso

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Uma das coisas mais legais do espírito hacker é fazer as coisas funcionarem de forma diferente da que foram projetadas. Rodar Quake em uma torradeira não é feito pelo Quake, ou pela torradeira, mas para o sujeito descobrir se é possível. Parafraseando o xkcd, Perdido em Marte fez sucesso por ser um filme inteiro igual àquela cena em Apollo XIII onde os engenheiros tentam fazer um filtro quadrado se encaixar em um buraco redondo. 

Algumas vezes essa busca por quebrar as regras para aprender como as coisas funcionam rende resultados muito legais. É o caso de um sujeito que resolveu descobrir se poderia otimizar a forma com que texto é renderizado em computadores.

As placas de vídeo possuem ferramentas para isso, mas o método comum tem limitações. Usam um mapeamento onde as fontes são renderizadas e convertidas em texturas. Isso é ótimo para o dia-a-dia mas como é bitmap, na hora de um zoom você tem que renderizar de novo a fonte, o que é lento.

O que o sujeito fez foi jogar todo o trabalho para a GPU, um chip que por projeto é excelente realizando tarefas simples, repetitivas e em paralelo. Em vez de a CPU gerar uma textura em bitmap a GPU recebe os dados vetoriais da fonte, cria um shader que baseado nas informações de tamanho e tipo da fonte, então gera uma textura. Com isso você tem todo o poder da GPU exibindo texto, podendo dar zoom em tempo real sem perda de qualidade.

O trabalho em detalhes pode ser lido aqui.

Quer ver o resultado? Se você tiver um navegador moderno com aceleração por hardware e uma placa de vídeo decente, acesse este link. Na minha máquina ele renderizou o PDF, com 162 páginas, em menos de 1 segundo.

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08 Jan 01:58

PlayStation 4 Running Linux Can Use Open-Source Radeon Gallium3D Driver

Released a few days back was a modified Linux kernel that can run on the PlayStation 4. With a Sony PlayStation 4 hack by "fail0verflow", it's possible to run a Linux desktop on this latest-generation game console. Now these device hackers have managed to get the PlayStation 4 working with the Radeon Gallium3D driver...
26 Dec 02:28

Casamento engorda todo mundo.

by Zanfa

namoro

26 Dec 02:03

O fim dos relacionamentos é sempre um momento triste.

by Zanfa

Quem não manja da música Yesterday, dos Beatles, clica aqui para ler a tradução (já dá play na música pra curtir a tirinha junto).

yesterday

20 Dec 23:59

MNC Engineering patenteia um novo tipo de motor com aumento de 72% na eficiência (vídeo)

by Ricardo de Oliveira

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A empresa MNC Engineering patenteou um inovador motor de combustão interna, cujo conceito pode aumentar até 72% a eficiência energética, superando em muito os tradicionais propulsores. Batizada de Hyper4, a tecnologia consiste em uma câmara de combustão axial com taxa de compressão variável.

O propulsor axial de quatro pistões possui quatro válvulas rotativas, bem como injeção de água. Com volume constante nas fases de combustão, o motor Hyper4 obtém percentual de eficiência energética de 43% em carga de trabalho normal contra 25% de um motor 16V comum.

Além disso, o Hyper4 permite melhorar o consumo médio, fazendo 18,3 km/litro contra 10,6 km/litro do rival convencional. A rotação das válvulas permite a variação dos índices de compressão e assim melhor queima do combustível na maioria dos regimes.

O Hyper4 consegue reduzir os índices de poluição com injeção de água, enquanto o desgaste é reduzido por uma tecnologia de movimento recíproco e linear. O propulsor ainda utiliza uma técnica de expansão aberta, que permite explorar a temperatura elevada dos gases de escape, geralmente desperdiçada em motores comuns.

A MNC Engineering acredita que a eficiência energética dos motores a combustão alcance entre 60% e 65% na melhor das hipóteses. Atualmente, 70% do litro de gasolina é desperdiçado com calor através do radiador e gases de escape. Ainda assim, os fabricantes estão trabalhando para melhorar os números.

[Fonte: NMC Engineering]

A noticia MNC Engineering patenteia um novo tipo de motor com aumento de 72% na eficiência (vídeo) foi publicada no site Notícias Automotivas - Notícias de carros.










13 Dec 17:39

Você pode ser super, mas…

by ProgramadorREAL
 
tirinha
Inclua essa tirinha em seu site
COLE ESSE CÓDIGO EM SEU SITE x
Fonte: Vida de Programador

Você pode ter super-poderes
(Foto flash)
Você pode ter grande habilidade
(Foto arrow)
Você pode ser um super ser de outro planeta
(Fotos Clark/Smallville e Supergirl)
Mas sem o seu hacker…
(Fotos Cisco/Felicity/Chloe/Winn)
Você ficaria sentado enquanto o batman faz todo o serviço
(Foto Batman no Batcomputador)
Valorize seu hacker!

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21 Nov 18:06

DNA

Researchers just found the gene responsible for mistakenly thinking we've found the gene for specific things. It's the region between the start and the end of every chromosome, plus a few segments in our mitochondria.
11 Nov 02:06

Vídeo: Descomplicando o systemd - parte 1

by Augusto Campos

Enviado por Jeferson Fernando (jfnredesΘgmail·com):

“Hoje é dia de assunto polemico - vamos falar sobre o systemd!

Veja como se preparar para mais essa mudança que está chegando em todas as distribuições Linux! Sempre com novos vídeos de sysadmin para sysadmin.” [referência: ]

O artigo "Vídeo: Descomplicando o systemd - parte 1" foi originalmente publicado no site BR-Linux.org, de Augusto Campos.

11 Nov 02:06

Mr.Robot e o mundo dominado pelos 1%

by Alberto Brandão

“O que estou prestes a te contar agora é ultra secreto, uma conspiração maior que todos nós.

Existe um poderoso grupo de pessoas lá fora que estão secretamente comandando o mundo. Estou falando dos caras que ninguém sabe, os caras que são invisíveis.  Os 1% do topo dos 1%, os caras que brincam de deus.”

Mr.Robot conta a história de Eliot, um hacker experiente e idealista. Durante o dia, se esforça para sobreviver à tediosa rotina corporativa.

À noite, ele assume outro papel. Eliot usa suas habilidades técnicas para invadir computadores, descobrir sujeiras e garantir que a justiça seja feita.

A série não esconde sua semelhança proposital com o plot do venerado Clube da Luta, de Chuck Palahniuk. A batalha contra modelos impostos, a retirada de máscaras sociais e a luta contra grandes corporações que, no poder, controlam a vida de todos no mundo.

Mr. Robot é um filho legítimo do movimento Ocuppy Wall Street.

Para os que não lembram, o movimento iniciou os protestos de 2011 em Nova York, no qual milhares ocuparam as ruas contra os 1% mais poderosos do planeta. O OWS se levanta contra a injustiça da alta concentração de recursos e poder. Seu lema é “Nós somos os 99%”.

Link Youtube

Eliot, interpretado pelo brilhante Rami Malek, é um jovem introvertido e com sérias limitações sociais. É fácil se transportar para a pele do personagem e sentir seu desconforto em meio ao ambiente plástico, quase hostil que a série retrata.

A incrível consultoria do seriado faz com que os mais entendidos em tecnologia se deslumbrem com a precisão técnica envolvida nos ataques cibernéticos, fornecendo ao público geral um gosto muito próximo de como operam os hackers.

O seriado é coberto de criticas sociais, discursos contra o capitalismo e o poder. Pessoas que nunca pararam para questionar o capitalismo certamente sentiram um soco no estômago, um chamado para realidade. Aqueles que abertamente são a favor das estruturas de poder totalitárias serão capazes de reconhecer algumas peças da trama, os levando a pensar se o que acreditam realmente faz algum sentido.

Essa direção pode ser percebida ainda na primeira sequência do primeiro episódio, no qual durante uma consulta, a psicóloga de Eliot pergunta na lata, como quem quer saber se vai chover:

“O que tem na sociedade que te decepciona tanto?”

Então, apenas ouvimos:

“Ah, sei lá.

Será que é porque coletivamente pensávamos que Steve Jobs era um grande homem, mesmo sabendo que ele fez bilhões nas costas de crianças? Ou talvez porque sentimos que todos os nossos heróis são falsificados, e o mundo por si só é uma grande farsa? Inundando a rede com as merdas dos nossos comentários, mascarados de sabedoria, nossas redes sociais fingindo intimidade. Será que votamos nisso? Não com nossas eleições fraudadas, mas com nossas coisas, propriedades, dinheiro. Não estou dizendo nada novo, todos sabemos disso. Não é porque os livros dos Jogos Vorazes nos deixam felizes, mas porque queremos permanecer sedados.

Porque é doloroso não fingir. Porque nós somos covardes…”

É com esse espírito de subversão e confusão que a série me carregou pelos 10 episódios da primeira temporada, surpreendendo a cada novo episódio.

Se você assistir a essa cena e ainda não ficar curioso, nem precisa mais ver o seriado:

Link Youtube

E aí, alguém já viu? Ainda não viu?

Como sempre, a conversa segue nos comentários.

02 Nov 19:05

Miguel Nicolelis cria ratos com superpoderes

by Carlos Cardoso

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Ok, é fato que ele não entende patavinas de exploração espacial, mas é inegável que de neurofisiologia o Miguel Nicolelis entende. Até demais.

Em uma pesquisa publicada num paper de título “Perceiving invisible light through a somatosensory cortical prosthesis” (cuidado, PDF) Nicolelis e sua equipe grudaram um sensor infravermelho na cabeça de um rato e o conectaram a eletrodos no córtex somatosensorial do bicho. O sensor quando estimulado enviava sinais e em 40 dias o rato aprendeu a utilizar aqueles sinais, e explorar um ambiente rico em fontes de infravermelho usando o novo sentido.

As pesquisas não pararam aí. Eles adicionaram mais 3 sensores, dando uma percepção de 360 graus.

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Esses ratos 2.0 aprenderam a usar os novos sentidos em apenas 4 dias, mas não há porque parar.

O próximo passo foi, em vez do cortex somatosensorial, inserir os eletrodos no cortex visual dos ratos.

O resultado surpreendente é que assim como a localização antiga, os sinais externos não geraram confusão, as funções sensoriais dos ratos permaneceram 100% operacionais, os bigodes funcionavam, os olhos funcionavam mas por algum motivo o sinal no córtex visual foi muito mais claro (sem trocadilhos).

Dá para imaginar que os eletrodos em um ponto genérico produziam uma sensação estranha, algo como um Sentido de Aranha no rato, já no córtex visual o sinal era menos ambíguo. Como resultado os ratos com implantes no córtex visual aprenderam a utilizar os sensores infravermelhos para conseguir comida em apenas um dia.

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Um simples aumento do número de sensores e mudança de posição dos eletrodos reduziu o tempo necessário para adaptação ao novo sentido em 1/40 do original. Só isso já valeria a pesquisa, e também há a excelente comprovação de que cérebros de mamíferos possuem plasticidade bem maior do que imaginado.

Isso tem profundas implicações para futuras próteses, talvez não seja preciso desenvolver todo um modelo de funcionamento do córtex motor e programar uma Mão de Luke pra interpretar esses sinais, pode ser que apenas espetando os eletrodos no local correto o cérebro se vire para lidar com os novos sinais.

Na pior das hipóteses o Nicolelis deixou os fabricantes de ratoeiras muito felizes, agora poderão vender um kit de implante e uma ratoeira com chamariz infravermelho.

Fonte: Science Mag.

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02 Nov 18:46

Por que carros autônomos precisam ser programados pra matar?

by Matheus Gonçalves

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Eu sei que o título parece pesado. Muitos podem argumentar que deveria ser algo mais voltado para “carros precisam ser programados para salvar vidas” e eu concordo em parte.

Mas continue lendo para entender melhor a diferença crucial aqui.

Há um tempo considerável já estamos ouvindo falar de carros autônomos, aqueles veículos que não precisam de motorista e que se guiam sozinhos.

Pouca gente sabe, mas no Brasil tem bastante gente trabalhando nisso. Me lembro em 2008, quando eu ainda estudava e trabalhava na FEI de São Bernardo do Campo e fui convidado para avaliar um projeto de detecção de limites de pista para veículos autônomos inteligentes, que usava visão computacional. Era bem legal, com projeções 3D da pista em tempo real. Alguma montadora do ABC deve ter visto isso, mas não sei dizer se o estudo virou um projeto comercial, mas outros engenheiros no mundo todo estão disputando esta nova corrida tecnológica.

Como podemos ver neste post do Cardoso de maio de 2014, empresas como Google, BMW, Audi e, mais recentemente, Tesla, trabalham ávidamente para dar este tipo de inteligência aos seus carros.

Muita coisa evoluiu desde os primeiros projetos e hoje podemos dizer que os conceitos básicos de pilotagem estão relativamente calibrados. Ou quase. Ainda é necessário configurar os limites para todas as vias, evitando que o motorista seja parado pela polícia e tome multas por excesso de velocidade:

Tesla Model S version 7 Autopilot Speeding Ticket Auto Steering Demo on Streets, Highway, Traffic

E também ler os logs do debug pra entender porque é que o volante vira para o lado errado só para assustar o piloto:

2015-10-15 With ‘Seany-cab’ ©®TM LLC The future has arrived…well, almost.

Falando sério agora, estes sistemas estão cada vez mais estáveis. Tarefas que antes eram absurdamente complexas, como acelerar, frear, trocar de faixa e identificar obstáculos, hoje se tornaram simples. Virou framework. O que abre espaço para melhorias bem mais complicadas.

O MIT divulgou esta semana um estudo muito interessante, que vem sendo feito desde julho deste ano, sobre decisões éticas que devem ser tomadas por carros autônomos.

E isso levanta questões bem difíceis de serem respondidas. Por exemplo, como o carro deve ser programado pra agir em caso de estar diante de um acidente inevitável. Ele deve minimizar o número de vítimas fatais, mesmo que isso signifique sacrificar os ocupantes do carro? Ou deve proteger motorista e passageiros a todo custo? Talvez escolher aleatoriamente entre estes casos?

A resposta para estas perguntas pode impactar diretamente na maneira como carros autônomos serão aceitos em nossa sociedade. Afinal, quem iria comprar um carro programado para sacrificar o próprio dono? Well…

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O trabalho de Jean-Francois Bonnefon e outros cientistas da Escola de Economia de Toulouse, na França, foi feito justamente para tentar achar as melhores respostas para estes problemas, usando pesquisas com opinião pública e metodologias que envolviam apresentar diferentes cenários e possíveis consequências para cada um dos acidentes.

E com dilemas da seguinte natureza:

Imagine que em um futuro não muito distante, você possua um carro autônomo. Um certo dia, você está dirigindo tranquilamente quando um conjunto infeliz de eventos faz com que seu carro vá em direção a um grupo de 10 pessoas que estão tentando atravessar a estrada.
 
É impossível frear completamente, dada a distância, mas o carro pode evitar a morte de 10 pessoas, se o carro for direciodo a uma parede. Essa colisão, no entanto, pode matar o motorista e um outro ocupante. O que o carro deve fazer?

Ethical cars

Claro que o principal objetivo aqui é diminuir o número de vítimas fatais, mas o software precisa decidir quem ele vai, eventualmente, matar. Tirar a vida de duas pessoas é melhor que tirar a vida de dez. Certo? Então…

E se no carro estiver um bebê? Isso muda os parâmetros? E se ao lado do carro estiver um motociclista? (se neste momento você pensou “dane-se o motoboy”, deu ruim. Volte duas casas.)

Um ponto importante a se pensar é o seguinte: se a gente tiver carros que colocam o motorista em risco, poucas pessoas vão comprá-lo. Se poucas pessoas comprá-los, estatísticamente, menos vidas serão poupadas, o que leva a um número maior de mortos de qualquer forma.

O resultado da pesquisa foi muito interessante, mas não conclusivo. Na maioria dos casos, as pessoas preferiam que o carro fosse programado para evitar o maior número de mortes mesmo que isso pudesse tirar a vida do motorista. Desde que, neste caso, o motorista não seja a própria pessoa:

E é aí que reside o paradoxo. As pessoas são a favor de carros que sacrificam o ocupante para salvar outras vidas, contanto que eles não tenham que conduzir um carro assim.

Em outras palavras, “eu quero mais que o motorista desvie de mim, ele que se exploda!””… Humanos…

Como quase tudo na ciência, novas respostas geram novas perguntas e agora os pesquisadores também estão trabalhando com outros modelos hipotéticos, como por exemplo: se um fabricante oferecer diferentes versões de seu algorítimo de tomada de decisões morais, e um comprador escolher conscientemente um deles, seria este comprador o responsável por eventuais acidentes e suas consequências?

São questões que não podem ser ignoradas, afinal estamos prestes a colocar milhões de carros autônomos nas ruas, portanto a questão moral destes algorítimos nunca foi tão urgente.

E você, na situação apresentada acima, qual seria sua resposta? Deixe sua opinião aqui na área de comentários.

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02 Nov 17:53

Git

If that doesn't fix it, git.txt contains the phone number of a friend of mine who understands git. Just wait through a few minutes of 'It's really pretty simple, just think of branches as...' and eventually you'll learn the commands that will fix everything.
24 Oct 16:38

Mestre Das Cartas







Você foi obliterado, meu jovem!

20 Oct 02:57

Como lidar com assombrações na sua casa.

by Zanfa

68B

17 Oct 21:44

Evolução Explicada







Faz sentido...

17 Oct 20:26

BMF055 - Bosch, Atmel e o primeiro sensor de movimento programável do mercado

by Henrique Torres

No final da semana passada, a Bosch, um dos maiores fabricantes de dispositivos MEMS, anunciou o lançamento do primeiro sensor de movimento programável do mercado. A Bosch...
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17 Oct 19:59

Cidadão construiu um Mjölnir que só os dignos conseguem levantar

by Carlos Cardoso

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Na mitologia Marvel Mjölnir é uma das armas mais poderosas do Universo. Forjado por anões com/no núcleo de uma estrela, é feito com o mítico metal Uru, que lhe confere propriedades como capacidade de abrir portais interdimensionais, conjurar raios e outros fenômenos climáticos, voar e retornar automaticamente para seu dono quando arremessado.

A principal característica é descrita em uma inscrição: “Aquele que empunhar este martelo, se for digno possuirá os poderes de Thor”. Pouquíssimas criaturas do Universo são capazes de empunhar Mjolnir, o Capitão América é uma delas, como ele quase descobriu na divertida cena em Vingadores — Era de Ultron.

Agora um sujeito resolveu fazer seu próprio Mjolnir, mas na falta de Uru, anões e magia/tecnologia asgardiana, usou um bom e velho Arduíno.

O sujeito construiu um Mjolnir com um eletroímã, baterias de no-break, um sensor de digitais disfarçado e ficou brincando de desafiar as pessoas na rua a erguê-lo. Deixou bastante gente com pulga atrás da orelha.

Sufficiently Advanced — Real Mjolnir (Electromagnet, Fingerprint Scanner)

Pessoalmente eu jamais cairia nessa. Eu me conheço, sei que não teria chance nenhuma, pra quê tentar?

Fonte: Digital Trends.

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13 Oct 17:39

O Coringa em todos nós

by Dori Prata

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Certo dia navegando pelo Netflix vi que o serviço tinha recebido a série Gotham e como estava procurando algo novo para assistir, resolvi dar uma chance à história que se passa na época em que Bruce Wayne ainda era uma criança.

A ideia de contar a origem dos inimigos do Batman e de como a cidade os encarava sem a proteção do herói me prendeu e se quase todo o resto já não tivesse sido o suficiente para me agradar, um acontecimento do início da segunda temporada certamente o faria.

Mas antes de dar minha opinião sobre o que foi mostrado na série até então, eu preciso deixar dois avisos. O primeiro é que não sou um grande conhecedor dos quadrinhos, logo estou desconsiderando quase que completamente o que já foi mostrado por lá e segundo e mais importante, o que direi a seguir está carregado de spoilers tanto da primeira quanto da segunda temporada. Então, se você não está acompanhando a série, recomendo parar de ler por aqui.

Bom, tudo começou no 16º capítulo da primeira temporada, quando fomos apresentados ao jovem Jerome Valeska. Tendo sido criado no circo e logo se mostrando um psicopata, o moleque rapidamente teve sua imagem associada ao Coringa, personagem que considero o melhor vilão já criado para as histórias em quadrinho.

Brilhantemente interpretado por Cameron Monaghan, o impacto ao ver a revelação de que ele havia matado a própria mãe foi imenso e naquele instante eu não tive dúvidas: a equipe responsável pela série havia encontrado um excelente ator para viver o principal rival do Batman no seu início de sua carreira, tarefa que se tornou bastante complicada depois do que o Heath Ledger nos mostrou.

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Então ficamos um tempo sem ouvir falar no assustador Jerome e veio a segunda temporada. Nela vimos o garoto ingressar no The Maniax, uma espécie de Esquadrão Suicida, e a cada momento o personagem ganhava mais traços do Coringa, com toda a sua insanidade sendo posta à mesa, como por exemplo na fantástica cena da roleta russa. Porém, havia algumas coisas que me incomodavam.

Além de estar ansioso para saber se e como o personagem ganharia a cicatriz na boca, não me agradava termos um nome e um passado para o vilão, mas numa reviravolta que julgo brilhante, no terceiro episódio os roteiristas decidiram matar Jerome. Seria aquele o fim do Coringa? Pelo contrário! Nascia ali o Coringa como um conceito, uma praga com potencial para se espalhar por toda Gotham e como bem disse o Cardoso em uma conversa, como o Batman poderia enfrentar algo assim?

O mais fantástico nessa solução encontrada por eles é que ela vai de encontro a aquilo que vimos em O Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan, quando o vilão deixa claro que sua única intenção é causar o caos, joker2despertar a loucura em cada habitante da cidade e ao se colocar como o primeiro hospedeiro desse “vírus”, o demente Jerome seria o início de um arco que colocaria o Coringa não como uma pessoa, mas como uma entidade.

Isso fica claro no momento em que vemos diversas pessoas espalhadas por Gotham repetindo a risada maligna que o personagem dava em seus crimes, assim como no comentário de Bruno Heller de que em algum momento provavelmente veremos uma mulher assumindo o papel do vilão (Barbara?!) e é por isso que considero a morte de Jerome algo tão fantástico.

Além disso, depois de ver o final deste episódio me dei conta de que todas as vezes em que Cameron Monaghan gargalhava eu — mesmo que inconscientemente — esboçava um sorriso, assim como vimos acontecer com os moradores daquela fictícia cidade, e isso me fez pensar no quão plausível foi o que a série nos mostrou, me fazendo chegar a conclusão de que no fundo, #SomosTodosCoringa.

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13 Oct 00:54

30 músicas essenciais para começar a gostar de blues

by João Paulo Bossolan

Muitas pessoas se perguntam: ‘o que é o blues?’ Eu ouço um monte de gente dizendo ‘o blues, o blues’, mas eu vou te dizer o que o blues é. Quando você não tem nenhum dinheiro, você tem o blues. Quando você não tem dinheiro para pagar o aluguel de casa, você ainda tem o blues. Muitos povos gritam 'Eu não gosto de nenhum blues’, mas quando você não tem nenhum dinheiro, e não pode pagar o seu aluguel de casa e não pode comprá-lo sem comida, você tem a maldita certeza que tem o blues. Se você não tem nenhum dinheiro você tem o blues, porque você está pensando mal. Isso mesmo. Toda vez que você está pensando mal, você está pensando sobre o blues ”– Howlin‘ Wolf.

Você sempre quis ouvir blues e não sabia por onde começar? Nós lemos o seu pensamento e fizemos uma seleção com 30 das músicas mais clássicas da história do blues pra que você possa conhecer melhor o gênero. Senta aí, aumenta o volume e deixe o ritmo te levar...

Origem

O blues tem suas origens nas plantações do século 19 no sul dos EUA, onde os escravos cantavam músicas de trabalho enquanto se matavam de trabalhar sob o sol quente. Quando os afroamericanos aprenderam a tocar instrumentos europeus, o violão se tornou um acompanhamento popular para a cantoria cheia de sentimentos e levou ao desenvolvimento do estilo.

Escravos em fazenda de algodão nos EUA

É caracterizado por uma progressão específica de acordes – geralmente a progressão twelve-bar –, assim como pelas blue notes [N.T.: às vezes chamada em português de "nota fora", embora o termo em inglês seja bem mais utilizado]. Uma blue note é uma nota cantada ou tocada com um timbre ligeiramente mais baixo do que o da escala maior, o que faz com que a nota tenha um som distintivamente triste e melancólico. [N.T.: A própria palavra "blues", em inglês, é sinônimo de melancolia.]

Robert Johnson

O gênero musical é considerado, junto com o jazz, o pai do rock, hip-hop, música latina e etc. A lista de estilos, músicos, e artistas em geral influenciados pelo blues se perde de vista.

Pra entender melhor

Delta Blues – um dos mais antigos estilos da música blues. Foi originado na região do delta do Rio Mississippi, nos Estados Unidos, que se estende de Memphis, Tennessee a norte, a Vicksburg, Mississippi no sul, e do Rio Mississippi a oeste ao Rio Yazoo a leste;

Boogie Blues uma forma de movimento rítmico, advindo originariamente das raízes do blues. Caracteriza-se pelo movimento sincopado e cadencial, orientado pela simplicidade de compasso. Dentre as várias lendas que cercam o blues, diz-se que o boogie origina-se na tentativa do guitarrista em imitar a cadência de um trem em movimento.

Vamos à lista:

1. Crossroad Blues Robert Johnson

Pra começar, um blues clássico e casca grossa.

Descrito por Eric Clapton como "o músico de blues mais importante que já viveu", Johnson foi um lendário e polêmico cantor de Delta Blues. Há várias versões populares para sua morte: envenenado pelo uísque servido por um dono de bar enciumado, que haveria morrido de sífilis, e que havia sido assassinado com arma de fogo. Seu certificado de óbito cita apenas "No Doctor" (sem médico) como causa da morte.

Outro mito popular recorrente sugere que Johnson vendeu sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi, em troca da proeza para tocar guitarra. Este mito foi difundido principalmente por Son House, e ganhou força devido às letras de algumas de suas músicas, como "Crossroad Blues".

Curtiu? Então vá ouvir “Love In Vain”.

2. Manish Boy Muddy Waters

Muddy Waters teve um importante papel na ploliferação do Delta Blues pelo mundo, chegando a influenciar artistas como Mick Jagger, Eric Clapton e Jimmy Page. “Manish Boy” é a versão de Waters do hit “I’m a Man” de Bo Didley. A música logo tornou-se um clássico do rock e foi regravada, mais tarde, pelo Rolling Stones.

Curtiu? Então vá ouvir “You Don’t Have To Go”.

3. Spoonful Howlin’ Wolf

Howlin' Wolf está entre os artistas mais eletrizantes da história do blues. Sua figura imponente era condizente com a música que fazia. Um feroz e encorpado cantor, de vocal áspero e rouco. Nas palavras do historiador Bob Santelli, “Wolf agiu por um blues potente, tornando-se a encarnação viva de suas forças mais poderosas”. “Spoonful” é uma ótima amostra da força do blues de Wold.

Curtiu? Então vá ouvir “Change My Way”.

4. Baby Please Don’t Go John Lee Hooker

Era humanamente impossível não sacudir pelo menos uma parte do corpo ao ouvir e ver John Lee Hooker em ação. Seu carisma era tamanho que até mesmo suas canções mais fracas chamavam a atenção. O legítimo criador do Boogie Blues usava sua voz rouca, seu dedilhado esquisitíssimo e seus pés batucantes para criar canções sensacionais, vide “Baby Please Don’t Go”.

Curtiu? Então vá ouvir “Boom Boom”.

5. Keep It To Yourself Sonny Boy Williamson

Gosta de gaita? Então ouça Sonny Boy Williamsom, o homem que colocou a gaita como instrumento de primeira grandeza no blues. Com uma carreira longa o suficiente a ponto de ter tocado com Robert Johnson e outros ícones do blues, “o rei da gaita” entrou para a história com seu blues cadenciado e de letras provocantes, além, é claro, de seus incríveis solos de gaita.

Curtiu? Então vá ouvir “I’m a Lonely Man”.

6. Pearline Son House

Este é Son House: o homem que foi a maior influência de Robert Johnson e Muddy Waters. House foi um músico atuante e influente dos anos 20 e 30, passou as décadas de 40 e 50 praticamente no anonimato e ressurgiu nos anos 60 para o mundo da música. Músicos como Jimi Hendrix, Eric Clapton, Keith Richards e Jimmy Page assistiram seus shows nos anos 60. Inspirou as obras de Jimi Hendrix, Cream, Rolling Stones e Led Zeppelin. Son House é naturalmente o elo entre o Delta Blues e o Blues moderno, sendo, por si só, a evolução do Blues em pessoa.

Curtiu? Então vá ouvir “Death Letter”.

7. Where Did You Sleep Last Night? Leadbelly

Compôs dezenas de canções blues que renderam incontáveis covers. Diz a lenda que ele levou um tirou de espingarda na barriga e sobreviveu, por isso o apelido "Lead Belly" – que significa "Barriga de Chumbo". Seu instrumento era o violão de 12 cordas. “Where Did You Sleep Last Night?” foi regrava, mais tarde, por Doc Watson, Mark Lanegan, Nirvana, Dolly Parton e muitos outros artista. [N.T.: a versão do Nirvana ficou incrível.]

Curtiu? Então vá ouvir “Take This Hammer”.

8. Dust My Broom Elmore James

Conhecido como o “rei da guitarra slide” [N.T.: forma de tocar guitarra em que se utiliza no dedo anular ou minimo um pequeno tubo oco e cilíndrico], Elmore tinha um estilo único no instrumento, e ficou conhecido pelo uso de amplificação em volumes elevados e por sua voz comovente.

Curtiu? Então vá ouvir “I Held My Baby Last Night”.

9. Five Long Years Buddy Guy

Chamado por muito de “a ponte entre o blues e rock and roll”, Buddy Guy é conhecido como um dos expoentes do Blues de Chicago e, pela guitarra marcante, foi uma das principais influências para Jimi Hendrix.

Curtiu? Então vá ouvir “What Kind Of Woman Is This”.

10. Lonesome Valley Mississipi John Hurt

John Smith Hurt passou a maior parte de sua juventude tocando músicas antigas para seus amigos, em bailes e ganhando a vida como trabalhador braçal em fazendas da região na década de 1920. “Mississipi” foi acrescentado, mais tarde, ao seu nome para alavancar as vendas. Sua influência afetou diversos outros gêneros musicais, como o country e o bluegrass.

Gostou? Então vá ouvir “Payday”.

11. Canned Heat Blues Tommy Johnson

Também natural do Mississipi, Tommy foi um dos mais influentes guitarristas do Blues. “Canned Heat Blues” é uma canção sobre um alcoólatra que tomou Sterno – um combustível com uma mistura tóxica de etanol e metanol, que quando combinado com líquidos, como água, era chamado “calor enlatado”.

Curtiu? Então vá ouvir “Cool Drink Of Water Blues”.

12. Ramblin’ Johnny Shines

Outro expoente do Blues de Chigago, Johnny tinha uma voz potente e solos de guitarra marcantes.

Curtiu? Então vá ouvir “Trouble’s All I See”.

13. Banana In Your Fruit Basket Bo Carter

Mesmo após ficar parcialmente cego, Bo continuou a trabalhar na agricultura e a compor influentes canções para o blues.

Curtiu? Então vá ouvir “Pin in Your Cushion”.

14. They Raided The Joint Helen Humes

Começou a sentir falta de uma mulher na lista? Não se preocupe, Helen Humes está aqui. Helen despontaria em sua carreira cantando jazz, mas foi no blues em que ela começou a chamar atenção; sua voz poderosa ajudou a formar e a definir o balanço vocal das próximas gerações do blues e jazz.

Curtiu? Então vá ouvir “Million Dollar Secret”.

15. Parchman Farm Blues Bukka White

“Parchman Farm Blues” foi escrita na prisão de Parchman Farm, onde Bukka cumpria pena por matar um homem [N.T.: Bukka White alegou legítima defesa, mas foi condenado mesmo assim].

Curtiu? Então vá ouvir “Strange Place Blues”.

16. Be Careful With a Fool – Johnny Winter

Num gênero musical dominado pelos negros, qual seria a chance de um texano vesgo e albino fazer sucesso? Acontece que, Johnny Winter tinha, com toda certeza, a alma de uma verdadeiro bluesman. Exímio guitarrista, quebrou todos os paradigmas do blues com seus solos poderosos.

Curtiu? Então vá ouvir “Life Is Hard”.

17. Pride And Joy Steve Ray Vaughan

Já que estamos falando de guitarristas brancos e texanos, impossível deixar de fora um dos maiores guitarristas que já se viu. Steve Ray e sua guitarra levaram o blues a um patamar mais swingado, com linhas de baixo mais marcantes, aproximando-o, assim, ao Rock. Morreu em 1990, em um acidente de helicóptero que também pôs fim à vida de integrantes da equipe de Eric Clapton.

Curtiu? Então vá ouvir “Crossfire”.

18. The Thrill Is Gone B.B. King

B.B. – Blues Bloy – e “Lucille” – nome carinhoso que dava a suas guitarras – marcaram para sempre a história do blues. Dono de uma discografia irretocável, influenciou guitarristas como Eric Clapton e Hendrix. King morreu na madrugada de 15 de maio de 2015, enquanto dormia, aos 89 anos. Era apreciado por seus solos, nos quais, ao contrário de muitos guitarristas, preferia usar poucas notas. Certa vez, teria dito: "posso fazer uma nota valer por mil". Alguém discorda de King?

Curtiu? Então vá ouvir “Rock Me Baby”.

19. Born Under a Bad Sign Albert King

Embora tenha gravado muitos discos, Albert King nunca recebeu o crédito que merecia por conta de sua excelência como bluesman e como guitarrista. A união entre a guitarra cortante de King e a base segura e cheia de molho funky de sua banda a propiciou uma discografia tão matadora quanto clássica, com músicas, posteriormente, regravadas por Clapton, Gary Moore, Free e Rory Gallagher.

Curtiu? Então vá ouvir “Oh Pretty Woman”.

20. Sittin’ On The Top Of The World The Mississipi Sheiks

O famoso grupo de Delta Blues possuiu diversas formações, onde algumas lendas se juntaram ao grupo, tais como: Bo Carter, Charlie McCoy e Sam Chatmon. Gravada em 1930, esta canção foi regravada por diversos artistas, como Frank Sinatra, Bob Dylan e Cream. [N.T.: a versão de Jack White ficou incrível].

Curtiu? Então vá ouvir “I've Got Blood In My Eyes For You”.

21. All Your Love John Mayall

Que tal um blues britânico? “Blues Breakers With Eric Clapton” foi o disco que catapultou Eric Clapton – então apenas um integrante da banda de John Mayall – à categoria de “deus” para a juventude britânica na segunda metade dos anos 60. Lançado entre o período em que o guitarrista abandonou o Yardbirds e montou o Cream, este álbum até hoje é considerado o melhor disco de blues britânico de todos os tempos e o resultado da proverbial presença de Mayall dentro do cenário musical inglês. “All Your Love” é uma faixa em que já podemos notar que Clapton se sobressaía à banda.

Curtiu? Então vá ouvir “It Ain’t Right”.

22. Back Door Man Willie Dixon

Dixon era um dos compositores mais famosos do Delta Blues. Escreveu para lendas como Howlin’ Wolf e Little Walter. “Back Door Man” foi escrita para Howlin’ Wolf e regravada pelo The Doors.

Curtiu? Então vá ouvir “I Can’t Quit You, Baby”.

23. Crow Jane Skip James

Skip James gravou algumas canções para Paramount em 1931, mas não foi totalmente pago para este trabalho, e as vendas caíram rapidamente, devido à grande depressão nos EUA. Então, em meados dos anos 60, o colecionador de blues, John Fahey, o descobriu um hospital do Mississippi. Uma coisa levou a outra e ele acabou tocando no Festival de Folk de Newport. Então, passou a gravar algumas das melhores músicas de sua carreira, como “Crow Jane”.

Curtiu? Então vá ouvir “Devil Got My Woman”.

24. Rolling Stone Robert Wilkins

Escrita por Muddy Waters, cuja versão foi apropriadamente escolhida pela revista Rolling Stone como o número 459 em sua lista das 500 melhores músicas de todos os tempos em 2004.

Curtiu? Então vá ouvir “That's No Way To Get Along”.

25. A Sponful Blues Charlie Patton

Patton é conhecido, por muitos, como o “pai do Delta Blues”. Nasceu em Mississipi, perto de Edwards, mas viveu grande parte de sua vida em Sunflower County, no Delta do Mississipi. Várias fontes dizem que nasceu em 1891, mas ainda há dúvidas sobre isso. Em 1900, entretanto, sua família viajou 160 km ao norte para a lendária Dockery Plantation, uma fazenda perto de Ruleville, Mississipi. Foi lá que John Lee Hooker e Howlin' Wolf aprenderam com Patton. Também foi nessa região que Robert Johnson tocou sua primeira guitarra. O violão que Patton utilizava era um Stromberg-Voisinet.

Curtiu? Então vá ouvir “Shake It And Break It”.

26. Stormy Monday T-Bone Walker

Walker é conhecido como o pioneiro na utilização de guitarra elétrica no Blues – motivo pelo qual, por si só, já seria o suficiente para considerá-lo uma lenda. Mas sua influência ultrapassou a sua música; T-Bone Walker foi o herói de infância de Jimi Hendrix - que procurou de alguma forma imitá-lo ao longo de sua vida.

Curtiu? Então vá ouvir “Roots of Blues”.

27. Wild Geese Blues Gladys Bentley

Mais uma mulher na lista. Gladys era da Filadélfia e foi manchete nos primeiros trinta anos de Ubangi Clube do Harlem, onde ela foi apoiada por uma linha de coro de drag queens . Ela se vestiu com roupas masculinas (incluindo uma assinatura smoking e cartola), tocava piano, e cantou suas próprias letras obscenas para músicas populares da época rosnando profundamente com a sua voz enquanto flertava escandalosamente com as mulheres na platéia.

Curtiu? Então ouça “Worried Blues”.

28. Alabama Blues JB Lenoir

Em setembro de 1963 quatro estudantes negros foram mortos quando uma bomba explodiu durante uma missa na 16th Street Baptist Church em Birmingham, Alabama. Martin Luther King chamou Birmingham "de longe a pior cidade para as relações raciais na América", e John Coltrane escreveu uma música de protesto chamada “Alabama”. Em março de 1965 manifestantes dos direitos civis foram brutalmente agredido por agentes estaduais e deputados, causando ferimentos graves aos que protestavam. Mais tarde, em 1965, JB Lenoir gravava este hino anti-racista ardente.

Curtiu? Então vá ouvir “Feelin’ Good”.

29. Hound Dog Big Mama Thornton

Uma das vozes femininas mais poderosas da história do blues fez de Big Mama Thornton um ícone popular na década de 50.

Curtiu? Então vá ouvir “Let’s Go Get Stoned”.

30. Got To Be Some Changes Made Otis Rush

Considerado como o 53º melhor guitarrista de todos os tempos pelo revista Rolling Stone, Rush é canhoto e usa a guitarra para destros virada ao contrário, sem trocar o encordoamento. Com isso, a corda mais fina (E) fica em cima, e os bends têm que ser realizados para baixo, contribuindo para seu som distinto. Influenciou diretamente outros famosos guitarristas, como Clapton, Peter Gray e Steve Ray Vaughan.

Curtiu? Então vá ouvir “So Many Roads”.