Tonight's comic is about punching.
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Homemade tank joins the battle in Syria
What does a hacker do when going into battle for the freedom of their country? He builds a tank from scratch, of course. It’s a little bit of a stretch calling it a tank as it lacks treads. But it’s got a high-caliber gun mounted on top and has been heavily armored.
There is room enough inside for two people. What may look low tech in this picture is a different story from the cockpit. A pair of LCD monitors display images from five different cameras. You can see the shrouds that protect three of them on the front of the vehicle with a fourth acting as the rear view. A fifth camera mounted on the gun gives the passenger a look at where he’s aiming. A PS1 controller can rotate it and we assume has a fire feature as well. Check out the demonstration video embedded after the break.
[via Reddit]
Filed under: transportation hacks, weapons hacks
A dose of Dilbert psychology — You have your opinions because they feel good
From Dilbert…
(via Tastefully Offensive)
Impressão digital #127: “Tudo é tão incrível, e ninguém está feliz”
Peguei um velho papo do Louis CK como gancho pra falar da nossa insatisfação em relação à tecnologia na minha coluna da edição de hoje do Link.
Tudo é tão incrível, e ninguém está feliz
Reclamamos muito sem pensar no passado
A cada momento que o olho brilha graças aos avanços da tecnologia moderna, dois resmungos competem com o deslumbre: um deles lamenta que as coisas não são tão boas quanto no passado, o outro se inquieta com as falhas do recém-chegado. Muito já foi dito e escrito sobre a natureza insatisfeita do ser humano, mas vivemos numa época de ouro para a humanidade. Ela pode não ser a mais incrível da história, mas é, sem dúvida, aquela em que o maior número de pessoas vive bem e pode fazer o que quer. Mais do que isso: elas podem fazer coisas que nem sequer imaginariam fazer apenas alguns anos antes.
E nem estou falando das virtudes sempre exaltadas pela pauta do Link. Me refiro apenas a fatos triviais.
Estamos em contato com amigos e conhecidos o tempo todo. Hoje conversamos em vídeo pelo celular. É possível fazer compras, pagar contas e trabalhar ao mesmo tempo, sem que uma ação atrapalhe a outra. A maioria das perguntas que você pode fazer – tirando as existenciais – pode ser respondida em alguns cliques. Só o clichê do “computador de bolso” propagado na era do smartphone já justificaria tanto deslumbre: seu celular é um localizador de GPS, um tocador de mídia (música, vídeos, fotos), uma câmera que filma e tira fotos, um dispositivo de acesso à internet, um videogame portátil.
Mas, enquanto a foto não carrega, o mapa não aparece, o vídeo não sobe ou o game muda de fase, reclamamos da conexão, do aparelho, da rede, do software. Isso sem citar aqueles que esbravejam “antigamente é que era bom” e se esquecem das filas no banco, do tempo perdido para se achar um lugar, de impostos feitos em planilhas de papel, das as poucas fontes para descobrir música nova, como rádio e lojas de disco.
Sempre que vejo as pessoas confrontadas nesse dilema egoísta, minha memória me leva inevitavelmente a um texto, repetido em apresentações ao vivo e programas de TV do comediante norte-americano Louis C.K., que ficou conhecido com o título que usei nesta coluna.
“Tudo é incrível e ninguém está feliz”, começava. “Em minha vida, as mudanças que aconteceram no mundo foram incríveis. Quando eu era criança, o telefone em casa era de disco. Você tinha de ir onde ele estava e tinha que discá-lo. Você já parou para pensar como era primitivo? Você está produzindo faíscas em um telefone!”
Ele continuava falando do saudoso passado de que uns ainda fingem sentir saudade: “Se você quisesse dinheiro, você tinha de ir ao banco, que só ficava aberto por algumas horas. Você tinha de pegar uma fila, escrever um cheque para você mesmo feito um idiota e quando o dinheiro acabava você não tinha mais o que fazer. Acabou.”
“Estamos vivendo num mundo incrível e ele está sendo desperdiçado na geração mais rasa de idiotas mimados que não se importam porque é assim que as coisas são agora”, reclamava. “Estava num avião outro dia e tinha internet. E isso é o avanço mais recente que eu conheço: internet rápida no avião. Estou ali no avião e posso pegar um laptop, entrar na internet, que é rápida o suficiente para assistir a vídeos no YouTube. É incrível. E aí de repente a conexão falha, alguém da companhia aérea pede desculpas pela internet não estar funcionando e um cara do meu lado começa a reclamar que isso é uma merda!”
E conclui dizendo que nem sequer percebemos a maravilha que é voar, essa tecnologia de pouco mais de um século. “Alguém reclama que teve de ficar esperando a decolagem por 40 minutos. É mesmo?”, pergunta Louie. “E o que aconteceu logo em seguida? Você voou pelos céus como um pássaro? Você atravessou as nuvens, algo que era impossível? Você teve o prazer de participar do milagre do voo humano e depois pousou maciamente sobre pneus enormes que você nem consegue imaginar como foram parar o céu? Você está sentado em uma cadeira no céu. Você é um mito grego neste exato momento.”
Reclamamos muito e temos pouca consciência do nosso próprio contexto – e isso não diz respeito apenas à tecnologia. Mas graças a ela isso tem mudado.
Volto ao assunto em outras colunas.
Servidora do Senado destrata cidadão que consultou seu salário
Há dez dias, publiquei aqui o post “Senado publica salário de servidor, mas quer saber onde o curioso mora“. Ali, comentei: “Parece feito sob medida para intimidar os curiosos.” Fui bondoso com o “parece”, pelo jeito.
Tribunal após tribunal reconheceu que a informação dos salários dos servidores é pública. Atendendo a contragosto à determinação, os órgãos públicos resolveram impor a barreira do cadastro e informar aos consultados. O que é um perigo.
O Contas Abertas conta hoje o caso de um servidor do Tribunal Superior Eleitoral que consultou por dados de uma servidora do Senado, ao acaso, e recebeu uma resposta malcriada.Ou seja: os dados pessoais de quem consultou os dados da servidora foram enviados para ela.
Reproduzo aqui alguns parágrafos do site:
O insultado foi Weslei Machado – também servidor público, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Assim que começaram as discussões quanto ao aumento salarial no Judiciário, resolvi comparar nossa remuneração com as remunerações dos outros poderes”, conta ele.
Após realizar, por acaso, a consulta à remuneração da servidora, Weslei recebeu a primeira mensagem às 15h21 do dia 4 de outubro: “O seu interesse pelo meu salário é mesmo público? Por questões de segurança, posso saber, por exemplo, quem, onde e quando alguém acessou meus dados, mas não o porquê. Se alguém que conheço acessa meus dados, então é bisbilhotice. Só por isso pergunto”.
O sistema de consulta de remunerações de servidores utilizado pelas Casas do Congresso Nacional exige que qualquer interessado em verificar o salário de um servidor em particular forneça informações pessoais, tais como endereço de e-mail, número do CPF e endereço residencial. Apenas após o preenchimento desse formulário é possível visualizar a informação desejada. Todos os dados pessoais são enviados ao servidor que teve a remuneração consultada.
Weslei respondeu, às 15h53, que, nos termos da Lei de Acesso à Informação, não precisaria motivar o acesso ao contracheque. “Trata-se de um direito da cidadania. Como cidadão, estou fiscalizando os valores gastos pela Casa da Fiscalização (Senado) com o seu pagamento”, escreveu.
Como réplica, às 16h45, a servidora disparou: “Venia permissa. Se eu o conhecesse, chamá-lo-ia simplesmente de fofoqueiro. Ratione legis, você é um fiscal. Ratione personae, apenas um bisbilhoteiro”. As três expressões em latim usadas pela servidora significam, respectivamente: “Com sua permissão para discordar”; “Em razão da lei”; e “Em razão da pessoa”.
Weslei considerou o e-mail “afrontoso”, já que estava exercendo um direito. “Fiquei decepcionado. Mais uma vez, confirmamos que o Senado é uma Casa que não cumpre com o princípio republicano e que seus servidores não respeitam a população”.
Esse tipo de medida vai completamente contra o espírito da lei de acesso a informações públicas, porque não protege a privacidade de quem consulta informações que o poder público é obrigado a fornecer. Na Câmara, existe o mesmo tipo de medida.
Nesse caso, houve basicamente uma desinteligência. Mas imagine, por exemplo, o que fariam nas regiões de faroeste do Brasil a quem consulta informações sobre os proprietários de fichas sujas de sangue.
No último post que escrevi a respeito, houve um debate interessante nos comentários sobre os limites da privacidade e da curiosidade. Há servidores públicos sérios preocupados com a possibilidade de riscos à sua segurança.
Pessoalmente, acredito que a divulgação dos salários dos servidores prejudica muito, mas muito, menos a segurança do servidor do que a exigência de identificação prejudica a segurança do curioso.
SERVIÇO: O Girino Vey, programador de mão cheia, colocou no ar para qualquer um consultar os dados dos salários do Senado e outros cantos da administração federal e estadual de São Paulo, por várias formas de resumo. Clique aqui e veja tudo. Ele terá lá os dados de junho a setembro daqui a pouco.
Metallurgy
MuriloqEm REAMDE, do Neal Stephenson, há uma discussão bem interessante sobre isso: https://www.google.com/search?tbm=bks&hl=en&q=reamde+chthonic&btnG=