we want time travel
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we want time travel
Galeno LimaFalando em time-travel, vi Loopers semana passada. Meio fraco, mas divertido (dificil nao ser divertido com viagens no tempo)
Damn you all to hell
Galeno LimaDia desses, fiquei sabendo que o diretor de comunicação da universidade (que foi substituído neste ano) ainda escrevia todos os textos com máquina de escrever... (eu me recusaria a digitar pra uma mula dessas)
In July of this year, in an admirable attempt to secure him as a guest on his Nerdist Podcast, Chris Hardwick sent a beautiful 1934 Smith Corona to noted typewriter collector Tom Hanks and popped the question. Within days, Hanks responded with the charming letter seen below, typed on the Corona.
Unsurprisingly, the anecdote-filled podcast that resulted is wonderful. It can be heard here.
Transcript follows.
(Source: Chris Hardwick; Image: Tom Hanks, via.)
Transcript
13 July 2012
PLAYTONE
Dear Chris, Ashley, and all the diabolical genuies at Nerdist Industries.
Just who do you think you are to try to briibe me into an apperance on your 'thing' with this gift of the most fantastic Cornona Silent typewriter made in 1934?
You are out of your minds if you think... that I... wow, this thing has great action... and this deep crimson color... Wait! I'm not so shallow as to... and it types nearly silently...
Oh, OKAY!
I will have my people contact yours and work out some kind of interview process...
Damn you all to hell,
(Signed, 'Tom Hanks')
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Socorro, não consigo mais ler livros.
Galeno LimaJá passei por isso, agora to melhorando. A biografia do Jobs foi o primeiro livro que eu li no kindle, mas levei vários meses...
Não consigo mais ler livros.
Não que eu não queira. Simplesmente não consigo.
Sou um leitor, desde que me entendo por gente.
Sempre li muito. E continuo lendo.
Mas de uns anos para cá, me alimentar compulsivamente através da internet tem causado em mim um efeito colateral que ainda não consigo explicar muito bem.
Só sei que agora, toda vez que pego um livro nas mãos, não consigo ler, canso rápido. Se o texto não “embala” logo, preciso de muito esforço para continuar com a leitura.
E não é só com o livro de papel. A mesma coisa acontece com o livro digital. Não tem nada a ver com essa comparação tão debatida.
Tem a ver com o tamanho do texto.
Essa situção tem me deixado agustiado.
Será que desaprendi a ler? Será que fiquei preguiçoso?
Será que agora só consigo ler coisas curtinhas e, de preferência, com uns links?
Acho que não.
Na verdade, nunca li tanto como agora. Passo o dia inteiro lendo. Mais leio cacos, fragmentos.
Sim, o efeito é conhecido e foi previsto anos atrás.
Sai o disco, entra a música.
Sai o filme, entra a série.
Sai a série, entra o curta do Youtube.
Sai a mesa de bar, entra o Facebook.
Sai o livro, entra o post, o artigo.
Tudo o que era consumido em pacote-família, em tabletão, agora é consumido em formato M&M’s.
A gente já sabia que isso acontecer, faz tempo. Mas o que eu ainda não tinha sentido na pele é que esse fenômeno do snack culture iria me TIRAR algo e me IMPEDIR de ler textos longos. Porque uma coisa é você perceber que existe uma nova maneira de ler (circular e não linear) e passar a usá-la.
Outra coisa é você perder sua capacidade de concentração.
Eu queria adicionar o jeito novo, mas não queria perder o jeito velho.
A internet causou em mim (e talvez em você) um déficit de atenção, um transtorno que consta da classificação interncional de doenças e que requer acompanhamento médico (não que eu tenha procurado um, pelo menos por enquanto).
Já tentei de tudo, busquei aquelas ficções bacanas, cheias de escapismo, com viagens para lugares distantes, coisas que eu devorava durante a adolescência…mas 10 minutos depois o que escapa é minha atenção mesmo.
Fico voltando para o começo do parágrafo, sabe? Nem a biografia do Steve Jobs eu consegui terminar.
Fico repetindo para o autor “vai, já entendi, conta logo, pára de enrolar”.
Esse é outro sintoma: fiquei mais factual e perco fácil a paciência com aquela fase de contextualização e envolvimento com os personagens.
Meu kindle tem, neste exato momento, a ridícula marca de 18 livros iniciados.
Estou fazendo com eles a mesma coisa que faço com as músicas no meu iPhone, que fatalmente acabam tomando uma “skipada” depois de alguns segundos (tirando as do Zappa, que felizmente ainda ouço cada nota com prazer até o fim). Pô, eu ouvia aqueles álbuns inteiros do Pink Floyd… agora isso seria inimaginável.
Sei que isso tudo soa como algo ruim, mas nem isso eu tenho certeza.
A civilização humana já passou por isso muito antes da internet, por exemplo quando passamos da comunicação exclusivamente oral e acrescentamos a escrita. Colocar conteúdo por escrito livrou nossa memória e permitiu textos bem mais longos e precisos. Agora estamos de volta aos conteúdos curtos, mas ainda mais precisos. E, se um dia desenvolvermos a telepatia, certamente as palavras vão nos parecer ineficientes demais. Formas diferentes de trocar conteúdos, histórias.
Enfim, um post pouco conclusivo, mais desabafo mesmo, para ver se tem mais gente nesse barco.
Estou assustado por não conseguir mais ler um livro inteiro.