Todo mundo quer ser umx grande alguma coisa. Eu não.
Quero ser cada vez menor.
amanda<3
Texto de Liliane Gusmão com colaboração de Deh Capella e Iara Paiva.
Aviso que o texto aborda a violência sexual contra a mulher e que, por relatar casos de duas mulheres brancas, não mencionamos — embora saibamos — que essa violência atinge também outros grupos de mulheres não especificados no texto, como: negras, lésbicas e trans*.
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Rehtaeh Parsons está morta
Texto de Alexandra. Tradução de Liliane Gusmão e Iara Paiva.
Originalmente publicado com o título: Rehtaeh Parsons is dead. No site Feministing.com.
Há um ano e cinco meses, quando tinha 15 anos, Rehtaeh Parsons foi vítima de um estupro coletivo quando foi a casa de um amigo. Quatro de seus colegas de classe a estupraram. Um deles fotografou a agressão e circulou a foto na sua escola e comunidade. Seus colegas de classe viram na foto não a prova de uma agressão e sim a prova de que ela era uma vadia (“slut” em inglês). Quando ela mais precisou do apoio de sua comunidade o que recebeu foi bullying e investidas sexuais. Na última quinta feira à noite (04 de abril) Rehtaeh Parsons enforcou-se no banheiro de sua casa. Três dias depois sua família desligou os aparelhos de suporte a vida no hospital para onde foi levada.
Caminhada Contra o Estupro em São Francisco, EUA (2010). Foto de Steve Rhodes no Flickr em CC, alguns direitos reservados.
Entre a agressão sofrida e sua morte domingo passado, Rehtaeh Parsons lutou contra a raiva e a depressão; ela se mudou se sua cidade natal; fez novos amigos; ela se internou. A Polícia Montada Real levou um ano para investigar o estupro, mas não responsabilizou os rapazes que a agrediram. Nos últimos dias a mídia tem se perguntado como a morte dela poderia ter sido evitada. O jornal The Herald News publicou um artigo entitulado: “Quem é o culpado pela morte de Rehtaeh Parsons?
A verdade é que todos nós somos culpados.
A cultura do estupro não é uma força amorfa que vive fora das pessoas. Ela toma forma e se perpetua em nossas ações. Nós promovemos a cultura do estupro até mesmo nos pequenos gestos — rir de uma piada de estupro, elogios objetificadores, nossa hesitação em convidar um amigo pra sair, nossa disponibilidade para criar desculpas para justificar estupros em nossa sociedade, nossa paralisia frente à crueldade sistêmica, nosso silêncio — e esses momentos aparentemente inofensivos constroem um mundo onde adolescentes de 15 anos são estupradas por seus colegas de classe. Construímos um mundo onde não é chocante quando uma vítima de violência sexual e perseguição comete suicídio.
Apoio para sobreviventes é crucial, e indubitavelmente o bullying vil do qual Rehtaeh Parsons foi vítima após o estupro levaram-na a tomar esta atitude drástica. Mas a não ser que estejamos resignados com a ideia de que o estupro é inevitável, nós temos que intervir antes da violência acontecer.
Noite passada, quando contei para minha colega de quarto que estava trabalhando neste artigo, ela me disse que queria mesmo era ver uma ação. Ela não queria apenas mais uma crônica apontando o quão terrível o estupro é; ela queria fazer algo a respeito! E ela está certa. Ao invés de continuar no marasmo da injustiça, vamos finalmente acordar da ilusão que ainda temos tempo a perder. A cultura do estupro mata. Rehtaeh Parsons está morta e estamos em estado de emergência.
Organize sua vizinhança ou escola contra a cultura do estupro: faça workshops sobre consenso sexual e recrute participantes a se comprometerem com sua postura contra a violência sexual. Faça marchas e manifestações para que todos entendam que agressores e agressões não são aceitos nem apoiados na sua comunidade. Toda vez que uma publicação mostrar ou promover a cultura do estupro escreva uma carta em resposta. Rejeite o slut-shaming e a culpabilização das vítimas em todas as suas formas. Manifeste-se em alto e bom som. Respeite a autonomia do corpo dos outros. Posicione-se em suas atividades cotidianas para promover a cultura do consenso. Intervenha se voce presenciar uma situação perigosa acontecendo e ensine outros a fazê-lo também. Combata a transmissão da cultura do estupro de uma geração à outra: ensine as crianças a importância do consenso sexual, do respeito aos outros, ensinem-lhes a serem melhores do que somos. Não convide estupradores para suas festas (nem acredito que tenho que dizer isto, mas tenho). Certifique-se que sobreviventes em sua vizinhança tenham locais de acolhimento e justiça para impedir que agressores voltem a violar suas vítimas. Caso um local assim não exista, crie-o. Não tolere discursos que promovam ou banalizem violência sexual; oponha-se mesmo e – principalmente – quando fazê-lo seja considerado rude. Ouça as sobreviventes mesmo quando ninguém mais queira escutá-las.
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Cena do filme ‘Laranja Mecânica’ (1971).
A cultura do estupro e suas nuances
No texto acima, a autora fala sobre a cultura do estupro, como ela se perpetua e se reproduz. Decidi traduzir esse texto depois de ver a reportagem do site EGO sobre a ultrajante violência que o direitor de teatro, Gerald Thomas, impôs à Nicole Bahls, repórter do programa Pânico.
Os textos da Nádia Lapa, da Deh Capella e da Lola expuseram muito bem o quanto o comportamento de Gerald Thomas foi violento, ofensivo e degradante.
Quero ressaltar também que além da responsabilidade das pessoas presentes no local, que presenciaram o ataque e não interviram, há responsabilidade social dos grupos midiáticos que usaram as imagens da situação vexatória pela qual Nicole passou: nessas reportagens a violência é apagada ou é anunciada como uma brincadeira. E são justamente essas interpretações, juntamente com a culpabilização das vítimas, que moldam essa cultura do estupro.
As imagens usadas na reportagem do site EGO são chocantes. E, apesar da cena ter sido presenciada por diversas pessoas, num local público, incluindo o repórter e a equipe de filmagem que acompanhavam Nicole, não houve interferência de ninguém. Não houve questionamento do agressor, nem no local, nem pela mídia que difundiu as imagens do ataque. É justamente nessas omissões que a essa cultura cruel e violenta se baseia.
Os únicos questionamentos que surgiram tiveram como protagonista a vítima. Foi questionada a sua maneira de vestir, a violência foi justificada como parte do trabalho que executa — como se ao expor seu corpo, estivesse implícito que ela deveria acatar qualquer investida a ele. A ausência de uma reação violenta de sua parte contra o agressor também se configurou como desculpa para a agressão que sofreu. Nessa outra face da cultura do estupro a mulher é o seu próprio algoz: ao não reagir a seu agressor, ao estar vestida com roupas curtas, ela é apontada como culpada pela violência que sofre.
Não. Não é. A culpa não é dela, é do agressor. E, dessa cultura que nos paralisa e faz que pareça natural que uma pessoa tenha a prerrogativa para agir negando a autonomia e o respeito à integridade e à dignidade de outra.
A culpa é do agressor porque ele se achou no direito de invadir a intimidade dela sem seu consentimento. A culpa também é de todos nós quando não nos posicionamos contra esse tipo de comportamento e nos apressamos em achar desculpas para comportamentos desrespeitosos, violentos e agressivos. A culpa é de todos nós quando acatamos as justificativas (tão comuns!) de uso da violência como “brincadeira”, quando seguimos em frente e a violência se perpetua às custas, é claro, das vítimas, que sofrem a violência propriamente dita e têm seu sofrimento e sua humilhação ignorados e transformados em piada ou minimizados.
No seu blog (que não linkamos propositalmente, pois achamos que ele já foi excessivamente divulgado para quantidade de absurdos que defende), Gerald Thomas argumenta que seu ataque foi uma resposta a uma postura do programa, famoso por abordagens repentinas e violentas. O absurdo dessa afirmação é tão grande que é impossível analisá-la em poucas palavras. Me parece sintomático que ele tenha escolhido para questionar a postura do programa a sua representante mais vulnerável, a mulher; apesar de haver relatos de que ele teria tentado abrir o zíper da calça de outro integrante da equipe de entrevistadores houve farta divulgação apenas do ataque a Nicole e, inclusive matérias mencionando o fato de que ela havia exposto sua calcinha no mesmo evento, já que usava vestido curto.
Cena do filme ‘Laranja Mecânica’ (1971).
É interessante também ressaltar que ele usa como justificativa para seu ataque as roupas da Nicole. Acho que a postura do programa deve ser vastamente questionada, mas por que não dirigir sua violência ou, como ele quis dizer, sua brincadeira a quem realmente tem o poder para modificá-lo, ou seja, a empresa que o veicula? Seria muito mais produtivo, não seria uma agressão e sim o exercício pleno de cidadania e uma contribuição para uma modificação na qualidade dos programas de televisão.
A cultura do estupro está nos seguidos ataques à integridade, à liberdade, à autonomia; transparece no riso, no julgamento impiedoso, na humilhação, na desqualificação das vítimas e mesmo em seu apagamento.
Esse traço nefasto de podridão de uma sociedade não se restringe a ataques veiculados pela imprensa: acontece diariamente perto de todos nós. Nós temos o poder e o dever de trabalhar para que ele deixe de existir. Não deixe passar, não deixe para depois. Conscientize as pessoas que conhece, não deixe de se queixar, de se revoltar. Façamos barulho! Não vamos nos deixar vencer pela banalização da cultura do estupro.
Estava demorando heim? Tinha dado uma pausa nos posts de sorteios semanais aqui no blog, e agora estamos de volta. A Maria Presenteira é a lojinha da vez e disponibilizou essa lindura de moringa para uma rainha-leitora/leitora-rainha.
A loja está cheia de novos produtos, muitas promoções e um blog que adoro (Passa lá que tem um monte de boas ideias). Na última semana a Maria lançou um Outlet com essas três linhas de louças que são es-can-da-lo-sa-men-te uma graça:
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Agora vamos lá:
(Sorteio encerrado)
Hoje, dia 21 de março, inicia o Outono no Hemisfério Sul, onde está localizado o Brasil. Apesar da queda na temperatura, o outono é uma estação de transição entre o verão e o inverno, por isso observa-se características de ambas as estações.
Embora uma alimentação saudável deva fazer parte da rotina de nosso lar o ano todo, o outono é sem dúvida uma estação que propicia um maior investimento na alimentação saudável, pois é a época em que frutas e verduras são mais variadas.
As frutas são saborosas e ótimas para nossa saúde. Quando compradas na época certa é garantia de economia e sabor!
Hoje o donas de casa anônimas traz para as donas de casa uma lista de :
1. ABACATE – rico em vitamina C, ajuda na elasticidade da pele, é rico em fibras e auxilia no controle do colesterol.
Foto: Jaanus Silla2. CAQUI – Rico em fibras, vitaminas A, C, B1 e B2, possui cálcio e ferro e combate radicais livres.
Foto: Koshyk
3. COCO – O valor nutricional do coco varia conforme seu estado maturacional, mas de maneira geral é rico em sais minerais, diurético e sua água é muito indicada em casos de desidratação (para saber mais sobre o coco visite o post água de coco).
Foto: Chandrika Nair4. GOIABA – Possui alto valor nutritivo. Contém baixo teor de açúcar, gordura e calorias, fortifica ossos e dentes, melhora o aspecto da pele retardando o envelhecimento, regula o aparelho digestivo, o sistema nervoso e dá maior resistência física. É rica em vitaminas A, B1 e C, além de possuir cálcio, fósforo, ferro e fibras insolúveis.
Foto: Keetr5. KIWI – É uma fruta muito ácida e por isso contraindicada para quem tem problemas no estomago. Tem propriedades laxativas e é rica em vitamina C ajudando a conservar a boa imunidade do organismo.
Foto: Justus Blümer6. MAÇÃ – Rica em fibras, ajuda no controle do colesteral e promove sensação de saciedade, sendo uma ótima aliada no controle do peso.
Foto: Justus Blümer7. MARACUJÁ – Muito usado para fazer suco e doces, o maracujá é rico em vitamina C, que ajuda a combater infecções, e vitaminas do complexo B que têm como função evitar problemas de pele e cabelos. É um calmante natural e suave que pode ser usado desde crianças até idosos. O cálcio e o fósforo contidos na fruta são minerais que auxiliam na formação de dentes e ossos. Suas sementes são excelentes vermífugos.
Foto: Fibonacci
8. MELANCIA – 90% da fruta é composta por água o que ajuda na hidratação do organismo e também lhe confere as propriedades diuréticas. A melancia auxilia na produção de células sanguíneas, formação de ossos e auxilia na perda de peso. Apresenta vitaminas do complexo B, cálcio, potássio, fósforo e ferro. É uma excelente opção para dias quentes.
Foto: Jack keeneÉ importante lembrar que além destas 8 frutas, existem muitas outras que também são características desta época do ano como figo, tangerina, limão, mamão, pera, entre outras.
Aproveite as frutas da estação e encha sua mesa de saúde! Seu organismo agradece e sua família também!
{Renata Palombo}
Recently, I accidentally wandered into one old abandoned house. Built before the revolution, it was abandoned in the nineties. Now it is wide open, no one is inside, time seems to stop. Old piano, books, notebooks - the ghosts of the past, who remember their past owners ...
On the outskirts of a village is the pre-revolutionary house. Residents, apparently, there was not very long ago - no sign of even the 2000th no, not that recent. No fence, the whole area heavily overgrown. Deserted and lonely. Open the door on the terrace with a lot of boxes of Christmas decorations. Inside the dark and gloomy. Oppressive silence. Soon the eyes adjust to the darkness, and we see the open door. Open it and get to the former kitchen. Ceiling slightly tilted in the room a lot of antique furniture. Here the eye sees it - a piano! prerevolutionary luxurious piano by the German company "CM SHRODER". Intuitively hands reach to try it on the sound. Many keys do not respond, but some offer beautiful sounds. They break apart and echoed throughout the house. Echo dies down, and then silence. Alas, this is not enough. Pass into the other room, the former dwelling. On the table - many stopped clock. All show different times. Antique stove in the corner. Moving on ... In one room there is an old exercise books and textbooks 30s. You start to read, and time seems to stop (although it stopped here so (!)). It's crazy, it was almost 80, and even 90 years ago. In the old barn find items of village life. Just a very bad condition, the house gradually dies. To go out in the tumult. On the territory of many trees and shrubs. It's like they surrounded the house and cover. But we have to go ...
1. Trapped.
2. It remembers the ancient touch of fingers ...
3.
4. "The most important task for us is now: to study and learn."
5. But the clock frozen ...
6. Amazing note ... "Get up, branded damn world hunger and the slaves!"
7. Let's drink a cup of tea?
8. In the window reveal different bubbles.
9. Once again the piano
10. But sometimes in the house through cracks in the walls gets sunlight, and space illuminated with sunlight, but not for long ...
11. Raise the lid of the piano and find the icon of the company with an eagle, a crown and the words "Court Supplier Majesty."
12. We went out on the street ... the mailbox
13. Crumbling village
14.
15.
But it's time to go.
If interested in this blog themes, add me to friends. I will be glad to new readers to live journal! You can do this here.
Volta e meia eu compro aquelas ervinhas delíciosas para temperar a comida, mas acontece que quase nunca consigo vencê-las, isto é, usá-las antes de estragar. Uma dica que achei bárbara para solucionar esse problema é fazer meu próprio tempero caseiro. Basicamente picando as ervas, colocando numa base de oléo de oliva e congelar, fácil, não?
Eu fiz assim:
- piquei os temperinhos que tinha (salsinha, cebolinha, aipo) e coloquei na forma de gelo com azeite de oliva
- coloquei papel celofane para ir para o congelador
- depois de congelado, tirei o papel celofane e ele ficou assim.
- retirei todos e coloquei num saquinho de forma que não ficassem grudados e me permitisse pegar um por vez, conforme fosse usando.
Antes de irem para o saquinho
E você tem alguma dica boa para preservar as ervinhas que não conseguimos usar a tempo?
Um abraço
{Daniela}