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21 Apr 14:16

Mentirinhas #620

by Fábio Coala

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Acho que já falei com esse cara ao telefone.

 

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19 Mar 18:18

8 perguntas sobre o marco civil da internet que você tinha vergonha de fazer

by Luiz Fernando Marrey Moncau

Como você sabe, o Congresso está discutindo já faz algum tempo o marco civil da internet no Brasil. Basicamente, um conjunto de leis que definam direitos e deveres de usuários e empresas que usam a rede ou oferecem infraestrutura para que ela funcione. O projeto pode ser votado a qualquer momento. Já sua aprovação, e o que vai estar dentro do projeto, ainda depende de algumas negociações entre governo e oposição.

No final de 2013, o Giz fez um guia para explicar o Marco Civil. Mas, de lá para cá, algumas coisas mudaram. O governo abriu mão dos data centers no Brasil, por exemplo.

Para clarear um pouco a situação, pedimos ajuda para o advogado Luiz Fernando Marrey Moncau, vice-coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas – Direito, no Rio de Janeiro. Moncau tem uma longa experiência como advogado de direito do consumidor e trabalhou muito tempo no Idec (Instituto de Defesa do Consumidor). Ele aceitou responder algumas perguntas muito simples sobre o marco. Afinal, a lei vai afetar todo mundo. Saber o que vai mudar – e o que precisa NÃO mudar – é fundamental.  Abaixo, as perguntas e as respostas.

Por que eu tenho de me importar com o Marco Civil?

Porque o Marco Civil vai definir quais são os seus direitos e deveres ao utilizar a internet!

Por que muita gente diz que o Marco Civil é só uma desculpa para o governo controlar a internet?

Muita gente diz isso porque não quer o Marco Civil. O Marco Civil limita o poder das empresas de telecomunicações e existe um imenso lobby contra o projeto. Em ano de eleição, muitos deputados da base do governo que estão insatisfeitos querem cargos e partidos da base querem ocupar ministérios. Além disso, a oposição quer derrotar o governo em tudo que for possível. Mas ninguém vai dizer isso publicamente.

É importante dizer que quando a internet surgiu, os defensores de uma internet livre acreditavam que este deveria ser um espaço livre de regulação. Hoje em dia essa percepção mudou. As entidades que trabalham com a internet sob uma perspectiva de interesse público passaram a defender uma regulação que assegure direitos. Foi assim que surgiu o Marco Civil da Internet.

Por que o argumento das empresas de telefonia não é justo? O Google e o Facebook ganham muito dinheiro com a infraestrutura das telefônicas…

As empresas de telefonia querem poder cobrar nas duas pontas. Das empresas que prestam serviços, para lhes garantir a capacidade de oferecer seus serviços com qualidade aos usuários de internet. E do consumidor, para acessar diferentes tipos de serviço (ex: um plano somente para e-mail. Um plano somente para redes sociais. Um plano somente para vídeo). Se isso for possível, a internet tal como a conhecemos acabou. Ficará muito mais parecida com a sua TV a Cabo (na qual você pode acessar vídeos mas não pode navegar livremente). Será muito ruim para a concorrência. Se eu inventar um novo serviço, só poderei vendê-lo aos consumidores finais se tiver um acordo comercial com as teles. No final das contas, o consumidor perderá opções e liberdade de escolha.

Faz sentido. E por que a gente ainda não votou o projeto?

O projeto não foi votado porque as empresas de telecomunicações não querem a neutralidade de rede e porque alguns partidos estão ameaçando derrotar o projeto com o único objetivo de pleitear cargos, ministérios e recursos do orçamento da União para projetos que são do seu interesse. É ano eleitoral e há muitas pessoas que se desligam de cargos chave para concorrer. Abre-se espaço para disputa: nossos direitos estão sendo negociados nessa base.

Se o Marco Civil não for aprovado, como será a minha internet daqui a alguns anos?

É importante aprovar o Marco Civil com neutralidade de rede. Se isso não ocorrer (como quer o Deputado Eduardo Cunha, que lidera a luta contra o Marco Civil), nossa internet será fundamentalmente diferente da que temos hoje.

Por que eu devo me importar com a neutralidade da rede?

Hoje, pagando pela conexão, você tem a liberdade de acessar o que quiser e a operadora não pode interferir na sua navegação. A neutralidade de rede busca garantir que isso não mude, ou seja, que as empresas de telecomunicações não possam bloquear ou deteriorar a qualidade dos serviços que você quer acessar. Desse modo, a neutralidade de rede serve para preservar a experiência que temos hoje, como usuários, na internet.

Sem a neutralidade, o provedor de conexão à internet poderá tornar mais lentos (ou até bloquear) seu acesso a serviços. E os provedores têm vários incentivos para fazer isso, como privilegiar seus próprios serviços em detrimento do serviço de concorrentes ou degradar deliberadamente o serviço de outras empresas que não possuam, com o provedor, um acordo comercial.

Eu ouvi que o deputado Eduardo Cunha é um dos principais oponentes do marco civil. Quem mais está com ele? E quem está contra ele?

O Deputado Eduardo Cunha é o líder do PMDB na Câmara. O PMDB tem seguido as indicações de Eduardo Cunha e, atualmente, é contra a neutralidade de rede e tem dificultado a aprovação do Marco Civil. O problema é que a discussão sobre o Marco Civil foi contaminada pela disputa eleitoral e pela disputa por cargos nos Ministérios. Com isso, além do PMDB, outros partidos da base do governo (que normalmente apoia os projetos que o governo quer aprovar), organizados num grupo que tem se chamado blocão, têm seguido as orientações de Cunha, como PTB e PR. Contra Eduardo Cunha e a favor do Marco Civil estão os partidos que não romperam com o governo. Alessandro Molon (PT-RJ) é o autor do projeto que, atualmente, conta com grande apoio de entidades da sociedade civil de interesse público, como o IDEC, Intervozes, PROTESTE, além de militantes do software livre e instituições acadêmicas.

Tem alguma coisa que eu possa fazer para aprovar a proposta atual do marco civil?

Sim. Fique de olho nas campanhas online que estão ocorrendo. Entidades como Avaaz e MeuRio estão lutando pela aprovação do projeto. E, acima de tudo, informe-se e não deixe a campanha de desinformação dos que se opõem ao texto contaminar a opinião pública.

[Imagem de destaque via]








03 Mar 15:23

120 artigos científicos foram criados em “gerador de lero-lero” e ninguém percebeu

by Ashley Feinberg

Esta semana, a Nature revelou que as editoras de revistas científicas Springer e IEEE removeram mais de 120 artigos publicados entre 2008 e 2013. Elas descobriram que cada um deles era jargão sem sentido, todos gerados automaticamente por computador.

O enorme descuido foi descoberto pelo cientista da computação Cyril Labbé, que passou os últimos dois anos reunindo esses artigos.

Os textos foram elaborados com um programa do MIT chamado SCIgen; qualquer pessoa pode baixá-lo e usá-lo. Ele foi criado em 2005 para provar que conferências acadêmicas constantemente aceitam estudos sem qualquer sentido. Labbé criou um site onde usuários podem testar se artigos foram criados usando o SCIgen; ele diz à Nature que eles “são bastante fáceis de se detectar”.

Labbé diz não saber por que os trabalhos foram enviados, nem mesmo se os autores sabiam deles. Mas como algo assim pode ser publicado em veículos sérios? Parte da genialidade do esquema é que, pelo menos para um olhar destreinado, os artigos parecem plausíveis.

Por exemplo, um dos trabalhos publicados, vindo de uma conferência de engenharia na China, é intitulado “TIC: Uma metodologia para a construção do e-commerce”. Vago, mas parece plausível. Só que o resumo já causa estranheza:

Nos últimos anos, muitos estudos vêm se dedicando à criação de chaves públicas e privadas de criptografia; por outro lado, poucos sintetizaram a visualização do problema do produtor-consumidor. Dado o estado atual de arquétipos eficientes, importantes analistas notoriamente desejam uma emulação do controle de congestionamento de rede, que incorpora os princípios fundamentais de hardware e arquitetura. Em nossa pesquisa, nós concentramos nossos esforços em refutar que planilhas podem ser compactas ou feitas com base em conhecimento e empatia.

Basicamente, algo saído de um gerador de lero-lero. Segundo a Nature, a maioria dos trabalhos veio de conferências que aconteceram na China, e a maior parte tem autores com filiações chinesas. No entanto, ninguém sabe ao certo quem está por trás desse escândalo.

Dezesseis dos trabalhos foram publicados pela Springer, enquanto mais de 100 vieram da IEEE. O problema é que os estudos, supostamente, são revisados por pares: eles passam pelo escrutínio de um ou mais estudiosos com mesmo escalão que o autor, em geral de forma anônima. Por isso, as editoras estão tendo dificuldade em explicar exatamente como isso aconteceu.

Ou seja, se você já teve que ler um artigo científico e ficou meio (muito) confuso, não se sinta tão mal: talvez o texto fosse algo sem sentido gerado automaticamente por computador. [Nature]








13 Nov 16:19

Mentirinhas #531

by Fábio Coala

mentirinhas_522Na última vez que entrei no orkut haviam pichado minhas fotos e roubado meus amigos.

 

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26 Sep 12:02

Google QuickOffice se torna gratuito no Android

by Renê Fraga

quickoffice Google QuickOffice se torna gratuito no AndroidO Google anunciou hoje que o QuickOffice ganhou um novo ícone e agora pode ser baixado e instalado gratuitamente em smartphones Android ou iOS, a partir do Google Play ou App Store.

“Este aplicativo gratuito do Google permite criar e editar documentos, planilhas e apresentações do Microsoft Office no seu smartphone e tablet”, diz a empresa na descrição do Google Play.

A gigante das buscas também anunciou que, até 26 de setembro, quem instalar o QuickOffice vai ganhar 10GB de armazenamento grátis no Google Drive por 2 anos.




06 Sep 14:25

Mentirinhas #492

by Fábio Coala

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Aqui em casa implantei a semana da armadura.

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12 Jul 19:57

DuckDuckGo, o motor de busca para quem quer fugir da vigilância na internet

by Adam Clark Estes

Você gosta de privacidade? Quer fugir da vigilância e evitar spam? Gosta de simplicidade? Se respondeu sim a alguma dessas perguntas, você vai amar o DuckDuckGo.

DuckDuckGo é uma criação de Gabriel Weinberg, e, antes do vazamento do escândalo da vigilância do PRISM no mês passado, era apenas um bebê. Mas quando o mundo ficou sabendo do PRISM e o “acesso direto” do governo dos EUA a servidores de empresas como o Google, Weinberg e companhia observaram o tráfego subir. O DuckDuckGo, afinal, é o único mecanismo de busca que promete não rastrear os usuários e ainda oferece anonimidade total. E seus resultados são muito bons, também!

ku-mediumO engraçado sobre o DuckDuckGo, que se tornou um paladino da liberdade de vigilância na internet, é que os recursos de privacidade vieram depois de todo o projeto. “Eu meio que recuei para isso”, explicou Weinberg ao The Guardian nesta semana. “É difícil definir minhas políticas. Eu observo de cada questão seriamente e tiro minha própria conclusão.”

E, de repente, milhões de pessoas estão considerando a questão da privacidade online também. Após o The Guardian divulgar o caso do PRISM em junho, todo dia é um novo recorde no DuckDuckGo, e nesta metade de julho o site faz 3 milhões de buscas diariamente, quase o dobro do que fazia no começo de junho. Weinberg diz que o crescimento no tráfego ocorreu apenas pelo boca a boca, e algumas menções na imprensa. “Nossos usuários sabem que não rastreamos e estão falando isso para amigos e parentes”, ele disse.

E vem mais por aí. Com a onda de novos visitantes, muitos percebem que o Google não é a única opção para busca, e também lembram que o Google coleta e armazena muitos dos seus dados. Ah sim, e o Google compartilha seus dados com o governo dos Estados Unidos sem o seu conhecimento nem consenso.

Se isso parece algo que você gostaria de fazer parte, então comece a fazer buscas no DuckDuckGo. Como ele usa cerca de 50 fontes – incluindo Bing, Yahoo! e Wolfram Alpha -, você vai conseguir resultados similares aos oferecidos pelo Google. O DuckDuckGo é ainda melhor que mecanismos tradicionais de busca em alguns pontos; ele combina resultados, remove links irrelevantes e spam para que sua busca mostre conteúdo relevante. Além disso, uma opção de busca anônima usa o Tor para rotear sua pesquisa por uma série de camadas criptografadas. Você pode até fazer busca por voz com uma nova extensão para o Google Chrome.

Existem algumas ausências notáveis, como a falta de recurso de autocompletar. E como mecanismo geral de busca, o DuckDuckGo não vai oferecer resultados precisos como se você usar um recurso vertical como Amazon, Facebook ou YouTube. Mas não se preocupe: o DuckDuckGo sabe disso e tem uma solução chamada Bang. Você pode redirecionar sua busca para sites específicos ao adicionar códigos como “!amazon” “!facebook” “!yt” e mais. Você pode até fazer isso no Google: adicione “!g” e o DuckDuckGo fará uma busca criptografada (leia: anônima) no Google para você.

Então este é o DuckDuckGo. Se você já ouviu falar nele, mas não testou ainda, dê uma chance. Se nunca ouviu, seja bem-vindo. Eis a sua chance de manter seus dados longe de espionagem e publicidade ao mesmo tempo que consegue fazer boas buscas. E o melhor de tudo, você vai parecer descolado quando seus amigos descobrirem que você usa um mecanismo de busca que eles nunca ouviram falar.