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29 Sep 05:35

40 possibilidades do que pode acontecer depois que você morrer

by Wagner Brenner

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David Eagleman.

Pra começar, o cara tem nome de superherói.

Eagleman.

Fato irrelevante, mas não resisti. Assim você não esquece o nome dele.

Apesar de ser o homem-águia, David caiu do telhado de sua casa quando era criança e desde então desenvolveu uma obsessão pela percepção do tempo.

Estudou tudo sobre o assunto e virou PHD em neurociência.

Paralelamente, virou escritor, uma combinação matadora com seu background acadêmico.

Confrontado com a famosa pergunta feita a todo cientista sobre sua crença em Deus, resolveu responder mais como um escritor e se posicionou como um possibilianista, um praticante do possibilianismo, uma filosofia que ele resolveu inventar. E que acabou adotando de verdade.

“Têm os que acreditam, os que não acreditam e os agnósticos, que nem acreditam nem desacreditam. Sou quase isso, mas com uma postura mais ativa, investigatória. Como bom cientista, experimento o maior número de possibilidades possíveis”.

Nesse espírito, escreveu “SUM“, uma coleção de 40 contos com 40 possibilidades do que pode acontecer na sua vida no além. O livro é uma delícia de ler, um conto melhor que o outro. Cheio de imaginação, humor e inteligência. Segundo lugar na Amazon UK, Best Seller na lista da Time, do The Guardian, do The Week, da Wired, entre outros.

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Separei o conto que abre o livro, para você experimentar. Só achei em inglês (mesmo que você tenha pouco inglês, vale a pena tentar na língua original porque as traduções andam tristes).

Se preferir, o livro está disponível em português (“A Soma de Tudo“), mas você vai precisar fingir que não viu a capa pavorosa e a sinopse totalmente errada, que deixa o livro parecendo uma coisa “new age”, que definitivamente não é. Uma pena.

Então relaxe, finja que morreu e saboreie o primeiro conto “SUM”.

 

SUM (David Eagleman)

In the afterlife you relive all your experiences, but this time with the events reshuffled into a new order: all the moments that share a quality are grouped together.

You spend two months driving the street in front of your house, seven months having sex. You sleep for thirty years without opening your eyes. For five months straight you flip through magazines while sitting on a toilet.

You take all your pain at once, all twenty-seven intense hours of it. Bones break, cars crash, skin is cut, babies are born. Once you make it through, it’s agony-free for the rest of your afterlife.

But that doesn’t mean it’s always pleasant.

You spend six days clipping your nails.
Fifteen months looking for lost items.
Eighteen months waiting in line.
Two years of boredom: staring out a bus window, sitting in an airport terminal.
One year reading books. Your eyes hurt, and you itch, because you can’t take a shower until it’s your time to take your marathon two-hundred-day shower.
Two weeks wondering what happens when you die.
One minute realizing your body is falling.
Seventy-seven hours of confusion.
One hour realizing you’ve forgotten someone’s name.
Three weeks realizing you are wrong.
Two days lying.
Six weeks waiting for a green light.
Seven hours vomiting.
Fourteen minutes experiencing pure joy.
Three months doing laundry.
Fifteen hours writing your signature.
Two days tying shoelaces.
Sixty-seven days of heartbreak.
Five weeks driving lost.
Three days calculating restaurant tips.
Fifty-one days deciding what to wear.
Nine days pretending you know what is being talked about.
Two weeks counting money.
Eighteen days staring into the refrigerator.
Thirty-four days longing.
Six months watching commercials.
Four weeks sitting in thought, wondering if there is something better you could be doing with your time.
Three years swallowing food.
Five days working buttons and zippers.
Four minutes wondering what your life would be like if you reshuffled the order of events.

In this part of the afterlife, you imagine something analogous to your Earthly life, and the thought is blissful: a life where episodes are split into tiny swallowable pieces, where moments do not endure, where one experiences the joy of jumping from one event to the next like a child hopping from spot to spot on the burning sand.

 

Bônus Track: se você quiser ver David Eagleman falando, sugiro o video que coloquei depois do jump.

    


11 Aug 19:06

Dog Burnquist

by noreply@blogger.com (ANDRÉ Montejorge)
Ele não tem tatuagem, não usa calça que deixa cueca à mostra e de acessório mesmo, apenas um lencinho vermelho no pescoço! Em compensação se diverte feito qualquer skatista top, como o Rei da Mega-rampa, o brasileiro Bob Burnquist! Estou falando de Dash, o simpático cãozinho do vídeo abaixo. Treinado por Omar von Muller, Dash adora chegar cedinho na pista para fazer suas manobras e brincar à vontade. O treinador só deu mesmo foi uma ajudinha, ensinando alguns truques; o resto, é do próprio bichinho. "Caninamente legaus"!
18 Apr 01:27

Campanha do Agasalho: Loja Vazia

by Paula Rizzo

Loja-Vazia_shopping-villa-lobos

Grande ideia da Loducca para promover a campanha do agasalho. Você doa as roupas numa loja de vidro com prateleiras e cabides vazios no Shopping Villa Lobos e suas doações são valorizadas, com looks criados por estilista e com manequins na vitrine. As pessoas podem doar roupas até o próximo domingo, dia 21. No dia seguinte, a ação se repete, o espaço amanhece vazio para que novas peças possam decorá-lo. No final do projeto, todas as peças arrecadadas serão entregues o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo (FUSSESP) e encaminhadas a hospitais e albergues. Confiram aqui o vídeo que apresenta o projeto.

    


18 Apr 01:09

25 piscinas incríveis onde você deve nadar antes de morrer

Ok, não há nada mais divertido, refrescante e relaxante do que mergulhar na natureza exuberante de um marzão aberto ou nas águas geladinhas e cristalinas de um rio na Serra, mas as piscinas não ficam atrás. Com certeza, elas são uma das mais diver...
18 Apr 00:42

Afegãos mandam mensagens de amor pra Boston em série fotográfica emocionante

by Jaque_Barbosa
Não há lugar no mundo que esteja salvo de um ataque terrorista. A cidade de Boston, nos Estados Unidos, e a série fotográfica criada pela realizadora e documentarista Beth Murphy vêm provar isso mesmo. Murphy, natural de Boston, onde tem família e amigos (incluindo marido e uma filha de 5 anos), está há mais de [...]
17 Apr 23:36

Tudo às vistas, inclusive o concreto


  (Foto: Victor Affaro)

“Adoramos mudar o layout”, foi a informação mais importante que o arquiteto e designer Maurício Arruda recebeu de seus clientes. Tal relato o fez tomar duas atitudes que definiram “a cara” do projeto deste apartamento, de 200 m². Para início de conversa, Arruda colocou a marreta em uso, derrubando a maioria das paredes da morada. Depois, refez integralmente os sistemas elétrico e hidráulico, as esquadrias e as portas. Ao fim desta reforma profunda, o apartamento da rua Maranhão, em Higienópolis, estava irreconhecível. Era como se os donos do lugar tivessem ganhado um lar inteiramente novo.

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No entanto, restaram em muitos cantos do apartamento resquícios históricos. Indícios que garantem que tal construção data da década de 1950. Entre eles, o piso original do imóvel, de ipê, que contrasta de modo descontraído com a estrutura de concreto aparente revelada. O antigo imóvel segmentado nas mãos de Arruda se transformou num loft cheio de flexibilidade e juventude. A maior parte da planta é integrada. Não há quebras entre o estar, a sala de jantar, o home theater, a biblioteca e a cozinha. Apenas as duas suítes, o lavabo e a lavanderia permanecem independentes do grande salão.

Ciente da paixão do casal pelo rearranjo dos móveis, o arquiteto usou de inteligência. Instalou em diversas paredes de um mesmo cômodo saídas elétricas de tipos diversos. Além disso, deixou desenhada uma série de layouts alternativos para os ambientes. No quarto principal, é possível posicionar a cama de três modos diferentes. O home theater também pode ser instalado em quatro locais. Mas a versatilidade não para aí. A mesa de bilhar da sala se transforma em mesa de jantar e vice-versa. Pelo décor, há várias peças de autoria de Maurício Arruda, como a cadeira Pallet, a mesa Andorinha e os móveis da linha José.

As poltronas Thonet, um sofá, os tapetes orientais e a estante são heranças de família. Assim, entre modernidade e antiguidades, fez-se esta residência contemporânea. O trunfo deste apartamento, sem dúvida, é sua nova amplitude. A alvura das paredes e a ligação entre tantos ambientes são o cenário de um jogo movimentado de materiais e peças. Nem minimalista nem exuberante, a decoração deste lar é bem-medida. Há mais espaço de sobra do que área ocupada. Outro detalhe lúdico de bom gosto é a repetição do azul-royal. Ele está na cozinha, no banheiro e na mesa de bilhar.

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  (Foto: Victor Affaro)

 

  

15 Apr 23:21

Drawer vanity styling

by Eleni
Romantic bedroom interior design Romantic bedroom interior design
Romantic bedroom interior design
Romantic bedroom interior design

Here are a few shots of my drawer vanity in my bedroom. I picked a rather romantic approach on decorating this room, starting with my metallic canopy bed and white nightstand. I had to keep it fresh and simple though, not to girlie or shabby, just some lace and doilies, a white orchid and some natural textures like the small rattan baskets for my jewelry. The gilded mirror is thrifted and the green glass beaded necklace one of my favorite possessions at the moment. What do you think?

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Images by Eleni Psyllaki for My Paradissi.
08 Apr 21:40

Anuário de Fornecedores na área de Embalagens

by Silvia Zampar

Está disponível on-line o Anuário 2013 – Guia de Fornecedores na área de Embalagem, que é mais uma publicação da Editora Casagrande, que edita a Revista Embalagem & Tecnologia, parceira do TuDiBão.

Na publicação você poderá encontrar fornecedores para os mais diversos tipos de embalagens, como rótulos adesivos, embalagens flexíveis, de vidro, de papel, lata, pouch, potes, bisnagas, fornecedores de saches para promoções, designers, enfim, num único material você poderá encontrar o parceiro certo para aquele projeto de design que você está desenvolvendo para seu cliente.

Clique e confira!

05 Apr 20:19

Impressora 3D 'devolve' rosto a britânico

by Leonardo
Eric Moger e a esposa, Karen Hunger, vão se casar
A tecnologia para impressão em 3D começa a ganhar espaço no campo da medicina, beneficiando pacientes que precisam de próteses faciais para encobrir depressões provocadas por acidentes ou doenças.
Na Grã-Bretanha, cientistas decidiram apostar na ideia e mudaram a vida de um paciente que vive na pequena cidade de Waltham Abbey, a 24 quilômetros de Londres.

Eric Moger, de 60 anos, recebeu uma prótese facial para cobrir uma grande depressão causada por um tumor maligno no lado direito do rosto, diagnosticado há quatro anos. Essa foi a primeira vez no país que uma prótese facial foi desenhada e moldada por uma impressora 3D, capaz de criar objetos tridimensionais a partir de comandos enviados por um software de modelagem. ''Este é um equipamento que possui ferramentas a laser para cortar, esculpir e moldar peças de plástico, silicone, nylon e até metais como o titânio, com muito mais precisão e rapidez'', disse à BBC Brasil o cirurgião-dentista Andrew Dawood, responsável pelo projeto que desenvolveu a prótese de Moger.

Vida nova

Imagem 3DPara Eric, a mudança não foi apenas estética, mas funcional. A prótese, que se ajusta perfeitamente ao rosto, permite ao paciente produzir um movimento maxilar mais adequado para comer e ingerir líquidos. Antes do procedimento, a alimentação de Moger era feita por meio de um tubo diretamente ligado a seu estômago. Imagem 3D do paciente Mas não foi somente a saúde de Eric que melhorou. Sua vida social também passou por uma revolução após a cirurgia.

Modelo produzido em nylon ''Agora, tenho planos de realizar meu casamento, que teve de ser cancelado quando descobri o câncer. Mal posso esperar para me casar e retomar minha vida'', disse o paciente ao jornal The Sunday Telegraph.

Avanço

Após a agressiva cirurgia para a retirada do câncer que salvou a vida de Moger, o cirurgião responsável pelo caso, Nicholas Kalavresos, da University College London, encaminhou o paciente para a colocação da prótese. Na época, Kalavresos identificou que cirurgias plásticas tradicionais para recuperar a face do paciente não seriam bem-sucedidas, especialmente após as várias sessões de quimioterapia e radioterapia que tornariam a pele menos adequada ao procedimento. Eric foi posteriormente encaminhado ao cirurgião-dentista britânico Andrew Dawood, que liderou os procedimentos para a produção da prótese a partir de um modelo digital perfeito do crânio do paciente. A grande diferença entre a prótese de Moger e as outras convencionais está na precisão com que o silicone e os demais materiais da peça são cortados e moldados para se ajustarem perfeitamente ao rosto do paciente e simularem a aparência de "face". ''Nós utilizamos três técnicas diferentes para chegar ao novo rosto de Moger: o raio-x digital, a tomografia computadorizada e um software de modelagem tridimensional. Isso nos deu a precisão necessária que a impressora 3D pudesse recriar o modelo perfeito do crânio do paciente e, posteriormente, da prótese'', explicou Dawood à BBC Brasil.
Outra vantagem da técnica está na rapidez e maior conforto, já que ''o método tradicional é mais lento e exige a criação de diversos moldes faciais criados com gesso e silicone diretamente no rosto do paciente''.

Desafio

foto: Andrew DawoodHá pouco mais de dois anos, Dawood decidiu aceitar o desafio de utilizar pela primeira vez o processo chamado de impressão 3D, hoje bastante disseminado na indústria para a produção de materiais que vão de peças de carro a componentes de televisão. Utilizando uma máquina de ressonância digital, o rosto de Moger foi milimetricamente digitalizado e, posteriormente, projetado num modelo 3D no computador. Após esse procedimento, um molde da cabeça do paciente, com todas as características faciais depois da retirada do tumor, foi produzido em nylon pela impressora 3D. A partir dessa peça de nylon, Dawood pôde assim recriar uma estrutura em titânio para recompor o osso da área afetada e, em seguida, desenhar a prótese de silicone que imita a pele humana para cobrir a superfície do rosto de Moger. O resultado trouxe mais esperança a Eric, que voltou a fazer planos para o casamento e a sair de casa mais frequentemente para passear com a noiva, Karen Hunger. Getulio Marques - BBC
04 Apr 02:05

Canecas de bolsas

by noreply@blogger.com (ANDRÉ Montejorge)
A mulherada que curte canecas vai adorar estas aqui. Afinal, juntaram com outra coisa que toda mulher adora: bolsas! Nem tem muito o que falar; estes modelos são puro charme e elegância. Legal para ter em casa, no escritório e presentear as amigas. A frente achatada garante o visual divertido quando a alça fica para cima (vazia, claro) e imita uma bolsa de verdade. Feitas em cerâmica, são da Wild Eye Design. "Embolsadamente legaus"! Link para a WED
04 Apr 01:54

A incrível Tippi Degré da África

by Wagner Brenner

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Post escapismo, desse nosso mundo hype high-tech.

Essa nas fotos é a pequena Tippi Degré.
Tippi é filha de um casal de fotógrafos franceses, da National Geographic, Alain Degré and Sylvie Robert.
Nasceu e cresceu na Namíbia, principal base de trabalho de seus pais.
Como não haviam crianças por perto, acabou fazendo amizade com aqueles que estavam no seu amplo quintal: um elefante de 28 anos de idade chamado Abu, um leopardo chamado J&B, um avestruz, um crocodilo, alguns leões, girafas, um filhote de zebra, cobras, um gepardo, sapos gigantes, camaleões e quem mais quisesse aparecer na sua frente.

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Uma tarzãzinha, mogli versão menininha.

Tippi também é considerada uma criança Indigo, um termo utilizado para descrever uma geração de criancas especiais com habilidades sociais mais refinadas, maior sensibilidade e empatia e, segundo alguns, um ser mais evoluído. Sua hiperatividade é mais uma característica.
O que ela é ou deixa de ser eu não sei, mas especial certamente é. Gente do tipo que fecha os olhos.

E para nossa sorte, com pais capazes de fazer belos registros.

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tippitodayCom 13 anos, Tippi se mudou com os pais para Paris e foi matriculada na escola. Depois de 2 anos, precisou ser educada em casa, por ter “pouca coisa em comum” com as outras crianças. Com 16 anos foi convidada a volatr a Africa com o Discovery Channel para uma série de 6 documentários.
Hoje Tippi tem 23 anos e estuda cinema na Sorbonne Nouvelle University.

La Niña de La Selva

Le Monde Selon Tippi (1997) 54minutos

Vale a pena comprar o livro “My Book of Africa” (tem na Amazon e também em versão para Kindle iPhone/iPad aqui). É emocionante.

(TKS Jacqueline de Sá)



04 Apr 01:41

Entrevista especial com o chef de cozinha Pedro Subijana, considerado um dos maiores chefs do mundo atual

by Michele Montanha
Desta vez estamos em San Sebastián, País Basco, na Espanha. Desde as janelas, temos una vista impressionante do grande e imperioso mar Cantábrico. Ao meu lado tenho a Pedro Subijana, um dos grandes maestros da nova cozinha basca e acompanhando-nos, investigando novos pratos, está Borja García. Estamos na “classe” de um dos melhores restaurantes do mundo, Akelare.
Pedro Subijana, ícone internacional da gastronomia, coautor da nova cozinha basca e fundador de Euro-toques (Comunidade Europeia de Cozinheiros) nos conta, com brilho nos olhos e um afetuoso sorriso, como doze jovens conquistaram a renovação, evolução e propagação da gastronomia basca pelo mundo, de maneira espontânea e por pura adoração a sua cultura.
Subijana, Arzak, Irizar, Roteta, Arguiñano, Castillo, Fombellida, Manuel Iza, Jesús Mangas, Idiáquez, Pedro Gómez, e Patxiku Quintana decidiram que algo tinha que mudar na cozinha basca para que não caísse no esquecimento. Esta iniciativa foi favorecida pelo momento de transição política e social que se dava devido ao fim da ditadura franquista. Cocineros Foto :Auñamendi Eusko Entziklopedia.

Éramos doze amigos que passávamos muito bem cozinhando juntos. Tínhamos uma inquietude muito grande e queríamos fazer coisas novas. Éramos inconformistas e tínhamos a valentia de sair das normas. Queríamos reavivar a cozinha basca, e então decidimos começar a fazer reuniões e trocar opiniões sobre o “quê” e o “como” poderíamos fazê-lo. De tudo isso surgiram três pautas: Descobrir por que determinados pratos antigos haviam se perdido e recuperar antigas receitas. Aprender a preparar essas receitas tradicionais de forma autêntica. Acrescentar algo à herança culinária, melhorando-a e não só repetindo-a.
Subijana nos conta que, quando ainda não todos eles possuíam seu próprio restaurante, faziam jantares e convidavam a clientes e amigos. Nestes jantares, preparavam os pratos investigados naqueles meses ou semanas e logo saíam e faziam um colóquio com todos os comensais. Desta forma, os assistentes ofereciam suas críticas e opiniões enriquecendo o trabalho dos cozinheiros. Quando um comensal gostava de um prato e perguntava quem o havia feito, a resposta era que havia sido feito “por todos e nenhum em particular”.
“Não só fazíamos essas conversas, íamos também às cidadezinhas, bairros, festas, feiras… buscávamos os lugares onde estava a gente e nos púnhamos a cozinhar, a contar o que estávamos fazendo e o porque de tudo. arzak pedro subijana Juan Mari Arzak
Foto :Auñamendi Eusko Entziklopedia.
Fazíamos tudo com pura espontaneidade. Para trabalhar em equipe nos esquecíamos da competitividade e colaborávamos com quem tínhamos ao lado, trocávamos opiniões. Éramos todos amigos, nos levávamos muito bem e sabíamos que podíamos conquistar muitas mais coisas juntos do que cada um só. Ainda que tivéssemos muitas diferenças, a união dessas diferenças tinha um resultado positivo”.
Isto foi crescendo e teve muita repercussão. Foram convidados a cozinhar e apresentar sua filosofia em diferentes regiões e países como China, França e Zaire. Uma vez no exterior, conheceram outras culturas e perceberam que a cozinha basca era muito boa, mas que tambem tinham muito o que aprender com a culinária de outros países, pois gozavam de uma grande riqueza gastronomica. “Começamos a trazer sementes de hortaliças e verduras de outras regiões e países, como apio e folha de roble. Pouco a pouco fomos criando cumplicidade com os produtores que cultivavam estas ervas e verduras e que com o tempo foram sendo introduzidas nos mercados da cidade. O segredo era conservar o que já havia e dar um pouco de espaço ao novo”.
Com o tempo, pouco a pouco, foram estabelecendo cada um seu próprio restaurante, e afinal decidiram que, por distintas razões, deveriam separar-se como grupo. No entanto, ainda seguem unidos.
pedro subijana
PedroSubijana
“Gente que havia trabalhado conosco, de distintas idades, foram dedicando-se a seus próprios restaurantes, até que veio a seguinte geração, a da inovação tecnológica na cozinha”.

Com o transcurso do tempo, se deram conta de que conquistaram muito mais do que puderam imaginar. Segundo Subijana, não eram exatamente conscientes do que estavam fazendo, mas uma das coisas mais importantes que conquistaram, foi dar prestigio a profissão de cozinheiro que, naqueles tempos, não tinha nenhum reconhecimento. “Meus pais quase me puseram para fora de casa quando eu disse que não iria a escola de medicina porque queria ser cozinheiro”.
“Tudo segue uma linha de evolução e sempre se falará do antes e do “agora”, de coisas boas e coisas más, a historia é assim… Ainda que não por isso um há de acomodar-se . Há que seguir buscando novas vias, encontrá-las, ser seletivos, eliminar os pontos negativos, melhorar, modernizar… mas sobretudo, respeitar com adoração a tradição”. A qual, como já dissemos, “é o grande ponto de partida”.
O material é de autoria da minha parceira na Espanha, Ana Gabriela Serra, da Empresa de Enoturismo ZAPOREAZ. www.zaporeaz.com