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15 Oct 16:14

Disposição

by Arnaldo Branco

15 Oct 16:11

Áudio doc: 4 horas sobre Jorge Ben

by Bruno Natal

A Rádio Batuta, do Instituto Moreira Sales, produziu um áudio documentário sobre Jorge Ben. Dividido em 10 capítulos e totalizando quatro horas, “Imbatível ao extremo: assim é Jorge Ben Jor!”, roteirizado e apresentado por Paulo da Costa e Silva, faz um panorama do período de outro do Babulina, de 1963 a 1976.

— Jorge Ben Jor é um grande inconsciente — define Paulo da Costa e Silva, roteirista e apresentador do documentário, além de coordenador da Rádio Batuta. — Na obra dele, não dá para estabelecer uma linha causal clara, dizer que aquilo vem disso. Mas há ressonâncias.

Uma dessas ressonâncias está presente na voz de Ben Jor, normalmente menos destacada que seu violão ou seus versos.

— O mais surpreendente é o canto dele — diz Costa e Silva. — Nessa fase coberta pelo documentário (o período mais relevante da carreira do artista, da estreia com “Samba esquema novo”, em 1963, a “África Brasil”, de 1976), ele traz para a música brasileira uma série de sujeiras, grunhidos, timbres guturais, ásperos. É algo que vem do canto arábico islâmico que foi levado aos Estados Unidos pelos escravos, que está nos hollers (cantos de trabalho) americanos. Usar esses grunhidos é uma maneira de falar sobre o cotidiano dos africanos nas Américas. E todas as dimensões de sua música interagem para criar algo único. Quando ele canta assim em “Que nega é essa?”, usando adjetivos bantos como dengosa, é como se os elementos da canção apontassem uns para os outros.

 O trecho acima foi retirado da reportagem do Leo Lichote, no Globo, sobre o doc.

As dez partes:

Capítulo 1 – Um novo esquema
Capítulo 2 – Bidu
Capítulo 3 – Charles, irmão de cor
Capítulo 4 – Ecos do Oriente
Capítulo 5 – O império do ritmo
Capítulo 6 – Mitologia negra
Capítulo 7 – Futebol
Capítulo 8 – Imaginário
Capítulo 9 – Gil e Jorge
Capítulo 10 – Alquimia sonora

15 Oct 16:09

Spoon Solution.

Stanley

exato

And now I'm not overly hot anymore. Man, everything is working itself out..
06 Oct 23:13

Grande mito lendário da masculinidade #56

by joão baldi jr.

A história quase sempre é contada num bar, boteco ou churrasco, ali por aquela altura em que o volume de álcool consumido já foi alto o bastante para maximizar amizades, potencializar vínculos, gerar promessas de mudanças de vida e ao menos seis gritos de “porra, cara, a gente precisa se ver mais” mas ainda não atingiu o nível necessário pros abraços emocionados, as versões chorosas de canções sertanejas e as revelações de caráter duvidoso – “assim, não que eu seja gay, mas se eu fosse, sabe? se eu fosse, e tivesse que me vestir de mulher, tipo, sendo obrigado mesmo, eu me chamaria etyenne. com y. acho bonito, não sei”.

A fonte tem sempre uma relação indefinível e vaga com o protagonista, como sói acontecer em todos os mitos urbanos de tradição oral. Às vezes é o primo de um amigo, de vez em quando é o chegado de um colega de serviço, de vez em quando é o cunhado de um cara que jogava bola com você em humaitá, não sei se você lembra, era o da cabeça raspada, o que foi pra belém por causa do trabalho, não sei como você não tá lembrando. Quase sempre a trama começa numa despedida de solteiro de um outro amigo, também desconhecido.

Dependendo de quem contar a festa pode estar sendo num apartamento, num motel, numa boate, num inferninho, num sítio, numa piscina,em Guantánamo. Sempre existem strippers, numa quantidade que vai variando de acordo com a escala da trama, se intimista ou hollywoodyana, indo desde uma até uma dúzia. Outros detalhes envolvidos que quase sempre ficam a critério do narrador envolvem a presença de drogas, um mastro de pole dance, uma possível invasão policial e o fato de alguém ter levado pra festa um jumento – ressalto que a presença do animal pode aumentar ou diminuir o nível de credibilidade da história, dependendo da relação que o ouvinte tem com as comédias que o Tom Hanks fez na década de 80.

O protagonista da história, um dos convidados da festa, começa a conversar com uma das garotas de programa envolvidas no evento e os dois chegam a um acordo para a prática do desporto bretão remunerado, naquele esquema que o cantor Zé Augusto chamou de “beijo por beijo, sonho por sonho, carinho por amor, uma hora por 200 reais”. Se trancam no quarto, somem. No dia seguinte o protagonista ressurge entre seus amigos com uma novidade bombástica: naquela noite ele não teve que pagar.

Exatamente, ele não teve que pagar. Mesmo indo pra cama com uma pessoa que faz do sexo a sua fonte de renda, ele conseguiu praticar o uma interação carnal tão gostosa, uma cópula tão bacana, um carinho tão gostoso e um amor tão venenoso que a profissional não apenas se recusou a cobrar como ainda marcou um novo encontro, sedenta por mais daquele corpo sensual.

Quando a história termina alguns retrucam, é claro. Vários dizem que isso não faz sentido, que aquelas pessoas são profissionais e nunca fariam isso, que é como se o seu mecânico gostasse tanto do seu carro que fizesse revisão de graça, o seu mestre de obras achasse sua casa tão bacana que reformasse na amizade. Outros dizem que já ouviram uma história desse tipo, que já aconteceu com um primo ou um colega. Pelo menos um ri de forma misteriosa e tenta dar a entender, sem dizer claramente, que essas coisas não apenas são reais como já aconteceram com ele.

Alguém levanta a bola de que isso deve ser o auge da atuação sexual masculina – se você faz de graça um sexo que deveria ser pago você está de uma certa forma sendo pago para fazer sexo – um outro pontua que a prostituição é uma questão complicada, que não podemos fetichizar, que de uma certa forma é um trabalho como qualquer outro, que estamos desumanizando as mulheres.

Você, algumas horas depois, já em casa, se pega acordado no meio da noite e começa a digitar um sms pra sua namorada perguntando quanto ela pagaria pra dormir com você. Aí lembra que são duas horas da manhã e acaba não mandando. Mas antes de pegar no sono um pensamento ainda persiste. “Ah, pelo menos uns 100 reais, certo? Eu até emagreci, ela não poderia dizer menos do que isso”.

05 Oct 16:39

Orlando Cruz é o primeiro boxeador a assumir sua homossexualidade

by Gabriel Leão
Orlando Cruz / (foto: EMC Events)

"Sou gay com orgulho!", declarou o peso pena (57,2 kg) porto-riquenho Orlando Cruz, 31, que é primeiro pugilista a assumir publicamente sua homossexualidade em entrevista na quarta-feira, conforme o jornal americano USA Today.

Cruz (18-2-1, 9 KO's), 4º do ranking da Organização Mundial de Boxe (OMB) declarou: "estou lutando há mais de 24 anos e continuarei minha carreira ascendente, quero ser honesto comigo mesmo".

"Quero ser um exemplo para as crianças para que olhem para o boxe como um esporte e carreira profissional. Eu sou e sempre tive orgulho de ser de Porto Rico. Eu sou e sempre tive orgulho de ser um gay".

Cruz começou seus treinamentos com 7 anos, em 2000 nos Jogos Olímpicos de Sydnei representou seu país. Entre os seus colegas de equipe estavam o ex-campeão mundial Miguel Cotto e Ivan Calderon.

O atleta entrou para o profissionalismo em 2000 e no dia 19 de outubro lutará contra Jorge Pazos do México pelo cinturão latino da OMB no Civic Center de Kissimmee, Flórida, nos EUA. Caso vença poderá entrar na fila pelo cinturão mundial da entidade.

O lendário Emile Griffith, campeão dos meio-médios e médios que lutou entre os anos 1950 e 1960 assumiu ser bissexual na revista americana Sports Illustrated após encerrar sua carreira. "Eu gosto de homens e mulheres. Mas não gosto daquela palavra: 'homossexual', 'gay' ou 'bicha'. Não sei o que sou. Amo homens e mulheres do mesmo jeito, mas se me perguntar qual é melhor... eu prefiro mulher", declarou para a publicação

Em 1992, Griffith foi atacado e quase morto em Nova York ao deixar um bar frequentado por gays. Passou quatro meses hospitalizado. Hoje o lendário pugilista e único campeão nascido nas Ilhas Virgens (território dos EUA) necessita de acompanhamento diário e sofre o que os americanos chamam de "demência pugilística", doença semelhante ao mal de Alzheimer.

Há anos a pioneira do boxe feminino profissional Christy Martin, 44, foi agredida pelo seu ex-esposo ao descobrir que ela tinha comportamento bissexual e mantinha uma amante. A pugilista encerrou sua carreira nesta temporada e em seu auge foi atração nos eventos de Don King em preliminares dos combates de Mike Tyson.

Emille Griffith / (foto: reprodução)   Fonte: USA Today
05 Oct 16:28

“Microwave society”

by Daniel Lima

Você não precisa ser fã de boxe — não precisa nem conhecer Manny Pacquiao, um dos melhores boxeadores de todos os tempos, que se aproxima do fim da carreira — para apreciar a precisão dessa análise sobre o nosso tédio avassalador, que costuma distorcer consideravelmente a proporção das coisas:

It’s been a rough year for Pacquiao, Inc.

The consummate sportsman, he’s been held to an impossible standard, harangued for simply beating opponents instead of delivering the spine-tingling knockouts of his heyday. His tax and marital problems have been aired in public, while his decision to recommit himself to Catholicism has been mocked. Pacquiao’s one-of-a-kind brilliance has been taken for granted, overlooked by a microwave society that’s so easily bored and overeager for the Next Thing and doesn’t appreciate what it has until it’s gone. 

Saiu na Sports Illustrated, a propósito da absurda decisão dos juízes na luta entre Pacquiao e Tim Bradley.

04 Oct 13:39

Might Turing Have Won A Turing Award?

by rjlipton


A bit of fun

Ann Sobel is a software engineer who is active, besides her research and teaching, in the IEEE Society. She regularly runs a column in their Computer magazine on education.

Today with her and IEEE’s kind permission I would like to put out an article that I wrote as a guest for her column.

It was an attempt to honor Alan Turing but also to have a bit of fun. Here it is as an image so you get all the color of the article. The IEEE was kind to let us do this and we thank them. It originally appeared before in June 2012 issue of IEEE Computer. Note the black-boxes were in the actual article: part of the “fun.”

Open Problems

Would Turing have actually won a Turing Award?