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30 Aug 20:03

Eficiência em Pressão

by Clara Gomes

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05 Feb 00:45

Enquanto isso em São Paulo

by O Criador


Volte pra lagoa, sapinho =X

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30 Mar 14:34

Nu com a mão no bolso

by Caçador de Placas
E o constrangimento de chegar na loja de tintas e pedir isso ao balconista? Me poupe!

26 Mar 20:54

Zoando o Gordinho, o cara mais chato do mundo

by rafabarbosa
gordim

Existem dois tipos de pessoas chatas no mundo: os chatos propriamente ditos e o Gordinho, um cara que estudou comigo.

O Gordinho (apelido carinhoso graças ao seu porte físico) é o tipo de pessoa que insiste em fazer a mesma piada há mais de 10 anos. Eu nem me lembro mais qual foi a versão original do comentário, mas sei que tinha algo a ver com hambúrguer. Acho que era algo relacionado ao fato dele comer sanduíche todos os dias na hora do recreio.

A questão é que em determinado momento do ensino médio, eu deixei de fazer parte da turma dos magros e adentrei com tudo (e todas as arrobas possíveis) no mundo dos gordos. Foi um prato cheio (sem trocadilhos) para o Gordinho, que ainda sendo umas três ou quatro vezes mais gordo que eu, não estava mais sozinho no universo do bullying infanto-juvenil.

E assim, a piada que era totalmente voltada para ele se tornou algo usado contra mim.

Isso foi em 2003/2004.

Hoje em dia, esse receptáculo de tecido adiposo continua falando em hambúrguer comigo e insistindo nas piadas de gordo. Mesmo eu tendo, pelo menos, 1/8 do peso dele. Sim, venci a obesidade e hoje em dia consigo enxergar o meu pênis novamente. Se eu consegui, você também pode! Mas voltando ao assunto…

Eu não teria problema nenhum com isso, já que estou aturando essa peste há 10 anos. O que me deixa irritado é que ele comenta essas coisas em qualquer publicação minha no Facebook. É arriscado eu postar sobre a morte de algum parente e ele comentar se no velório vai ter hambúrguer ou se eu não estou gordo demais para participar de um enterro.

É chato. É insuportável. E a partir do momento que você é mais gordo que a pessoa, perde-se o direito de fazer qualquer piada envolvendo o porte físico.

Ontem tive uma ideia maravilhosa e gostaria de compartilhar com vocês, caso tenham algum amigo parecido com o Gordinho.

Basicamente, peguei todas as fotos em que ele aparece comendo em seu perfil do Facebook e salvei para utilizar como “imagens de respostas”. O resultado não poderia ser mais efetivo: já estou há 24 horas sem receber qualquer comentário relacionado a hambúrguer ou me chamando de gordo.

Seguem os prints dessa ótima zoeira com um gordo chato:

Como zoar o gordo chato do Facebook

Como zoar o gordo chato do Facebook

 

gordinho2

25 Mar 21:54

Dossiê Rafa Barbosa – Os personagens de Chaves como você nunca viu

by rafabarbosa
Ex-boxeador e vagabundo profissional
Essa turma como você nunca viu

Essa turma como você nunca viu

Chaves, o seriado mexicano criado há 42 anos e exibido ininterruptamente há mais de 30 aqui no Brasil, é um dos grandes patrimônios históricos e culturais da TV brasileira (especificamente do SBT). Com suas infinitas reprises, as aventuras do jovem “El Chavo Del Ocho” e os inusitados moradores da vila onde a história se passa conquistou uma legião de fãs, dos que nasceram na década de 70 até mesmo aos recentes anos 2000. Eu, inclusive, fui um dos fãs desse programa.

Infelizmente, depois de algum tempo comecei a achar bem bobinho e parei de assistir. E não sinto toda essa nostalgia que tomou conta da internet nos últimos anos. Com esse pensamento, parei para analisar o enredo de Chaves e cheguei a uma conclusão assustadora sobre a história e seus personagens. Gostaria de compartilhar essas observações com você, caro leitor, nesse Dossiê Especial Rafa Barbosa – Um olhar sociológico sobre Chaves.

Não, o meu texto não tem nada a ver com a metáfora de que o universo de Chaves seria uma parte do inferno, como explica o artigo Pecados, demônios e tentações em Chaves da Revista Bula.

O meu artigo aborda justamente o aspecto humano e politicamente incorreto dos personagens.

Se você é fã do seriado, sinta-se a vontade para ler, discutir, me xingar ou concordar com a análise a seguir. Mas lembre-se: é apenas a minha visão sobre o programa e não quer dizer que eu esteja certo (sim, eu estou certo já que o blog é meu).

 

1 – Chaves

Um órfão que mora sozinho

Um órfão que mora sozinho

Para começar, vamos analisar a história do personagem principal e que dá nome ao seriado, o garoto Chaves.

Chaves (Chavinho para os íntimos) é um órfão. Não preciso nem continuar a descrever o personagem. Para começo de conversa, em que sociedade minimamente organizada um órfão vive tranquilamente sozinho em uma vila, passando a maior parte do dia “brincando” e se metendo em confusões?

Onde está o Conselho Tutelar mexicano que em nenhum momento recebeu denúncia sobre essa situação? Não há nenhum parente vivo? Nenhum amigo dos pais ou responsáveis a par da situação?

Lembre-se, o Chaves não mora no Barril. Ele mora na casa número Oito, que dá o nome original do programa.

Outro ponto é: Senhor Barriga cobra os eternos 14 meses de aluguel do Seu Madruga, mas e o aluguel da casa do Chaves? Fica sob a responsabilidade de quem? Já estão pagos? Chavinho é o próprio locatário? Está em nome de quem?

Pode-se alegar que o Senhor Barriga sabe da situação e faz a “caridade” de não cobrar do pequeno órfão. Mas por que ele não faz o mesmo com o Seu Madruga, que tem uma filha para criar?

É muita coisa errada só com o personagem principal que vocês nunca questionaram.

Felizmente, Chaves não fica completamente desamparado, já que ao menos frequenta a escola, mesmo não sendo um dos alunos mais brilhantes da turma.

2 – Seu Madruga

Ex-boxeador e vagabundo profissional

Ex-boxeador e vagabundo profissional

Seu Madruga, o personagem mais adorado pelos fãs do seriado. Poderíamos usar vários adjetivos para descrevê-lo, mas vamos nos focar nas principais características do personagem:

- Desempregado
- Vagabundo
- Caloteiro
- Praticante de violência infantil

Exagerei? Vamos por partes então.

Desempregado e Vagabundo

Não há mal algum em ser desempregado. Acredito que a situação econômica do México nos anos 70 não era das melhores, apesar de ter sediado uma copa do Mundo pouco tempo antes. Mas será possível que não havia nenhuma oportunidade para o Seu Madruga?

Em vários episódios vemos o personagem dando um jeito de escapar de trabalhos temporários ou subempregos. A série se passa no México, mas o personagem é basicamente um retrato fiel de grande parte dos brasileiros. Provavelmente é o motivo por ser o mais adorado por aqui.

Fico surpreso que mesmo sem ter um emprego fixo ou uma fonte de renda confiável, Seu Madruga ainda consiga manter a guarda da filha Chiquinha.

Caloteiro

Senhor Barriga cobra, diariamente, os 14 meses de aluguel que o idolatrado Seu Madruga deve. Em qualquer outra situação, os serviços de crédito já teriam sido acionados. O despejo seria inevitável. E na verdade, o foi. Porém, em um surpreendente momento de altruísmo, o Senhor Barriga desistiu na última hora de despejar pai e filha.

E não ouvi nem um obrigado da parte do Seu Madruga. Além de tudo é mal agradecido.

Praticante de violência infantil

Em todos os episódios, religiosamente, Seu Madruga tem que dar pelo menos um cascudo no Chaves. É uma tradição que não pode passar batida. E a violência acontece, na maioria dos casos, sem a menor justificativa. Apenas pelo simples fato de Chaves ter uma curiosidade natural acerca da vida. Ou por ser desastrado mesmo.

Sorte se os abusos ficassem somente no pobre Chavinho. Mas Seu Madruga deveria estar nas listas de mais procurados por esse tipo de abuso. Todas as crianças da vila (ou do seriado, eu diria) já apanharam pelo menos uma vez do nosso adorado ex-boxeador.

Isso mesmo. O “heroi” que bate em crianças é um ex-boxeador. Possui a força (apesar do físico visivelmente frágil) e as habilidades necessárias para desferir golpes potentes que poderiam nocautear uma simples criança.

Mas esse fato é completamente ignorado pelos fãs, pela sociedade e pelas autoridades em geral.

Além disso, é covarde. Bate em crianças, mas afina quando tem que encarar alguém como Professor Girafales ou o próprio Senhor Barriga.

 

3 – Dona Florinda e Kiko

Classe média sofre

Classe média sofre

O que dizer dessa família? Parecem pertencer aparentemente como os demais moradores da vila, a uma classe C que ainda não entrou em processo de ascensão econômica. E só eles não se deram conta disso, pois tratam todos os demais moradores como se fossem a escória do mundo. Como se fossem lixo.

A principal culpada disso é Dona Florinda. Uma mulher que vive à sombra do falecido marido, que provavelmente está melhor agora do que ao lado dessa senhora. Vive da pensão alimentícia deixada pelo saudoso navegador, mas age como se fosse a verdadeira provedora do lar, quando na verdade é tão desempregada quanto o seu nêmesis Madruga.

O reflexo dessa atitude pode ser visto em seu filho, Frederico. Um garoto tipicamente mimado por ser filho único. Tem os melhores brinquedos e adora exibi-los para os amigos menos favorecidos, mas sente uma enorme inveja da criatividade dos outros por se divertirem tanto com tão pouco, enquanto ele não consegue o mesmo com os seus mais avançados instrumentos de entretenimento.

Como a mãe, acredita que os demais moradores não deveriam estar ali. Principalmente o Seu Madruga, o qual adora chamar de “gentalha”, um adjetivo pejorativo que demonstra qual posição social o ex-boxeador deveria pertencer.

Como uma boa partidária de extrema direita, Dona Florinda adora exercer a sua repressão chegando às vias de fato com Seu Madruga em toda e qualquer oportunidade, aplicando o tradicional tapa na cara.  Como é uma típica cidadã da classe médica, é moderadamente ciente dos seus direitos e sabe que o ex-boxeador não pode agredi-la em defesa.

Uma verdadeira tirana e um retrato fiel da história mexicana, demonstrando nos dias de hoje como foi a dominação europeia sobre o ameríndio.

Como se não bastasse a soberba, os dois ainda adoram explorar as vantagens sociais obtidas com o relacionamento de Dona Florinda e Professor Girafales. Kiko sempre tenta se beneficiar na escola, porém, a sua baixa capacidade intelectual não o ajuda muito nesse quesito.

O que nos leva a mais um personagem incorreto nessa série.

 

4 – Professor Girafales

Come mãe.

Come mãe.

Gosto de acreditar que a ética é algo inerente à pessoa que dedica a sua vida a ensinar ao próximo. Mas esse não parece ser o caso do professor da escolinha do bairro.

Notando a situação frágil a qual se encontra uma viúva, mãe de um filho com intelecto duvidoso, o “mestre Linguiça” não pensou duas vezes em aceitar uma xícara de chá na casa de Dona Florinda.

Se você notar bem, a xícara de chá é uma metáfora para o sexo. Geralmente ocorre quando Kiko não está em casa, o que possibilita a relação sexual entre sua mãe e o professor.

Não sou o melhor entendedor do assunto, mas acredito que um professor ter um relacionamento amoroso com a mãe de um aluno é algo no mínimo questionável e que deveria ser levado ao conhecimento da diretoria da escola.

Infelizmente, a série deixa claro que aquela escola é basicamente um lugar para as crianças passarem o tempo, já que o ensino é de qualidade duvidosa e não vemos nenhum tipo de disciplina.

Se existisse uma diretoria, deveriam ficar de olho. Se já dá em cima da mãe de um aluno, quem dirá daquelas garotinhas que usam vestidos tão curtos que a calcinha fica a mostra? Temos um predador sexual em potencial. Avisem as autoridades mexicanas.

 

5 – Dona Clotilde

Brujeria

Brujeria

A “famosa” Bruxa do 71 não tem essa alcunha a toa. Uma conhecida praticante das artes ocultas, Clotilde é uma satanista de mão cheia e que não faz questão de esconder isso, pois o nome do seu gato e eventualmente cachorro é uma clara homenagem à única divindade a qual ela serve: Satanás.

Clotilde, apesar de praticante desse tipo de magia, é uma mulher comum como qualquer outra. Uma solteirona convicta, mas que tem um desejo latente pelo seu vizinho de porta, o Seu Madruga. Espera que um dia possa ter a oportunidade de casar com ele e trazer ao mundo o herdeiro de Lúcifer, nem que para isso seja necessário a criação de poções e feitiços de amor.

 

6 – Senhor Barriga e Nhonho

O topo da pirâmide capitalista

O topo da pirâmide capitalista

Os dois representam os ideais e os interesses das classes dominantes da sociedade mexicana. O pai, um bem sucedido empreiteiro, tem como fonte de renda o aluguel das casas de sua vila. Rendimento o qual não deixa de buscar religiosamente todos os meses.

Um empresário implacável, que vai a caça dos seus devedores como Seu Madruga, mas que vez ou outra demonstra um pouco de humanidade e perdoa dívidas que poderiam estar na casa dos milhares.

Apesar de um predador comercial, é um ser humano bondoso, já que não se vinga das pancadas que recebe diariamente ao chegar ao seu empreendimento.

Já Nhonho, seu filho e herdeiro do império, é um retrato fiel do jovem abastado financeiramente. Veste as melhores roupas, tem os melhores brinquedos, conta vantagem sobre os coleguinhas e apresenta o físico típico de uma pessoa que come apenas do bom e do melhor: é gordo.

Apesar de todos os benefícios que possui por ser branco e de classe alta, o jovem estuda na mesma escolinha que os seus amigos, provavelmente no subúrbio onde se encontra a vila.

Um contraste interessante para reforçar a desigual luta de classes no seriado.

Poderíamos citar ainda outros personagens, como Jaiminho, o carteiro e funcionário público que não pensa duas vezes antes de enrolar e deixar o trabalho para depois. Em suas palavras, prefere evitar a fadiga.

Temos também a avó de Chiquinha, Dona Neves, que aparentemente não se importa com o fato da neta morar com um pai desemprego e à mercê das “situações” que uma criança nessa situação de risco está exposta.

Poderia analisar também os vários personagens secundários da história, mas fiquei com bastante preguiça de rever alguns episódios. Afinal, são muitos anos em exibição e esse estudo não poderia demorar tanto a sair.

Conforme expus nos parágrafos acima, o seriado Chaves é uma verdadeira ode aos piores estereótipos sociais e pode ser visto tanto como uma crítica social genial de Roberto Gomes Bolaños ou então uma simples coleção de personagens politicamente incorretos e que praticam as piores atrocidades em seu pequeno círculo social.

O espaço de comentários é aberto para que vocês possam discutir, comentar, me xingar ou concordar com esse breve estudo social.

Espero que tenham gostado desse Dossiê Rafa Barbosa mais que especial.

14 Mar 22:19

Oferta relâmpago de letras

by Caçador de Placas
Quando as gráficas colocaram a letra "H" em liquidação, não faziam ideia do seu sucesso entre a "gente".
(Foto de Fabio Dal Magro)

21 Jan 17:39

Habilitação

by André Farias

Vida de Suporte



Habilitação é um post do blog Vida de Suporte.
22 Dec 21:11

Review: Asus RT-N66U, o roteador que não brinca em serviço

by Lucas Braga

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Eu já estava namorando há muito tempo o RT-N66U, um roteador topo de linha da Asus que tem um design muito elegante e promessas de desempenho incríveis. Para a minha surpresa, a empresa enviou para testes uma unidade desse roteador, que ainda não está disponível para o mercado brasileiro, mas deve chegar por aqui no ano que vem. Será que vai valer a pena esperar e pagar por ele?

Design

O RT-N66U é um roteador bonito. É tão bonito que nem parece um roteador, que normalmente possuem design completamente sem graça e que ficam enfeiando o ambiente onde estão. A cor preta, batizada pela Asus de Dark Knight, e uma textura diamante-xadrez para agradar os hipsters de plantão, trazem um acabamento muito arrojado e bem moderno, mesmo considerando que o roteador é todo de plástico. O acabamento no topo também é em plástico, mas tem uma textura que se assemelha a aço escovado.

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Na parte frontal, além de toda a sua beleza, se encontram os indicadores de conectividade. Quando tudo está apagado, mal dá para perceber que existem LEDs por ali. As luzes são azuis e dão um charme extra para o roteador.

Já na parte traseira estão presentes uma porta WAN e quatro portas LAN, todas com suporte a Gigabit Ethernet. Além disso, ele possui duas (!) portas USB, para que você possa ligar um modem 3G/4G, uma impressora ou um HD externo para compartilhá-lo na rede. Ainda lá estão presentes o botão liga/desliga, o botão para conexão rápida (WPS), além, é claro, do botão de reset.

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Nas laterais, só existem os buracos para a saída de ar. Na base, também se encontram buracos para a saída de ar e as informações do roteador. Ah, ele acompanha uma haste que permite deixar o roteador em pé em alguma superfície. Isso é ótimo para deixar a beleza do produto mais aparente, mas, se você tiver muitos cabos conectados, todos eles ficarão aparentes, deixando uma marmota exposta.

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O modelo possui 3 antenas, e todas elas são destacáveis, podendo, inclusive, utilizar outras antenas. A fabricante não lista qual é a potência de cada antena, mas desconfio que cada uma possua capacidade de 5 dBi.

Configurando o roteador

Roteadores da Asus normalmente são muito simples de configurar: basta plugar o cabo de rede do seu modem (ou qualquer outro ponto de rede) na porta LAN, conectar-se à rede da Asus e tentar navegar. O roteador lhe redicionará automaticamente para a página de configuração.

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O próprio sistema tentará identificar qual é o tipo de conexão banda larga que você utiliza. Se o seu modem já atribuir o endereço de IP por DHCP, é só esperar. Caso sua conexão precise de autenticação por PPPoE (como conexões ADSL em modems mais antigos), você deverá digitar o usuário e senha fornecidos pela sua operadora de banda larga. Logo depois de conectar à internet, você poderá mudar a SSID (nome da rede) e a senha. Na mesma tela de configuração, você poderá configurar também a rede de 5 GHz.

Terminado tudo isso, você será redirecionado para a página principal do roteador, que é batizada pela Asus de ASUSWRT. Por lá, você poderá configurar o resto do roteador, como os extras que detalharei mais adiante. Vale lembrar que, além de roteador, ele também possui outros dois modos de operação: Access Point, para ponto de acesso, e Repeater, para estender o sinal de uma rede Wi-Fi pré-existente.

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Um detalhe legal para usuários finais é que, caso o cabo de rede esteja desconectado da porta WAN ou até mesmo o modem do usuário estiver desligado, o próprio roteador já informa que existe algo com problema quando se tenta navegar na internet:

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Tecnologias de transmissão

O RT-N66U é bem completo em conectividade quando comparamos com a maioria dos roteadores. Ele ainda traz o padrão 802.11n, com velocidade de até 450 Mb/s, algo que é bem superior a uma Ethernet comum (que suporta até 100 Mb/s), mas ainda inferior ao novo padrão 802.11ac, que suporta transferências superiores a 1 Gb/s. Mas, assim como eu, muita gente nem possui algum dispositivo que suporte 802.11ac.

Ele é um roteador dual-band e opera nas frequências de 2,4 GHz e 5 GHz simultaneamente. Como são rádios separados, a taxa de transmissão pode se somar a 900 Mb/s (teóricos, claro) em transferências de arquivos se cada cliente estiver em frequências diferentes. Isso não deve fazer diferença para quem apenas navega na internet, mas sim para quem realiza muitas transferências de arquivos em uma rede doméstica. Isso inclui, por exemplo, streaming de conteúdo do computador para uma Smart TV ou para o seu videogame.

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Um recurso legal desse roteador é que ele suporta até 8 redes sem fios diferentes, 4 para cada frequência. Você pode deixar uma rede privada só para os computadores da sua casa e outra só para convidados, que terão acesso restrito a arquivos e terão velocidade de internet limitada. O que fazer com as outras redes? O que você quiser!

No teste de transferência de um arquivo, utilizei um único filme em alta resolução com 5,86 GB e transferi o arquivo de um computador para outro, ambos conectados na mesma rede de 2,4 GHz. A transferência demorou 3 minutos e 36 segundos, o que significa uma taxa de transferência de, aproximadamente, 221 Mb/s (ou 27,6 MB/s, caso prefira). De todos os roteadores domésticos que já usei, esse é o mais rápido. Por falta de equipamentos compatíveis, não tive como testar o desempenho de dois computadores conectados na rede de 5 GHz.

Extras

Roteador por roteador, o RT-N66U já é excelente. Mas para justificar o salgado preço, tem que ter alguns extras né? São eles:

  • Compartilhamento de arquivos por USB: é possível plugar um pen drive ou HD externo na porta USB e compartilhar os arquivos na rede. Como ele tem suporte a DLNA, é possível unir o útil ao agradável e tornar o roteador o próprio servidor de mídia da casa inteira.
O disco compartilhado foi reconhecido automaticamente pelo meu Mac. Funciona com Windows também!

O disco compartilhado foi reconhecido automaticamente pelo meu Mac. Funciona com Windows também!

  • AiCloud: não, não é uma cópia fajuta do iCloud da Apple. É um serviço de nuvem privada, mas voltado para o uso multimídia. Basta instalar o aplicativo para iOS e Android e acessar facilmente todos os arquivos que estão no HD conectado à porta USB do roteador. Funciona tanto dentro e fora de casa; muito útil para você que tem um celular com pouco espaço de armazenamento. Acessei os arquivos com meu Nexus 4 e tudo funcionou perfeitamente, inclusive o streaming de vídeos funcionou sem travamento algum.
  • Aidisk: é quase a mesma coisa que o AiCloud, mas não depende de aplicativo nem nada: ele cria um servidor FTP, permitindo gerenciar arquivos de qualquer lugar.
  • VPN Server: permite que você crie uma VPN para a rede doméstica de sua casa. Dessa forma, é possível acessar conteúdo local mesmo estando fora de casa.
  • Download Master: o meu preferido. Junto de um HD conectado na porta USB, é possível fazer downloads pelo próprio roteador. Funciona muito bem com FTP, HTTP, ed2k, NZB e torrent. Você poderá baixar Ubuntu como nunca!

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  • Suporte a compartilhamento de impressoras: se sua impressora é mais antiga e ainda não tem suporte a Wi-Fi integrado, não tem problema: basta plugar o cabo USB no roteador que ela será compartilhada na rede.
  • Suporte a modems 3G/4G: é possível compartilhar a internet de um modem 3G ou 4G, ou mesmo configurá-lo como redundância em caso de queda da sua conexão principal. Funcionou tranquilamente com um Huawei E3276 (4G).

Potência de sinal

Um dos pontos chaves que a Asus destaca para esse roteador é que ele é capaz de cobrir áreas 150% maiores do que roteadores comuns com padrões N. Dependendo do roteador, isso é bem verdade. Veja no gráfico abaixo como o RT-N66U se comportou diante de dois outros roteadores que tem proposta de maior abrangência de sinal: AirPort Express de última geração e um Intelbras WRN150, que terá review publicado em breve no Tecnoblog.

As medições de sinal foram feitas com um LG Nexus 4, com auxílio do aplicativo Wifi Analyzer. Para fins de referência:

  • Base: local onde os roteadores foram instalados
  • Quarto: um quarto que fica a 6 metros de distância do ambiente Base, com divisórias em parede de alvenaria
  • Sala: se encontra no pavimento inferior ao do ambiente Base, com distância aproximada de 40 metros e várias paredes
  • Cozinhaambiente em pavimento inferior ao do ambiente Base, com distância aproximada de 50 metros
  • Casa vizinha: o imóvel se encontra ao lado da casa onde se encontra o ambiente Base, com distância aproximada de 50 metros

De uma forma geral, o sinal do RT-N66U é bem satisfatório, embora o Intelbras WRN150 consiga resultados melhores sendo muito mais barato. E é fato que a cobertura em 5 GHz é menor. Isso não é culpa do roteador, mas sim da própria frequência: quanto maior ela é, menor a penetração do sinal. Em todos os ambientes o roteador apresentou sinal suficiente para navegação.

Vale lembrar que nem tudo depende apenas do roteador, mas sim do equipamento utilizado: o Nexus 4 tem uma potência de sinal muito melhor que um iPhone 5, mas pior que a do meu notebook, por exemplo.

Considerações finais

O RT-N66U foi excelente no seu teste. Além de ser um bom roteador, tem recursos extras que agradam muito, como o Download Master. A potência de sinal impressiona, mesmo com os concorrentes tendo resultados ligeiramente melhores, e o design agrada. Mais do que tudo isso, a velocidade na transferência de arquivos superou todas as minhas expectativas.

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Seria um roteador que eu compraria para o meu uso pessoal, se não tivesse um pequeno detalhe: o preço. O RT-N66U ainda não está disponível para comercialização no Brasil, e tem lançamento previsto para abril de 2014 com preço sugerido de R$ 899.

E por melhor que ele seja, minha consciência não ficaria de bem comigo se gastasse novecentos reais em um roteador, se consigo ter acesso à internet bem decente com opções que custam um terço do que a Asus está cobrando. Com menos de 300 reais é possível comprar um roteador excelente, com outros diversos recursos. Se você for geek, consegue um bom modelo com porta USB e pode se aventurar no mundo do DD-WRT e conseguir funções bem similares ao proposto pela Asus – que é o caso do meu TP-Link TL-WR1043ND.

Desconsiderando o fator preço, pode-se dizer que esse é um roteador destinado especificamente para heavy users que precisam conectar um alto número de dispositivos e com a melhor velocidade possível em tarefas como jogos online, por exemplo. Para a maioria das pessoas, que utilizam a internet apenas para tarefas simples e alguns downloads de vez em quando, até o modem Wi-Fi cedido pela operadora de banda larga deve servir.

Pontos positivos

  • Design: nem parece um roteador. É tão bonito que dá vontade de colocar na sala para enfeitar.
  • Velocidade de transmissão: em se tratando de roteadores domésticos, o RT-N66U dá um banho em todos os equipamentos que já passaram na minha mão
  • Porta USB e suporte a aplicações: é ótima a ideia de poupar a vida útil do seu computador e deixar seus arquivos baixando no roteador.

Pontos negativos

  • Preço: 899 reais em um roteador é um preço bem salgado.
  • Não tem suporte ao novo padrão 802.11ac.

Bônus: uma olhada de perto no Asus WL-330NUL

Junto com o RT-N66U, a Asus nos mandou um WL-330NUL. Assim que retirei o produto da caixa, fiquei muito descrente se aquilo ali era mesmo um roteador.

wl330-frente

De acordo com a Asus, o WL-330NUL é considerado o menor roteador do mundo: suas dimensões são de apenas 65 x 20,7 x 15,4 mm. Isso é tão diminuto que é menor até mesmo que a tetra-chave da minha casa.

wl330-chave

Em termos de conectividade, ele tem apenas uma porta de rede Ethernet e a porta USB, onde recebe alimentação ou se conecta ao computador. Além de roteador, ele também funciona como adaptador Ethernet USB, adaptador Wi-Fi USB e um hotspot USB, que funciona como um repetidor, mas na verdade compartilha a internet de uma rede existente em outra nova. Útil para compartilhar conexões de hotspots pagos, como em aeroportos e hotéis.

aberto

A potência de sinal do WL-330NUL é fraca, mas completamente justificável dado o tamanho do dispositivo. Ele não acompanha nenhum acessório, nem mesmo uma fonte de alimentação externa. Seria legal se viesse na caixa um daqueles cabos Ethernet retráteis.

É o dispositivo perfeito para quem viaja com frequência. Basta plugar na USB do seu computador (ou de um adaptador de tomada USB) e começar a usar. Posso dizer que substitui perfeitamente o adaptador USB/Thunderbolt Ethernet para donos de MacBook Air e MacBook Pro com tela Retina.

Leia mais: Review do D-Link DIR-505, outro roteador portátil que pode ser bem útil em viagens

O preço sugerido para comercialização no Brasil é de R$ 149, mas a distribuição oficial pela Asus só deve iniciar no segundo semestre de 2014. No mercado norte-americano, o produto tem preço sugerido de 49 dólares.

Review: Asus RT-N66U, o roteador que não brinca em serviço


    






02 Dec 20:43

Cyanide & Happiness #2967

by noreply@blogger.com (LpMagal)

01 Dec 03:35

Publiciotários: iPreço

by Somir

pub-ipreco

Não vai ser DS, então vou aproveitar para tratar do assunto. Com muita pompa e babaquice, foram lançados oficialmente no Brasil os novos iPhones 5S e 5C (ênfase no oficialmente). (sub)Celebridades, histórias de malucos na fila para comprar e tudo mais que se espera de um evento consumista do tipo… Menos, é claro, gente que sabe o que diabos o aparelho que comprou faz ou deixa de fazer.

Olhando pelo lado apenas da tecnologia, a Apple já deixa a desejar faz alguns anos. O negócio de vender status ficou grande demais, esses novos celulares vem remontados a cada ano com mais desculpas para “renovar o guarda roupa” do que propriamente funcionalidades inovadoras. Comprar o novo iPhone é mais questão do antigo sair de moda do que qualquer outra coisa. A Apple anda preguiçosa desde que seu fundador ficou offline…

Olhando pelo lado dos lucros, só elogios. Vender praticamente a mesma coisa cada vez mais cara seguidas vezes para as mesmas pessoas? E essas pessoas achando o MÁXIMO? Quem diz que Steve Jobs era um gênio pela sua capacidade de inovação tecnológica claramente não entende muito de tecnologia ou de como o processo de criação nessa área funciona… Quase todas as sacadas da empresa nas últimas décadas tem muito mais a ver com sacadas comerciais do que com inovação propriamente dita.

Se é para chamar Steve e seu time de genial, que seja pela ideia de inventar toda uma nova categoria do que comprar para o cidadão médio. Antes da revolução fashion da computação encabeçada pela empresa da maçã, tecnologia de informação era basicamente o meio para um fim. Comprava-se um computador para se ter acesso às suas funcionalidades. Essa fase passou… Agora compra-se computadores, notebooks, tablets e celulares porque é isso que pessoas normais fazem.

Não tem mais um porquê claro e definido atrás desse tipo de consumo, é mais uma coisa para comprar. Ninguém mais te chama de maluco se você torrar milhares de reais com um celular… Muita gente diz que a grande arma da Apple para praticamente imprimir dinheiro a cada lançamento é a grife na qual se converteu. Isso com certeza ajuda, mas o cerne da questão está bem mais enraizado, foi um lento processo de convencimento popular em todas as camadas sociais.

Muito se engana quem acha que a explosão de Xing-Lings com o sistema operacional Android é um problema para uma empresa como a Apple, na verdade nada mais é do que a confirmação que o povo mordeu a isca e o negócio de vender essa tecnologia para quem nem liga para essa tecnologia está funcionando muito bem, obrigado. Quanto mais a concorrência vender, melhor.

Se você analisar as propagandas da Apple desde o retorno de Jobs, vai perceber que elas na verdade se concentram muito mais no mercado em geral do que no produto. A “popularização do nerd” não foi um merecido reconhecimento da sociedade para quem inventou basicamente tudo o que facilita sua vida, e sim parte de um plano bem maior. Essa coisa do geek entrar na moda foi empurrada goela abaixo da população, fruto de pesados investimentos em propaganda e uma esperta simplificação de uso dos equipamentos eletrônicos.

Solta uma campanha dizendo que usar essa tecnologia é coisa de gente bacana e descolada, faz o produto ser simples a ponto de um chimpanzé usar… Pronto! Mercado aberto. Os primeiros desesperados por atenção vão aderir ao movimento e lentamente ganhar mais companheiros até que soe aceitável fazer fila de dias na frente de uma loja para comprar o último pedaço de plástico e circuitos montados por escravos asiáticos…

Não é só o status que comprar esse produto agrega ao seu camarote, é a doce conformidade tão desejada por bilhões de pessoas nesse mundo. É ter o que comprar numa sociedade capitalista, é não se sentir deslocado do bando, é ter uma certeza do que é a coisa certa a se fazer. O ser humano em geral se caga de medo de fazer escolhas impopulares.

E a publicidade sabe disso. A Apple trabalha com um certo quê de elitismo em suas campanhas e produtos, mas consegue evitar vez após vez ser vista como uma marca de luxo puro. O dia em que iPhone for VISTO como artigo exclusivo para poucos e abastados, a empresa começa sua derrocada rumo à falência. Podem apostar que com a verba que tem e com os profissionais que pode contratar para fazer sua comunicação, se a Apple quisesse ser vista como a Louis Vuitton dos celulares e computadores, já seria.

O lance é ser popular e parecer que não é. Os diferenciais de marca da Apple servem para eliminar dúvidas na cabeça do consumidor, principalmente aquele que não sabe e nem quer saber sobre as peculiaridades tecnológicas do que está comprando. É ter o que comprar e ter uma escolha fácil na hora de botar a mão no bolso. E por incrível que pareça, é o alto preço médio dos seus produtos que permite essa popularidade toda.

Vejam bem, quem não entende patavinas sobre um produto quase sempre fica apenas com a questão do preço para definir sua qualidade. Os celulares lançados recentemente não são caríssimos só porque a Apple também se amarra num lucro abusivo, o preço existe aqui para não minar a já frágil confiança do consumidor médio no valor daquilo que compra. Imagino que se desse a louca na Apple e seus produtos caíssem todos para uma faixa de preço próxima dos chineses sem marca (ao contrário dos chineses com marca), isso faria a Apple vender MENOS. Não só em valor, mas em unidades.

Se o consumidor tiver que escolher entre diversos produtos de marcas distintas mais ou menos na mesma faixa de preço, ele fica inseguro. Ou não compra, ou começa a formular estratégias (algumas incoerentes) para não achar que desperdiçou seu dinheiro. Os mais interessados começariam a comparar as funcionalidades, os menos comprariam o que desse o maior desconto. O valor da marca é intangível demais por si só.

Não digo que os produtos da Apple sejam ruins, eu não gosto muito, mas há de se admitir que costumam ser bem feitos e até bem pensados. Só que sem a pecha de ser o melhor que tem e sem custar o equivalente a essa ilusão (tem muita coisa bem feita nesse mercado, Apple é só mais uma das marcas com essa capacidade), o cidadão não abriria a carteira com tanta disposição. As pessoas querem comprar confiança e a sensação de pertencimento… E isso a Apple sabe vender como poucos.

Se o produto fosse a estrela, podem apostar que as pessoas não trocariam de celular a cada novo modelo lançado. O produto é o de menos, é o que se pensa dele que vale o investimento. Se a Apple quisesse te vender a versão 4 do iPhone como o pináculo da tecnologia moderna e como produto essencial para sua vida NA PRÁTICA, conseguiria. Mas a que custo? Se seus consumidores se sentirem seguros até mesmo depois do lançamento de uma nova versão, duvido que venderiam tanto. Duvido que cidadão economizasse por anos pra trocar pela versão 5. Quando o consumidor coloca a mão no bolso para comprar algo tão abstrato quanto o número que vem depois do nome de um produto, o mercado inteiro sorri.

Uma das minhas maiores críticas à publicidade é a mania de transformar produtos em ideias genéricas, a indústria da aspiração da qual já falei seguidas vezes nesta coluna é resultado direto dessa abordagem distrativa tão em voga no mercado. Vendem tudo menos o produto. Mas ao mesmo tempo, é essa a forma com a qual a propaganda consegue ir mais longe como comunicação e passar ideias direto para a mente das pessoas. É um grande poder usado a abusado com cada vez mais frequência.

Uma sociedade cada vez mais superficial e consumista com certeza influi no sucesso de iCraps da vida, mas há de se reconhecer mérito onde ele existe: Foi um plano longo e caprichado até chegarmos nesse ponto. Vender algo como o mero alívio de finalmente ter o produto da moda pode te deixar rico, vender a ilusão de que algo assim pode ser comprado pode te deixar bilionário.

Para dizer que eu só tenho Enveja do seu celular chinês dourado, para discutir a grafia de Xing-Ling, ou mesmo para dizer que ser nerd nunca vai estar na moda (pura verdade): somir@desfavor.com

27 Nov 22:25

A "Algorave" É o Futuro da Dance Music (Se Você For Nerd)

by Daniel Dylan Wray, Fotos: Paul Cantrell


Programadores de algorave escrevendo códigos musicais.

Para a maioria das pessoas, o único código envolvido numa balada é o dress code. No entanto, existe toda uma subcultura musical baseada em ver pessoas que adoram computadores criando música dance com codificação ao vivo. A “algorave” — ou rave algorítmica — é uma cena que define sua música como “sons caracterizados total ou parcialmente pela emissão de uma sucessão de condicionais repetitivas”.

Vamos combinar, parece uma ideia de merda; não tem muita gente disposta a fazer fila nos clubes de música eletrônica só pela promessa de condicionais repetitivas. Mas embora pareça fácil ridicularizar a algorave, isso tudo é algo muito novo, então decidi descobrir pessoalmente como o negócio realmente funciona. Além do mais, ninguém quer ser o cara que daqui 30 anos vai perceber que zoou o Belleville Three na escola só porque eles eram nerds que curtiam computadores e não ouviam os Ramones.

Um set de algorave gravado em Barcelona.

Os promotores das noites de algorave levam suas festas pelo mundo inteiro e já realizaram eventos em lugares como Canadá, Eslovênia, México e Londres. Esta noite, eles estão em Sheffield — uma cidade inglesa que se orgulha em cultivar música eletrônica inovadora — com uma escalação de artistas com descrições que mais parecem captchas. “Glitch cellular automata”, “algokraut” e “ambient gabber” são alguns dos meus favoritos.

Antes de a noite começar, conversei com Alex McLean, um dos fundadores da algorave, que se apresenta solo sob o nome Yaxu e que também é membro do trio do Slub, sobre as origens do movimento. “Codificação ao vivo não existia realmente”, Alex me disse. “Então, tivemos que inventar”, acrescentou outro membro do Slub, Nick Collins, que se apresenta solo como Sick Lincoln.

“Sou um codificador ao vivo e, nos últimos dez anos, tenho escrito códigos para tentar fazer as pessoas dançarem. Esse é meu objetivo”, me disse Alex. Escrever códigos para fazer música é um interesse de mais de dez anos para Alex e Nick, mas a epifania de transportar isso para um ambiente de balada só surgiu alguns anos atrás. “Eu e o Nick estávamos indo para um evento em Nottingham quando sintonizamos numa rádio pirata chamada Rogue FM”, disse Alex. “O DJ Jigsaw estava tocando vários happy hardcore, o que influenciou nosso set naquela noite. Naquele momento isso se tornou a algorave.”

Pela própria descrição deles, “os algoraves abraçam os sons alienígenas das raves do passado e introduzem ritmos e batidas alienígenas futuristas feitos por meio de estranhos processos auxiliados por algoritmos”. Alex tentou desmontar a função da codificação ao vivo em termos mais simples: “é meio como fazer um padrão de tricô ou algo assim; você começa com uma maneira bem simples de descrever padrões — essa é minha abordagem — e depois usa eles como um tipo de linguagem para descrever sua música”.

Uma algorave é assim.

“Como você tem um computador ali que segue esses padrões enquanto você digita, é a escrita do padrão que faz a música. Você não está escrevendo um padrão que gera toda uma peça, você está escrevendo um padrão que descreve um loop e, então, para mudar a música, você muda o loop. É muito cíclico. É como escrever um texto, mas o que estou fazendo é bem simples na verdade. Outros artistas, como o Nick, realmente se envolvem com a síntese — descrevendo gráficos e operadores que trabalham juntos numa grande rede para criar música ao vivo. Eu trabalho no nível de padrões, mas outras pessoas que vão tocar hoje vão até o nível do sample.”

Essencialmente, o objetivo é colocar a programação à frente da experiência toda, apresentar o ato da programação ao vivo como uma forma de arte em si.

Voltei para o local do evento naquela noite para ver como era transformar a programação numa forma de arte. Óculos, tênis e mochila compunham o dress code universal, e praticamente todas as conversas que escutei giravam em torno de algo relacionado à tecnologia. Não é a atmosfera tradicional de uma balada, e não parecia que muita saliva seria trocada na pista de dança.

Alex, A.K.A Yaxu.

O Alex toca primeiro, como Yaxu. Ele senta no chão, de meias, cruza as pernas e coloca o teclado no colo, olhando para a enorme tela projetada que gradualmente se enche de códigos. Seus dedos deslizam sobre o teclado como uma daquelas crianças prodígio coreanas que aparecem no YouTube de vez em quando. Os olhos do público estão colados na tela, enquanto Yaxu, de algum jeito, transforma um monte de números e dígitos numa fusão glitch de dub, bass e techno. Cabeças balançam e as pessoas sorriem, não necessariamente no tempo da — ou como reação à — música, mas em admiração ao código que se desdobra na frente delas. Alguns artistas procuram uma abordagem visual, escondendo os códigos atrás de gráficos numa tentativa de atrair a atenção para o resultado e não no processo.

Curious Machine é um bom exemplo desse tipo de artista, vomitando uma confusão de glitchs ambientes que lembram o Autechre atrás de um monte de efeitos visuais que mascaram o código. O Section_9, um artista de Leeds, desfia códigos tão rápido que todo mundo — mesmo alguém como eu, que não faz a menor ideia do que está acontecendo — se impressiona. Estudantes apontam para a tela, tentando dissecar o código, tentando entender o que está acontecendo com os loops e batidas que enchem a tela gradualmente.

As pessoas estão trancadas na Matrix, mas não vejo muitas pílulas azuis rolando por aqui. Hedonismo não aparece estar no centro desse movimento, pelo menos não esta noite. Enquanto caminho pela multidão dispersa, vejo mais copos de cerveja e acenos de cabeça de apreciação do que Malibu e MDMA. De repente, uma pessoal grita, ironicamente: “Alguém tem ketamina?”. E isso é o mais perto que a noite chega de qualquer depravação. Outra coisa que notei no movimento é sua natureza espontânea. Os códigos são feitos do zero e se tornam facilmente voláteis ou instáveis, porque não há infraestrutura de retorno para apoiá-los ou reforçá-los.

“Os códigos ficam bem complexos e posso até mudá-los, mas não sei exatamente o que vai acontecer quando eu fizer isso. A coisa toda se torna algo com que estou simplesmente brincando”, disse Alex. Na verdade, durante a performance do Section_9, as linhas na tela gigante de repente se tornam vermelhas, e com cada linha vermelha, um som, loop ou batida diferente morre. O som desmorona linha por linha até morrer completamente.

“Deu pau”, ele diz para o público. Mas, em segundos, ele consegue refazer tudo e a batida retorna. Mesmo que risco não seja uma coisa que você associe instantaneamente com codificação, a configuração ao vivo parece oscilar precariamente entre o ponto exato e o desastre total. Talvez porque — pelo menos do meu ponto de vista mal-informado — a tela sempre pareça mostrar uma gigantesca falha eletrônica. Como resultado, os sons variam muito durante a noite, mesmo no set de um mesmo artista. Ocasionalmente, o som é inconsistente, desajeitado e incoerente; outras vezes, é empolgante, imprevisível e absorvente.

Luuma, mascarando códigos com efeitos visuais.

Já disseram que a algorave é uma junção entre filosofia hacker, cultura geek e balada eletrônica, mas pouca gente reconheceria o que rolou esta noite como “balada”. Pouca gente partiu para algum movimento diferente ao de ficar em pé no mesmo lugar e, mesmo assim, em movimentos bem contidos.

A questão não é tanto a música — escrevendo ou não escrevendo códigos, artistas como o Luuma provavelmente encheriam uma pista de dança — mas até agora, a algorave não conseguiu emparelhar o isolamento da codificação com a empatia e a euforia da cultura comunal da música eletrônica. Apesar de isso não ir muito além de um clube de computadores com luz estroboscópica, Alex não parece se importar. Para ele, por enquanto, os códigos continuam sendo a atração principal e um pequeno grupo de algoravers de Sheffield curte muito imergir nela.

Siga o Daniel no Twitter: @DanielDylanWray

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13 Nov 00:48

26 planos de fundo de desenhos animados que merecem ser pendurados em uma parede

by Attila Nagy

Você já se pegou assistindo a um desenho animado e notando as ilustrações por trás dos personagens? Aquelas imagens de fundo costumam ser mais bonitas do que a ação em primeiro plano. Se esse camundongo e aqueles garotos narigudos pudessem sair do caminho… Se você é desses, então o futuro Leilão da Beverly Hills Animation Art Signature pode ser para você.

Agora falando um pouco sério, eu sempre admirei muito a forma como animações à mão nascem. Assistir animadores antigos virando aquelas células para criar a ilusão de movimento é algo fantástico, e pintar um plano de fundo detalhado para cada cena deve ser uma das tarefas artísticas mais importantes no processo altamente complexo de fazer um desenho animado.

Artistas de plano de fundo normalmente pintam os cenários altos e largos em guache, tinta acrílica, aquarela, tinta a óleo ou até mesmo lápis. O resultado final é arte – mas, nos desenhos animados, nós não conseguimos apreciar as imagens inteiras devido aos movimentos de câmera.

Os exemplos abaixo do Leilão da Animation Art Signature, que será realizado no dia 20 de novembro, mostram quão belas as obras de arte podem ser – eu não pensaria duas vezes antes de colocar uma delas na parede da minha casa.


Uma ilustração de fundo de um desenho do Pateta de 1952. Foi pintada para um curta, mas não foi usada na versão final.

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Foto: Heritage Auctions


Este plano de fundo mostra a Estátua da Liberdade e parte de Manhattan, incluindo o World Trade Center e a Ponte Manhattan. Foi pintado para Os Caça-Fantasmas de 1986.

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Foto: Heritage Auctions


Uma bela produção Art-Deco de fundo da Batcaverna para Batman: A Série Animada (Warner Brothers, 1995), criada por Bruce Timm.

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Foto: Heritage Auctions


Este panorama espetacular mostra uma escadaria medieval dentro do castelo da Malévola e foi feita à mão por Eyvind Earle, estilista de cores e responsável pelos planos de fundo de A Bela Adormecida (Walt Disney, 1959).

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Foto: Heritage Auctions


Panorama vertical espetacular para um desenho do Mr. Magoo de 1952.

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Foto: Heritage Auctions


Uma visualização estilizada de Las Vegas com todos os letreiros famosos de hotéis para o desenho Aesop e Júnior, um segmento de As Aventuras de Rocky e Bullwinkle.

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Foto: Heritage Auctions


Uma ilustração de fundo de Paul Julian para O Coração Revelador, uma adaptação animada de um clássico de Edgar Allan Poe (UPA, 1953)

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Foto: Heritage Auctions


Comercial do cereal Cap’n Crunch, por Bill Hurtz e Pete Burness em 1960.

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Foto: Heritage Auctions


Uma maravilhosa paisagem de Ovos Mexidos (Walter Lantz, 1939), pintada pelo lendário ilustrador Willy Pogany (1882-1955).

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Foto: Heritage Auctions


Plano de fundo do castelo da Fera em O Mundo Mágico da Bela (Walt Disney 1998)

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Foto: Heritage Auctions


Plano de fundo de Dinotopia (Walt Disney, 2002).

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Foto: Heritage Auctions


Uma imagem de fundo bastante detalhada de um quarto mal-assombrado de Scooby-Doo na Ilha dos Zumbis (Hanna-Barbera, 1998)

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Foto: Heritage Auctions


Uma vista do aeroporto de Calcutá em As Incríveis Aventuras de Jonny Quest (Hanna-Barbera, 1996).

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Foto: Heritage Auctions


Fundo de O Homem no Trapézio Voador por Paul Julian (UPA, 1954).

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Foto: Heritage Auctions


Os Smurfs (Hanna-Barbera, 1984)

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Foto: Heritage Auctions


Dois planos de fundo de Arquivo Cãofidencial e Fantasmino, o fantasma galopante (Hanna-Barbera, 1979).

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Foto: Heritage Auctions


Dois planos de fundo pintados à mão de SWAT Kats – O Esquadrão Radical (Hanna-Barbera, 1993)

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Photo: Heritage Auctions


Uma imagem assustadora do Asilo Arkham de Gothan City na versão de As Novas Aventuras do Batman (Warner Brothers, 1997)

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Foto: Heritage Auctions


Os Simpsons (Fox, 2002). Imagem de fundo pintada em celuloide para o episódio “O Último Pistoleiro do Oeste”, da 13ª temporada da série.

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Foto: Heritage Auctions


Dois planos de fundo da Famous Studios feitos pelo famoso ilustrador e animador Anton Loeb.

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Foto: Heritage Auctions


Um salão deserto em Ghost Town, do personagem Gandy Goose de Terrytoons, 1944.

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Foto: Heritage Auctions


Um plano de fundo de Super Mouse dos anos 1940 (Terrytoons)

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Foto: Heritage Auctions


Imagem de topo: plano de fundo de Pinóquio (Walt Disney, 1940). As imagens deste desenho foram pintadas brilhantemente por Claude Coats, Merle Cox, Ed Starr e Ray Huffine, para citar alguns dos nomes. - Heritage Auctions




12 Nov 23:49

Por Que Ainda Não Inventaram o Sonic Moralista no Facebook?

by Pedro Moreira

No ano de nosso senhor de 1993, foi ao ar o desenho animado oficial do Sonic. Como tudo no Brasil chega depois, ele estreou em Pt-Br em 1994, passando até 1995. Embora uns dez anos após a estreia de He-Man, ele tem algo (fora a animação barata e roteiro tenebroso) em comum com o He-Man — ao final de cada episódio, nosso porco-espinho azul preferido dava lições de moral para os jovens viciados em videogame e televisão, tentando enfiar algum conteúdo educacional moralizante na meninada. Como todo canal privado ou institucional que tenta passar uma mensagem moral padronizada, essas dicas são curiosamente específicas ou ridiculamente genéricas, mostrando a falta de contato que os adultos produtores dos desenhos têm com os moleques consumidores desses produtos.

É bom reparar que o Sonic do desenho representa o estereótipo de tudo o que eu mais odeio em um ser humano: ele é babaca, arrogante, cheio de si, cheio de certezas, presunçoso, etc. É o modelo de herói certinho que aprendi lendo os quadrinhos do Mickey Mouse, sempre arrumadinho, engomadinho e correto ao lado do desastrado, passional, raivoso, azarado e pobretão Donald — figura muito mais digna da minha empatia tropical.

Fiz uma breve seleção do quadro final do desenho Sonic Sez, no qual ele passa uma lição de moral nem sempre tão clara assim, e nem todas elas envelheceram tão bem. Se você tem dúvidas se está fazendo tudo certinho em sua vida, talvez esses insights de um desenho animado vagabundo licenciado de um personagem de videogame consigam te ajudar a medir um pouco melhor seu sucesso moral.

Gangues

Meu tipo preferido de lição moral para crianças é aquela que, em vez de ensinar aos pimpolhos o que não fazer, dá ideias erradas para os meninos com pouca imaginação, mas muita vontade de cometer o errado. Imagine um padre professor de educação religiosa no interior da Finlândia falando: “Cometer atos carnais com animais, por exemplo, cabritas, é um pecado horroroso e não deve nunca ser praticado!”. Logo em seguida, a criançada, em plena puberdade, depois de aprender o que significa "atos carnais", vai olhar para a cabritinha no sítio ao lado e começar a ter ideias meio pecaminosas. No caso das gangues, deve ter sido algo bem próximo a alguma realidade dos roteiristas desse desenho vagabundo, e capaz que tenha dado mais ideia errada pros moleques do que os ajudou a seguir o caminho direito.

 

Todos têm algo a oferecer

OK, agora o porco-espinho tá sendo cuzão mesmo, vamos analisar. Compreendo passar para as crianças a ideia de que todos somos diferentes e que essas diferenças devem ser respeitadas, etc. Porém, o que o babaca do Sonic faz? Vê os coleguinhas de maneira utilitarista pensando no que ele pode proporcionar para os outros, não apenas como um ser autônomo diferente dele. Maldito porco-espinho pragmático. Sem contar que no decorrer de nossas vidas conhecemos pessoas que absolutamente não têm nada a nos oferecer, as pessoas não são coisas úteis e sim pessoas, e todos nós conhecemos filhos da puta com quem não somos obrigados a conviver e sim, isso faz parte do espírito democrático.

 

Fugir de casa

Não acho que seja legal incentivar crianças a fugir de casa, mas observando o vídeo consigo enxergar porque o pobre macaco robô queria dar o fora do laboratório do Dr. Robotnik — onde ele não é amado e é frequentemente lambuzado de óleo. Em vez de dar um exemplo palpável de uma casa onde a criança se sente protegida, o Sonic apenas fala pro macaco virar homem, engolir seco e continuar aguentando a barra de um lar abusivo e sem amor. Pensando bem, talvez seja sim um bom treino para a vida adulta.

 

Leis

Com a abstrata premissa de que o juiz é uma figura justa e de que as leis “estão aí por algum motivo”, Sonic, como o bom amigo e conselheiro superior que é, segue o preceito do quadro sobre fugir de casa e, num golpe de amor fati desajeitado, fala para seu amigo Tails calar a boca e aguentar o mundo como ele é, pois as coisas poderiam ser ainda piores. Uma espécie de vovô que viveu na época da guerra e é melhor você comer as ervilhas, quanta gente não está morrendo de fome por aí? Um show de cidadania e espírito livre Sonic, obrigado.

 

Graffiti

Sonic chama Tails NA CHINCHA e explica o que é e o que não é arte. Não sem antes ir lá e dar uma bela de uma melecada na parede pública que estava povoada de inocentes graffitizinhos, o que, teoricamente, também é vandalismo. Destituindo o graffiti de seu contexto original, Sonic adiantou o processo da institucionalização da arte urbana fazendo assim avançar a discussão atualíssima de que a maioria do graffiti, quando simplesmente transposto para os suportes tradicionais das belas artes, sem uma pesquisa mais aprofundada de suas particularidades e sobre como traduzi-la para o ambiente interno do atelier, fica uma bela de uma bosta.

Siga o Pedro Moreira no Twitter: @pedrograca

Anteriormente   Ressaca e Confusão Mental no BGS 2013

Quer mais aventuras do Pedro Moreira no mundo dos games?

Em Rogue Legacy, Quem Fica com a Grana É seu Filho

09 Nov 22:21

Cuidado com os anúncios maliciosos do Facebook!

by noreply@blogger.com (Isaias Malta)
Sabe aqueles pequenos anúncios pagos na coluna direita da página do Facebook? Alguns deles direcionam o usuário para página de phishing (página falsa que imita um site verdadeiro e cujo propósito é inocular vírus), ou página dedicada exclusivamente a fazer download de vírus no seu computador, tablet, smartphone.


Dificilmente o Facebook tem condições de checar o link de todos os anunciantes, mais ainda, como se trata de dinheiro entrando na caixinha, suspeita-se que eles não tenham lá muita vontade de fazer isso. Você não vê um botão de denúncia na coluna dos anúncios patrocinados, no máximo pode fazê-lo sumir da sua timeline apertando o "X" ao lado direito do anúncio.


O diabo é que os anúncios maliciosos são os mais atraentes! Este aqui promete revelar um vídeo do PM sendo preso depois que alvejou um bandido motoqueiro:


Aí, na suposta página do "Jornal da Globo" (http://jornaldaglobonews.com.br/) você descobre que se trata de uma clonagem da página real do Jornal da Globo, cujo endereço logicamente é diferente do site real (http://g1.globo.com/jornal-da-globo/).


Todos os links existentes na pretensa página "Jornal da Globo News" direcionam para um atualização do Adobe Flash Player. É nesse momento que o pessoal inocula o vírus, quando o usuário incauto, na ânsia de ver o conteúdo do vídeo, aceita a falsa atualização.


Outro anúncio (infelizmente não fiz o print-screen) mostra uma imagem de uma garota na frente da webcam prometendo "Tiro mais [roupa] na medida do aumento das visualizações". Quando o incauto acessa o site, um script dispara automaticamente o download do vírus "install.exe".



Em tempo: não confundir os anúncios acima com aplicativos maliciosos. Este promete revelar um vídeo bombástico de flagra, mas requer a instalação de uma "atualização de segurança", que provavelmente é uma extensão que vai transformar o seu browser numa usina de propagandas, que vai usar a sua conta do Facebook para mandar SPAM, etc.


"©2011 "Blogpaedia"- Direitos Autorais reservados."
24 Oct 11:31

Porque odiei o filme Guerra Mundial Z?

by noreply@blogger.com (Isaias Malta)
Fernandypax

Disse tudo.

A temática zumbi há muito tem sido frequentada pelo cinema. Em Cuba, uma taxista nos garantiu que os zumbis existem realmente (no Haiti, produzidos por magia negra) e que são utilizados em trabalho escravo. Afinal, o que você faria com um morto-vivo sem vontade própria?


Então, sendo um tema quentíssimo, me dispus a levar a minha pipoca para a frente da telona do projetor para ver mais esta produção hollywoodiana. E a experiência foi decepcionante porque é nitidamente um filme feito para ter sequência. Eles simplesmente renunciam a qualquer tentativa de explicação "científica" sobre as causas do fenômeno. Vírus ou bactéria? Como um espectador nerd, sai frustrado porque o roteiro desvia olimpicamente do aprofundamento, mais ainda, adota o pressuposto teórico imbecil de que a melhor maneira de ficar invisível aos zumbis seria a autoinfecção com uma doença mortal.


Os roteiristas perderam uma ótima oportunidade para esmiuçar o drama da zumbificação vivido nos nossos tempos. Na vida real, ao contrário do filme, vejo nitidamente a causa da proliferação dos nossos zumbis: a necessidade premente de conexão mandatória e imperativa.


Você pode passar uma semana, um mês, quiçá um ano teclando furiosamente o seu celular noite e dia, mas posso lhe garantir que ao cabo de alguns anos o seu cérebro terá se transformado numa geleia mole. Acho que no fundo e canhestramente é isso que este Blockbuster tenta nos passar; os futuros milhares, milhões de zumbis sequelados pela ansiedade provocada pela voracidade conectiva. Em tempo: quando os zumbis são deixados a esmo, sem nenhum estímulo auditivo, ficam se mexendo intranquilamente a todo o momento, mas estáticos e silenciosos, no máximo batendo os dentes – provando que nem a zumbificação elimina a ansiedade.


Não gostei daquele mar de zumbis se movimentando no filme, apesar de flagrá-los nas ruas, dirigindo carros, atendendo nos balcões de comércio, etc. Sou servido por zumbis, transportado por zumbis e almoço com zumbis, mas não gosto da ideia de ver um filme se desperdiçar tanto nos efeitos especiais de multiplicação de zumbis, que inundam as ruas e se amontoam aos milhares para sobrepujar o muro inexpugnável de Jerusalém.



Talvez eu não tenha gostado do filme por ter sido fantasioso demais ou realista demais? Talvez eu não tenha gostado porque ele não quis se apropriar do paralelo que acontece no mundo real. Estamos nos zumbificando e não nos damos conta disso, certamente, até porque a inconsciência é uma das principais característica da existência dos mortos-vivos.

"©2011 "Blogpaedia"- Direitos Autorais reservados."
24 Oct 10:47

Natal 2013 do Nerdin

by O Criador
Fernandypax

Isso.

Pra quem não viu, Sony anunciou o PS4 por R$4.000,00 no Brasil =D
10 Oct 07:17

O passado sempre é melhor do que o presente

by mateustestoni

“Ain essa geração tá perdida, a minha geração era bem melhor.”

mechupemcolaboradoreslolEu curtia a música e os programas infantis da Era Proterozoica.

06 Oct 16:34

#23 - Pra que tantos carros?

by Pedro Leite
Fernandypax

Verdade!

Encontrei o portal Cupons Mágicos e descobri que lá podemos encontrar bons descontos em todos os tipos de artigos do Extra! São bicicletas, ferramentas, automotivos, etc... É só clicar aqui e aproveitar!
01 Oct 13:53

Lojas online chinesas terão entregas internacionais mais rápidas e menos taxas

by Emerson Alecrim

Em breve, ficará mais difícil resistir à tentação de comprar acessórios, componentes, roupas, bugigangas e outros em sites como DealExtreme e FocalPrice. É que, numa tentativa de aumentar as exportações, o governo chinês decidiu incentivar as compras online internacionais, o que deverá resultar em taxas e prazos de entrega menores, mesmo para países longínquos como o Brasil.

O primeiro passo neste sentido está na facilitação do despacho de pedidos nas barreiras aduaneiras, incluindo aí redução de eventuais taxas de envio e geração mais eficiente de documentos. Isso significa que os produtos poderão sair com mais rapidez da China e chegar aos países de destino em menor tempo. Outra medida visa facilitar o recebimento dos pagamentos, muitos dos quais feitos via PayPal.

E não para por aí: o governo chinês também pretende, entre outras iniciativas, fornecer linhas de crédito atraentes para promover a expansão das lojas, reduzir os impostos pagos por estas empresas e até mesmo construir um monumental centro de distribuição na cidade litorânea de Hancheu.

Só em sites chineses você pode comprar um "Luigi brazuca" sem culpa

Só em sites chineses você pode comprar um “Luigi brazuca” sem culpa

Os brasileiros estão entre os maiores clientes de sites chineses, mesmo em época de dólar alto, como agora. E há motivos de sobra para isso: pode-se adquirir produtos dos mais diversos tipos por preços muito menores que os praticados no Brasil, sem contar a imensa variedade de itens inusitados que só podem ser encontrados nestes sites.

É claro que é necessário considerar também a outra extremidade deste sistema. Quem já fez compras em sites estrangeiros sabe que, quando o pacote chega ao Brasil, pode levar semanas para ser entregue pelos Correios e, de acordo com as leis de importação, está sujeito à taxação.

Mas nem isso, nem o risco de adquirir produtos de qualidade duvidosa é capaz de amenizar a sede de compra dos brasileiros. Levando em este aspecto em conta, não me surpreenderia saber que as medidas do governo chinês têm como foco justamente os compradores do nosso país.

Com informações: Estadão

Lojas online chinesas terão entregas internacionais mais rápidas e menos taxas


    


30 Sep 22:17

Checklist de setembro 2013

by Thais Godinho
Imagem: Layout Sparks

Imagem: Layout Sparks

Estou muito, muito feliz com a chegada de setembro, porque agosto costuma ser o mês mais atarefado para mim em termos profissionais, e agora posso respirar com um pouco mais de calma. Algumas sugestões para a sua checklist de organização para este mês:

  1. Revisar objetivos de curto, médio e longo prazo para ver se seus projetos atuais estão coerentes com o que você busca;
  2. Verificar agenda e todos os compromissos que você tem, para tomar providências (presentes para comprar, reservas para fazer etc);
  3. Começar a lavar e guardar algumas roupas de inverno que com certeza não serão mais usadas;
  4. Fazer uma lista do que você gostaria de comprar para a casa na próxima estação;
  5. Destralhar o guarda-roupa e doar o que você não usa;
  6. Planejar as férias de final de ano, se ainda não fez isso;
  7. Pesquisar quais são os alimentos da estação para economizar e variar no menu semanal;
  8. Limpar todos os seus sapatos;
  9. Programar mais atividades ao ar livre;
  10. Fazer uma plano para ter seis meses de salário guardados na poupança para emergências.

Nos Estados Unidos, eles costumam fazer uma super limpeza na época da primavera, em março, que eles chamam de spring cleaning. Essa moda nunca pegou muito aqui no Brasil – costumamos fazer algo parecido na virada do ano, para dar as boas-vindas às energias do ano que chega. Porém, é legal se inspirar e limpar a casa de uma forma mais profunda, se você quiser. A Martha Stewart tem uma checklist completa sobre como fazer (em inglês).

O meu mês de setembro está cheio de emoções! E você, o que pretende fazer este mês?

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25 Sep 22:18

Cyanide & Happiness #2920

by noreply@blogger.com (LpMagal)

25 Sep 22:01

Cyanide & Happiness #2929

by noreply@blogger.com (LpMagal)

23 Sep 21:42

#20 - Desculpas de quem bebe refrigerante

by Pedro Leite
Fernandypax

Verdade.


23 Sep 14:13

Desfavor Explica: A história dos cães.

by Sally

dex-historiacaes

Se alguém perguntar de onde vieram os cães, a resposta está na ponta da língua: “do lobo!”. Mas a história é muito mais interessante do que isso. Desfavor Explica: a história dos cães.

Os cães foram os primeiros animais a serem domesticados pelos seres humanos, estima-se que isso tenha ocorrida há cerca de 14 mil anos (enquanto os gatos contam com “apenas” 9 mil anos de domesticação). A dobradinha de cães com humanos deu tão certo porque foi um bom negócio para ambos. Há 15 mil anos atrás, o ser humano deixa de ser nômade e passa a fixar residência em uma espécie de vilas rudimentares. Tudo isso graças à agricultura: ao aprender a plantar, isso os obrigou a se fixar um um único local de modo a cuidar de sua plantação. Como qualquer aglomerado de gente, ao final do dia geravam restos de comida e lixo nas proximidades dessas vilas. Muitos animais, dentre eles o lobo, via nestes restos um ótimo jantar, fazendo com que comecem a aparecer pelas proximidades regularmente.

Ocorre que no entorno desses restos havia pessoas, ninguém andava até muito longe para jogar o lixo fora e, como você pode imaginar, não havia serviço de coleta de lixo à época. Inicialmente isso foi um problema, porque os lobos são muito antissociais e relutavam muito em chegar perto dos humanos. Mesmo quando os humanos se afastavam, os lobos eram obrigados a pegar a comida com muita pressa, pois se um humano se aproximasse eles sairiam correndo. Assim, os lobos tinham uma fonte meio rudimentar e incômoda de comida, que nem sempre conseguiam alcançar.

O tempo foi passando, estes lobos foram procriando. Por um desses acasos da natureza, nasceram um que outro filhote destes lobos mais corajosinhos, que por um revertério qualquer, não tinha tanto medo dos humanos. Em toda família, até mesmo em uma de lobos, sempre nasce um maluco. Pequenos psicopatas de rabo, destemidos, que não se intimidavam com a presença humana. Começaram a se dar bem: fartura de comida, bastava ignorar aquele macaco pelado que estava nas redondezas. Na mãe natureza, quem come melhor vive mais, cruza mais e passa mais seus genes adiante. Resultado: a eclosão de uma geração de lobos que não tinha medo de humanos. Além da questão genética, é preciso levar em conta que os filhotes destes pais destemidos aprendiam desde pequenos, ao observar o comportamento de seus pais, que não era preciso temer o homem, que poderiam se aproximar. Ao ver os pais comendo despreocupadamente perto de humanos, os filhotes reforçavam esse comportamento.

Em contrapartida, o ser humano também estava achando bacana o processo. Para o homem, também era muito produtivo ter estes lobos à sua volta: os lobos não os atacavam e ainda davam alerta quando predadores se aproximavam, tomando conta da área. O homem podia dormir em paz, pois acabara de adquirir um ótimo vigia noturno. Nessa via de mão dupla, ambos, homens e lobos, começaram a conviver cada vez mais. Os lobos que eram mais ariscos nem se aproximavam e os que eram mais dóceis acabaram montando acampamento ali, na entrada das “vilas” humanas. O mundo dos lobos estava dividido em dois. E esta convivência acabou por aproximar mais ainda o homem do lobo. Com o tempo, criou-se uma geração de lobos que já não sabia mais caçar, pois desde sempre estava habituada a comer os restos. Com isso tinham que forçosamente viver nas redondezas e acabavam se esbarrando com humanos mais cedo ou mais tarde.

Foi quando se deu o primeiro passo para o contato físico. Como já foi explicado em outro texto, nós humanos temos uma atração incontrolável por filhotes de mamíferos, pois nos remetem a nossos próprios filhotes, despertando instintos de amor e acolhimento. Não demorou para humanos se encantarem pela fofura que são os filhotinhos de lobos e começarem e trazê-los para perto de si. Em contrapartida, os filhotes, por serem curiosos e inconsequentes muitas vezes “invadiam” o território humano para pedir comida quando estes faziam suas refeições. Difícil resistir a um olhar pedinte de filhote. Não demorou muito, o ser humano estava abraçando e adotando filhotes desse lobo manso. Mas… como surgiu o afeto em si? De onde vem tanto amor recíproco? Tecnicamente já sabemos como foi a aproximação, mas vamos aprofundar e entender o nascimento de uma relação de amor tão sólida.

Não é brincadeira, está cientificamente comprovado que cães nos conquistam. Porque amamos tantos os cachorros? Sim, como eu disse, eles são uma gracinha, mas vai muito além disso. Boa parte da culpa é de um hormônio chamado Ocitocina, responsável pela sensação de afeto e apego por outras pessoas. A ideia original da mãe natureza era usar a Ocitocina para unir bandos ou famílias de modo a aumentar as chances de sobrevivência do ser humano. Por exemplo, quando uma mulher tem um filho, os níveis de Ocitocina sobem absurdamente após o parto. É a mãe natureza assegurando a sobrevivência da espécie. Pois bem, por alguma razão que ainda não se entende bem, os malandrinhos de rabo criaram mecanismos para conseguir despertar a produção de Ocitocina nos seres humanos.

Estudos realizados com voluntários mostram que os níveis de Ocitocina disparam ao brincar com um cão. Cientistas acreditam que a coisa se dá quando eles nos olham nos olhos, um tipo de comunicação que nós humanos costumamos reservar apenas para pessoas queridas. Isso engana nosso cérebro, pois ao travar uma comunicação visual com os meliantes quadrúpedes se subentende que são entes queridos. Além disso, os cães nos entendem, capacidade que nenhum outro animal desenvolveu tão bem. Esconde um brinquedo debaixo de um balde e o embaralhe com outros dois. Chame o cão e aponte ou olhe fixo para o balde onde está o brinquedo. Ele vai entender e vai encontrá-lo, dificilmente isso dê certo com outro animal.

Cães aprenderam a nos entender porque para eles era muito benéfico andar com humanos. Cães sabem distinguir expressões faciais, nosso tom de voz e mais uma série de nuances. Não é exagero dizer que seu cão te entende melhor do que muitos seres humanos, afinal, ele é resultado de um animal que passou séculos observando e decifrando o ser humano. Além de fazerem um esforço enorme de observação para nos entender, cães gostam de nos imitar, o que torna ainda mais fácil o convívio. O cachorro segue um líder e se adapta as regras dele, é um animal moldável por natureza. É provável que seu cão durma na hora em que você dormir e acorde na hora em que você acordar, por exemplo. Tudo isso estreita laços e facilita a convivência.

Esse emprenho ao longo dos séculos não foi apenas por nos observar e nos decifrar. O cão também se esforçam para se fazer entender. Observando nossas vocalizações e nossas reações, eles desenvolveram diversos tipos de latido com a intenção de serem compreendidos. Você já viu um lobo latindo? Não, né? Cães desenvolveram latidos específicos para conversar conosco, já que o humano é uma criatura muito vocal. Mais: desenvolveram um padrão de latidos que pudéssemos entender. Não é difícil, mesmo para quem não é o dono, distinguir um latido de alerta ou um latido pedinte. Sim, eles se moldaram na nossa fôrma, por isso os amamos tanto. Estão, cada vez mais, virando humanos quadrúpedes. Eles sabem muito bem, após poucas tentativas e erros, quem é que se comove com eles, quem lhes dá moral, e exploram essa pessoa. Mais: eles aprendem também como obter os melhores resultados dessa pessoa.

Ser compreendido é um alento para o ser humano. Mais: cães além de fazer um esforço para nos entender, também se esforçam para nos dar aquilo que queremos. Tem muito ser humanos que não faz isso! Essa combinação fatal de Ocitocina com a malandragem canina deu e dá um bug no nosso cérebro, que nos faz amar os cachorros como se de fato fossem um membro da nossa família. Isso explica porque passamos a noite em claro se ele não está bem, porque sentimos saudades ou porque muitas vezes os tratamos como filhos. Existe uma explicação científica, não é loucura da sua cabeça. E nessa eles nos ganharam e entraram de vez nas nossas vidas.

Graças a essa combinação de fatores, em pouco tempo virou rotina estes lobos mansos semi-cães circularem entre os humanos, como parceiros. Eles eram bons companheiros na hora das caçadas, mantinham animais distantes das plantações, davam alerta caso algum predador se aproximasse no meio da noite. Assim, quanto melhor o lobo servia ao homem, mais bem cuidado ele era. E, como eu já disse, quem come mais cruza mais e passa mais seus genes adiante. Os filhotes que cresciam a permaneciam dóceis eram mantidos, os que se mostravam agressivos eram mortos. Ocorreu aí uma seleção involuntária, de modo a que lobos que mantivessem o comportamento desejado (comportamento de filhotes na vida adulta) sobrevivessem e ganhassem muita comida cuidado. Foram os que passaram os genes adiante, reforçando cada vez mais esse comportamento.

Ao menos era isso que se pensava. Hoje existe uma teoria que diz que na verdade esses lobos semi-cães teriam a capacidade de perceber que um comportamento mais bocó agradava os humanos e emulavam esse comportamento, para em troca receber mimos e comida. Ao serem recompensados por um comportamento infantilizado, eles rapidamente se adaptaram, muitas vezes fingindo. Sim, o cão tem essa capacidade de “vou dar a este humano o que ele quer, assim ganho algo gostoso em troca”. Eles podem ser sociopatas com rabo quando querem. Eles nos manipulam, podem ter certeza disso. E a gente adora. Por sinal, cães fingem conosco até hoje. Não que não nos amem, eles nos amam e muito, mas muitas vezes eles nos dão o que queremos para nos agradar. Como este, alguns poucos instintos dessa época ainda sobraram, mas nós humanos, bicho bobo toda a vida, preferimos humanizá-los e atribuir a eles sentimentos que não existem do que compreender a verdadeira origem do seu comportamento.

Por exemplo, um cão que insiste em lamber seu rosto, principalmente sua boca não está tentando te beijar. É um hábito antigo de filhotes, que ativava a regurgitação de suas mães: o cão lambia a boca da mamãe e ela vomitava comida para ele. Buscar a bolinha e trazer de volta nada mais é do que a repetição do comportamento de buscar uma presa e trazê-la à matilha. Levantar a pata e mijar alto no poste? Era a forma dos lobos marcarem território. A verdade é que boa parte do comportamento dos cães encontra explicação na sua origem e não em sentimentos humanizados.

Já reparou que quase todos os cães antes de deitar dão uma (ou mais de uma) rodadinha? Giram em torno de si mesmos e deitam. Não, seu cão não é maluco nem tem TOC, existe um bom motivo pelo qual ele faz isso. É herança dos tempos em que cães eram selvagens e tinham que se preocupar com predadores. O cão gira para identificar para qual direção está o vendo, de modo a se posicionar com o focinho voltado para a direção para onde vai a brisa. Isso porque se um predador chegasse nele sentindo seu cheiro, ele não estaria de costas na hora do ataque e teria mais chances de sobrevivência. Deixa o bicho rodar, ele sabe o que faz.

Voltando à história… Nesse ponto, já podemos falar em cães, não em lobos. Uma parceria firmada com humanos, uma dependência deles para se alimentar (principal critério para definir um animal domesticado) não deixam dúvidas que não eram mais lobos. A bilateralidade regia a relação entre cães e humanos. Os cães tinham que trabalhar para merecer seu lugar na matilha humana: cuidar do território, caçar etc. Porém, passaram-se os séculos e a realidade do homem mudou.

Indústrias, urbanização e outros fatores fizeram com que os cães perdessem suas funções. O humano não dependia mais da ajuda do cão para comer, pois ele não caçava mais ele comprava ou trocava comida agora. A parceria acabou, e como sempre, quando o ser humano está por cima e não depende mais de algo, ele tende a sacanear. Se o cão não servia mais como parceiro, serviria agora como status, como objeto de consumo, como mero acompanhante.

O cão não era mais empregado do dono, passou a ser visto como filho do dono, como objeto de ostentação. Sua única função nas metrópoles era existir. Por mais que ainda existisse uma que outra função como caçar roedores ou ser guardião da casa, o ser humano não dependia mais do cão como antes. Ter um cão deixa de ser necessidade e passa a ser escolha, e, porque não, luxo. Afinal, sustentar um cão não era para qualquer um. O ser humano então decidir mexer em time que estava ganhando. Cães pararam de ser peneirados pela sua funcionalidade e passaram a ser selecionados pela sua aparência. Foi quando começaram a se desenvolver a maior parte das raças.

Surge também o Pedigree, um documento bobo que conferia status ao cão, designando-o como de “raça pura”. O problema é que graças a essa súbita importância que passamos a dar para a aparência do cão em detrimento de sua funcionalidade, nós humanos perdemos a mão e, em alguns casos, sacaneamos os bichos. Patas muito curtas, focinhos muito achatados, excesso de pele e outras desproporções que terminaram por prejudicar os animais foram cometidas. Os coitadinhos pagam o preço até hoje, com dificuldades respiratórias, problemas de pele e em muitos casos doenças congênitas.

Pode observar, se uma raça teve em algum momento um boom de procura, é certo que ela virá com uma carga genética complicada. Isso porque na tentativa de obter filhotes com certas características reforçadas, se cruzavam parentes, algo não recomendado. Exemplo típico: cães da raça Collie, a popular Lassie. Com a série de televisão estrelada por esta raça a procura subiu do dia para a noite. Como havia poucos exemplares, cruzaram parente com parente mesmo, na tentativa de obter filhotes rapidamente e com isso lucrar. Resultado: uma linhagem com pouca variedade genética e com muitos problemas em decorrência desta escolha errada. Estima-se que cerca de 80% dos cães desta raça acabem seus dias cegos ou com problemas de visão. O homem é corno e cruel, mata a baleia que não chifra e é fiel.

Mas a aparência não foi a única pisada de bola que demos com os cães. Ao se tornarem objetos quase que decorativos, sem uma função concreta, acabamos por abandoná-los afetivamente e negligenciar suas necessidades. Cães que precisam se exercitar por horas são condenados a um, com sorte dois passeios por dia e meia hora de brincadeira. No resto do dia os donos estão muito ocupados trabalhando, em seu lazer ou cuidando da família. Resultado: cães frustrados, com excesso de energia, que começam a apresentar problemas comportamentais. O que o ser humano faz? Reflete e passa a dar ao cão aquilo que ele precisa? Não. Os chama de mal educados por eles se portarem como cães. Em casos mais extremos, até mesmo os abandona. Mas tem uma novidade aí, a nova babaquice da vez é medicar cães para que eles fiquem quietos. Hoje, nos EUA, estima-se que cerca de 80% dos cães estão sob efeito de alguma medicação que atua de forma calmante. Cabe ao dono educar seu cachorro, se o cachorro é um mal educado, a culpa é do dono e não do cão. Mas infelizmente quem paga é o animal.

Não é sacanagem fazer isso com quem historicamente sempre nos ajudou e até hoje se desdobra para tentar descobrir o que você quer e te agradar? É hora do ser humano ter vergonha na cara e começar a retribuir o mínimo que ele deve aos cães: dignidade. Tenham vergonha na cara e só aceitem a responsabilidade de ter um cão se puderem prover a ele muito tempo, muito exercício e muito afeto. Essa linda história de amor está tomando rumos escrotos e preocupantes. Como sempre, o ser humano acaba estragando o que constrói de mais bonito graças ao seu egoísmo. Torço para que esta história entre homens e cães não tenha um final infeliz.

Para perguntar se eu estou tomando calmantes porque este é o segundo texto seguido que não tem um palavrão, para dizer que os mensaleiros estão saindo livres e eu aqui falando de cães ou ainda para reclamar porque com um texto desses não tem como me marretar no Twitter: sally@desfavor.com

22 Sep 23:11

BlackBerry revive teclado físico

by Camilo Rocha

Segundo lançamento da empresa em 2013 tem como foco clientes corporativos

Não deixa de ser estranho olhar para um celular em 2013 e ver um teclado. Imediatamente temos a impressão de estar diante de um modelo antigo. O Q10, porém, é um lançamento fresquinho, o segundo celular que a combalida BlackBerry traz ao mercado este ano. O teclado e a similaridade com modelos de anos atrás seria uma tentativa de trazer de volta os antigos fãs.

   

Faltou só combinar com esses fãs, pois o Q10 não mostrou sinais de ter decolado. O modelo vinha sendo apresentado como a grande aposta para salvar a empresa que, recentemente, confirmou a demissão de 20% do seu quadro de funcionários.

Crise à parte, pode ser curioso voltar à experiência do teclado físico, mas não posso dizer que ele é preferível. Esbarra-se em teclas erradas do mesmo jeito que na versão “touch” e a alternância constante entre tela de toque e teclas parece um pouco desajeitada depois de anos nos acostumando a fazer tudo na tela.

Leia a íntegra do teste do BlackBerry Q10 na coluna Homem-Objeto, de Camilo Rocha

11 Sep 15:56

O senso comum dos que não pensam.

by Almeida

Eu gosto de dividir as pessoas em três segmentos – as que pensam, as que fingem que pensam (o que já demonstra que elas tem noção de que o certo é pensar, o que faz com que elas sejam quase seres pensantes) e as que simplesmente não conseguem transmitir nenhum impulso elétrico por aquela rede de neurônios que desembocam no cérebro.

Esses seres não-pensantes formam aquela massa de acéfalos semianalfabetos que agem por impulsos inconscientes, quase como se fossem porcos bípedes, e o mais admirável que podemos esperar deles é que sobrevivam por alguns anos sem esquecer de respirar ou engasgar com a própria saliva.

É senso comum olhar feio para tudo o que essa massa não-pensante gosta. Pense aí em todas as coisas que é senso comum odiar: One Direction, Justin Bieber, Globo, Nicholas Sparks, Restart, Funk. Essa lista de coisas odiáveis poderia continuar ad eternum. Isso se dá pelo fato de que a quantidade de pessoas não-pensantes supera vexaminosamente a quantidade de pessoas pensantes no mundo. Costumamos achar que pensar é uma característica inerente ao ser humano, quando, na verdade, é uma qualidade que apenas uma porcentagem ínfima da população mundial detém.

E os semi-pensantes?

Esses são aqueles seres que possuem uma dificuldade absurda de pensar, talvez por terem passado a maior parte da infância comendo cocô, mas, ao chegarem em determinado ponto da vida, perceberam que pensar talvez fosse uma atividade minimamente legal. E aí eles se esforçam, mas de forma errada: seus cérebros parcialmente desenvolvidos os fizeram chegar à conclusão de que fingir que pensam é muito mais fácil e rápido do que realmente pensar. São, na nomenclatura recente, os hipsters. Há uns 5 anos, eram os cults, e há uns 10 anos certamente tinham um outro apelido.

Esses grupos são aqueles que estão mais preocupados em compartilhar uma frase do Caio Fernando Abreu do que em realmente ler um texto do cara. Eles saem por aí reproduzindo comentários absurdamente embasados sobre livros e músicas que eles leram em algum lugar e pensaram “wow, se eu repetir isso as pessoas vão me achar inteligente”. Eles não se esforçam, em momento algum, para elaborar um comentário inteligente de própria autoria. Até por que, quando tentam, sua capacidade mental limitada os faz angariar, no máximo, um texto incoerente com umas palavras bonitas utilizadas fora de contexto.

Eles ainda se dão ao direito de bater no peito e creditar a si mesmos o título de inteligentes. Estão, claramente, reproduzindo um processo natural do ser humano que se repete desde a Grécia antiga, quando o Sócrates, teoricamente, disse “só sei que nada sei, e o fato de saber disso me coloca em vantagem sobre aqueles que acham que sabem alguma coisa”. Os que achavam saber foram esquecidos. Sócrates não.

Existem, por fim, as pessoas inteligentes. Percebam que essa é uma classe humana de grande valia e de raríssimo encontro. Abrange aquele grupo de pessoas que, de fato, leem bastante, mas sequer saem por aí bradando a quantidade de livros que já leram. São pessoas que, de fato, entendem de filosofia, mas nem por isso saem por aí com uma barba gigantesca falando sobre Marx. Esse tipo de pessoa, por ter a capacidade plena de formular as próprias opiniões, pode ouvir desde One Direction e ver alguma qualidade naquilo, quanto segundos depois ouvir Bethoven e entender claramente o que ele tentava transmitir em suas composições.

Entendam uma coisa – pessoas realmente inteligentes não desmerecem nenhum trabalho. Afinal, se de alguma forma aquele trabalho é valorizado por alguém, é por que ali tem alguma beleza. Semi-pensantes não conseguem enxergar isso, mas xingam com plena facilidade diversas obras.

Em que ponto eu pretendo chegar com isso?

Hoje eu fui na Bienal do livro – ou BiAnal, como eu dizia na época em que era socialmente aceito eu achar engraçadíssimo o trocadilho ainda acho, mas com 18 anos é feio – e, por muitos momentos, odiei o evento. Vocês também odiariam em primeira instância. Precisava entrar numa fila para entrar numa segunda fila que permitiria entrar no stand no qual, se você quisesse comprar algo – que, contradizendo toda a lógica do universo, estava quase o dobro do preço de lojas como submarino -, teria que se direcionar para uma terceira fila, sendo que nenhuma delas demorava menos de 45 minutos. O ar era rarefeito e você não conseguia ficar 5 segundos parado sem ser empurrado por algum apressadinho. Isto é, se você conseguir manter seus amigos próximos por mais de 5 minutos sem perdê-los.

Observando aquele contingente infinito de pessoas, percebi que, há 2 anos, na última bienal, não havia sequer dois terços daquilo tudo de gente. E aí pensei cá com meus botões – ah, mas ler virou modinha. E, por alguns instantes, aquilo também soou muito mal na minha mente.

Cacete, que bela bosta, ein?

O ato de ler se tornou aquela banda desconhecida que você ouvia e caiu no gosto popular tão rapidamente que você sente como se estivesse sendo traído. Ler, que antes era um diferencial de poucos que sabiam pensar, virou modinha. A bienal estava lotada por milhares de meninas virgens gritando pelo livro do One Direction, milhares de mulheres gritando pelo Nicholas Sparks, milhares de velhas ansiando livros do Chico Xavier, milhares de nerds se estapeando pelos volumes do Game Of Thrones, milhares de moleques brigando pelos livros do UFC.

Uma conhecida reclamou que tinha um stand “lotado de menininha gritando pelo Sabado à Noite”. Fiquei feliz por saber que a lindona da Babi Dewet tava ficando tão rica assim, e triste por perceber que aquela conhecida era mais uma semi-pensante – ela estava ali, com seus livrinhos, mas tava desmerecendo o gosto alheio sem perceber que, quando ela tinha 13 anos, certamente lia Thalita Rebouças ou coisas piores.

Ler virou modinha. Comprar livro, agora, é um requisito necessário pra “fazer parte da galera”. Segunda, na sala de aula, todos vão comentar o livro que “estão lendo”, por mais babaca que possa ser. Amanhã, quando acordarem, todos entrarão no perfil do Skoob no facebook e compartilharão aquelas tirinhas babacas falando sobre “o cheiro dos livros”, e todos eles pagarão de cultos super antenados. Tornar-se-ão, por fim, semi-pensantes com aspirações de um dia, quem sabe, pensar. Ou não.

Um paralelo interessante é pensar nos protestos que rolaram a alguns meses. A partir do momento em que virou um movimento da massa acéfala, a maioria desacreditou. Os pensantes, por outro lado, previram que, dali, surgiria um grupo de pessoas que se politizariam. E, por mais que poucos, ainda vemos por aí adolescentes comentando “e os médicos, ein? Cuba, né? Foda.”.

Seja Querido John ou Gaia Ciência, ler é sempre o primeiro passo para que um ser não-pensante angarie uma carteirinha do grupo dos semi-pensantes. E ninguém se torna pensante antes de ser semi-pensante.

Parem de reclamar.

Os inteligentes jamais serão a maioria. Mas o mundo tá no caminho certo.

01 Sep 23:06

1127 – Quem inventou o amor, me explica por favor 1

by Carlos Ruas

1941

31 Aug 16:50

A busca pela beleza

by carlanastari

Este texto foi publicado originalmente no site Emprendedorismo Rosa

Amanda Riesemberg*

Não é de hoje que eu gosto da Carla Bruni, ex-primeira dama da França e ex-modelo. Durante o tempo em que estudei francês, eram as músicas dela as que eu mais ouvia. De lá pra cá, acompanho suas entrevistas quando posso e a considero uma mulher muito bonita, cheia de atitude e inspiradora.

E minha intenção não é discorrer sobre as suas atividades filantrópicas ou o quanto ela custou para o estado como primeira-dama, mas sim sobre uma entrevista que a atual cantora cedeu à Veja. Em uma das perguntas da jornalista Tatiana Gianini, Bruni respondeu:

“A beleza, depois de certa idade, está muito mais ligada à elegância, à simpatia e à inteligência. Até os 35 anos de idade, mesmo uma pessoa desagradável pode ser considerada bonita. Depois, não mais.”

O escritor e jornalista Fabrício Carpinejar continua com o discurso em seu blog: “Depois o que ilumina a pele é se ela é amada ou não, se ela ama ou não, se ela é educada ou não, se ela sabe falar ou não. Depois dos 35 anos, a beleza vem do caráter. Do jeito como os problemas são enfrentados, da alegria de acordar e da leveza ao dormir. Depois dos 35 anos, o sexo é o botox que funciona, a amizade é o creme que tira as rugas, o afeto é o protetor solar que protege o rosto. A beleza passa a ser linguagem, bom humor. A beleza passa a ser inteligência, gentileza. Depois dos 35 anos, só a felicidade rejuvenesce.”

Isso me fez pensar sobre a constante busca pela perfeição. Buscamos sempre o melhor, o máximo de nós, e muitas vezes travamos nossos sonhos e sofremos por não conseguirmos atingir expectativas altas demais, que impomos a nós mesmas. Mas e se buscarmos a beleza? Essa beleza de depois dos 35 anos?

Eu proponho que hoje você não busque a perfeição, mas a beleza. A beleza da rotina, a beleza das derrotas, das atitudes, da educação. A beleza da colaboração, da transformação. A beleza que é ficar mais velho, a beleza da vida bem vivida. Se você encontrar essa beleza, seja aos 20 ou aos 40, mulher, aí você alcançou a perfeição.

* Amanda Riesemberg é publicitária, formada no Centro Universitário Curitiba. Fundadora da Nossa Causa  – Agência de Transformação Social, luta pelo crescimento do voluntariado, das atividades filantrópicas no país e da profissionalização do terceiro setor. Voluntária no Instituto HUMSOL, foi uma das 15 brasileiras convidadas para o Programa de Intercâmbio de Empoderamento Feminino realizado nos Estados Unidos em 2012. Trabalhou com projetos sociais como Esta vaga não é sua nem por um minuto, Outubro Rosa, Ciclista Legal e Antonina Weekend.

16 Aug 02:46

Podcast Semanatech, edição 371

- Poucos países terão o Xbox One 2013, diz MS- Windows 8.1 será lançado em outubro- Apple anuncia novo iPhone no próximo mêsPor Fabiano Cândido, de INFO Online - por