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14 Mar 16:35

Aplicativo para iPhone revela senhas de Wi-Fi perto de você

by Redação Papelpop

Sim, é isso mesmo! Esse aplicativo criado por brasileiros, chamado Mandic Magic, promete revelar a senha de qualquer rede Wi-Fi que estiver perto de você.

Ele funciona como aqueles aplicativos que encontram redes de internet Wi-Fi disponíveis na região. Ao clicar na rede, ele já mostra o estabelecimento e a senha cadastrada!

Nós baixamos para testar, obviamente. Abrimos ele aqui perto da redação do Papelpop e encontramos um café pertinho da gente.

Clicamos no estabelecimento e descobrimos a senha para usar…

Isso não significa que o app revela a senha de quem a protege. Ele só procura as senhas que podem ser usadas em estabelecimentos (e aquelas que estão sem proteção, obviamente). É bom porque você não precisa mais pedir pro garçom ou pro cara da livraria a senha pra usar o Wi-Fi. É só abrir o aplicativo e ver.

O aplicativo está todo em português e pode ser baixado aqui.

05 Nov 06:06

As guitarras entrelaçadas e nada convencionais de Nova York

by Naja Najito










É engraçado como a música, geralmente, está conectada à região de onde provem. Assim como sotaques, hábitos, tradições, culinária, muitas vezes é possível identificar a origem de uma banda apenas pela sua sonoridade. Às vezes, essa marca regional é tão forte, que acaba dando nome ao próprio estilo musical, como o Southern Rock (ou rock sulista) de Allman Brother, Lynyrd Skynyrd e Creedence Clearwater Revival, ou o Rock Gaúcho, aqui no Brasil.

A cidade de Nova York, nos Estados Unidos, é muitas vezes apontada como o grande centro cosmopolita do mundo. E, não à toa, suas bandas costumam trazer esse lado, digamos, mais “descolado” em sua bagagem: de Velvet Underground a Ramones; de Blondie a Vampire Weekend; de New York Dolls a Beastie Boys; de Talking Heads a Rapture, a sensação ao se ouvir esses grupos é a de abrirmos uma porta para o mundo, de estarmos penetrando num caldeirão multicultural, mesmo que isso signifique estar enclausurado em uma selva de pedra.

Além do perfil antenado, o rock novaiorquino também é responsável por gerar uma das escolas mais interessantes em termos instrumentais: a das guitarras entrelaçadas e nada convencionais, que, diante de tantas referências, ousam fugir à herança clássica e pura do Blues. Nesse aspecto, três bandas de gerações diferentes representam de forma brilhante essa característica: Television, Sonic Youth e The Strokes. Funcionando num esquema quase de árvore genealógica, elas se calcam na produção de seus antepassados, sempre prestando reverência ao patriarca da vanguarda novaiorquina: o Velvet Underground, banda que vestia roupas pretas e falava de heroína em pleno florescer do colorido movimento hippie; que vendeu poucos discos em sua época, mas veio a influenciar várias gerações posteriores.

Dessa herança do Velvet Underground somada às vanguardas do jazz (Be Bop, Fusion), surgiram as guitarras do Television, em meados da década de 1970. Tive a oportunidade de assistir a uma apresentação deles no Tim Festival, em 2005, e posso dizer que foi um dos melhores shows da minha vida. É impressionante como as guitarras de Tom Verlaine, com timbres quase limpos, casam com os sons mais saturados do doidão Richard Lloyd, formando uma espécie de balé de riffs e solos de guitarra, no qual mal se delimita o fim da frase de um e o início da do outro. Acredito que, como eu, muitos tenham dificuldade de, só de ouvido, saber quem é Lloyd e Verlaine dentro das canções do Television, tamanha a interação dos guitarristas. E a tal “renúncia do blues” faz com que, ao se assistir às apresentações da banda, vejamos os dedos dos dois guitarristas (principalmente, Verlaine) deslizando pelos braço da guitarra por caminhos não muito tradicionais, numa jam session que parece residir num lugar entre o rock e o jazz. Realmente, para um estudante de guitarra, o show do Television vale quase como uma aula do mestrado.

A dupla de guitarristas da banda oitentista Sonic Youth, Thurston Moore e Lee Ranaldo, parece ter estudado com afinco as lições dos mestres do Television, aprofundando ainda mais a questão do experimentalismo, com toques de música dodecafônica e John Cage. E se a onda do Television eram as jams e as escalas inusitadas, o Sonic Youth preferiu investir nas afinações esquisitas, nas longas e climáticas partes instrumentais e na extrapolação dos limites do próprio braço da guitarra. E, novamente, o entrelace das frases cria uma enorme dificuldade — no bom sentido — de identificação de quem é um ou outro guitarrista nas músicas do Sonic Youth. Um ponto interessante da sonoridade das guitarras da banda tem a ver com o que um grande amigo declarou a respeito do Lee Ranaldo (e que parece servir para o Thurston Moore também): a impressão que dá é que ele pega as escalas musicais naquelas revistas de violão e guitarra e só toca as notas onde o pontinho NÃO está marcado. Ou seja, é dissonância em sua forma mais pura, empunhada por uma das mais criativas e entrosadas dupla de guitarristas do rock.

Por fim, mas não menos importante, temos a rapaziada (esse termo é meio escro***) do The Strokes. Celebrado no começo do milênio como a grande sensação do rock moderno, o grupo de John Casablancas deixou de ser novidade e passou a ser alvo de algumas críticas no decorrer de sua carreira. Hypes à parte, trata-se de um bandão, formado por uma das mais afiadas dupla de guitarristas que já vi. Também tive a oportunidade de assisti-los no Tim Festival de 2005 e fiquei de cara com as guitarras extremamente bem timbradas, arranjadas e executadas. Na linhagem das guitarras novaiorquinas, o Strokes deixa o experimentalismo do Sonic Youth e as jams do Television para trás, investindo numa fórmula mais pop, de músicas de curta duração. De qualquer forma, a dupla de guitarrista do Strokes está longe de ser tradicional: tanto na forma de tocar seca e de riffs certeiros de Albert Hammond Jr. quanto nas frases mais longas virtuosamente empunhadas por Nick Valensi estão presentes referências ao lado jazzy do Television e à própria visão mais “aberta” de pensar da escola de rock novaiorquina.

Três grandes bandas de rock formadas por fenomenais duplas de guitarristas. O que Television, Sonic Youth e The Strokes nos provam é que, a despeito de toda a tradição que cerca o já cinqüentão rock’n’roll, as guitarras ainda podem surpreender e extrapolar limites, quando pensadas de forma inteligente e criativa. Neste caso, o cosmopolitismo novaiorquino ajudou a escrever um dos capítulos mais sofisticados e elegantes dessa história.
05 Nov 05:57

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