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23 Dec 11:59

Slip of the Tongue

by Sadie Stein

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The Dictionary of American Regional English is an epic compendium that’s been in the works since 1965. Now, it’s done and all 60,000 words are available on a great interactive site. Just to give you a taste of the myriad riches contained therein, the following are all regional variations on informing a woman her slip is showing:

  • “It’s snowing down south”
  • “Your father likes you better than your mother”
  • “Whitey’s out of jail”

 

19 Dec 15:10

Seguem as Alterações do Cliente

by Julio C Borges

Apenas a mais dura pura realidade.

Trabalho (certeiro) de Conclusão de Curso do Matheus Santana.

19 Dec 15:06

Luz, sombras, geometria e genialidade

by Janara Lopes

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Tenho sérias restrições com o uso da palavra “genial”. Mas esse cara…

Ho Fan nasceu em 1937 e é um celebrado fotógrafo chinês, diretor de cinema e ator. Ele ganhou mais de 280 prêmios de exposições e competições internacionais em todo o mundo desde 1956 por sua fotografia.

 

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Ho Fan nasceu em Xangai em 1937, mas emigrou com sua família para Hong Kong quando criança. Ele começou a fotografar ainda muito jovem, com uma câmera Rolleiflex seu pai lhe deu. Em grande parte autodidata, suas fotos exibem uma fascinação com a vida urbana: becos exploradas, favelas, mercados e ruas, vendedores e crianças pouco mais jovens que ele.

 

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Ele revelava suas imagens na banheira família. Logo tinha construído um corpo significativo de trabalho, narrando Hong Kong nos anos 50 e 60, que estava se tornando um grande centro metropolitano. Ao ver o trabalho de Ho Fan pela primeira vez em 2006, o proprietário da galeria Laurence Miller comentou “Senti como se fossem feitas por descendentes diretos da Bauhaus, mas eles foram feitos em Hong Kong. Eram abstrato e humanista, ao mesmo tempo.”

 

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Em 1961, Ho se juntou a Shaw Brothers, em 1961, para desenvolver sua carreira no cinema. Ele atuou em vários filmes e foi assistente no filme The Swallow (1961). Ho ganhou elogios por sua atuação como o Monk, Tripitaka, na luxuosa adaptação de Journey to the West.

 

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Nada é aleatório na fotografia de Ho Fan. Ele esperava pacientemente o momento em que a luz, a paisagem, e os personagens entram em perfeita sinergia.

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19 Dec 15:06

GIF premiado

by Janara Lopes

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THE GIFYS é o primeiro prêmio em homenagem ao GIF animado como um meio e forma de arte. Bem, a gente por aqui adora.

As categorias que vão de gatos a celebridades, passando por notícias e política, serão selecionados por um corpo de júri especialista no tema. Nesse post você vai ver alguns dos concorrentes na categoria arte/design.

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19 Dec 15:04

196 documentários para expandir sua consciência

by Bruno Natal

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Boa viagem. Só clicar e assistir.

19 Dec 14:54

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19 Dec 14:43

Mecoptera, o escorpião voador!

by Carlos Ruas

 

E você reclamando de pernilongos, francamente.

 

Ok, o título foi bem sensacionalista, mas o inseto acima existe, é o Mecoptera, vem de uma ordem de insetos com cerca de 550 espécies em nove famílias em todo o mundo. Os membros desta ordem são por vezes chamados moscas-escorpião a partir da maior família,  a Panorpidae, em que os machos tem genitais aumentados que são semelhantes ao ferrão de um escorpião.

 

Quando eu vi a foto do bicho só pensei em uma explicação:

bebado

É o Design Inteligente em ação!

19 Dec 14:42

Sidewalk Psychiatry, Candy Chang 







Sidewalk Psychiatry, Candy Chang 

17 Dec 16:53

Dois poemas de uma polonesa

by Cristina Moreno de Castro

Hoje tive o prazer de ler dois poemas da polonesa Wisława Szymborska, publicados no excelente blog do escritor Carlos Emerson Junior (recomendadíssimo, aí na listinha da direita). Por 12 pequenas coletâneas de poemas, ela já abocanhou um Prêmio Nobel de Literatura, em 1996. Por aí se vê a força de seus textos.

Reproduzo abaixo os dois selecionados por Carlos, para que sempre possamos lê-los também por aqui ;)

***

Cem pessoas

Em cada cem pessoas

Aquelas que sempre sabem mais:

cinquenta e duas.

 

Inseguras de cada passo:

quase todo o resto.

 

Prontas a ajudar,

desde que não demore muito:

quarenta e nove.

 

Sempre boas,

porque não podem ser de outra maneira:

quatro — bem, talvez cinco.

 

Capazes de admirar sem invejar:

dezoito.

 

Levadas ao erro

pela juventude (que passa):

sessenta, mais ou menos.

 

Aquelas com quem é bom não se meter:

quarenta e quatro.

 

Vivem com medo constante

de alguma coisa ou alguém:

setenta e sete.

 

Capazes de felicidade:

vinte e alguns, no máximo.

 

Inofensivos sozinhos,

selvagens em multidões:

mais da metade, por certo.

 

Cruéis,

quando forçados pelas circunstâncias:

é melhor não saber

nem aproximadamente.

 

Peritos em prever:

não muitos mais

que os peritos em adivinhar.

 

Tiram da vida nada além de coisas:

trinta

(mas eu gostaria de estar errada).

 

Dobradas de dor,

sem uma lanterna na escuridão:

oitenta e três,

mais cedo ou mais tarde.

 

Aqueles que são justos:

uns trinta e cinco.

Mas se for difícil de entender:

três.

 

Dignos de simpatia:

noventa e nove.

 

Mortais:

cem em cem –

um número que não tem variado.

cemiterio

***

Exemplo

O vendaval
à noite arrancou todas as folhas de uma árvore,
menos uma,
deixada
para balançar só num galho nu.

Com este exemplo
a Violência demonstra
que sim –
às vezes ela gosta de se divertir.

Fotografia de Filipa.

Fotografia de Filipa.


Arquivo em:Poemas Tagged: Carlos Emerson Junior, Cem Pessoas, Exemplo, Poemas, Poesia, Polônia, polonesa, Prêmio Nobel de Literatura, Wisława Szymborska
17 Dec 16:47

Se o seu Karaoke fosse transmitido para milhares, você continuaria cantando?

by Wagner Brenner

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A Wieden+Kennedy criou essa ação de natal para Heineken como parte da campanha  ”Open your mind

Uma noite como outra qualquer no Karaokê quando de repente abrem-se as cortinas para revelar um estúdio de TV, pronto para transmitir sua imagem para a Times Square, o madison square garden lotado e todos os monitores de táxi de NY. Um botão gigante com duas opções : “YES OR NO”

Você continuaria cantando?

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Ficha Técnica
Client: Heineken Project: Carol Karaoke Agency: Wieden + Kennedy, New York Executive Creative Directors: Ian Reichenthal and Scott Vitrone Creative Directors: Erik Norin & Eric Steele Copywriter: Will Binder Art Director: Jared White Producer: Orlee Tatarka Executive Producer: Nick Setounski Head of Content Production: Lora Schulson Account Team: Patrick Cahill, Samantha Wagner, Kristen Herrington Business Affairs: Lisa Quintela Production Company: M ss ng P eces Director: Josh Nussbaum Executive Producer/COO: Ari Kushner Executive Producer: Dave Saltzman Line Producer: Tory Lenosky Director of Photography: Adam Jandrup Editorial Company: Joint Editorial Editor: Kelly Brickner Post Producer: Michelle Carman Post Executive Producer: Michelle Carman Editorial Assistants: Jess Baclesse / Stephen Nelson / Kadie Migliarese VFX Company: Joint VFX Lead Flame: Yui Uchida Telecine Company: Company 3 Colorist: Tom Poole Mix Company: Plush NYC Mixer: Rob Fielack

[via]


    


17 Dec 16:44

Problemas norueguêses: atravessar a rua com vento

by Wagner Brenner

Pedestres tentam atravessar a rua com o vento soprando a 112 km/h.

Mais um dia na vida do cidadão norueguês.

Um deles acabou decolando e foi arremessado a metros de distância. Alguns cruzamentos já contam com ambulância e policias de plantão para garantir a jornada de uma calçada para outra.

O vento é consequência da tempestade ”Ivar”.

img: Eric Isselee/Shutterstock

 

UPDATE: aproveite para ler/reler o post sobre ventos capazes de decolar pessoas


    


17 Dec 16:38

A surpreendente (ao menos para mim) lista das 50 músicas mais tocadas nas rádios do Brasil em 2013

by Alexandre Inagaki

A impressão que tive quando vi a lista das músicas mais tocadas nas rádios do Brasil em 2013, segundo levantamento feito pela Crowley Broadcast Analysis, foi similar à perplexidade que tenho naquele momento In Memoriam da cerimônia do Oscar, quando são homenageados todos os profissionais da indústria cinematográfica que faleceram em determinado ano, e me surpreendo ao descobrir que certo ator ou diretor havia morrido e eu nem sabia ainda. Do mesmo modo, fiquei realmente surpreso ao constatar que só conhecia 31 das 50 músicas que constam no Top 50 das rádios brasileiras.

O top 50 de músicas mais tocadas nas rádios brasileiras em 2013 segundo a Crowley Brasil.

dinhopalhacoA matéria do G1 destacou a queda de popularidade do rock. Entre as 50 mais tocadas, só “Meu Novo Mundo”, do Charlie Brown Jr., representa o rock nacional. No Top 100, aparecem apenas duas outras faixas: “Anjos (Pra Quem Tem Fé)”, do Rappa, e “Tempos Modernos”, regravação do hit de Lulu Santos feita pelo Jota Quest para a trilha sonora de Malhação. À primeira vista, uma constatação simples: o rock mainstream brasileiro nunca esteve tão em baixa, dependendo de arroubos de inspiração de bandas surgidas nos anos 80 e 90 para se destacar nas rádios. Mas, em tempos de YouTube, Deezer, Soundcloud, Spotify e inúmeros sites e blogs dedicados à música, será que novos grupos ainda precisam tocar em AMs e FMs para divulgarem seus trabalhos? Vale a reflexão.

Salta aos olhos também o predomínio da música sertaneja no Top 50. São 28 canções do gênero na lista, interpretadas por Bruno & Marrone, Luan Santana (3 músicas), Jads & Jadson, Leonardo, Michel Teló (2 faixas), Victor & Léo (também 2 vezes), Gabriel Valim, Thaeme & Thiago, Paula Fernandes (que canta uma faixa e faz participações especiais em outras duas), Eduardo Costa (2), Gusttavo Lima, George Henrique & Rodrigo, João Bosco & Vinícius, Fernando & Sorocaba (2), João Neto & Frederico (2), Zé Ricardo & Thiago, Marcos & Belutti, Cristiano Araújo (2), Munhoz & Mariano e Zezé di Camargo & Luciano.

Dois gêneros aparecem representados com quatro músicas cada um: o funk (com dois hits de Anitta e outros dois de Naldo) e o pagode (através de sucessos de Thiaguinho, Grupo Revelação e duas faixas do Sorriso Maroto). O rap emplacou a 4ª. posição com o Pollo, a MPB aparece com “Esse Cara Sou Eu”, do rei Roberto Carlos, e a lista é completada com 11 hits internacionais. E, diga-se de passagem, a mais executada (“Don’t You Worry Child”, da Swedish House Mafia, que ficou no 6º. lugar) é uma música que me torrou o saco o ano inteiro sem que eu sequer quisesse saber o nome desse poperô.

A conclusão? Que bom viver em tempos privilegiados nos quais não dependo mais de rádios para descobrir novos sons e nutrir meus fones de ouvido. Aquela música dos Smiths nunca me soou tão atual:

Hang the blessed DJ
Because the music that they constantly play
It says nothing to me about my life

* * *

P.S. 1: Vi pela primeira vez essa lista em uma postagem feita pelo Bruno Capelas no Facebook. Vale a pena conferir os comentários deixados por lá.



P.S. 2: Nunca tinha ouvido “Vidro Fumê” até ver essas listas. Sinceramente? Eu, que gosto bastante de música sertaneja, não desgostei da canção, típica representante do gênero corno-urbano-universitário. Em primeira pessoa, um homem relata que, através de um telefonema anônimo, recebe a denúncia de que sua mulher anda lhe traindo. Faz uma rápida investigação e constata, com seus próprios olhos, a verdade nua e crua, “na hora em que eu te vi entrando num carro importado de vidro fumê”. O refrão dessa música merece ser transcrito na íntegra:

Quando você chegou em casa
Eu te tratei naturalmente
E quando fiz amor contigo a noite inteira, lentamente
Foi a canção da despedida
Foi de verdade, diferente
Foi a última noite de amor da gente

Enfim: creio que este sucesso de Bruno & Marrone faz jus ao posto de música mais tocada nas rádios em 2013. Afinal de contas, trata-se de um clássico instantâneo da MCB: Música Corna Brasileira.

Leia o conteúdo original deste post (e deixe seus comentários) no blog Pensar Enlouquece, Pense Nisso. :)

17 Dec 16:36

35 anos em 35 fotos

by Janara Lopes

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Nicolas Nixon tirou uma foto por ano das irmãs Brown, de 1975 a 2009.

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O fotógrafo Nicholas Nixos e uma das irmãs Brown.

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17 Dec 16:36

Esse dia foi foda



Esse dia foi foda

17 Dec 16:13

Assista ao vídeo do Metá Metá no Parque da Aclimação

by Paulo Marcondes

Metá Metá - Vincent Moon

O Vincent Moon, cineasta francês que curte muito trabalhar com música, filmou em fevereiro de 2013 o grupo Metá Metá tocando no Parque da Aclimação, em São Paulo. Qual é o resultado disso? Uma parada foda, com gente brincando no parque, o trio formado por Juçara Marçal, Thiago França e Kiko Dinucci arrebentando tudo e muito mais.

Se você quiser fazer o download de todas as músicas que foram tocadas, pode ir no Bandcamp do selo Petites Planètes e baixar gratuitamente por lá em FLAC, v0, OGG ou o que quiser.

17 Dec 15:58

As canções do Disco

by redacaocult

Marcus Preto

Patricia Araujo/2013

Antes que ele mesmo pudesse imaginar, Arnaldo Antunes estava em estúdio registrando uma leva de canções que havia composto durante as férias. O plano inicial era lançar um álbum apenas em 2014. Mas o entusiasmo com a produção recente era tão intenso que resolveu registrá-la nos intervalos da turnê que então corria o Brasil.

Gravou as novas canções às prestações, conforme arrumava um tempo no cronograma dos shows. E, invertendo o método tradicional, optou por também mostrá-las ao público aos pouquinhos. Aproveitou as facilidades da internet para divulgar, uma por mês, quatro das músicas que integrariam o álbum. Disco, como foi batizado o trabalho completo (são 15 faixas), chega, enfim, às lojas. Traz canções inéditas escritas por Arnaldo Antunes com seus colaboradores de sempre, como Nando Reis e Marisa Monte, e com parceiros recentes, como Luê, Felipe Cordeiro, Hyldon, Céu e Caetano Veloso. Interessante o esquema de ir lançando as faixas avulsas, criando já com a resposta do público. Mas havia sempre o risco: e se o interesse do público pelo álbum se esvaziasse durante o processo? “Inicialmente, eu também tive esse medo”, admite Arnaldo. “Tanto que ia lançar seis singles, mas pensei nessa esvaziada e diminuí para quatro. As pessoas podiam dispersar. Espero que não tenham se dispersado, mas se despertado para o disco.”

CULT – Em entrevista recente, perguntei a Luiz Tatit como os compositores da nova geração da música brasileira estavam lidando com a poesia concreta. Ele respondeu que, embora Caetano Veloso tenha sido um dos primeiros a casar concretismo e canção popular, você é a referência forte para esses jovens. Porque seu método de lidar com o concretismo na música resulta em algo realmente pop, que pode ser consumido por todo mundo. Esse tema ainda está entre os seus interesses?

Arnaldo Antunes – É um deles. Foi a poesia concreta que me nutriu a querer fazer poesia. Posso dizer que é uma das coisas que me incentivaram muito na adolescência. Mas acho que essa relação com a poesia concreta já está incorporada e disseminada em várias fontes da música popular brasileira. É um dado que já se integrou à cultura contemporânea. Não existe mais aquele trauma que havia nos anos 1950.

Que trauma?

Diziam que aquilo não tinha emoção, que não era lírico, essa bobagem toda. Tinha muita resistência contra o lado mais formalista, mais construtivista da poesia concreta. Mas a minha geração já recebeu isso com muito mais naturalidade, vendo a potência daquela poesia, sem ter vivido o problema que ela causou para os criadores.

Desse seu novo álbum, pode-se dizer que a canção
“Muito muito pouco” tem essa raiz concretista?

Não sei se dá para chamar uma letra como “Muito muito pouco” de poesia concreta. O que teria mais a ver com poesia concreta, por exemplo, é a canção “O quê”, do tempo dos Titãs: essa, sim, tem um aspecto construtivista, criei inclusive uma versão visual para ela, circular. É um poema visual muito devedor à poesia concreta. “Muito muito pouco” é uma letra enumerativa, mas que tem um lado ácido, também de crítica social e comportamental. É um comentário sobre desperdício e escassez, sobre miséria e fartura. Isso em várias áreas. Existe aí uma série de fontes além da coisa mais formalista.

Você falou em crítica social. Músicas como “Querem mandar” e “Dizem (Quem me dera)” poderiam ter sido inspiradas pelas manifestações políticas dos últimos tempos. Foram?

Há nelas uma afinidade com o que a gente viu nas manifestações, mas as canções foram feitas nas férias, antes de tudo aquilo acontecer nas ruas. “Dizem” tem ao mesmo tempo uma coisa esperançosa e desesperançada. Não sei como explicar isso. Mas é certo que o discurso que ela traz faz mais sentido agora, por conta do que aconteceu e está acontecendo.

Você começa a canção com o verso “O mundo está bem melhor/ do que há cem anos atrás, dizem”. O mundo está bem melhor hoje do que há dez anos?
Não sei dizer. Melhor em que sentido? É claro que morre muito menos gente, mas temos problemas enormes. A gente nunca enfrentou uma crise ambiental nessas proporções. E ainda estamos vendo guerras. Sou esperançoso em relação ao mundo, mas a música não pode ser. A música joga a interrogação.

Patricia Araujo/2013

“Sentido”, parceria sua com Nando Reis, é antiga?

Sim. Mas não é da época dos Titãs. Eu já tinha saído da banda. Assim que o Marcelo Fromer morreu, encontrei o Nando e entreguei essa letra para ele. Tinha escrito pensando na morte do Marcelo. Sentamos uma noite em um hotel e terminamos. Os Titãs estavam preparando um disco, o Nando ainda estava na banda, mas eles não se interessaram pela música. Agora, aproveitei para resgatá-la. Como também resgatei “Fogo”, que fiz com o João Donato há mais de dez anos.

A versão que você fez para “Mamma”, do Gilberto Gil, é dessa mesma época?

Por aí. Adoro esse disco de Londres, do Gil [Gilberto Gil, de 1971, gravado no exílio do cantor, em que todas as letras foram escritas em inglês]. Ouvi muito na minha adolescência, ouço até hoje. Pensei que ninguém tinha feito nenhuma versão dessas coisas para o português. Tentei essa e saiu. Não cheguei nem a mostrar ao Gil na época em que a fiz, mas quando o Lenine estava produzindo o segundo disco da Maria Rita, mandei essa versão, achando que faria sentido ela cantar isso para a Elis. Uma afirmação de autonomia diante da presença da Elis. Mas acho que ela não se identificou. Acabou não gravando.

Seu álbum se chama
Disco, a arte da capa e da contracapa remetem aos formatos do LP e ao CD. Isso recoloca em pauta a questão: “fazer ou não fazer um álbum?”. Ou: “alguém ainda compra discos?”. Tatá Aeroplano, um dos nomes importantes da nova geração paulista, foi direto ao ponto: “Lembra das bandas que, no começo dos anos 2000, decidiram que só lançariam música pela internet? Alguma delas sobreviveu?”.

É verdade [rindo]. As bandas não sobreviveram e os discos delas não existiram. Para o artista, é uma liberdade enorme não ter que ter um conjunto de canções pra poder lançar. Poder soltar uma, duas, três, quatro – seja na internet, seja em um single. Como fizeram Tom Zé e Roberto Carlos. É uma liberdade a mais. Ao mesmo tempo, tenho pena de quem só consome faixas avulsas. É uma perda conceitual e também ritualística. Ir ali, colocar o álbum para tocar – mesmo que seja em formato mp3 – é muito diferente de ouvir só no shuffle. Acredito que um formato não vai substituir o outro. Eles convivem. Até o vinil está de volta. Temos mais alternativas hoje, e isso é legal.

Nando Reis diz que faz músicas só para elas se transformarem em álbuns, que pensa as canções em conjunto desde o início. E você? Como começou a criação de
Disco, por exemplo?

Comecei a compor coisas muito díspares. Eu tinha um corpo de canções que queria fazer com o [pianista] Daniel Jobim e o [violonista] Cesar Mendes, principalmente. Depois, chegou o [baixista] Dadi. Mas, para essas canções, eu pensava em uma praia de sonoridade bem cool. Ao mesmo tempo, compus uns rocks pesados, como “Ah, mas assim vai ser difícil” e “Sentido”. Eles eram um contraponto àquela primeira leva de canções, quase o oposto delas. Pensei então fazer um CD com o conceito de lado A e lado B, como no vinil: um muito cool e outro bem pesado. E chamar o disco de Bipolar.

Bipolar
? A ideia é boa…

Era a ideia do ano passado. Depois, nas férias, fiz uma viagem para Ilha Grande, quando encontrei Marisa Monte e compus as músicas que acabariam se tornando o eixo desse trabalho. São aquelas três parcerias com Marisa e Dadi e mais algumas que fiz sozinho, como “Muito muito pouco”, “Ah, mas assim vai ser difícil” e “Oxalá chegar”. Todas essas têm uma cara mais pop, o que não se encaixava em nenhum lado do Bipolar. E agora? Chamar o disco de Tripolar? E a ideia dos dois polos ficou pra trás. Terminei fazendo um disco mais misturado e menos conceitual. Assim, coube minha parceria com a Céu e o Hyldon – uma delas, já que temos umas seis ou sete músicas juntos. E também coube a que fiz com o Caetano…

Você está se referindo a “Morro, amor”? O título dessa sua letra apresenta essas duas palavras, “morro” e “amor”, uma ao lado da outra. Isso tem muito a ver com a fase atual do Caetano Veloso, que anda cantando que está muito triste, que o lugar mais frio do Rio é o quarto dele…

Tem a ver, sim. Ainda que a música que ele fez para a minha letra tenha resultado em uma sonoridade muito diferente da que o Caetano vem usando nos últimos discos. Ele fez uma canção. Essa parceria foi feita para o filme Romance, do Guel Arraes. Mas a música não entrou. Chegaram a gravar, mas desistiram. A [cantora] Mariana de Moraes gravou, mas o disco dela não saiu ainda. Acabei gravando e é capaz de sair antes da gravação dela. Mas não é um problema existirem duas gravações da mesma música ao mesmo tempo.

E mais parcerias se abrem na faixa “Ela é tarja preta”, escrita a dez mãos com Betão Aguiar, que toca na sua banda, e com os paraenses Luê, Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro. O Pará entrou, merecidamente, no radar da música pop brasileira – como havia acontecido antes com a cena de Recife e a de São Paulo. Que fatores você acha que fazem uma região, de repente, se destacar?

Eu não gosto de pensar que o momento agora é da “bola da vez”, que o que veio antes “já era”. Pernambuco continua nos dando coisas geniais – o Zé Cafofinho, o China, por exemplo. Aquilo não para, tem novas gerações muito boas depois de Mundo Livre S/A e Nação Zumbi. A mídia elege coisas, mas eu sempre relutei com essa ideia de “a onda agora é isso”. O fato de ter escrito essa música com eles foi casual. Eu tinha participado do disco da Luê produzido pelo Betão Aguiar, que toca comigo. E ele trouxe o Felipe aqui em casa. Fizemos duas músicas, que vão estar no disco do Felipe. Mas gostei tanto de “Ela é tarja preta” que resolvi também gravar. Mas não tem esse olhar de “vou gravar uma tecnobrega porque é a onda”. Fica parecendo um pouco assim…

Claro que não. Eu conheço o seu trabalho. Pergunto de uma maneira menos agressiva do que isso. Assim: tem horas que o Brasil, seja pela influência da imprensa ou por algum fator imponderável, começa a olhar para um lugar que sempre esteve ali, mas nunca havia sido notado com a devida atenção.

Que bom que aquilo tem visibilidade agora, porque estão acontecendo coisas interessantes por lá já faz tempo. Mas, ao mesmo tempo, sempre foi assim: sempre tem uma coisa hegemônica. Foi assim com a descoberta da lambada, com o axé music, com a música dos anos 1980. Acho isso chato. A coisa hegemônica é chata. Não tem a ver com quem está preocupado em fazer arte. Quem está surfando atrás de uma onda sempre vai chegar depois, porque quando chega, aquela onda passou e já é outra. Então, sempre relutei com esse tipo de ideia, pelo menos como direção do meu trabalho. Eu me interesso mais pelas exceções do que pela onda do momento.

Entendo. Mas independentemente da onda, a cena paraense foi finalmente reconhecida. E isso é muito bom.

Tomara que essas coisas tenham o reconhecimento devido. A programação das rádios hoje em dia está muito distante do que eu gosto, musicalmente. Esse papel hoje passou para a internet. A internet é onde eu vou procurar as músicas das novas gerações que me interessam. Mas não está tudo pronto ali. As pessoas precisam procurar, cavar. Então, minha torcida é para que as coisas cheguem ao público. Isso, em parte, está acontecendo. Mas as rádios deveriam se abrir mais para isso.

Marcus Preto é jornalista

17 Dec 14:55

Letras geladas de flores

by noreply@blogger.com (ANDRÉ Montejorge)
Segundo a designer gráfica Petra Blahova você pode criar uma família de letras a partir de qualquer coisa! Para provar que sua teoria, no mínimo tem fundamento, ela apresenta a série My Garden, um alfabeto completo feito de flores e frutas congeladas. O resultado dispensa mais explicações. "Congeladamente legaus"!
17 Dec 12:57

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17 Dec 12:49

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by thokamaer


16 Dec 17:48

1959 : Lewis Reed

by Chris Wild
Lewis Reed

13 Dec 12:23

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11 Dec 14:55

O estilista que desenhou as roupas da tour “Aladdin Sane” de David Bowie

by Pedro Pezte

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Kansai Yamamoto foi um dos mais importantes estilistas contemporâneos da cena em 1970.

Bowie disse que Yamamoto foi “100 por cento responsável pelo corte e a cor do cabelo de Ziggy (Stardust)”, de acordo com o livro de Peter Dogget  The Man Who Sold the World: David Bowie and the 1970s.

No livro Decades: A Century of Fashion, de Cameron Silve, o estilista japonês disse sobre  Bowie: “Ele tem um rosto incomum você não acha? Ele não é nem homem nem mulher, o que me agradou como designer, porque a maioria das minhas roupas são para ambos os sexos.”

Bowie chamou Yamamoto para fazer seus costumes na tour “Aladdin Sane”:

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10 Dec 13:43

1936 : Opium smoking room, Shanghai

by Chris Wild
An elegant opium smoking room in Shanghai.

10 Dec 13:39

The Ultimate Brownie Recipe Guide via embarkingindories

by joberholtzer
09 Dec 13:58

As fotografias estranhas de Yell Saccani

by Paulo Marcondes

Por favor, não fique com medo. É sexta-feira, mas Yell Saccani curte umas fotografias assustadoras e provavelmente filmes de terror. Veja a galeria abaixo, confira outros trabalhos aqui e novamente, não fique com medo, você já está bem grandinho para isso. Grato, Altnewspaper.

Vi na Zupi

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05 Dec 17:53

1932 : Baby weighing herself

by Chris Wild
Baby

05 Dec 17:06

Хеј момци идемо на пиво данас. То је леп дан, ја сам већ...

by pensamentosdoamanha


Хеј момци идемо на пиво данас. То је леп дан, ја сам већ укључујући без одеће!

(Novo Mene o professor de história que decidiu narrar o processo de independência dos países balcânicos através de um aplicativo!)

03 Dec 12:16

Sinceridade de classe

by Juliana Cunha

Há uns meses eu escrevi aqui no blog sobre duas figuras que, para mim, são muito mais pit bulls do elitismo do que os “colunistas de direita” que todo mundo conhece e identifica nesses termos, como Pondé ou Reinaldo Azevedo. Não coincidentemente, as duas figuras que eu havia citado eram mulheres — Nina Horta e Danuza Leão. De lá para cá, Danuza saiu da Folha, mas foi de certo modo substituída por Tati Bernardi.

Tati Bernardi é a nova Danuza. Os estilos são diferentes: Danuza trabalhava uma vibe senhora de família abastada que dá dicas aos mortais. Já Tati tenta chamar o leitor para o seu lado, convidando-o a se identificar com os absurdos que ela fala, que são naturalizados e vistos como “sinceridade”, “prontofalei”. Tati faz um trabalho ideológico muito mais bem feito que o de Pondé já que ideologia boa é ideologia naturalizada, que passa como senso comum. O próprio “nome artístico” que ela escolheu já colabora nesse projeto: enquanto Danuza escrevia olhando para baixo, Tati quer ser chamada pelo apelido, é nossa igual.

Quando digo que não coincidentemente todas essas figuras são mulheres é porque cabe à mulher, de quem não se espera um discurso de poder, fazer esse trabalho ideológico de formiguinha, construindo o pensamento conservador nas ações diárias. Não foi isso que Tati fez desde sua primeira coluna, quando tentou convencer as outras mulheres de que somos mesmo invejosas e fúteis e que a única possibilidade de discordância desse estereótipo é a hipocrisia?

A coluna de Tati Bernardi é a coluna de um homem, só que assinada por uma mulher. Esse é o papel dessa moça no jornal (e na sociedade): ela serve para veicular a opinião média masculina na voz de uma mulher, legitimando tudo que os homens pensam sobre as mulheres, sobre si mesmos, sobre o mundo. A coluna dela não faz sentido se analisada individualmente: ela compõe a base para que os colunistas homens brilhem, tanto os colunistas homens de direita, com seu machismo chique e refinado, cheio de referências intelectualizadas; quanto os colunistas homens de esquerda, com seu machismo cordial e “deixa disso”.

O leitor do jornal tem acesso à opinião dos colunistas de direita que acham que toda mulher é puta, à opinião dos colunistas de esquerda, sempre queixosos de que a sensibilidade tenha mudado e já exista quem questione a pureza de intenções desses “homens que gostam de mulheres”, e à opinião de, veja só, um exemplar da raça que vem a público confirmar as expectativas de todos e dar a real sobre O Que São As Mulheres e o que Elas Pensam da Vida.

O que uma mulher como Tati ganha? Reconhecimento? Ser vista como igual pelos colunistas homens de direita ou de esquerda? Claro que não. Tudo que ela ganha é um certificado de que ela não é chata. Ela sim é uma mulher sincera e engraçadinha.

Chama atenção a insistência em chamar mulheres de chatas. Chata aparentemente é tudo que uma pessoa feita para o entretenimento não devia ser. Mas algumas (e cada vez mais) são: veja se o colunista de esquerda, aquele mesmo que ama as mulheres, não tem todas as razões do mundo para se afundar na melancolia.

Esta semana, Tati nos presenteou com um texto em que critica jovens do meio “artístico” e editorial — roteiristas, publicitários, jornalistas, escritores — que trabalham de graça. Segundo ela, a culpa do mercado ser do jeito que é certamente é dessas pessoas.

Que tal usarmos a máxima “don’t blame the victim” em relação a esse texto que todos estão compartilhando como se fosse a expressão máxima da sinceridade? De quem é a culpa das relações de trabalho precárias no meio “artístico” e editorial? Na minha simplória opinião, a culpa é dos órgãos fiscalizadores das relações de trabalho (ministério, delegacias), que não cumprem seu papel; dos sindicatos inoperantes e dos trabalhadores mais experientes e estabelecidos que, em vez de se organizarem ou darem um mínimo de suporte moral aos iniciantes, simplesmente os tratam como “inexperientes e deslumbrados”.

Para essa senhora “madura”, a culpa é dos trabalhadores (opa, a classe média não gosta de se enxergar assim) que estão começando a engatinhar em um mercado viciado onde o sujeito passa de voluntário à freela fixo, faz uma breve e gloriosa estadia na CLT e — logo que começa a ganhar um salário mais razoável — é lançado pro pjotinha.

Claro, a culpa só podia ser do trabalhador. Se você for pensar bem a culpa da escravidão também era do negro. Sabia que durante o Brasil Colônia os escravos eram maioria? E nem assim revidavam? Quer dizer, eram muito otários mesmo…

Nem passa pela cabeça dessa moça que o poder real de mudar a situação esteja com os órgãos de fiscalização do trabalho (cadê a visita semestral aos jornais, revistas e agências de publicidade?); com os sindicatos e com os veteranos que, além de maduros, deviam arrumar um tempo para serem organizados e com um pinguinho de consciência de classe.

Do jeito que está, a única forma de um iniciante se inserir nesse mercado é aceitando trabalhar de graça ou em esquemas degradantes. Aliás, será que essa longa fase de voluntariado também não é um filtro para garantir que o meio “artístico” e editorial basicamente só tenha pessoas com origem na classe média? Será que isso explica em parte o notório branqueamento desses setores? Não, acho que não, acho que é mesmo tudo culpa de jovens de 20 anos deslumbrados por uma cadeira de design.

02 Dec 14:06

NOVO MENE: A Mônica se alepende de seus climes e é vista na...

by pensamentosdoamanha


NOVO MENE: A Mônica se alepende de seus climes e é vista na Avenida Paulista levando um minutinho da palavla do senhol em tloca de esmola pala ajudal os menos afoltunado

26 Nov 17:27

o pintinho e o limite do humor



o pintinho e o limite do humor