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18 Sep 15:34

Os homens brasileiros morrem mais de suicídio do que de HIV/Aids. Como ajudar? | Consultório #6

by Antônio Modesto

O Setembro Amarelo é uma campanha promovida desde 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Ela se inspira em uma iniciativa estadunidense chamada Yellow Ribbon (fita amarela), criada pelos pais de Michael Emme, um jovem de 17 anos que se suicidou no Colorado (EUA) em agosto de 1994.

"Mustang Mike" amava o Mustang amarelo que havia restaurado e amava, e seus amigos e familiares decidiram distribuir fitinhas dessa cor no velório do rapaz, para alertar sobre o problema e incentivar os jovens a pedir ajuda.

Dale e Darlene Emme foram ampliando essa iniciativa e fundaram o Yellow Ribbon Suicide Prevention Program. O dia 10 de setembro foi definido pela International Association for Suicide Prevention como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, motivo pelo qual a campanha brasileira acontece esse mês.

Em apoio a essas iniciativas, vamos falar hoje sobre esse fenômeno que mata milhares de pessoas todos os anos.

O tamanho do problema

De acordo com o TabNet/DATASUS, 2.378 mulheres e 9.053 homens se mataram em 2016. Isso representa 4 em cada mil mortes femininas e 12 em cada mil mortes masculinas.

Para efeito de comparação, no mesmo ano morreram 4.254 mulheres e 8.254 homens por conta do HIV e suas complicações – ou seja, os homens brasileiros morrem mais de suicídio do que de HIV/Aids.

Também em 2016, as “lesões autoprovocadas intencionalmente” foram a quinta maior causa de morte entre meninos e rapazes 10 a 19 anos no Brasil, com 634 casos. Elas ficam atrás das agressões (10.231), acidentes (4.277), neoplasias malignas (908) e “eventos de intenção indeterminada” (640 casos).

Vale mencionar que, juntas, essas cinco causas correspondem a quase 79,5% das mortes nessa faixa etária.

Quem se mata?

Desde muito cedo aprendemos que a vida é “o bem mais precioso”, e todas as grandes religiões ocidentais reprovam de uma forma ou de outra o suicídio – “Deus dá a vida, e só ele pode tirá-la”.

Assim, é muito difícil compreender por que uma pessoa tenta se matar até conhecer alguém que o tentou ou, pior, começar a pensar nisso.

Não cabe fazer uma reflexão longa sobre isso, mas, se for possível uma síntese, tirando as pessoas com a capacidade de avaliação da realidade prejudicada (em overdose ou surto psicótico, por exemplo), as pessoas se matam porque a vida deixa de valer o esforço – todo mundo sabe que viver não é fácil, e pode se tornar insuportável ou profundamente sem sentido para algumas pessoas. Não são pessoas que querem tirar a vida, mas dar término a um sofrimento excruciante, e não conseguem encontrar outra saída.

De acordo com o Ministério da Saúde, alguns indivíduos têm mais risco de se matar que outras, e estar atentos a isso é papel dos profissionais de saúde, familiares e amigos.

Os dois principais fatores de risco são uma história de tentativa de suicídio (o que acaba com os mitos de que “quem tenta uma vez não tenta mais” ou “quem tenta se matar só quer chamar atenção”) e presença de transtorno mental, transtornos do humor (como depressão), abuso de álcool e substâncias, transtornos de personalidade e esquizofrenia.

No entanto, há outras populações e situações em que o suicídio é mais frequente:

  • Homens
  • Pessoas entre 15 e 35 anos ou acima de 75 anos
  • Estratos econômicos extremos
  • Residentes em áreas urbanas
  • Desempregados (principalmente perda recente do emprego) e aposentados
  • Pessoas em isolamento social
  • Divorciados e viúvos (nessa ordem)
  • História de automutilação deliberada (por exemplo, pessoas que se cortam)
  • Migrantes
  • Pessoas com doenças graves ou incapacitantes (como câncer, HIV/Aids ou dor crônica)
  • Certas profissões, como veterinários, farmacêuticos, lavradores e médicos
  • Perdas recentes
  • Dinâmica familiar conturbada
  • Datas importantes (como aniversário ou fim de ano)

Será que ele quer se matar?

Nenhum dos fatores de risco citados deve ser considerado isoladamente, mas servem como dissemos, maior atenção das pessoas ao redor. Algumas frases também devem levantar suspeita de uma possível ideação suicida (desejo de se matar):

  • “Vou desaparecer”
  • “Eu não aguento mais”
  • “Eu preferia estar morto”
  • “Eu não posso fazer nada”
  • “Vou deixar vocês em paz”
  • “É inútil tentar fazer algo para mudar”
  • “Os outros vão ser mais felizes sem mim”
  • “Queria me enfiar em um buraco e sumir”
  • “Eu queria poder dormir e nunca mais acordar”
  • “Eu sou um perdedor e um peso para os outros”

Talvez você já tenha ouvido alguma delas.

Talvez você já tenha pensado ou dito alguma delas.

Muitas pessoas pensam que o suicídio é algo impulsivo, um fenômeno que não dá sinais prévios, mas isso não é verdade.

Há pessoas que pensam constantemente nisso, e muitos indivíduos comunicam seu sofrimento com frequência a outras pessoas. Outra ideia errônea sobre o suicídio é que “quem tenta se matar só quer chamar atenção” – quem tenta se matar está em grande sofrimento, e muitas vezes percebemos tarde demais que elas já vinham pedindo ajuda.

O que fazer?

Pessoas que querem acabar com sua própria vida lidam com pensamentos e sentimentos insuportáveis, que elas comumente sabem serem graves mas não sabem como superar.

Ao pedir ajuda, elas merecem ser respeitadas e levadas a sério; ter seu sofrimento levado em consideração; conversar com privacidade e serem escutadas com atenção; serem encorajadas a se recuperar e procurar ajuda profissional.

A ideia da morte de alguém próximo, ainda mais autoprovocada, pode causar desespero em muitas pessoas e isso acaba atrapalhando sua capacidade de acolher o outro. Respostas apressadas como “não exagere”, "isso não é nada", “isso vai passar”, “tente pensar em coisas melhores” e comparações de sofrimento como “passei por coisa pior e não me matei”, por melhor que seja a intenção, não ajudam e fazem a pessoa se sentir mais incompreendida e solitária.

O Ministério da Saúde tem uma página de web muito interessante sobre os sinais de alerta e a prevenção do suicídio, que dá orientações mais detalhadas sobre o assunto.

É de lá que retirei e adaptei essas recomendações sobre o que fazer diante de pessoas com risco de suicídio:

  1. Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com a pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio. Não julgue e não a culpe.

  2. Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento.

  3. Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa. Opções incluem o CVV (Centro de Valorização da Vida, ligação gratuita 188), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Unidades Básicas de Saúde, UPAs, SAMU (192), pronto-socorros, hospitais com atendimento de emergência.

  4. Se a pessoa com quem você está preocupado(a) vive com você, assegure-se de que ele(a) não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa. Se ela fizer uso de medicações para tratamento psiquiátrico, mantenha-os fora do alcance dela e assuma sua administração diária.

  5. Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo.

O CVV (Centro de Valorização da Vida) oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e VOIP, 24 horas por dia, todos os dias da semana. Em parceria com o SUS, a ligação para o número 188 é gratuita e pode ser feita por telefone fixo ou celular. Também é possível acessar o site do CVV para chat, Skype, e-mail e mais informações.

Suicídio na imprensa – o “efeito manada”

Existem evidências de que a abordagem de suicídios específicos pela imprensa pode aumentar as tentativas entre os leitores e espectadores, fenômeno apelidado de “efeito manada” ou “efeito contágio”.

Mais uma vez, o Ministério da Saúde elaborou um documento com orientações aos profissionais da imprensa e os meios de comunicação para que eles possam prestar informações de forma cuidadosa.

Isso inclui não dar destaque à notícia (como publicá-la na capa de um jornal); não usar a palavra “suicídio” no título; não tratar o suicídio como crime ou caso de polícia; não divulgar local ou método; não publicar fotos; não apontar causas ou explicações; não publicar cartas ou bilhetes de despedida; dentre outros.

Não se trata de manter o suicídio como um tabu, mas de a imprensa fazer seu trabalho de forma responsável e ser uma aliada no enfrentamento do problema.

Falar – e ouvir – é o caminho para evitar um suicídio e dar novos sentidos a uma vida que parece não valer a pena.

Peça ajuda e ajude a quem precisa.

Não são só os médicos que salvam vidas.

13 Mar 22:10

Harley-Davidson revela Street Rod, nova moto urbana

by Da redação de Auto Esporte
Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)

A Harley-Davidson finalmente atendeu ao pedido de milhares de fãs em todo o mundo e apresentou uma nova integrante para sua linha. E não se trata de uma cruiser. A Street Rod 2017 é um moto criada essencialmente para o ambiente urbano e equilibra bem o visual básico e limpo das standards com o desempenho bruto dos clássicos da marca.

A motorização é a mesma da Street 750 - um 750 cilindradas em V arrefecido a ar -, mas a marca mexeu nas entregas do bloco. Um ganho de cerca 10% no torque máximo e de cerca 20% na potência deixou a moto mais nervosa, mas a marca não revela os números finais. O sugerido aponta para um torque de 6,4 kgfm a 4.000 rpm e uma potência de 69 cv a 8.750 rpm.

Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)

Os detalhes técnicos da Street Rod já revelados pela marca incluem discos de freio frontais duplos, tela digital de velocidade, luzes traseiras (incluindo setas) de LED e rodas de 17 polegadas com pneus 120/70 na frente e 160/60 atrás.

O garfo é preto e, segundo a engenharia da marca, tem um ângulo de inclinação de 27º, uma mudança considerável para os 32º da Street 750. Segundo a Harley, além de garantir mais agilidade, a configuração dá uma posição mais "adiantada" ao piloto sem sacrificar o conforto.

Por enquanto, a Street Rod está programada apenas para o mercado norte-americano e europeu, com preço inicial de US$ 8.699 (cerca de R$ 27.200, sem os impostos).

Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)
Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)
Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)
Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)
Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)Harley-Davidson Street Rod 2017 (Foto: Harley-Davidson)

 

02 Oct 21:55

BBM ganha versão para Apple Watch

O aplicativo de mensagens da BlackBerry, o BMM, anunciou sua versão para o relógio inteligente da Apple na última quinta-feira, 1. O app chega ao Apple Watch antes do WhatsApp, app de mensagens mais popular do mercado, desenvolver sua versão. A descrição marca que o aplicativo vai permitir o compartilhamento de fotos e áudio, além de ver quando as pessoas estão respondendo as mensagens. A...
27 Jun 16:11

Animação – Data

by André Farias

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05 Aug 21:59

Saiba dicas de como anunciar (e vender rapidamente) seu carro pela Internet

by Luiza Tenente
Dê atenção aos interessados em comprar o carro e informe detalhes do veículo (Foto: Shutterstock)Dê atenção aos interessados em comprar o carro e informe detalhes do veículo (Foto: Shutterstock)

Uma maneira de negociar seu automóvel de forma rápida é anunciá-lo em sites de classificados. O público variado que acessa esse tipo de endereço eletrônico aumenta a chance de encontrar um interessado em comprar o carro. Uma pesquisa da MercadoLivre Classificados, em parceria com a Oh!Panel, revela que 96% das pessoas que pretendem adquirir um veículo recorrem à Internet para pesquisar sobre preços e especificações de cada modelo. Os dados foram levantados após entrevista com 4 mil internautas.

Faça uma revisão do carro antes da venda. Não esqueça o comprovante (Foto: Shutterstock)Faça uma revisão do carro antes da venda. Não esqueça o comprovante (Foto: Shutterstock)

Para ter sucesso na venda do carro, é importante preparar um anúncio completo. A engenheira Karine Barros, de 37 anos, já comercializou três automóveis por um site de classificados: um Chevrolet Zafira, um Toyota Fielder e um Citröen C4. O último foi o mais demorado para ser vendido - mesmo assim, em quarenta dias, o negócio estava feito. Para ela, a principal dica é descrever detalhes do produto. “Informei que os veículos só andavam na cidade, sem exposição a estradas. Isso já mostra aos interessados que os pneus estão conservados”, diz. É importante informar sobre possíveis amassados ou arranhões, opcionais do carro, quilometragem, tempo de utilização, revisões e reparos já realizados. O especialista Caio Ribeiro, gerente sênior do MercadoLivre Classificados e Novos Negócios, recomenda fazer uma revisão completa antes da venda, para conferir óleo de motor, freio, pneus e parte elétrica. Pedir um comprovante e mostrá-lo ao interessado na compra é uma boa forma de transmitir segurança.

Tire fotos com pelo menos 800 pixels de resolução (Foto: Shutterstock)Tire fotos com pelo menos 800 pixels de resolução (Foto: Shutterstock)

Sabe aquela história de que uma imagem vale mais do que mil palavras? Pode parecer clichê, mas vale para um anúncio de carros. Caprichar nas fotografias é essencial para o sucesso na venda. Denise Garcia, coordenadora de projetos, de 31 anos, lavou seu Chevrolet Captiva antes de clicá-lo. “Deu um brilho especial. Também me preocupei em tirar fotos do motor e dos pneus, para mostrar que não estavam desgastados”, conta. Escolha um ambiente com iluminação natural e centralize o carro nas imagens. A qualidade da câmera faz diferença – 800 pixels são suficientes para dar uma boa visualização do produto. O ângulo que mais favorece o carro é o dianteiro lateral. Mas atente-se também para as duas laterais, a traseira (que deve aparecer por inteiro) e a parte interna. “Uma dica é fotografar o painel ligado e os diferenciais, como bancos de couro”, diz Karine.

Estipule um preço de acordo com o mercado (Foto: Shutterstock)Estipule um preço de acordo com o mercado (Foto: Shutterstock)

Mas não adianta caprichar nas imagens e colocar um preço abusivo. Ribeiro aconselha utilizar a tabela Fipe, um referencial dos valores de mercado. “Quando anunciei meu carro, deixei bem claro que não aceitaria outro modelo em troca”, afirma Karine. Uma dica é observar quanto os outros anunciantes estão cobrando pelos automóveis. E, claro, negociar após o primeiro contato com o interessado. Karine, por exemplo, vendeu o C4, modelo 2008, por R$ 28 mil. “Foi um pouco abaixo da Fipe”, conta a engenheira.

Fique atento às ligações dos interessados (Foto: Shutterstock)Fique atento às ligações dos interessados (Foto: Shutterstock)

Depois de preparar um anúncio atraente, resta esperar pelos contatos dos interessados. Fique preparado para receber telefonemas e já tenha em mãos documentos que podem esclarecer as dúvidas do cliente. Inclua seu e-mail, número de celular e horário ideal para ser procurado. Em geral, só quem está realmente interessado no carro marca uma visita para conhecer o modelo de perto. Nessa situação, prefira locais públicos e seja atencioso. O primeiro interessado no carro de Karine foi um senhor de Santa Catarina - ele dirigiu até São Paulo, com a família inteira, para conhecer o produto. “Voltou para o Sul com dois automóveis”, conta. Denise também deu sorte. Foi procurada por um lojista, interessado no Captiva. No encontro, ele viu o outro carro dela, um Volkswagen Jetta. Resultado: o senhor fez uma oferta e comprou os dois. “Nem tinha pensado em vender. Mas o lojista ofereceu um valor superior ao das concessionárias, então fechei negócio”, conta.
 

02 Jul 02:59

Como um programador solitário clonou o Google Reader

by Mario Aguilar

Quando o Google Reader anunciou que seria desativado, muitos entraram em pânico e saíram correndo atrás de outro leitor RSS. Mas Matt Jobson é diferente. Ele criou o seu próprio Google Reader.

Jibson, 30, estudou engenharia elétrica. Durante o dia, ele trabalha em uma start-up de Nova York chamada Stack Exchange e tenta entender como solucionar problemas de peer-to-peer. Durante a noite, ele é um membro ativo do GitHub, uma comunidade open source de programadores.

E ele encontrou o desafio técnico que procurava. Como disse em um post em um blog que descreveu o projeto, “leitores de feed são complicados.” Acontece que as propriedades que supostamente destacam as informações dos feeds não são exatamente padronizadas. Ele começou um Tumblr e coletou cerca de 60 métodos diferentes de expressar a data – todas elas que seu reader precisaria analisar.

original

E na semana passada, o esforço foi compensado. Na quinta-feira, dias antes do Google matar o Reader de vez, Jibson acendeu as luzes do Go Read, sua resposta open-source ao abandono do Google. Ele postou o projeto no Hacker News e o código no GitHub. Desde então, 8.000 pessoas se inscreveram. Ele espera outro grande fluxo de cadastro quando outras pessoas de fora das comunidades de tecnologia acordarem e perceberem que seus feeds não têm mais um lar.

Mas mais do que a emoção da caçada solitária, Jibson é um grande fã do Google Reader, e ele acredita que o seu Reader precisa ser o mais próximo de um clone do Google Reader possível considerando o tempo ele ele teve para desenvolver. “Ele é bom para apresentar conteúdo em uma forma usável, rápida e simples”, ele diz. “Eu queria a mesma experiência”, continua. “Sim, eu penso que a interface do Reader era a correta.”

Como acontece com muitas alternativas ao Google Reader disponíveis por aí, o primeiro passo é importar os feeds. Se você tem um monte deles, como eu, vai demorar alguns minutos para importar. A partir daí, todos estarão disponíveis para você. Você não verá qualquer frescura, mas vai perceber como eles carregam rapidamente. Ou melhor, isso quando ele não estiver sofrendo com os bugs tradicionais de produtos recém-lançados. Se você tentar usar agora, deve perceber que ele está lento, resultado de recursos sobrecarregados que Jibson está pagando do próprio bolso.

Se você é um da legião de pessoas que estão lamentando a perda de uma companhia diária familiar – eu também sou um desses – talvez seja pra cá que você deva ir. Go Read (entendeu, Google Reader?) lembra bastante designs do Google. Todos os atalhos de teclado funcionam, e até a tipografia é similar. Existem alguns recursos ausentes óbvios, como a busca, mas a leitura básica de feeds está praticamente intacta.

Jibson diz que não pode levar muito crédito pela experiência, já que ele estava usando apenas coisas que são disponíveis para todos. Ele ressalta que o Comma Feed, outra aventura de programadores criada nos últimos meses, parece igual porque também foi construída sobre as mesmas fundações.

Isso nos leva a uma importante questão: por que um lobo solitário entrou em um lugar tão cheio? Quanto mais você observa as configurações de readers diferentes, você percebe que a funcionalidade principal deles é extraordinariamente simples – a chave está em uma boa interface de usuário. E, francamente, existem grandes equipes com mais recursos que podem conseguir algo mais revolucionário.

Tanto o Go Read quanto o Comma Feed têm foco em ficar fora do caminho, e isso faz você pensar que, para reagir à saída do Google, os concorrentes estão ignorando um dos apelos originais do produto.

ku-xlarge

Pegue, por exemplo, a equipe do Digg que criou um leitor RSS simples. Os princípios do projeto me dizem que há muita coisa escondida que não pode ser percebida. A empresa tem planos de expandir o produto para ser um reader que ajude no desenvolvimento adequado dos dados do Digg. Não podemos avaliar os méritos desses recursos até vê-los. Toda essa filtragem vai ter apelo para alguns, mas outros vão preferir ler suas matérias em fluxo.

Nos últimos 100 dias, outra start-up, o Feedly, focou em algo diferente. Antes, o Feedly era basicamente uma camada mais bonita para o backend do Google. Com o fim do Reader, eles tiveram que criar uma solução própria.

Jibson diz que não tem opinião formada sobre a questão, mas parece que, ao sermos abandonados pelo Google, ele não está tentando criar nada diferente do que o Google nos oferecia. E, de certa forma, ele deixa claro como ele quer que seja o reader simplesmente por não desenvolvê-lo demais. Jibson está criando recursos que ele precisa quando precisa em vez de criar algo que seja complicado desde o começo. Vamos ter que esperar para ver quantas pessoas vão se inscrever para descobrir mais a fundo quais são as suas ideias.

Em relação aos próximos passos, Jibson definiu que vai fazer o reader que ele gostaria de usar para ter certeza que incorporará novos recursos. Ele adicionará coisas novas de acordo com a velocidade que puder programar. A curto prazo, quer coisas básicas como organização de feeds e pastas e correção de bugs – ele está correndo contra o tempo para adicionar os recursos assim que possível. Considerando a sua ambição, ele não está próximo da velocidade que as pessoas provavelmente vão querer a longo prazo. Ele não sabe onde vai chegar com o Go Read, exceto que não vai parar agora.

Uma coisa que está clara é a taxa de usuários que estão aparecendo, e que ele não vai ser capaz de manter sem receita por muito tempo. Atualmente, o plano para cobrir os custos é oferecer às pessoas a opção de publicidade ou assinatura. “O objetivo não é ter lucro”, ele me disse “mas se for possível ter sem sacrificar a experiência de usuário, eu posso considerar.”