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| Salário 2013 (7h)
| Salário 2013 (8h)
| Salário 2014 (8h)
| Corte real (€)
| Corte real (%)
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| 620,00 €
| 708,57 €
| 603,66 €
| -104,91 € | -17,4% |
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| 800,00 €
| 914,29 €
| 769,14 €
| -145,15 € | -18,9% |
|
| 1.000,00 €
| 1.142,86 €
| 947,86 €
| -195,00 € | -20,6% |
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| 1.500,00 €
| 1.714,29 €
| 1.370,79 €
| -343,50 € | -25,1% |
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| 2.000,00 €
| 2.285,71 €
| 1.760,00 €
| -525,71 € | -29,9% |
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| 3.000,00 €
| 3.428,57 €
| 2.640,00 €
| -788,57 € | -29,9% |
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| 4.000,00 €
| 4.571,43 €
| 3.520,00 €
| -1.051,43 € | -29,9% |
As notícias sobre cortes sucedem-se, com nome de “poupanças” e com a notícia seguinte a fazer esquecer a anterior. Recapitulemos, portanto. Primeiro, foi o aumento do horário semanal de trabalho na Administração Pública das 35 para as 40 horas sem o correspondente acréscimo remuneratório. Depois, o anúncio de cortes salariais entre 2,5 e 12%, mas calculados sobre uma remuneração que não aumentou e deveria ter aumentado: o valor de 8 meses de prestação do crédito à habitação não se reduziu para o valor de 7 prestações e 8 litros de leite não passaram a custar o que antes custavam 7. Esses cálculos vêm ilustrados na tabela junta. Na segunda coluna vêm indicados os valores que deveriam estar a ser pagos depois de aumentada a jornada de trabalho das 7 para as 8 horas. Na terceira coluna vêm os valores dos cortes salariais anunciados apesar de aumentada a semana de trabalho das 35 para as 40 horas calculados recorrendo à ferramenta disponibilizada aqui. E nas quarta e quinta colunas vêm os valores dos cortes reais em termos absolutos e em variação percentual. Não incluem o aumento nos descontos para a ADSE, nem qualquer aumento de impostos, nem a desvalorização real decorrente da inflação. Também não consideram a revisão da tabela salarial que vem prevista no OE 2014, embora ainda sem qualquer quantificação. O Governo incluiu a sua menção apenas para avisar que os cortes não se vão ficar por aqui.