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03 Sep 17:55

Todos os níveis - Concurso em Itabaianinha/SE reúne 128 ofertas - A participação no concurso da Prefeitura Municipal de Itabaianinha deverá ser garantida entre os dias 2 e 6 de setembro

A participação no concurso da Prefeitura Municipal de Itabaianinha deverá ser garantida entre os dias 2 e 6 de setembro
22 Jun 01:29

Sem poder jogar, volante tem contrato renovado pelo Fluminense

by Redação

Fora do Fluminense até o ano que vem por conta de uma cirurgia no joelho direito, Luiz Fernando teve o contrato renovado pelo clube. O novo compromisso do volante com o Tricolor agora vai até o fim de 2020.

A extensão do vínculo de Luiz Fernando com o Fluminense foi publicada no Boletim Informativo Diário (Bid) da CBF nesta quarta-feira.

10 Jun 13:59

Rival quer troca por Cavalieri e oferece lista com sete nomes para o Flu escolher, diz site

by Redação

As especulações quanto à saída de jogadores do Fluminense continua. O nome da vez é Diego Cavalieri, ventilado no Flamengo. De acordo com o Blasting News, site presente em várias partes do mundo, o rival deseja a contratação do goleiro e ofereceu uma lista com sete jogadores para o Tricolor escolher.

De acordo com a publicação, entre eles estão o zagueiro Rafael Vaz, o meia Mancuello e os atacantes Orlando Berrío e Gabriel. Mancuello e Gabriel seriam os favoritos a integrarem essa transação, especialmente após a chegada de Éverton Ribeiro à Gávea, a saída de Éderson do departamento médico e a proximidade da estreia de Dario Conca.

Até o momento, nenhuma proposta foi oficialmente apresentada por parte do Flamengo. A expectativa, porém, é a de que ela aconteça no início da semana que vem. Nos bastidores do Rubro-Negro, há um certo otimismo de o troca-troca ser sacramentado.

17 Mar 17:02

Você acha que ganha mal? Então você tem que ler isso!

by William Ribeiro
Você acha que ganha mal? Então você tem que ler isso!

Nada pior que o sentimento de injustiça. Acordar cedo, trabalhar o mês inteiro, abrir mão do nosso tempo para as pessoas que amamos… Mas nem sempre o fruto do nosso trabalho, retratado nos números impressos no holerite, reflete o que pensamos ser justo e compatível com nossos esforços.

A desmotivação fica ainda maior quando comparamos nossa remuneração com a de alguém, como um chefe ou um colega de trabalho. Estranha e ilogicamente, parece que ficaríamos satisfeitos bastando que estas pessoas ganhassem menos – o que em nada contribuiria para que nossas mesas ficassem mais fartas.

Nossas remunerações são constituídas, acima de tudo, como reflexos de nossas decisões. Escolher uma carreira que não remunera bem, assim como se manter nela por muito tempo, são os principais erros que comprometem o aumento do nosso contracheque.

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O que nos faz ganhar mais?

O principal fator que define a remuneração de um funcionário é a famosa lei da oferta e da procura. Também podemos dizer, em outras palavras, que uma pessoa ganha conforme a raridade de seu trabalho, sobretudo considerando o poder de mudar as coisas (trazer resultados), de maneira individual, para a empresa.

Repare na palavra “individual”, na frase acima. A força de trabalho do chão de fábrica, coletivamente, traz bons resultados para a empresa. Mas cada trabalhador, isoladamente, tem o poder muito limitado de produzir efeitos “diferentes”, pela própria divisão em postos de trabalhos com escopos restritos.

Comparemos esta situação com a de um jogador famoso de futebol. Aquele cara que pode mudar o resultado do jogo em um único lance, capaz de fazer coisas com a bola que quase ninguém consegue.

Se usássemos apenas o senso de justiça, poderíamos dizer que o trabalho do jogador não é tão relevante assim para as pessoas. Eles costumam trabalhar muito menos que nós e têm regalias que nunca teremos. Convenhamos também: o mundo não iria acabar caso o jogador, o time ou o esporte como um todo não existisse.

Mas este pensamento ignora a indústria bilionária que está envolvida para disponibilizar a partida na sua TV. Neste mercado, o dinheiro não falta.

O jogador diferenciado recebe mais porque alimenta o ciclo virtuoso do dinheiro no esporte. Melhores jogadores trazem mais vitórias, mais torcedores nos estádios e na TV. Isto atrai mais patrocinadores, que permitem mais dinheiro para contratar os melhores jogadores…

Mas o que faz o trabalho de uma pessoa ser raro (escasso)? Basicamente, mercado e especialização.

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Mercado

Situações mercadológicas, relacionadas à conjuntura econômica, podem fazer a demanda por um determinado tipo de funcionário ser maior que a oferta destes profissionais no mercado.

Nestes cenários, os trabalhadores podem escolher a qual empresa irão dedicar os seus esforços, considerando os empregos que ofereçam maiores remunerações.

Como exemplo recente, temos o momento em que a economia brasileira ia bem das pernas – nessa época tínhamos uma forte demanda na construção civil.

Naquela situação, fomentada sobretudo com crédito do governo amplamente disponível e subsidiado às famílias, trabalhadores como os engenheiros civis e pedreiros estavam valorizados.

Por este motivo são vitais os indicadores que revelam a saúde da economia. Quando ela vai bem, todos progridem: a bonificação adicional que o pedreiro recebeu servirá para que ele consuma mais produtos e serviços, “girando a roda da economia”, como dizem por aí.

Na contramão de tudo isto, como tem acontecido nos últimos anos no Brasil, quase ninguém tem dinheiro para construir. Mais grave ainda: não tem sobrado dinheiro nem para pagar as contas do mês.

Alheio à crise, porém, está o custo de vida que o pedreiro tem que sustentar. Com quase ninguém contratando, ele acaba aceitando pegar a obra da esquina por um preço 50% menor que aceitava em 2011/2012.

O cruel é que, ao contrário do valor do salário do pedreiro, os preços dos produtos que ele consome não pararam de subir deste então, o que fatalmente reduziu o poder de compra do trabalhador.

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Especialização

Embora tenhamos experimentado alguns avanços, o Brasil ainda convive com índices muito baixos de pessoas com formação superior. Na verdade, a escolaridade média da população com mais de 25 anos é de pouco mais de 7 anos de estudo, uma das piores marcas de toda a América do Sul.

Os profissionais que detém sólida formação acadêmica e experiência profissional formam parte de um grupo tão seleto que acabam sendo valorizados no mercado de trabalho.

Este é um cenário alarmante, sobretudo se analisarmos as universidades públicas, cujos alunos praticamente se restringem basicamente àqueles de boa renda. Para chegar numa USP, por exemplo, é necessário (além do esforço pessoal) ter passado por escolas boas e geralmente particulares, cursinhos caros e etc.

E quem banca estes custos geralmente são os pais, que por também terem tido acesso à educação, têm condições financeiras de arcar com todos estes custos.

Evidente que essa não é a realidade de todos os alunos, nem mesmo esta é uma crítica aos alunos que tem condições de estudar. A crítica vai ao círculo vicioso que a falta de educação imprime no futuro financeiro de diversas gerações.

Infelizmente, sou pouco otimista em relação à mudança deste problema. Colher os resultados dos investimentos em educação é trabalho de longo prazo. E, se não dá para “inaugurar” em 4 anos de governo, muito poucos políticos se importariam em deixar um legado para outro (muitas vezes da oposição) usufruir.

Leitura recomendada: O preço que se paga por não gostar de lucro e educação

Exceções estúpidas

Nem tudo é perfeito ou racional. Há alguns casos que fogem às regras que vimos anteriormente.

Algo inexplicável e que foge ao princípio da oferta e da procura é a situação dos professores no Brasil. Segundo pesquisa da OCDE, nossos professores recebem um dos salários mais baixos do mundo.

Até mesmo em países da América Latina, como Chile e México, os professores recebem remunerações consideravelmente maiores que em nosso país. Na pesquisa, o Brasil ficou na frente somente da Indonésia!

Bons professores são artigos raros. Além da formação profissional, ser um bom professor demanda talento e aperfeiçoamento para ensinar bem.

Através da difusão do conhecimento, os professores são os verdadeiros agentes de transformação de nossa sociedade. Os mestres deveriam ser, portanto, reconhecidos, avaliados e estimulados a melhorar sempre.

Mas, como se sabe, há o nivelamento por baixo – se todos recebem um valor de salário medíocre, qual o incentivo que as pessoas têm para se superarem? Os professores que se destacam, mesmo diante de tantas adversidades, podem ser considerados verdadeiros heróis.

Situação análoga ocorre com os bombeiros, policiais e tantos outros profissionais indispensáveis para a construção de uma sociedade melhor, mas que quase nunca ganham o que deveriam.

Finalmente (e vergonhosamente), temos a questão dos políticos no Brasil. Numa sociedade mais justa, estes cargos seriam ocupados com as pessoas mais desprendidas de interesses pessoais e preparadas para exercer a função.

Políticos são servidores públicos. Sendo mais explícito, são eleitos para nos servir. A inversão de valores ocorre quando o mandato é exercido para gestão do interesse do político – vide o projeto de anistia ao “caixa 2”, totalmente dissonante dos interesses da sociedade.

Gerenciar recursos públicos deveria ser função de quem está preparado e disposto a ser criminalmente responsabilizado por sua má gestão.

Também deveria haver métodos de avaliar a produtividade e eficiência do trabalho dos políticos, visando manter no poder somente aqueles que merecerem.

Os políticos deveriam receber remunerações mínimas, visando a economia dos recursos públicos para o bem da coletividade, como mais escolas, leitos de hospitais e por aí vai.

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Você ganha mal? A responsabilidade é sua.

Difícil de dizer isso, mas é necessário: o chefe não é o culpado por você ganhar mal. E o primeiro passo para sair dos baixos salários é reconhecer isso como verdade.

Façamos um exercício: quanto você receberia em outra empresa, para fazer a mesma coisa que você faz no seu trabalho atual?

Se você acha que ganharia mais, então permanecer no emprego atual não é a melhor opção. Você pode receber menos que outras empresas do setor pagariam para os trabalhadores da mesma função.  Mas, neste caso, permanecer no emprego atual trata-se de um custo de oportunidade assumido por você.

Não adianta dar o melhor resultado para a empresa ou mesmo fazer o melhor MBA do país na área, se você se submete a permanecer na mesma empresa e com o mesmo valor de salário.

As remunerações nas empresas nem sempre são justas ou meritocráticas. Cabe ao empregado exercer a sua valorização, optando por empresas que promovam e valorizem resultados extraordinários.

Se você acha que ganharia a mesma coisa, então você não recebe mal. Em vez disso, será que não é o seu cargo que é mal remunerado? Existem diversos empregos que exigem imensos esforços para a sua realização, mas que o mercado não valoriza tanto assim.

Vários destes empregos, inclusive, tendem a ser extintos dentro de poucas décadas, como atendentes, caixas de banco, motoristas e vários outros.

Repensemos a situação pela lógica de mercado. Suponhamos que o valor mercadológico de sua função seja baixo. É altamente improvável que alguma empresa resolva pagar o dobro deste valor para você, porque ela deixará de ser competitiva.

De qualquer maneira, se você não está satisfeito com a sua remuneração, a responsabilidade de mudar esta realidade é unicamente sua.

Podcast recomendado: Em quem confiar na era dos gurus da internet

Conclusão

As pessoas e as empresas ganham dinheiro RESOLVENDO PROBLEMAS das outras pessoas e empresas.

O mercado paga, e paga muito, para profissionais RAROS. Aqueles que são excelentes para resolver os problemas ou necessidades dos clientes ou da própria empresa.

Lembre-se de qualquer pessoa que ganha bem, como um artista ou jogador de futebol. São mercados onde rola muito dinheiro, em que aqueles que se destacam muito, ganham muito mais que os outros.

Faça uma análise imparcial: o seu cargo/função é facilmente substituível por outra pessoa? Você se prendeu à uma empresa ruim?  Você não é excelente no que faz? O salário em outras empresas é tão baixo quanto o que você recebe atualmente?

Respostas positivas sugerem uma tendência a receber remunerações menores. A saída é buscar novas experiências, assumir mais riscos, procurar aperfeiçoamento profissional (em uma área rentável, mercadologicamente falando).

Este é o objetivo deste artigo: sair da zona de conforto, pois é justamente nela que residem os menores salários. Assim como economizar e investir, entender a lógica de se ganhar mais dinheiro é um dos pilares da Educação Financeira que você não pode deixar de apreciar.

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Este artigo foi escrito por William Ribeiro.

Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
24 Jan 19:44

O famigerado jeitinho brasileiro

by Joe

O Brasil não é para principiantes. Em outro país, só de olhar pra essa foto você já seria condenado a 4 anos de prisão.

21 Jan 10:58

O dia que o Padawan foi ao McDonald’s #VidaDePai 133

by Jorge Freire

Padawan está de férias e fica uma boa parte do tempo brincando com a molecada do condomínio. Como a piscina, quadra e o parquinho ficam grudados à minha casa, dá para ficar monitorando o que eles andam aprontando.

Esses dias uma turma mais velha pediu McDonald’s para comerem em umas mesinhas de cimento que tem por aqui. Na hora o Padawan veio para casa e pediu que queria comer também. Expliquei que ele iria jantar em casa e não era hora dele comer esse tipo de comida. Até porque o único contato que ele teve com o McDonald’s foi o sorvete e os brinquedos que comprei algumas vezes.

Quem me acompanha aqui sabe meu amor pelo McDonald’s #sqn

Quando fui dormir, pensei em levá-lo no dia seguinte para almoçar na Casa do Palhaço. Olha, ele vê a molecada comendo e comentando então é preferível que ele coma comigo do que com outras crianças. Sempre faço hambúrguer aqui e casa e o Padawan conhece o sabor de uma boa carne, molhos etc. Então apostei minhas fichas que ele ao comer um dos hambúrgueres do McDonald’s iria estranhar.

Ao chegarmos no McDonald’s, percebi uma mudança. Agora eles te dão uma senha para aguardar o pedido e devo retira-lo no balcão ao lado. Ou seja, pode ser que agora o fast food não seja tão fast, e isso é bom! Como estão montando na hora os sanduíches pode ser que a qualidade tenha aumentando.

Pedi para o Padawan um McLanche Feliz e no lugar de batatas fritas, tomate cereja. O suco foi aquele da DelMorte 100% integral. Para mim, um tal de Mushroom Dijon.

Realizei o pedido, esperei uns 5 minutos e me chamaram. Me surpreendi com a aparência do meu hambúrguer. O Mushroom Dijon estava bonito, bem montando e tudo mais. Será que eu seria surpreendido justamente pelo McDonald’s, pensei. E ficou somente no pensamento mesmo….na 1ª mordida o sabor da carne era bem parecida com cartolina bem passada. Um horror.

Ou seja, na mudou na terra dos arcos dourados. Enfim.

Bem, coloquei a caixinha do McLanche Feliz na frente do Padawan. Ele abriu, pegou o cheeseburguer e deu a 1ª mordida. Fiquei olhando a cara dele e suando frio. Vai que esse moleque goste disso! Ele deu a 2ª mordida e ai perguntei o que ele estava achando:

Tem gosto de catchup. É assim mesmo?

VITÓRIA! O moleque percebeu que os hambúrgueres do McDonald’s o que mais se sobressai são os molhos. A carne – o protagonista da parada toda – fica em 3º plano. O paladar dele já estava moldado e soube distinguir a baixa qualidade dos hambúrgueres de lá.

E para finalizar a experiência maravilhosa, o moleque que sempre manda uns 2 hambúrgueres em casa, conseguiu comer só a metade do cheeseburguer do Palhaço.

Sempre defendo que o que fazemos em casa é a base dos nossos filhos. Uma alimentação saudável e os pais dando exemplos temos como resultado uma educação correta para os nossos Padawans. Essa ida ao McDonald’s provou isso. Ao invés dele experimentar com os amigos, preferi que ele experimentasse comigo. Dessa forma pude conversar e explicar o que ele estava comendo.

Quando entramos no carro, fiquei feliz em saber que tudo que estamos proporcionando para ele está surtindo efeito.

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23 Oct 17:50

Scarpa e dois ex-tricolores são os três jogadores mais decisivos do Brasileirão

by Redação

Fluminense | O site número 1 da torcida tricolor - Notícias do Fluminense Football Club, blogs, fotos, vídeos, loja e muito mais sobre o Fluzão

Gustavo Scarpa tem se firmado não só como um expoente do Fluminense, mas do futebol brasileiro. É o segundo jogador mais decisivo do campeonato nacional. Só perde para Fred, do Atlético-MG. Diego Souza, do Sport, ocupa a terceira colocação. Em comum o fato de o trio ter iniciado a temporada juntos no Fluminense.

Scarpa participou de 11 lances decisivos. Foram seis gols decisivos e cinco assistências. Fred marcou nove gols decisivos e tem três passes para gol. Diego Souza marcou oito gols e possui três assistências decisivas. Veja os números:

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Scarpa e dois ex-tricolores são os três jogadores mais decisivos do Brasileirão

29 Sep 21:17

O cara que falou sem querer pra namorada que comeu a Ana

by Joe

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pudim2

Os cara não cansam de perder namorada em nome da zuera. Vale a pena? Depende, nesse caso valeu demais…

Da leitora Isabela Coelho.

26 Sep 01:14

Os problemas com as armas Taurus

by Redação

Forjas Taurus

O site The Intercept Brasil publicou uma extensa matéria sobre problemas envolvendo as armas da Forjas Taurus. De autoria da jornalista especializada em Segurança Pública Cecilia Olliveira, a reportagem traz fatos preocupantes e de interesse de todos os policiais brasileiros:

Policiais civis e militares de todos os estados são reféns do armamento da brasileira Forjas Taurus, maior fabricante de armas da América Latina, que, há anos, vem sendo denunciada por disparos acidentais. Beneficiados por uma legislação que abre portas para o monopólio da empresa, instituições policiais não conseguem adquirir outros armamentos. Enquanto isso, as armas já fizeram mais de 50 vítimas só no Brasil.

A empresa, que movimentou 823 milhões de reais em 2015 e era financiadora de campanhas de deputados federais, segue com o negócio intocado – e na sombra, já que a transparência não é o forte do setor. Laudos, perícias e depoimentos de vítimas têm sido sistematicamente desconsiderados. Responsabilidades não são apuradas e, há pelo menos dois anos, com o conhecimento dos Governos Federal e Estaduais, policiais vêm matando e morrendo acidentalmente.

O Exército acusa a Taurus, sediada em Porto Alegre, de falhar no controle de qualidade de seus armamentos. Por sua vez, a empresa, que exporta para mais de 80 países, diz que jamais foi comunicada a respeito disso pelo órgão que a fiscaliza e adverte: vai processar quem insiste em disseminar “acusações falsas” ou tentar “prejudicar sua reputação”.

Leia toda a matéria no The Intercept!

08 Sep 13:41

Coletânea de cachorros atingindo um nível de semi retardo

by Joe

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Cachorro é tão legal que mesmo entrando em colapso mental, ele segue sendo demais.

04 Sep 20:41

O que ninguém me contou sobre "largar tudo e ser feliz"

by Carol Rocha

Você não tem que fazer essa faculdade se estiver confusa. O mundo é um lugar difícil, mas as coisas vão acontecer se você se esforçar. Vá em busca dos seus sonhos, vá ser feliz. Larga tudo sim, arrisca tudo, corre pro mundo!

Eu ouvi que precisava escolher o que ia fazer pro resto da minha vida aos 14 anos. Dizer isso em voz alta hoje em dia me parece muito louco. 14 anos, o que a gente sabe com 14 anos? Na época, esse papo foi quase mecânico e parecia simples: termine o fundamental, depois o ensino médio, escolha um curso, preste vestibular e entre na faculdade. Direito, medicina, engenharia. São muitas opções.

Minha mãe queria me ver sendo chamada de doutora, advogada ou médica. Alguns meses antes da prova para entrar na universidade, contei que queria ser jornalista. Essa sempre foi a primeira e única opção que deixava meu coração quente. Não demorou muito pra eu ouvir os primeiros "isso não dá dinheiro", "você não vai ter estabilidade" e o clássico "nem precisa de diploma".

Me lembro até hoje do dia em que eu dei razão pra tudo isso e fui abrir a lista de cursos pra escolher outro. Algum que precisasse de diploma, trouxesse estabilidade e desse dinheiro. Eu tinha só 16 anos e queria colocar em prática um planejamento perfeito de vida, de acordo com o que os outros repetiam, é claro. O fim dessa história já é manjado: as coisas não deram certo, o plano de me formar aos 21 anos não rolou, eu odiei a área de trabalho e queria desistir do curso no último ano. 

Entrei na famosa crise. Me rendi e fui procurar textos e vídeos motivacionais na internet. "Como largar tudo", "Desisti da faculdade, e agora?", "Aprenda a ganhar dinheiro e ser feliz", "Quero gostar de engenharia". As combinações de palavras na busca do Google nunca tinham sido tão desesperadas. E nisso, comecei a reparar em uma coisa.

Era como se houvesse um novo movimento, e mote era "ser feliz" a qualquer preço. "Preço" era a palavra chave. Largar tudo, sair para viajar o mundo sem dinheiro ou desistir da faculdade ao primeiro sinal de insatisfação parecia ter se tornado muito mais fácil. Eram parágrafos e mais parágrafos descrevendo essa incrível geração que cansava dos escritórios, jogava a mesa pro alto, se demitia e ia aplaudir o sol. O que é muito legal. Mas quem eram os corajosos? Pra quem aqueles textos eram escritos?  

Não era pra mim.  

Quer dizer, é óbvio que eu queria ser feliz. Mas eu queria (sobre)viver também. As contas, as expectativas, elas não saiam da minha vida junto com o curso. Largar tudo é um golpe de sorte pra qualquer um, mas a taxa de sucesso e confiança diminui quando, por exemplo, você é uma pessoa preta e pobre. Uma coisa é desistir do que te incomoda sabendo que vai ter pra onde correr caso tudo dê errado. Outra bem diferente é não ter absolutamente nenhum plano B, e sentir como se aquela chance, que você tá querendo jogar pela janela, fosse a única da sua vida.

Depois de ler aqueles textos que apareceram com as pesquisas no Google, uma coisa ficou martelando na minha cabeça: a periferia, o pobre, o negro, a negra. Eles estão tentando entrar na faculdade ainda. Estão tentando se manter nela e ocupar os espaços, serem reconhecidos. 

A minha mãe queria me ver sendo chamada de doutora porque esse é o ideal de carreira construído, e porque ela passou a vida inteira me criando com um salário mínimo e não queria que eu passasse pelas mesmas coisas que ela passou. Eu sabia que, vivendo onde eu vivia, com a grana que eu tinha, ter entrado na maior universidade pública do país era uma coisa muito grande. Quase uma daquelas histórias de superação que os programas de TV adoram. E esse é um contexto muito importante pra ser lembrado: foi muito mais difícil largar tudo aquilo, quando "aquilo" era tudo que eu tinha.

Nem de longe eu tiro a glória de quem joga tudo pro alto e vai fazer o que bem entender da própria vida. Inclusive, eu acho que o objetivo tem que ser esse mesmo. Mas é importante ter empatia com as inseguranças alheias e cuidado com o contexto em que as decisões das pessoas são tomadas. Nem todo mundo está preparado pra largar tudo, nem todo mundo quer fazer isso, nem todo mundo pode. E isso não significa que falta confiança no próprio taco ou sobra comodismo.

Se você escolher não pagar pra ver, tudo bem. O conceito da felicidade tem sido engessado como se pertencesse apenas aos quebradores de paradigmas, desbravadores rebeldes, os que conseguem ter a coragem de mudar. Mas para escolher ficar é preciso ser igualmente corajoso (ou mais), porque isso significa que você vai ter que se adequar.

Continuar a fazer engenharia, mesmo depois de descobrir que odeia o curso, pode sim ser uma opção, principalmente quando ele te garante um estágio que paga as contas do mês. Conciliá-lo com o intensivo de fotografia aos sábados que você paquerou por meses, transformar aquela única aula que não te dá vontade de morrer em um projeto de iniciação científica, esperar o processo seletivo de bolsas de intercâmbio ao invés de cancelar a matrícula da faculdade pra viajar o mundo; parar, pensar, respirar.  Tudo tem alternativas e ramificações em potencial; o exercício de descobri-las é cansativo, mas rende muita bagagem. 

Transformar coisas que não funcionam tão bem quanto você esperava em oportunidades vai, no mínimo, te trazer boas experiências. E nesse processo, o que eu tenho pra dizer é aquilo que ninguém me contou: você não vai ser mais covarde se optar por não largar tudo. Fazer o que é mais seguro pra você também é uma forma de ser feliz.

25 Jul 14:03

Estoril apresenta lateral emprestado pelo Fluminense

by Redação

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O Estoril Praia, de Portugal, apresentou, em seu site oficial, o lateral-esquerdo Ailton. Emprestado pelo Fluminense até julho do próximo ano, o jovem de 21 anos falou sobre a expectativa de atuar na Europa depois de uma passagem pelo Neftchi do Azerbaijão e apresentou suas características

– Fui muito bem recebido, ainda não treinei, mas espero fazer um bom trabalho já esta semana. Me considero um jogador veloz, forte fisicamente e gosto muito de sair para o ataque – falou, animado com a chance:

– No ano passado o Estoril esteve muito bem, por pouco que não chegámos à Liga Europa e o que eu espero é começar da melhor forma para poder ajudar a equipe.

Pelos profissionais do Fluminense, Ailton disputou apenas cinco partidas, quatro como titular,  entre 2013 e 2014.

Estoril apresenta lateral emprestado pelo Fluminense

24 Jul 21:58

Unesp inaugura Instituto de Estudos Avançados do Mar

"A população precisa se beneficiar do avanço da ciência e da inovação voltado à exploração sustentável dos recursos marinhos e à preservação ambiental."
21 Jul 12:51

A realidade brutal e divertida dos pais

by Jorge Freire

Os pais e mães precisam de uma paciência que nem Jedi tem. Muitas vezes somos colocados em certas situações que, olha, aquele mantra que o moleque não merece umas palmadas acaba! Dá vontade de pegar um chinelo e encher a bunda deles de palmadas!

Porém depois que passa o desespero, vem a alegria. Um momento que poderia acabar com o seu dia ano vira algo engraçado e leve.

Acredito que a paternidade e a maternidade é isso. Precisamos sempre ver o lado bom das coisas e, assim, curtir bastante os nossos Padawans.

Abaixo tem algumas fotos que os pais e mães colocaram no Instagram dos seus Padawans e, acreditem, essa é a minha realidade e já passei por umas 4 situações dessas aí da fotos fácil fácil!

Confira:

Nunca mais você poderá ir no banheiro tranquilo

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 01

A alegria de saber que seu Padawan gosta de maçã

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 02

Tentar colocar um casaco em sua Padawan fantasiada de Elsa

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 03

Descobrir que seu Padawan ligou para a polícia para conversar

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 04

Você gasta uma fortuna em um brinquedo e ele prefere a caixa

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 05

Quando você percebe que não é um Ninja e fez barulho ao sair do quarto

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 06

Um sorvete faz sua Padawan parecer o Hannibal Lecter

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 07

Fingir que não conhece os Padawans apavorando no chão do restaurante

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 08

Não precisar mais programar o  despertador para às 05h30

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 09

Descobri a razão – no dia seguinte – do seu Padawan ter acabado rapidinho o jantar

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 10

Estranhar quando um vizinho – que nunca falou com você – te ligar

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 11

Quando você pede ao seu Padawan um pedacinho de algo

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 12

Perceber que todos dentro do avião amam seu Padawan

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 13

Achar, da pior forma possível, aquela peça de LEGO perdida

A realidade por trás das fotos dos Padawans no Instagram 14

VIA

 
Source: Nerd Pai

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13 Jul 23:27

Gum volta a treinar e diz que jogo contra o Cruzeiro é grande oportunidade para o Flu

by Redação

Fluminense | O site número 1 da torcida tricolor - Notícias do Fluminense Football Club, blogs, fotos, vídeos, loja e muito mais sobre o Fluzão

Fora do jogo contra o Vitória devido a um problema com o filho, Gum treinou normalmente nesta quarta-feira e já foca o próximo duelo do Fluminense. O zagueiro encara o jogo contra o Cruzeiro como uma chance significativa de o time reencontrar o caminho do gol.

– O Cruzeiro está em situação de irregularidade, assim como o Fluminense e, por isso mesmo, o jogo acaba se tornando muito importante pelo efeito que o resultado pode trazer em termos de tabela de classificação. Perdemos recentemente muitos pontos que não poderíamos ter perdido em hipótese nenhuma. Portanto, é preciso ter equilíbrio para reagirmos rapidamente e essa partida se tornou uma grande oportunidade”

Gum volta a treinar e diz que jogo contra o Cruzeiro é grande oportunidade para o Flu

02 May 23:10

Qual a menor unidade de tempo que existe? Seu Padawan sabe

by Jorge Freire

Todos sabem que o sol é o grande responsável pela medição do tempo. O dia solar é o tempo que leva de um pôr do sol ao dia seguinte. Ou seja, a terra precisa dar uma volta completa em torno de seu próprio eixo para que isso ocorra (rotação da Terra).

Então convencionamos que esse tempo leva 24 horas (01 dia), sendo que cada hora tem 60 minutos e cada minuto 60 segundos.

Ou seja, usamos a rotação da Terra para mensuramos os dias e a translação da Terra – que faz em volta do Sol – para mensuramos os anos.

Porém quando temos Padawans, aprendemos rapidamente que existem várias e várias subdivisões de tempo. E, infelizmente, aprendemos isso na raça.

Qual a menor unidade de tempo que existe Seu Padawan sabe

Querem um exemplo?

A unidade de tempo mais curto que existe em todo o Universo é o período entre a limpeza do chão da cozinha e dos Padawans o sujando.

Juro, basta acabar de limpar que aparece uma sujeita oriunda dos moleques. Chego até mesmo duvidar da física!

Outro exemplo é quando vamos sair.

Qual a menor unidade de tempo que existe Seu Padawan sabe 01

Se combinamos em chegar ao local as 13h00, planejamos que iniciaremos os banhos às 11h00. Aqui a capacidade deles de alongar o tempo é surpreendente. 02 horas de antecedência se transformam em 04 horas fácil fácil.

Olha, Padawans precisam ser estudados mais a fundo. Certeza que tem uma fenda temporal dentro deles que faz com que os limites do tempo/espaço fiquem descompassados.

Imagens http://www.shutterstock.com

 
Source: Nerd Pai

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01 Feb 19:07

Fraldas e cervejas – qual a ligação? A resposta pode te assustar

by AJ "Nerd Pai" Freire
fraldas e cervejas - qual a ligação

Jogue a primeira fralda – ou cerveja – se você ao ir comprar fraldas não volta com algumas cervejas para casa.

Eu faço isso. Oras, vou comprar fraldas, choro com o valor delas e ao lado tem uma bela promoção de cerveja. Quem resiste a isso?

Porém Pequenos Gafanhotos você é manipulado absurdamente à comprar a cerveja. Não é culpa sua, acredite, e isso pode servir de desculpa para a sua esposa.

A culpa disso é o Data Mining.

fraldas e cervejas - qual a ligação

Hoje todas as principais empresas tem suas informações e conhecem seus hábitos. Sabe aquela brincadeira do Facebook de descobrir que ator você seria e tal? Então, ao aceitar descobrir, você passa para a empresa que fez a postagem vários dados e eles poderão ser vendidos.

A mesma coisa acontece quando você vai ao supermercado e faz parte do clube deles. Ao colocar seu código ou cpf, o supermercado sabe tudo que você comprou, sua idade, estado civil e seu sexo, criando assim um lindo banco de dados.

Em 1997 a rede Walmart nos EUA já fazia isso e percebeu algo curioso. Pais que iam comprar fraldas à noite SEMPRE compravam cerveja. O resultado: começaram a colocar cerveja ao lado do setor das fraldas e as vendas cresceram 30%*.

fraldas e cervejas - qual a ligação

Data Mining é a aplicação de processos de análise inteligentes visando manipulação automática de quantidades imensas de dados e é aplicada nos mais variados ramos da indústria, comércio, medicina, governo, administração.

As empresas – todas elas – sabem dos seus passos. Imaginem quando começaram a usar para o mal? Bem, enquanto isso não ocorre, vamos garantir a fraldas e as cervejas, certo?

Saúde!

Imagem http://www.shutterstock.com

 
Source: Nerd Pai

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14 Jan 11:04

A importância das chaves

by Alex Castro

Na minha rua, tem um chaveiro.

Quando ele sai para atender alguém, deixa o quiosque aberto, como se tivesse ido só ali na esquina, mas ainda de olho, já voltando.

As pessoas aparecem para contratá-lo, veem tudo aberto e olham em volta -- ele deve estar vindo, não?

Mas ninguém chega.

Aí perguntam pro garçom do boteco em frente:

"Cadê o chaveiro?"

"Deve estar atendendo alguém."

"Mas deixou tudo assim aberto e destrancado?! O chaveiro?"

"Pra senhora ver!"

As quase-clientes bufam as ventas, circundam o quiosque, batem o pé: não sabem se ficam ou se saem, se guardam o forte ou se quebram tudo. Acabam sempre indo embora, frustradas. Onde já se viu!?

Daqui a pouco, o chaveiro volta, senta lá dentro e espera, plácido, como um mestre zen dentro do seu koan, ensinando uma lição que ninguém compreende.

23 Nov 12:53

Uma visão diferente e pé no chão do mundo das startups

by David Heinemeier Hansson

Há cerca de 12 anos, ajudei a fundar uma startup chamada Basecamp: uma simples ferramenta de colaboração para projetos, com o objetivo de ajudar pessoas a fazerem progresso juntas. Ela é vendida através de uma assinatura mensal.

O Basecamp pega uma parte da vida profissional de algumas pessoas e faz ela ficar um pouco melhor. É um pouco mais bacana do que tentar gerenciar um projeto por email ou fazendo uma mistureba com sistemas separados para conversas, compartilhamento de arquivos e gerenciamento de tarefas. Isso acabou se tornando um negócio confortável para meu sócio e para mim, além de um ótimo lugar de trabalho para nossos funcionários.

E é isso.

Não causou nenhuma “disrupção”. Não fez nenhum novo bilionário. Nunca foi um unicórnio. Pior ainda: mesmo depois de todos esses anos, o Basecamp ainda emprega menos de 50 pessoas. Nós nem temos um escritório-satélite em São Francisco!

Você deve estar pensando: SEM GRAAAAAAÇA. Por que eu estou prestando atenção nesse cara? Não era pra isso aqui ser uma conferência para os vencedores do grande jogo das startups? Tipo gente que já pegou centenas de milhões em capital de risco, ou que pelos menos têm a ambição disso? Qual o trouxa que em sã consciência ficaria mais de uma década ralando em uma empresa que nem sequer tem a pretensão de Devorar o Mundo™?

Bom, a razão de eu estar aqui é para te lembrar que de repente, assim bem de repente, você também tenha a sensação esquisita de que essa atmosfera comum de disrupção-mania não seja o único ar respirável para uma startup. Que talvez essa obsessão pela disrupção não esteja somente tomando o lugar de outros motivos válidos para se começar uma startup, como também possa ser definitivamente tóxica para todos os envolvidos.

Parte do problema parece ser o fato de que aparentemente ninguém mais quer se contentar com apenas deixar sua marca no universo. Não, eles têm que ser donos do universo. Não basta estar no mercado, eles têm que dominar o mercado. Não basta servir o cliente, é preciso capturar o cliente.

De fato, é difícil conversar com a maior parte do povo de startups hoje em dia sem ser soterrado com menções a “efeito de rede” e ao valor de adiar a “monetização” até o momento em que você encontre algo que absolutamente todas as pessoas no mundo queiram ficar olhando.

Nessa atmosfera, o termo “startup” acabou sendo limitado a descrever a busca por total dominação corporativa. Se tornou uma obsessão com os tais unicórnios e com as propriedades dos seus “sucessos”. Uma geração inteira de pessoas trabalhando com a internet, e na internet, enfeitiçadas pela possibilidade de se transformar em uma criatura mística.

Mas quem pode culpá-las? Esse conjunto de ideais de contos de fada tem sido reforçado a cada esquina.

Comecemos de baixo: as pessoas que fazem uma série de pequenas apostas em muitos potenciais unicórnios acabaram se descrevendo como “anjos”. Anjos? Sério? Vocês tiraram essa conveniente alcunha justamente das parábolas de uma religião que explicitamente e especificamente mostra o seu principal representante chutando e expulsando o pessoal da grana do seu templo enquanto proclamava que seria mais difícil um homem rico entrar no reino dos céus do que um camelo passar pelo buraco de uma agulha?

“E outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus.” — Mateus, 19:24

E esse é só o primeiro passo do processo. Se você for capaz de emendar um número suficiente de palavras-chave sobre disrupção, uma admiração suficiente por seus versos sagrados, como softwares devorando o mundo, e um anseio suficiente pela Meca San-Franciscana, você também pode avançar neste esquema multinível de investimentos.

Os anjos são só o nível de entrada da santíssima trindade da grana de startups. Prossiga pelo iluminado caminho e você rapidamente conseguirá uma audiência com os sábios investidores de risco. Por último, se o seu gráfico de crescimento em formato de taco de hóquei for bom, você terá a oportunidade de sentar-se em frente aos banqueiros investidores, que avaliarão a sua capacidade de permanecer lindo e cheiroso pelo menos até terminar o período no qual os insiders não podem vender suas ações.

E adivinha qual o nome que as pessoas deram para essa afirmação final? UM EVENTO DE LIQUIDAÇÃO. O batismo exigido para que se entre no reino dos céus financeiro. Sutil, hein? Ah, e daí, quando você Chegar Lá™, você tem a oportunidade de renascer como um anjo, e o círculo da divindade se completa. Ale-fucking-luia!

Você pode pensar, cara, e eu com isso? EU SOU ESPECIAL. Eu vou vencer todas as probabilidades e sair da fábrica de unicórnios com meu chifre único e especial. E quem se importa com o vocabulário evangélico dos investidores? Se eles me mostrarem a grana, eu chamo eles de Santo Dólar Misericordioso se eles quiserem. Não faz a menor diferença!

Então você primeiro pega um monte de dinheiro com os anjos desesperados para não perderem a oportunidade de ter participação no próximo unicórnio. Depois pega uma quantidade ainda mais obscena de dinheiro com os investidores de risco para inflar seu crescimento e chamar atenção dos banqueiros e fazê-los pensar que você eventualmente vai ser digno de ser jogado no mercado público.

E a cada passo desse caminho já traçado, você acumula mais e mais chefes. Mais pessoas oferecendo “orientações” sobre como espremer os números até que se torne problema de outra pessoa a tarefa de manter o castelo flutuante inflado e sempre subindo. Mas é claro que, depois que você pega o dinheiro, não é mais “orientação”. É uma dívida, com toda a reciprocidade persistente que vem com isso.

Se você realmente quer se tornar o próximo Uber de cinquenta bilhões de dólares daqui a cinco anos, acho que esse jogo até faz algum sentido dentro da sua própria lógica torta. Mas é mais do que válido gastar alguns momentos do seu tempo para reconsiderar: é isso que você quer? Ou, pra deixar mais correto: o que você quer é uma tentativa incrivelmente improvável disso?

Não vá aceitando automaticamente essa definição de “sucesso” só porque é disso que todo mundo está correndo atrás no momento. Sim, o coro é alto e canta uma canção tentadora, mas você não precisa nem tirar muito verniz da superfície para ver que essa madeira não é tão forte quanto você pode imaginar.

Vamos dar uma passo para trás e examinar exatamente o quanto essa noção de sucesso é estreita.

Primeiro, considere a seguinte questão: por que você está aqui? (N.T.: Este texto é transcrição de uma fala do autor em um evento de empreendedorismo na Irlanda.)

“Garanta Seu Ingresso Para Se Juntar Às Maiores Empresas e Às Mais Empolgantes Startups: não são só startups que vêm ao Web Summit. Executivos sêniores das empresas líderes do mundo estarão conosco para descobrir o que o futuro traz e para conhecer as startups que estão mudando suas indústrias.” — Convite do evento Web Summit

Este é um motivo: você acha que gostaria de ser um dos mencionados nesse tipo de coisa: uma das Maiores Empresas Do Mundo ou Mais Empolgantes Startups. Em outras palavras, você também gostaria de experimentar ser portador daquele chifre de unicórnio. Você sente que está predestinado a isso.

Então, para responder à pergunta, “por que você está aqui?”, podemos tornar ela literal. Por que você está AQUI? Em Dublin, na Irlanda, na União Europeia? Você não está careca de saber que certamente a maneira mais rápida, e provavelmente a única, de entrar para o uniclube é alugar um quarto com um colchão na parte mais suspeita de São Francisco, onde o aluguel é apenas US$ 4000/mês?

Porque apesar da área ao norte do Vale do Silício estar ocupada com suas disrupções de tudo, eles ainda não conseguiram disrupturar com a geografia básica. Então, se o seu anjo ou o seu investidor de risco não conseguem dar um pulo no seu escritório (pelo qual você está pagando caro demais) para uma jam session, bem, você não é grande coisa, né?

A pergunta real é: por que você começa uma startup? Eu realmente não acredito que a maior das pessoas é motivada unicamente pela vontade de aplaudir o último taco de hóquei. Enfeitiçados, provavelmente, mas não unicamente motivados por isso. Te convido a ir um pouco mais fundo e explorar essas motivações. Como inspiração, aqui estão algumas das minhas, quando comecei a me envolver com o Basecamp:

Eu queria trabalhar para mim mesmo. Caminhar no meu ritmo. Mapear meu próprio caminho.

Falar o que quer que eu pensasse, sem me preocupar com o que alguns caras de terno iriam pensar. Todos os clichês de independência que soam tão pitorescos até o momento em que você se vê numa reunião de conselho sendo questionado sobre por que você não está levantando mais investimento, produzindo mais, crescendo em velocidades supersônicas pra ontem???

A independência é daquelas coisas de que você só sente falta depois que perde. E quando você a perde no sentido de que agora tem os mestres da grana ditando TODA A SUA JORNADA, na maior parte das vezes ela está perdida de vez. Depois que o trem começa a fazer choo-choo ele não para mais, você não desce mais, até que você descarrile na primeira curva mais forte ou chegue à Estação IPO no Lago da Liquidação.

Eu queria fazer um produto e vendê-lo diretamente para as pessoas que se importariam com a qualidade dele.

Há uma incrível conexão que é possível quando você alinha seus objetivos financeiros com o serviço aos seus usuários. É uma categoria de trabalho bem diferente em comparação a tentar capturar o maior número possível de pares de olhos e depois vender sua atenção, privacidade e dignidade em atacado para quem pagar mais.

Vou usar outro clichê aqui: é uma sensação de trabalho honesto. Simplesmente um trabalho honesto. Eu faço um produto bom, você me paga um dinheiro bom por ele. Nós nem sequer precisamos de palavras difíceis como “estratégia de monetização” para descrever essa transação, porque ela é tão simples que até o meu filho de três anos entende.

Eu queria criar raízes. Laços de longo prazo com meus funcionários, clientes e com meu produto.

É impossível dirigir e guiar uma bomba-relógio de capital de risco que só pode ser desarmada com um retorno de investimento de 10 a 100 vezes. As relações de trabalho mais satisfatórias que tive nas minhas quase duas décadas trabalhando na internet foram as que duraram mais tempo.

O Basecamp tem clientes que vêm nos pagando há mais de 11 anos! Eu trabalhei com o Jason Fried por 14, e com um grupo cada vez maior de funcionários por quase uma década.

Vejo muitos obituários desse tipo de longevidade: o local de trabalho moderno não te deve nada! Todas relações são efêmeras e temporárias! Existe um prestígio em pular de galho em galho o máximo possível. E eu penso, sério? Eu não conheço isso, não aceito isso. Não existe nenhuma lei natural que torna isso inevitável.

Eu queria ter a maior chance possível de chegar ao ponto crucial da estabilidade financeira.

No sentido econômico abstrato, 30% de chance de ganhar 3 milhões é tão bom quanto 3% de chance de ganhar 30 milhões e tão bom quanto 0.3% de chance de ganhar 300 milhões. Mas no sentido concreto você tem que escolher: em qual bilhete quer apostar?

As estratégias usadas para tentar os 30% de chance nos 3 milhões costumam ser diretamente opostas às necessárias para tentar os 0.3% de chance nos 300 milhões. Mirar nas estrelas e acertar na lua não é o que acontece numa manhã de segunda-feira.

Eu queria ter uma vida além do trabalho.

Hobbies, família, estimulação intelectual e interesses além do HackerNews, de qual framework de JavaScript vai ser o próximo a se popularizar ou de como otimizar nosso funil de inscrições.

Eu queria aceitar as limitações de uma semana com 40 horas de trabalho e me sentir bem ao fim de cada uma. Não queria estar sempre pensando que estou devendo mais e mais do meu tempo durante os meus preciosos vinte e poucos e trinta e poucos. Eu só vou viver essas décadas uma vez e nem fodendo eu vou vendê-las por uma grana maior mais tarde.

Pra mim, esses motivos significaram uma rejeição à definição de sucesso proposta pelo modelo econômico San-Franciscano, que é Cresça Muito Ou Caia Fora. Para nós, no Basecamp, significou começar o negócio como algo paralelo. Esperar pacientemente por um ano até que ele conseguisse pagar os nossos modestos salários antes de torná-lo um negócio de tempo integral. Buscar e crescer uma audiência, em vez de comprá-la, de modo a ter alguém para quem vender nosso produto.

Pela mitologia predominante das startups, isso significa que nós nunca nem fomos uma startup! Nunca houve um plano de dominação mundial, nunca se falou sobre uma captura completa de algum mercado. Certamente não houve nenhum dos grandes marcos de comemoração. Não teve financiamento de série A, não teve plano para tornar a empresa pública, não teve nenhuma aquisição.

Nossa definição de estar vencendo nem mesmo inclui o estabelecimento daquela santidade oca do monopólio natural! Nós não vencemos por erradicar a concorrência. Por sabotar suas jogadas, por tentar roubar seus empregados ou por queimar mais dinheiro em menos tempo… Nós prosperamos em um mundo E, não em um mundo OU. Nós podemos fazer sucesso E você também pode fazer sucesso.

Isso pode parecer papo de molenga, de quem não tem ambição. Eu gosto de chamar de humildade. Realismo. De buscar algo alcançável. É uma experiência projetada e uma busca consciente que reconhece os retornos extremamente diminuídos de vida, de amor e de significado a partir de um certo ponto do sucesso financeiro. De fato, não só diminuídos, mas negativos para muitas pessoas.

Eu já conversei com centenas desses empreendedores que venceram segundo as métricas tradicionais do sucesso no manual de instruções padrão das startups. E quanto mais conversávamos, mais todo mundo se dava conta de que as armadilhas de um sucesso avassalador não estavam tão altas na pirâmide masloviana de prioridades quanto essas outras medições motivacionais mais efêmeras e difíceis de quantificar.

Acho que outro jeito de colocar o que estou tentando dizer é: há uma enorme conspiração no mundo das startups. As pessoas agem em interesse próprio. Especialmente aquelas cuja contribuição primordial é o capital com que eles entram. Elas racionalizam o comportamento como sendo “para o bem da comunidade” sem um pingo de ironia ou introspecção. Nem mesmo o mais maléfico e cartunizado magnata jamais vai pensar sobre si mesmo nada além de “estou fazendo o que é o melhor”.

De vez em quando, esses interesses próprios transparecem das maneiras mais reveladoras. Por exemplo, quando anjos ficam se gabando: você nem sabe qual negócio vai ser o próximo unicórnio. Dessa forma, a única jogada racional é atirar no máximo possível de alvos. Eu considero isso uma impressionante aceitação de quão limitada é a influência deles no processo. Tipo, cara, não faço a menor ideia de qual merda vai grudar na parede, então pelo amor do meu six-pack de Rolex, vamos continuar jogando pra todos os lados!

Tudo isso é absolutamente não-representativo do resto do mundo corporativo. Por isso que o mindfuck é tão completo. Temos uma pequena minoria de provedores de capital, as turminhas deles e as empresas clientes que têm todo o interesse em perpetuar o mito de que você precisa delas. De que adentrar o inóspito e gelado mundo dos negócios sem o dinheiro deles no seu colchão é uma perda de tempo.

Não acredite! Eles convenceram o mundo de que São Francisco é principal esperança de progresso, e que, apesar de você dever tentar emular a cidade onde quer que isso seja possível, essas emulações sempre serão rasas. Melhor mandar seus talentos para cá, para que eles tenham uma possibilidade real de glória e de dominação mundial.

Eles treinaram a mídia como cachorrinhos obedientes para comemorar o seu processo e idolatrar o seu vocabulário. Oh, Series A! Cap tables! Vesting cliffs!

Mas, no fim das contas, são só emprestadores de dinheiro.

Se você colocar a moralidade frente à frente com a influência do capital, ela quase sempre vai perder. A ganância sozinha já é um poderoso motivador, mas fica ainda mais acelerada quando você está servindo à do outros. Colocar privacidade à venda? Sem problemas. Tratar prestadores de serviço como uma classe secundária de indivíduos autômatos para com os quais a empresa não precisa demonstrar nenhum tipo de lealdade? Normalíssimo.

A mania de disrupção se encaixa perfeitamente nos objetivos dessa intriga. É uma licença para matar. Corra rápido e quebre a sociedade.

Nem tudo é maligno, claro, mas isso está sugando uma quantidade completamente desproporcional de atenção e de luz do universo empreendedor.

A distorção é exacerbada pelo fato de que as pessoas que estão construindo empresas rentáveis fora da esfera dominadora do capital de risco têm pouca necessidade sistêmica de contar suas histórias. Os VCs, no entanto, precisam dessa contínua campanha de relações públicas para atingir seus objetivos de recrutamento. Eles não podem ganhar uma vez e se contentar com isso.

A representação dos unicórnios é tão real quanto o rosto de uma modelo na capa de uma revista. Retocada e editada zilhões de vezes, preparada com esmero, trabalhada com afinco.

A web é a melhor plataforma de empreendedorismo já inventada. Tem as menores barreiras de entrada e o maior potencial de alcance humano. Eu amo a web. Não acredite nessa barreira de acesso feita de dinheiro. Ela não existe.

Examine e interrogue suas motivações, rejeite o dinheiro se conseguir, e faça uma startup útil. Uma marca no universo já é muita coisa.

Controle sua ambição.

Viva feliz para sempre.

* * *

Nota da tradução: esse texto foi originalmente publicado no Medium do autor.

17 Jul 17:22

Eduardo Cunha se revolta: “eu vou explodir o governo!”

by Redação
eduardo cunha lava jato vingança governo
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está revoltado: “posso me ferrar, mas vou explodir o governo”

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reagiu às novas acusações contra si no âmbito da Operação Lava Jato com a ameaça de rompimento com o governo Dilma Rousseff, no momento em que a presidenta se vê sob a ameaça de enfrentar um processo de impeachment no Congresso.

Responsável por uma eventual formalização do procedimento na Casa legislativa, onde processos de impedimento presidencial têm início, Cunha já estaria com a decisão já tomada e a ser anunciada em coletiva de imprensa no Congresso, ainda nesta sexta-feira (17) – e, segundo os veículos de imprensa, de maneira irreversível.

Eduardo Cunha queria que o governo Dilma blindasse seu nome das investigações da Lava Jato.

De acordo com Josias de Souza, blogueiro do UOL, Cunha afirmou a interlocutores que seu objetivo agora é “explodir o governo”. Em nota à imprensa, o presidente da Câmara negou ter pedido propina de US$ 5 milhões em um contrato de compra de navios-sonda da Petrobras, como relatou Camargo, em declaração feita sob regime de delação premiada. Em coletiva de imprensa na Câmara, ele desafiou Camargo a provar que diz a verdade e disse que não fugiria de uma acareação.

Blindagem

Em outro depoimento, desta vez prestado pelo doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da Lava Jato, a versão é que um deputado ligado a Cunha e membro da CPI da Petrobras faz intimidação a Youssef e sua família para blindar o cacique peemedebista. “Como réu colaborador, quero deixar claro que estou sendo intimidado pela CPI da Petrobras por um deputado pau mandado do senhor Eduardo Cunha”, declarou Youssef

Sem volta

Diante das acusações dos delatores, o peemedebista resolveu retaliar o governo. Comunicou sua decisão ao vice-presidente da República e principal articulador do governo, Michel Temer, e ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que lhe teria dito que o país vive uma crise institucional. Desde o começo desta semana, Cunha tem dito a aliados que espera a formalização de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República, com comentários sobre retaliação nos bastidores. Ele avalia a mudança de postura de Camargo, que até então o havia manido fora de suas acusações, a uma interferência do governo em “conluio” com a PGR.

“Não há mais volta. A partir de hoje, minhas relações com o governo estão rompidas”, disse Cunha, segundo a revista Época. Já apuração da Folha de S.Paulo dá conta de que Cunha admite a aliados que pode se “ferrar”, mas que o governo sofrerá as consequências. “Guerra é guerra”, teria dito o deputado, reservadamente.

Planalto

O Planalto se mantém em silêncio diante das movimentações relativas à Lava Jato. Por meio de nota divulgado ontem (quinta, 16), a PGR reagiu às declarações de Cunha sobre a suposta ingerência do órgão nas investigações e delações premiadas em curso. Para a PGR, “o depoimento prestado […] por Júlio Camargo à Justiça Federal do Paraná não tem qualquer relação com as investigações (inquéritos) em trâmite no âmbito do Supremo Tribunal Federal”, referindo-se aos inquéritos contra figuras com foro privilegiado no STF, caso de Cunha.

com informações de Fábio Góis, Congresso em Foco

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03 Jul 20:10

O sistema policial brasileiro e o fim da lâmpada incandescente

by Marcello Martinez Hipólito

O sistema policial brasileiro e o fim da lâmpada incandescente

A Portaria Interministerial 1007 do ano de 2010 dos Ministérios de Minas e Energia, da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, estipulou um cronograma de proibição gradual de fabricação e comercialização das lâmpadas incandescentes, culminando com a total proibição desde o último dia 30 de junho.

A proibição do fabrico e da comercialização das lâmpadas incandescentes se deu em razão da existência de formas mais eficientes de produção da luz, como as das lâmpadas fluorescentes e de LED.

A extinção das lâmpadas incandescentes ocorreu, portanto, por sua ineficiência exaltada pelo surgimento de novas tecnologias. Não fazia sentido, para o governo, em face da necessidade de economia de energia, insistir numa tecnologia ultrapassada, numa tecnologia que não permitia mais avanços em termos de eficiência energética. O mesmo deveria ocorrer com o sistema policial brasileiro.

Dada a ineficiência do sistema policial brasileiro, particularmente no aspecto relacionado à polícia judiciária, sua tecnologia baseada no vetusto e burocrático inquérito policial deveria há muito ter tido sua proibição decretada, tal como se deu com a lâmpada incandescente.

Com média vergonhosa de apuração dos ilícitos penais em torno dos 5%, chegando a mísero 1% quando se trate de crimes contra o patrimônio, sua existência desafia o postulado da eficiência exigido da administração pública pela Constituição Federal e mesmo pela população.

“A Polícia Federal consegue camuflar sua ineficiência na polícia judiciária promovendo operações-espetáculos em ações seletivas”

A Polícia Federal consegue camuflar sua ineficiência na polícia judiciária promovendo operações-espetáculos em ações seletivas. Tais espetáculos também camuflam sua ineficiência na polícia de fronteiras e na prevenção e repressão ao tráfico ilícito de entorpecentes, atribuições a ela constitucionalmente estabelecidas e que aos poucos tem sido relegadas às Polícias Militares e Forças Armadas, salvo no tocante a atividade de polícia judiciária.

Já as Polícias Civis viraram cartórios, onde a população passou a considerar como seu principal serviço oferecido “fazer BO” e não mais apurar crimes. É comum ouvir um cidadão ameaçar outro dizendo: “vou fazer um BO contra você.”

Qualquer gestor policial estrangeiro ou pesquisador sério ficaria pasmo com um modelo tão ineficiente pelo que já demonstramos, mas há um aspecto ainda pior, preparem-se.

Em todos os estados as polícias civis reclamam da falta de efetivo. Suponhamos então que fossem atendidos em seus reclamos e se dobrasse o efetivo, então teríamos aumentado sua eficiência na apuração de infrações penais de 5% para 10%, na média, e nos crimes contra o patrimônio de 1% para 2%. Que loucura!

Pois bem, senhores policiais civis, seus pedidos de aumento de efetivo já foram atendidos, segundo análise comparativa do cenário policial mundial.

Enquanto é de 12% a 13% a média mundial de pessoal de um departamento de polícia na atividade de polícia judiciária, no Brasil essa média gira em torno dos 30%.

“Tentar melhorar o atual sistema policial seria o mesmo que querer continuar investindo na melhoria da lâmpada incandescente”

É assim em grande parte das milhares de agências policiais dos Estados Unidos ou mesmo nos países sul-americanos ou europeus.

A conclusão que se pode tirar é que tentar melhorar o atual sistema policial seria o mesmo que querer continuar investindo na melhoria da lâmpada incandescente.

O atual modelo deve ser descartado como o foi a lâmpada incandescente, substituída pela lâmpada fluorescente e pela lâmpada de LED. Deve-se adotar um novo sistema em que o ciclo completo seja estendido para as demais polícias.

Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Estado do Paraná já deram importante passo nesse sentido, adotando a lavratura do Termo Circunstanciado de Ocorrência para as infrações penais de menor potencial ofensivo, já não usam mais a lâmpada incandescente para determinados crimes, usam a lâmpada fluorescente. Santa Catarina inova mais ainda, ao lavrar o Termo Circunstanciado de Ocorrência totalmente em meio eletrônico no local dos fatos, já abandonando a lâmpada fluorescente e partindo para a eficiente lâmpada de LED.

Em audiência pública no último dia 25 de junho na Câmara dos Deputados em que se discutia o Ciclo Completo de Polícia, o representante dos Delegados da Polícia Federal declarou que não era possível fazer polícia judiciária e policiamento.

Isso não é problema para a França. Na Gendarmeria Nacional Francesa, onde estivemos recentemente, eles também realizam a polícia judiciária durante o policiamento uniformizado nas ruas das cidades, e não em cartórios como no Brasil, por isso, utilizando em torno de 12% de seu efetivo total exclusivo na atividade de polícia judiciária, conseguem índices de elucidação de crimes muito superiores aos nossos.

Enfim, esperamos que os nossos governantes promovam a modernização do sistema policial brasileiro, marcado por suas meias polícias, seguindo o exemplo que nos foi dado pela proibição da produção e comercialização das lâmpadas incandescentes, adotando novas formas de atuação marcadamente na adoção de um novo sistema policial em que o Ciclo Completo de Polícia seja exercido por todas as instituições policiais.

17 Jun 13:44

Os 8 Odiados, novo filme de Quentin Tarantino, ganha data de estreia

by Arthur Yoffe

O próximo filme do diretor Quentin Tarantino (“Django Livre”), “Os 8 Odiados” (“The Hateful Eight”, no original), finalmente ganhou uma data de estreia. Já era sabido que o lançamento seria em dezembro, mas só agora foi anunciado que será no Natal, dia 25, no formato 70mm (o mais amplo formato das telonas) para se tornar elegível para as premiações, como Oscar e Globo de Ouro. E depois será amplamente lançado e no formato digital em 8 de janeiro. No Brasil, o filme deve chegar ainda em janeiro, como costumeiramente chegam os filmes do diretor por aqui.

Os 8 Odiados” ocorrerá após uma Guerra Civil, onde uma diligência desviada de sua rota para uma tempestade de neve. Um grupo de oito estranhos formados pelo caçador de recompensas Major Marquis Warren, pelo enforcador John Ruth, pela prisioneira Daisy Domergue , o xerife Chris Mannix, o mexicano Bob, o homem pequeno Oswaldo Mobray, o vaqueiro Joe Gage e pelo confederado General Sanford Smithers ficam presos em um salão no meio do nada e à medida que a tempestade ultrapassa os limites previstos, os oito viajantes descobrem que podem não chegar a seu destino, Red Rock.

Estão no elenco Samuel L. Jackson (“Os Vingadores”), Kurt Russell (“Fuga de Nova Iorque”), Jennifer Jason Leigh (“Amores Inversos”), Walton Goggins (“Lincoln”), Demian Bichir (“A Recompensa”), Tim Roth (da série“Lie To Me”), Michael Madsen (“Pregando o Amor”), Bruce Dern (“Django Livre”) e recentemente Channing Tatum (“Anjos da Lei”) entrou para o elenco. Escrito e dirigido por Tarantino, “The Hateful Eight” tem Richard N. Gladstein, Stacey Sher e Shannon McIntosh. Harvey Weinstein, Bob Weinstein e G. Mac Brown como produtores executivos, e Coco Francini e William Paul Clark como produtores associados.

16 Feb 14:59

Entrevista com o Chefe de Estado Maior da PMERJ

by Danillo Ferreira

Entrevista Chefe de Estado Maior da PMERJ

Está gerando muita repercussão a mudança na forma de ingresso que a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) pretende implementar em breve. A medida foi anunciada num momento em que a Corporação vive muitos questionamentos sobre a sustentabilidade das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), que vem passando por problemas como a morte de policiais e aumento das ações policiais ilegítimas.

Para analisar e discutir esses temas vale a pena conferir a entrevista abaixo, feita pelo pessoal do Fórum Rio, e gentilmente cedida ao Abordagem Policial. O entrevistado é o Coronel PM Robson Rodrigues, Chefe do Estado Maior da PMERJ:


Por Anabela Paiva e Guilherme Karakida

Em 2011, a saída do Coronel Robson Rodrigues do Estado Maior Administrativo da PM deixou no ar um clima de incerteza sobre a continuidade e a qualidade do programa das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro (UPP). Responsável pelo programa, Robson havia sido promovido para o Estado Maior e iniciado um projeto de modernização da gestão da Polícia Militar que incluía também a criação de indicadores de qualidade para o programa das UPPs. Robson passou a atuar como consultor até que, em 2014, foi convidado a voltar pelo Coronel Alberto Pinheiro Neto, que preparava a sua equipe para assumir o comando da PM. Em janeiro deste ano, Robson cortou o cabelo, tirou a farda da gaveta e voltou ao Estado Maior e à tarefa iniciada: racionalizar recursos e criar novos padrões de gestão. “A polícia, com essas estruturas que têm hoje, não oferece sustentabilidade para o programa de pacificação. Corremos o sério risco de criar um projeto tão importante e sepultá-lo depois”, diz.

Na semana passada, o coronel aceitou um convite do forumrio.org para participar de uma roda de conversa com a equipe da Casa Fluminense, associados da Casa e parceiros. Participaram da conversa: Anabela Paiva, jornalista; André Rodrigues, pesquisador do Iser; Cris dos Prazeres, fundadora do grupo Proa (Prevenção com Amor); Dudu de Morro Agudo, do movimento Enraizados; Henrique Silveira, (coordenador executivo da Casa); Pedro Strozenberg (secretário executivo do ISER); Silvia Ramos (coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania) e Tião Santos (Viva Rio/Fórum Grita Baixada).

Enquanto os trovões de uma tempestade de verão sacudiam as vidraças, Robson falou com franqueza e entusiasmo sobre os projetos da nova equipe, que incluem a implantação de batalhões de Proximidade na Tijuca e em Niterói.  Bacharel em Direito e mestre em Antropologia, Robson é autor do livro “Entre a caserna e a rua: o dilema do ‘pato’” e desde 1985 faz parte dos quadros da PM. Na conversa, entre outras novidades, ele contou que pretende mudar completamente a formação de praças e oficiais, acabando com o ensino de terceiro grau na Polícia e criando um plano de carreira que estabeleça uma progressão natural de praça a oficial. E contou que está na mesa do governador um decreto que reformula toda a política de Pacificação, criando atribuições para as várias secretarias do governo, estabelecendo parâmetros para o uso de forças especiais e protocolos de segurança e de gerenciamento de erros.

Anabela Paiva: Como aconteceu o seu retorno para o comando da polícia?

A polícia ainda vivencia uma situação crítica, problemática. Passou por problemas sérios de crise moral, de credibilidade.

Coronel Robson: Recebemos a informação que o próprio secretário e o governador queriam que o Pinheiro Neto fosse o comandante. Ele veio me perguntar, disse que uma das condições era que nós formássemos uma equipe para tentar resgatar o que aconteceu lá atrás. A polícia ainda vivencia uma situação crítica, problemática. Passou por problemas sérios de crise moral, de credibilidade. Já vinha em uma fase muito ruim da história da corporação. Falou mais alto a voz do idealismo, do sentimento pacífico de retorno. Se fôssemos para avaliar as nossas questões particulares, talvez não voltássemos. O desafio é grande, provavelmente não vamos conseguir realizar tudo que planejamos, mas queremos pelo menos deixar algo desenhado e fazer uma transição mais equilibrada. A história recente da corporação é de ruptura, não tem continuidade. Isso se reflete nas políticas públicas, especialmente na polícia militar. Existem projetos interessantes, mas com problemas, como é o caso da pacificação. Sem a pretensão de querer consertar tudo, mas dar uma contribuição.

Tião Santos: Em 2005, foi feito o projeto “A Polícia que queremos” com a ideia de que era possível mudar a polícia. Essa equipe vai nos proporcionar a polícia que queremos agora?

Coronel Robson: Algumas coisas mudaram, mas nós procuramos aproveitar vários elementos, inclusive o Coronel Antônio Carlos Carballo, que foi um dos atores daquele momento. Revalidamos o plano estratégico que estávamos discutindo na outra gestão. O plano contempla iniciativas do Polícia que queremos e tem propostas radicais, revolucionárias. A equipe hoje está bem alinhada, e o comandante geral é um dos maiores entusiastas desse plano. Quando, inclusive, ele foi conversar com o secretário [Beltrame], não abriu mão desses projetos. Ele fez questão de observar que, para a sustentabilidade da pacificação, precisa se passar necessariamente pela modernização da polícia. A polícia, com essas estruturas que têm hoje, não oferece sustentabilidade. O secretário entendeu, aceitou  e, por isso, nós temos uma oportunidade como nunca tivemos de implementar essas ações.

Anabela: O que você chama de modernização?

Coronel Robson: Houve nas próprias manifestações a crítica às estruturas da polícia, mas a reivindicação era desmilitarização. Isso é difícil, porque envolve questões constitucionais, e o Congresso é conservador. A pergunta é: O que nós podemos fazer dentro deste mesmo arcabouço [constitucional]? Construímos ações que são possíveis de serem realizadas, como criar um plano de carreira único. É uma coisa que não existe na PM.

Silvia Ramos: Como seria isso?

Coronel Robson: É uma questão de racionalização dos recursos e de instituir uma carreira que não seja tão baseada no modelo militar. Não preciso mexer, necessariamente, com a desmilitarização, mas posso mudar elementos da base. Não se justifica ter, por exemplo, para praças e oficiais da formação uma disciplina da abordagem para cada grupo.

Podemos economizar, racionalizar os recursos humanos, desde que se incentive a ascensão pelo mérito. Queremos reprogramar todo plano de carreira, com base em uma estrutura de ensino adequada para ele. Por que, por exemplo, nós temos uma escola de terceiro grau? A escola de oficiais pretende oferecer um ensino superior.

Nós estamos disputando uma expertise com a academia de que não precisamos. Perdemos tempo, porque se enche de carga horária para obter reconhecimento do ministério, mas não temos isso desde 96. Ou seja, é uma perda de energia para sustentar questões que não dizem respeito, necessariamente, a uma melhor entrega dos serviços.

Silvia: Como seria essa carreira única?  A entrada seria única?

Coronel Robson: A entrada seria única. A ideia é ser uma escola profissional com retorno às origens da polícia militar. O que era aquela escola profissional? Naquela época, um general do exército criou a escola profissional para dar oportunidade aos praças a ascenderem à oficiais.

Hoje, o praça nunca será oficial. Então, não há uma carreira que motive e nem meritocracia bem marcada para estimular esse acesso. Minha proposta é ter uma escola profissional, com um curso básico de um ano para as questões mais técnicas e um complemento. Em vez de três anos aqui e depois o ingresso na escola de oficiais, o policial vai fazer o curso intermediário. Essa formação será diluída ao longo da carreira como estágio para ele ascender.

Silvia: Para traduzir para os leigos, porque esse debate está ficando muito técnico, isso vai ser uma revolução?

Coronel Robson: Vai!  As organizações têm culturas que se digladiam (praças e oficiais). A mudança que vamos tentar fazer do eixo classificatório dessa cultura é do profissionalismo e não a classificação de praças ou oficiais.

Silvia: Esses dois grupos vão se formar juntos?

Coronel Robson: Tudo junto. O requisito para passar é ter o curso básico.

Anabela: Isso vai contribuir para diminuir os conflitos hierárquicos?

Coronel Robson: A hierarquia sempre vai existir, mas essa ideia de duas culturas se antagonizando acabará.

Tião: Nós temos um déficit de 12 a 15 mil de déficit de policiais no Rio. E cada vez mais se exige em função das UPPs, etc. Como resolver isso?

Coronel Robson:  É desafio do gestor ser mais eficiente. Ter mais resultados com menos gastos. O problema da UPP não é a quantidade, é a qualidade. A mesma coisa o policiamento ostensivo. Falta gestão criativa.

A primeira coisa a se fazer é a racionalização dos recursos e há projetos nesse sentido, como o policiamento de proximidade. Igual ocorreu com a Polícia Civil, em 1999, com o projeto Delegacia Legal. O policial foca no seu serviço, não tem desvio de função e alguns setores são terceirizados. Essa é uma gestão moderna que conflita com a cultura organizacional da polícia. A terceirização de uma guarda de quartel é vista com ressalva. Esses formatos de batalhão não são adequados para a polícia que quer ser mais eficiente

A mesma coisa é a UPP, ela não foi aprimorada. O grande desafio da UPP é ser mais eficiente apesar da fragilidade do nosso sistema de justiça criminal e de segurança pública. Qualquer iniciativa se esgota rápido em virtude de um sistema frágil, que não tem sinergia e os atores são autonomizados. O batalhão de proximidade prevê fazer mais com menos, estruturas mais leves e ágeis, descentralização operacional e centralização administrativa. Racionalização dos serviços, processos modernos que não repliquem o modelo do Exército. Eu digo que a Polícia Militar é o retrato preto e branco — e já amarelado — do Exército de 50 a 60 anos atrás.

André Rodrigues: Eu queria pegar o gancho dessa dupla: modernização e proximidade. Queria que você falasse da filosofia da polícia de proximidade como elemento dessa modernização nos níveis das práticas.

Anabela: Justamente nesse momento em que as UPPs enfrentam tantos desafios, você levar um conceito que estava sendo testado para uma estrutura diferente. Isso vai dar certo?

Coronel Robson: O projeto do batalhão de proximidade quer aproveitar as boas práticas das UPPs, sistematizá-las e estendê-las como uma nova forma de polícia. Porque acontecia o contrário. A representação de que só se faz por meio de guerra estava contaminando toda a corporação, sobretudo nos anos 90. Então, virou máquina de guerra. Isso foi estendido para todo o Estado do Rio, onde os indicadores não apontavam a necessidade de um conflito dessa envergadura. Era a chance de fazer o contrário.

Silvia: A proximidade é a antítese da ideia da guerra?

Coronel Robson:  Sim. Ela traz, em si, uma proposta de reformulação da própria instituição. O policial jovem quer adrenalina, história para contar.

Não se tem pedagogia criativa para atrair e trocar com esse jovem que carrega essa necessidade de expressão e de desafiar seus próprios limites. De que forma eu posso atrai-lo para esse fazer e transformar toda a corporação para algo mais realista? As operações especiais atraem por todo esse apelo. O filme Tropa de Elite acabou mostrando isso. A UPP foi uma oportunidade para voltar, mas como voltar sem reflexão? Quando eu estava na UPP, nós abrimos portas para o mundo acadêmico para que fôssemos ajudados. Dentro de uma cultura que estava tomada por essa ideia de que só se resolve dessa forma. A experiência do combate  foi internalizado.O batalhão de proximidade volta para a vocação de prevenção e de normalidade. Uma polícia que prioriza suas ações de prevenção. Nem a polícia pode ser uma UPP, nem a polícia pode replicar essas práticas anacrônicas do batalhão convencional.Se a pessoa está refém do discurso de 40 UPPs, os seus indicadores não são qualitativos.

Uma das condições do nosso retorno foi parar a implantação de novas UPPs e aprimorar as que existem.  Como já tinha sido firmado o acordo com o Exército, vamos implantar na Maré e aprimorar a partir daí. O batalhão de proximidade, tinha sido rejeitado por uma pressão política equivocada. Diziam que ofuscaria as UPPs. Seria rival. A polícia de proximidade é uma mudança radical de conceito, de cultura, que não será conseguida agora, mas precisamos deixar algo trilhado. Na verdade, não seria nem de proximidade, mas de aproximação. Recuperar o afastamento deliberado do Estado.

O batalhão tem inspiração em projetos que ocorrem na América Latina (Chile, Guatemala, Colômbia) de responsabilidade territorial. Temos problemas sérios de infraestrutura e tecnologia, mas estamos buscando parceiros.

Existe um aplicativo interessantíssimo na Colômbia que é Android e IOS no qual o cidadão passa em qualquer quadrante e tem o telefone da polícia. Ele liga e o policial o atende. Estamos tentando trazer esse projeto.

Henrique Silveira: Eu queria deslocar o assunto para pensar a Baixada Fluminense. A taxa de homicídio da Baixada em 2013 foi de 53 por 100 mil. Em 2014 foi 58,7 por 100 mil – um aumento expressivo. O que a PM pretende fazer? Existem projetos para reduzir o número de homicídios na Baixada Fluminense?

Homicídios no Rio de Janeiro

Coronel Robson: A Baixada é violenta, tem histórico de violência, mas também carrega o histórico de ser sempre desassistida. Existe déficit de efetivo, de 882 policiais em Nova Iguaçu. Os batalhões com mais registros de homicídios por 100 mil são os de  Nova Iguaçu (20º), Caxias (15º) e São Gonçalo (7º).Eu estou propondo agora são ações pontuais na Baixada. Já conversei com o coronel Pinheiro para que ele disponibilize viaturas, policiais, mas as ações terão de ser muito estudadas para que não se desperdice recursos.

Henrique: O que você está dizendo é que existem ações pontuais que estão sendo trabalhadas, mas não há previsão de aumento de efetivo.

Coronel Robson: Não, tem previsão de aumento de efeito. A minha vontade, porém, seria focar não só nas baixadas, mas na Zona Oeste, próximo do Chapadão, de Rocha Miranda. Ali tem problemas sérios.

Dudu de Morro Agudo: Como eu tenho uma ONG de Hip Hop em Nova Iguaçú, convivo com uma juventude artista, que não está no tráfico. Eles trazem  reclamações o tempo inteiro sobre abordagem policial. A abordagem costuma ser diferente com base em três fatores: etnia, classe social e território. O mesmo policial que aborda um jovem, branco, de classe alta no Leblon,  aborda diferente um jovem negro e pobre. Por que o mesmo policial tem abordagens diferentes?

Coronel Robson: A PM no Brasil tem essa característica. Existem duas culturas diferentes. Uma é a  representação belicista da guerra. A outra é uma tentativa de introduzir o conceito de polícia cidadã. No plano simbólico, existe conflito entre essas duas vertentes. É um querendo destruir o outro. Nós incorremos nesse erro, de entender que essa forma belicista seja a única forma de se fazer polícia. Muitas vezes, a polícia reproduz as representações que estão na sociedade. Quando o policial vai para a rua, ele vê uma aprovação de um segmento muito representativo da sociedade [de práticas bélicas]. Tudo o que se fala na sala de aula é desconstruído na prática.

Chris dos Prazeres: Como se avança no diálogo entre sociedade e polícia? Até onde a secretaria já avançou se conectando a outras secretarias?

Todo mundo quer ser o Bope. Todo mundo precisa querer ser a UPP.

Coronel Robson: A preocupação sempre foi com a técnica. Quando entrei para a PM e fiz o curso, poucas vezes fomos estimulados a dialogar. Há pouca interação. Qual é o cara do outro lado? É um poste, um boneco, como se fosse um sparring no boxe. Saber ouvir, ter diálogo são habilidades essenciais que precisam ser estimuladas.O Bope foi uma referência exagerada e desnecessária, mas bem ou mal, teve excelência naquilo que se propunha: técnica. Todo mundo quer ser o Bope. Todo mundo precisa querer ser a UPP.

Uma das nossas propostas é um decreto que reformula todo projeto das UPPs. Ou seja, a pacificação não deve ser ação exclusiva da Polícia Militar e da UPP. Propusemos um decreto que cria a política de pacificação. Ela é dirigida pelo governador do estado envolve outras secretarias, inclusive a de segurança pública. Cada uma com o seu papel para a política de pacificação. Além disso, foi feito um segundo decreto, sobre a polícia pacificadora. São atribuições não só para a UPP, mas também para a PM e Polícia Civil.

Pedro Strozenberg: Já foi publicado?

Coronel Robson: Ainda não. Nós mandamos e o governador já quis assinar de imediato.

Silvia: Ou seja, vocês estão tentando reverter uma das marcas de criação da UPP, que é a ausência quase total de institucionalização. Cada capitão ia fazendo conforme seu feeling…

Coronel Robson: A UPP apresentava o conceito de pacificação como um processo linear, que evoluía de uma fase de ocupação até a pacificação. Mudamos o conceito para territórios instáveis. Alguns indicadores são sempre monitorados, como disparo de arma de fogo, ataques, e as táticas serão diferentes. Se a comunidade tiver indicadores elevados, não se faz proximidade. Pode se fazer pacificação. O primeiro passo (a ocupação) é mantido, mas o que se deve preservar é a vida do policial e da comunidade. De que forma? Retrai-se a proximidade e mantém uma ocupação segura. Quem faz a ocupação segura, sem risco é a tropa especial, o Choque ou o Bope.

Silvia: Nós podemos supor que vai ter menos tiros nas UPPs?

Coronel Robson: A intenção é essa. Temos testado esse modelo. Testamos na Rocinha, por exemplo. A preocupação atualmente é: de onde saiu o tiro? Não é isso que a gente quer. O que a gente quer é saber se o protocolo foi seguido, se o policial atendeu todos os níveis de segurança para ele e para a comunidade. Isso é gerenciamento de erro. Nós temos que gerenciar erros. Estamos criando indicadores individuais de performance do policial que envolvem dimensões cognitivas. Habilidades técnicas são permanentemente avaliadas, a questão intelectual. Se ele internaliza os protocolos, se ele tem a saúde mental. Essa pesquisa sai da Fiocruz, do [relatório] Missão:Prevenir e Proteger.

Anabela: Isso tudo está no decreto?

Coronel Robson: Não, isso é o que já estamos fazendo dentro da polícia. Temos monitorado que há maior ocorrência de balas perdidas na Zona Oeste. Então, precisamos agir e monitorar isso.

Tião: Uma das reclamações das comunidades em relação às UPPs é que, em geral, o policial ocupa o lugar do traficante no comando da comunidade, retirando o papel das lideranças comunitárias. Sai o traficante e quem manda é a polícia. Vai ter ocupação na Maré. Vai ser diferente? Vai ser outro tipo de abordagem? Vai ser outro tipo de instalação?  Durante algum tempo, nós viemos trabalhando os direitos humanos nos policiais, que raramente é lembrado, como a polícia está pensando na pessoa humana do policial.

Coronel Robson: Queremos reunir todas as lideranças, inclusive a da Maré. Mas há resistência dos dois lados.

Silvia: De todas elas?

Coronel Robson: Isso. Queremos abrir canais diretos com o comando, e a orientação será tentar fazer a diferença. Vamos orientar os policiais e pactuar as ações, ou seja, estimular uma gestão participativa de ambos os setores. Identificar lideranças responsáveis, sobretudo jovens. Eu tenho essa esperança da gente conversar antes de entrarmos na Maré.

Pedro: Como você explica essas mortes dos policiais? O que está acontecendo? Como é a leitura de vocês para essa situação?

Coronel Robson: A nossa preocupação é estudar caso a caso para evitar especulações.  Não queremos generalizar uma situação e causar mais estresse para o policial. São contextos completamente diferentes um do outro. Têm casos desde corrupção a crimes passionais. Há indícios que haja motivação passional em alguns deles. E aí se coloca tudo no mesmo saco? É uma onda? Não é. É preciso analisar com cuidado. A UPP é um projeto que cresceu demasiadamente e não respeitou as estruturas táticas. Há cabines, por exemplo, que não são em ambientes mais elevados. Quando se vulnerabiliza o projeto e a situação não é antecipada, foi uma falha de planejamento.

 

Entrevista originalmente publicada no Fórum Rio.

11 Feb 20:22

Entrevista: um policial que matou pela primeira vez

by Danillo Ferreira

O policial que matou pela primeira vez

A entrevista que você lerá a seguir foi feita por mim a um policial militar brasileiro que não irei identificar, pois, por razões significativas, o entrevistado preferiu se manter anônimo.

Os fatos narrados se deram no ano passado, e desde lá conversamos sobre o ocorrido, após ele ter entrado em contato através de e-mail para desabafar algumas sensações e entendimentos. De lá para cá, além do contato por e-mail, também falamos via telefone e mídias sociais.

Hoje, alguns meses após a primeira mensagem, considero-o um amigo, a quem tive a grata oportunidade de ajudar. A entrevista (que fizemos no ano passado) foi a forma que ele encontrou de propagar sua experiência transformando-a em aprendizado coletivo, independentemente das vivências e concepções de cada leitor (policial ou não).

Só publicamos agora para que os fatos narrados não sejam identificados, em um momento em que todos os desdobramentos legais já foram encerrados.

Tenho certeza que será engrandecedora a leitura:

Abordagem Policial: você entrou em contato com o blog relatando uma ocorrência por que passou. Que ocorrência foi essa? 

Policial: Foi um auto de resistência, onde eu e o pessoal da minha viatura acabamos matando um criminoso.

Abordagem Policial: como a ocorrência se iniciou?

Policial: A gente fazia o patrulhamento normal, em um bairro da periferia, com alto índice criminal, e passaram dois homens em uma moto. Quando passaram o carona falou algo para o piloto. Acho que avisou que a viatura podia abordar eles.

Aí adiantaram e então acionamos a sirene para eles pararem. Eles não pararam e então a gente acompanhou. De uma hora pra outra o carona da moto atirou. Aí o motorista quase perde o controle da viatura.

Um colega deu dois tiros, mas não pegou em ninguém. A gente falou pra ele (o colega) segurar, porque os caras estavam de costa e podia dar merda. Só foram esses dois tiros enquanto eles estavam na moto. Daí nos afastamos mais, pra segurança, mas continuamos acompanhando.

Chegou um momento que eles caíram da moto. Então descemos da viatura e corremos. O carona correu para um lado e o piloto correu pra outro. A gente correu atrás do carona, o que tinha atirado. Chegou num ponto e ele não tinha mais pra onde ir, a não ser pular um muro. Aí ele virou com a arma na mão, e a gente atirou. Quatro tiros pegaram nele.

Abordagem Policial: vocês prestaram socorro?

Policial: Sim. Levamos ele para o hospital, mas já chegou lá sem vida.

Abordagem Policial: Como você se sentiu após os disparos contra o suspeito?

Policial: A primeira coisa que veio na cabeça é se aquilo tudo estava no padrão, se a gente atirou demais e houve excesso. O medo de ser preso, de ser punido.

Abordagem Policial: mas você tinha agido na legalidade… Por que o receio?

“Acho que por haver erros cometidos por outros policiais as pessoas já não acreditam quando a ação é correta”

Policial: Não sei. É que a gente vê tanta acusação contra esse tipo de ação. Acho que por haver erros cometidos por outros policiais as pessoas já não acreditam quando a ação é correta. E aí a gente acaba ficando com medo de ser julgado como um criminoso.

Abordagem Policial: alguém presenciou o momento dos disparos, além dos policiais?

Policial: Na verdade, logo depois que nos aproximamos do criminoso começou a chegar gente, e aí ficamos sabendo que ele morava ali perto. Uma mulher gritou e foi chamar os familiares dele. Mas daí só fomos ver os familiares no hospital, porque não demoramos muito no local dos disparos.

Abordagem Policial: como foi o contato com os familiares?

Policial: Na verdade não tivemos contato direto com eles. Mas vimos à distância no hospital. A mulher parecia conformada, acho que ela sabia que ele era envolvido com o tráfico na região (foi isso que ficamos sabendo depois).

Mas o que foi complicado foi ver o filho dele, que tinha uns oito anos. O moleque tava chorando bastante. É difícil esquecer da cena de ver uma criança triste e saber que as coisas não precisavam ser assim.

Abordagem Policial: você parece sentido com a morte do suspeito. Você considera que se não tivessem atirado talvez ele faria isso contra a guarnição?

Policial: A gente sabe disso. Mas mesmo assim a gente sente. Quem não sente é porque já perdeu a parte humana. E as pessoas pensam que é fácil chegar lá e matar. Tem gente que comemora, elogia e tudo, mas é difícil.

“Essa missão que o policial assume é muito difícil e muito dura”

Conheço colegas que já mataram várias vezes, e já perderam isso. Eu digo que perderam a capacidade de sentir, isso é um problema.

Essa missão que o policial assume é muito difícil e muito dura. Veja bem: você praticamente está dando sua alma por esse serviço. E tem medo de trabalhar para não ser punido. É complicado.

Abordagem Policial: como você lida com esses sentimentos depois de tudo isso?

Policial: Sinceramente? Cheguei a querer me afastar do serviço de rua, sair da polícia. Mas ficaria muito na cara para os colegas que saí por causa da ocorrência. Não quis isso. Também não tenho como criar a família sem ser pela polícia.

O apego a Deus é a maior força, porque você não vai falar disso com sua mulher, com o filho. É pesado demais. Mas estou perto de tirar férias também e daí vou dar uma descansada.

Abordagem Policial: E se você passar por uma ocorrência assim novamente?

Policial: Acho que tudo acontece como aconteceu. Na hora você não pensa, não tem tempo pra refletir. Se parar pra pensar você morre. Depois a gente vai se cuidando como dá, como estou fazendo.

Abordagem Policial: que conselho você daria para policiais que passam por circunstâncias semelhantes?

Policial: Primeiro é salvar sua vida. Tudo isso que eu falei aqui só acontece depois que sua vida foi salva. Se eu não atirasse nem estava aqui agora. Se acontecer com você, procure alguém pra conversar, pra falar disso. Por causa da minha leitura do Abordagem Policial em me senti à vontade pra falar contigo (Danillo Ferreira), e não queria conversar com alguém que me conhecesse pessoalmente*.

Isso tem ajudado muito, porque você desabafa. No mais é se apegar a Deus. Nossa missão é árdua, mas é dela que tiramos nosso sustento. E gosto muito dos amigos que tenho por causa da minha profissão.

 

*Conseguimos convencer o policial a procurar apoio psicológico especializado, algo que lhe garantiu bastante melhoras.

03 Jul 20:42

Cristóvão afirma ter aproveitado bem o recesso do Brasileiro

by Rodrigo Mendes
Cristóvão diz que o Fluminense tem um grupo de boa inteligência (Foto: Photocamera)

Cristóvão diz que o Fluminense tem um grupo de boa inteligência (Foto: Photocamera)

Trabalhando o elenco do Fluminense durante a parada no Campeonato Brasileiro, Cristóvão Borges vê o tempo do recesso sendo aproveitado de maneira satisfatória. O técnico reconhece que quando chegou precisava melhorar rapidamente a equipe e ficou satisfeito por todos terem entendido bem aquilo que ele esperava.

- Foi muito bom e estamos sabendo aproveitar bem. Quando chegamos, haviam necessidades urgentes, como melhorar a performance da equipe e os resultados. Como um grupo de boa inteligência, assimilou bem minhas ideias. Não foi difícil entenderem a maneira de jogar – explicou.

10 Jun 16:14

Selton Mello em Game of Thrones e nossa vontade de pertencimento

by Jader Pires
Marcosaurelio88

"Se formos mais a fundo nisso, perceberemos que, mais do que ganhar, gostamos de nos sentir pertencidos."

– Você viu que o baterista do Strokes é brasileiro?

– Cara, tem um brasileiro em Game of Thrones, sabia? Um garoto de 13 anos lá. Ele faz algum garoto lá…

– Não acredito! O Rodrigo Santoro vai participar de LOST! Que demais!

* * *

#ficaselton

#ficaselton

Lá em março de 2012, o amigo Fred Fagundes contou um pouco dos perigos das realidades silenciosas. Uma delas, a mais legal delas, é que brasileiro não gosta de UFC, mas sim de ganhar. Não estamos nem um pouco preocupados com o esporte em si, desde que estejamos ganhando. Foi assim com o Fórmula1, que perdeu 60% de audiência nos últimos 10 anos, com o tênis (depois que o Guga começou a não mais ganhar tudo de todo mundo).

Se formos mais a fundo nisso, perceberemos que, mais do que ganhar, gostamos de nos sentir pertencidos. É assim com as frases que coloquei no começo desse texto. Fabrizio Moretti foi para os Estados Unidos com os pais quando tinha 4 anos, mas é (ou foi) gostoso dizer que tem um baterista brasileiro na banda que já foi a mais importante do cenário do rock mundial. Ficamos felizes quando sabemos que milhões de pessoas de outros países estão assistindo a dois segundos de um brasileiro aparecendo em uma série com audiência gigantesca, como é a Game of Thrones e como foi, na década passada, LOST.

Fazemos parte de algo importante.

E isso não é nem uma crítica. Não acho demérito essa vontade e essa curiosidade. Provavelmente a pessoa que colocou no Ego que o Selton Mello estaria cotado para entrar em Game of Thrones como o príncipe Doran Martell, irmão do Oberyn Martell, foi proposital, sabendo ou não que sua fonte — a notícia publicada no site BreatheCast — era falsa. Pegaram o nosso ímpeto de nos sentir pertencidos (brazucas na série mais foda do momento) com a necessidade de vários cliques e muita gente caiu feito pato.

Provavelmente o Selton Mello é mais útil fazendo filmes aqui do que atuando lá. Mas, toda a sorte do mundo para a dupla Padilha/Moura na concepção da série do Netflix sobre a vida do traficante Pablo Escobar, que tem tudo pra dar certo e fazer, de fato, boa vitrine pro Brasil.








23 Apr 21:31

Suspenso: MPOG esclarece dúvidas do concurso para gestor público

by Papo de Concurseiro

 


(Foto: Bruno Peres/CB/D.A Press)


Lorena Pacheco – Do CorreioWeb

 

Em defesa da continuidade do concurso público do Ministério do Planejamento, para especialista em políticas públicas, o próprio MPOG divulgou nota esclarecendo para os inscritos a situação do certame, que atualmente encontra-se suspenso - desde novembro de 2013. Segundo a pasta, o concurso é uma proposta inovadora e alinhada com a necessidade de melhoria da Administração Pública. O MPOG ainda afirmou confiar totalmente na banca examinadora (a Escola de Administração Fazendária – Esaf).

 

Para o ministério, o concurso está sendo alvo constante de investidas de entidades representativas da carreira, como a Associação Nacional de Defesa e Apoio aos Concurseiros (Andacon), que entrou com mandado de segurança coletivo no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, questionando os critérios adotados no certame. Porém, a 8ª Vara de Justiça indeferiu a liminar alegando que "a Administração, no exercício do poder discricionário, pode definir os critérios de seleção que atendam às necessidades do órgão”.

 

A Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental (Anesp) também fez o mesmo. Porém a ação foi extinta, pois o juiz entendeu que não haver ilegalidade no edital, que previa maior pontuação de títulos para quem tem experiência na área. “A previsão de pontuação que poderá ser atribuída ao candidato em face de título de formação e experiência profissional não se mostra desarrazoada, tendo em vista que o certame parece buscar candidatos com alta qualificação e com perfil generalista para desenvolver tarefas específicas da carreira de EPPGG", afirmou o magistrado.

 

Porém, a Anesp insistiu e recorreu da decisão, conseguindo suspender o concurso - uma autorização foi concedida depois apenas para aplicação da prova discursiva. A Anesp ainda denunciou o concurso ao Tribunal de Contas da União (TCU), e os ministros também suspenderam a seleção, até o julgamento de mérito da Corte. O processo aguarda apreciação destes pareceres técnicos e votação em plenária.

 

Saiba mais

A suspeita de que uma funcionária com cargo de confiança do Ministério do Planejamento tenha usufruído dessa posição para se beneficiar no processo seletivo de especialista em políticas públicas e gestor governamental (EPPGG) tem aumentando o temor do governo de que o concurso seja cancelado pelo TCU.

 

A (Anesp) protocolou um pedido para que a Comissão de Ética da Presidência da República e a Corregedoria-Geral da União (CGU) investiguem a conduta da subsecretária de Planejamento, Ana Clécia Silva Gonçalves de França, durante o último certame para gestor. Ela foi uma das responsáveis pelo repasse de R$ 1,2 milhão à banca examinadora, a Escola de Administração Fazendária (Esaf), e foi simultaneamente candidata do concurso – ela foi aprovada com 10,975 pontos, na 3.967ª colocação, entre 5.805 selecionados.

 

Segundo denúncias de um técnico do governo que não quis se identificar, além de Ana Clécia, outras 180 pessoas com DAS (Direção e Assessoramento Superior) — entre elas, sete secretários e 33 diretores de ministérios — foram aprovadas.

04 Apr 01:43

Ex-meia do Flu é disputado por cinco europeus, diz site

by Leandro Dias

lanziniO site italiano Tuttomercatto noticiou que o meia Lanzini, campeão estadual pelo Fluminense em 2012, é alvo de grandes clubes europeus. São dois italianos, Lazio e Roma, dois portugueses, Porto e Benfica, e o Valencia, da Espanha.

Hoje com 21 anos, Lanzini é o camisa 10 e principal jogador do River Plate, clube de formação do apoiador. No Flu, o argentino, que utilizava o número 11, encantou em suas primeiras partidas, mas caiu de produção no fim de 2011. Disputou 42 partidas, sendo 20 como titular, e marcou cinco gols.

12 Mar 14:16

STJ corrige informação sobre exame psicológico em concurso

by Papo de Concurseiro

 

Da Agência Brasil

 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) divulgou nota na sexta-feira (7/3) corrigindo informação publicada pela Agência Brasil no dia anterior (6/3) – republicada pelo blog Papo de Concurseiro – sobre recurso apresentado pelo governo do Distrito Federal (DF) para eliminar um candidato do concurso da Polícia Militar devido à reprovação em exame psicológico. O STJ havia divulgado ontem que a Primeira Turma decidiu que o candidato poderia continuar no processo seletivo, informação noticiada pela Agência Brasil. Hoje, no entanto, o STJ esclareceu que o recurso não chegou a ser apreciado pela turma. Segundo comunicado do tribunal, no recurso, o DF alegou haver divergência entre a legislação e a decisão judicial anterior que beneficiou o candidato, sem apontar qual é o ponto divergente, como determina a Corte Especial do STJ.

 

O STJ informou ainda que o entendimento de que o exame psicológico “pode ser utilizado como meio de apurar a saúde mental do candidato, mas jamais para excluí-lo do concurso” é uma opinião do relator do processo, ministro Ari Pargendler, e não de toda a Primeira Turma, que não chegou a julgar o mérito.

 

Diante disso, a Agência Brasil retirou do ar o texto publicado ontem às 17h25 que tratava do assunto.

02 Jan 16:55

Já parou pra pensar no que vai te fazer sofrer em 2014?

by Luciano Ribeiro

O ano, como as pessoas, têm seu momento de senilidade, quando o futuro é curto e o fim é inevitável.

2013 está nessa fase.

Seus últimos dias se aproximando e o hábito de fazer checagens ficando cada vez mais urgente. É quando a gente olha pra trás e começa a perceber que não emagreceu os quilos que prometeu, que a academia foi ficando pra depois, que não produziu os textos que queria, não conseguiu ler mais, nem ver filmes, muito menos viajar.

O tempo, esse danado, foi passando e não deu a mínima aos planos. Enquanto seguimos fazendo o que de mais urgente aparece na nossa frente, nossas ambições de melhoria da vida vão sendo deixadas de lado.

Além de mim e de você, quantas outras pessoas não devem ter passado pelo mesmo?

Talvez, o chefe escroto tenha prometido pegar mais leve. Talvez, alguém próximo tenha prometido assumir a responsabilidade sobre as próprias falhas, ao invés de colocar a culpa em alguém. Talvez, o casamento tenha sido foco da promessa de alguma das partes: “agora vai”!

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“Tem uma lição para ser aprendida aqui em algum lugar, mas eu não sei qual é…”

Mas nem tudo é desastre, nem tudo é catástrofe. Às vezes as coisas dão certo.

Um filho pode ter nascido. Um casamento pode ter se feito com uma bela cerimônia. Muitos amigos podem ter sido visitados. Ou, quem sabe, até aquelas promessas mais bobas que a gente nunca cumpre podem ter sido levadas a cabo, até o fim. Empregos, carros, casas novas, mudanças. Você pode ter conhecido alguém que fez esse coraçãozinho bobo sacolejar no peito. Sim, bons desfechos podem ter ocorrido.

Mas, também devemos lançar um olhar mais sincero a essas histórias que vamos contar sobre o ano que vai nos deixando. Sabemos que cada felicidadezinha, cada pequena vitória, cada suspiro de alívio vem acompanhado de algumas gotas de suor escorrendo pela testa. A gente sofre tentando ser feliz.

É aí que a gente começa a se ver repetindo aquilo que fez no começo do ano e as promessas de 2013 se transformam nas promessas de 2014. Afinal, é uma nova chance que surge.

Nada mais justo do que tentar outra vez.

Mas, aqui, queria propor um lembrete, para antes de girarmos novamente a roda do tempo.

Já parou pra pensar que as suas apostas e promessas serão as razões pelas quais você vai sofrer em 2014?