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26 Aug 03:58

Bushido: o caminho dos samurais

by Elilson Batista
Mais influente do que uma religião, o código de honra e ética japonês chamado Bushido é uma doutrina capaz de subverter toda fraqueza humana. ''A vida de alguém é limitada; a honra e o respeito duram para sempre'' - Samurai Miyamoto Musashi.

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Desenvolvido entre os séculos IX e XII, o Bushido amparou-se nos conceitos do budismo, xintoísmo e confucionismo para elaborar seu próprio ensinamento.
Assim, os guerreiros samurais eram treinados para não sentirem medo da morte, pois acreditavam que através da morte, caso esta fosse digna, renasceriam novamente como guerreiros. Essa crença de existência pós-morte foi espelhada do budismo, assim como técnicas de meditação Zen que eliminavam o temor do guerreiro samurai diante situações de perigo.
O xintoísmo contribuiu para a criação de preceitos como a lealdade, o patriotismo e principalmente a referência aos antepassados. A devoção que o samurai deve ter para com o seu povo e o representante do mesmo, o Imperador, são parte de sua essência. Traição ou desonra não se refletiam apenas sobre o malfeitor: todos seus ancestrais e descendentes seriam contaminados por ela.
Quanto ao confucionismo, ele ressalta as obrigações interpessoais de um samurai, seja para com um irmão, um pai, sua mulher, etc.. Todas estas obrigações são sempre conduzidas pelo ideal de justiça, amor e benevolência.

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A harmonia com a natureza também era contemplada no código Bushido, apoiada na crença de que a Terra não existe apenas para suprir as necessidades dos seres humanos. Um seguidor do Bushido acredita que a terra é residência sagrada dos deuses e dos espíritos de seus antepassados e portanto deve ser zelada com um amor intenso.
Quanto à educação de um guerreiro samurai, ela não girava somente em torno de técnicas apuradas de combate ou estratégias de batalha. Durante seu tempo dispensado dos deveres militares e sociais, deveria apreciar artes e culturas gerais, bem como aprender ofícios que nada tinham a ver diretamente com sua guerrilha. O conhecimento era uma forma de poder independente e isto também engrandecia um grande guerreiro.

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Todos estes ideais já explanados poderão ser identificados nas 7 virtudes do Bushido:
1. GI = Justiça 2. YUU = Coragem 3. JIN = Benevolência 4. REI = Educação 5. MAKOTO = Sinceridade 6. MEIYO = Honra 7. CHUUGI = Lealdade.
Estas virtudes serviam de amparo para o guerreiro diante de qualquer momento de fraqueza (dúvida) e assim o guiavam para a grande busca do Bushido: a morte digna.
Um guerreiro samurai vive para isso. Para morrer com dignidade. Portanto, um samurai jamais poderia recuar em campo de batalha, mesmo que esteja só contra 200 inimigos. Deve empunhar sua espada e defender seu povo juntamente com sua honra.
Esta consciência da morte contribuía para sua destreza no campo de batalha. Ele conseguia extrair força da fragilidade contida no ato de viver e, com todo treinamento recebido, todo seu corpo, movimentos e pensamentos giravam em torno no objetivo principal: morrer com honra. E isto somente seria possível se desse o máximo de si no campo de batalha.

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Caso o samurai falhe no exercício de morrer com honra, ele poderá praticar o seppuku (ritual de suicídio) para recuperá-la. Digamos por exemplo que um guerreiro samurai sinta medo momentos antes da batalha e fuja. Este ato viola todo o código Bushido e, portanto, o guerreiro em questão terá que enfiar sua arma (espada, punhal) no próprio abdomem, realizando um rasgo de aproximados 180 graus. Um corte de uma ponta da costela até a outra. Esse ritual faria com que seu espírito se libertasse e recuperasse a honra. O seppuku era portanto uma das maiores demonstrações de devoção ao Bushido. Guerreiros mortalmente feridos que enfrentavam um adversário que não lhes proporcionaria uma morte justa também praticavam o Seppuku, em um contexto ainda mais digno, obtendo assim um grau de respeito incalculável pelos seus companheiros, familiares e o império em geral.

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Nos dias atuais, após dois séculos de erradicação dos samurais como classe social, o Bushido permanece vivo na cultura japonesa. O que não poderia ser diferente, uma vez que este povo esteve em contato por nove séculos com a arte samurai.
Quando contemplamos o Japão e a sua capacidade de recuperação (basta pensar que em 30 anos conseguiu se reerguer da devastação da II Guerra Mundial e tornar-se uma das maiores potencias econômicas mundiais), é impossível não pensar que o Bushido contribuiu diretamente para tal feito.
Apesar de estes valores estarem amainados na sociedade japonesa e muitas das novas gerações acreditarem que são ideais pertencentes ao passado, há lugares onde o Bushido mantém sua forma próxima da original. São os dojos de Kobudo. Lá sobrevivem, de fato, os últimos samurais.
“Os homens devem moldar o seu caminho. A partir do momento em que você vir o caminho em tudo que fizer, você se tornará o caminho” - O livro dos cinco anéis, Miyamoto Musashi.
Tiago Vargas, in obviousmag.org
04 Aug 18:03

Livro revela atestado de loucura do artista Bispo do Rosário e sua carreira de lutador

by Elilson Batista
Arthur Bispo do Rosário: Arte Além da Loucura

Um detalhe chama a atenção no primeiro prontuário médico escrito sobre Arthur Bispo do Rosário. Descrito como "calmo, de olhar vivo", com "ares de importância" e "fisionomia alegre", o paciente também podia associar "ideias com extravagância".

Não parece o diagnóstico de um louco, mas esse documento atestou loucura suficiente para que o artista sergipano, que morreu aos 80, em 1989, ficasse internado primeiro no hospício da Praia Vermelha e mais tarde na Colônia Juliano Moreira, no Rio.

Entre outros fatos, "Arte Além da Loucura" dá detalhes sobre o surto que levou Bispo do Rosário a ser trancafiado num hospício e sobre sua vida antes, como lutador de boxe e oficial da Marinha.

São dados que dissolvem uma série de mitos, em um momento de redescoberta da obra de Bispo do Rosário, exaltado como figura central da última Bienal de São Paulo e ocupando agora uma sala na Bienal de Veneza, com seus mantos e estandartes.

"Ele não vivia em estado permanente de delírio, sabia das coisas", diz Morais, em entrevista à Folha. "Essa ideia meio romântica da loucura não existe. Ele sabia o que estava fazendo o tempo todo e se tornou uma figura poderosa dentro do hospital. Há uma ordem interna muito forte no trabalho dele."

Mesmo que não falasse sobre o passado, detalhes de sua vida estão documentados nos estandartes que bordou: da infância numa fazenda de cacau na Bahia à ida ao Rio como marinheiro, passando por sua carreira de pugilista.

São avalanches de nomes escritos em ordem alfabética, os mais importantes bordados do lado de dentro de seu "Manto da Apresentação". Além do nome do pai, Bispo lembrou ali alguns adversários que enfrentou no ringue.


LOBO DO MAR



Não eram histórias inventadas. Jornais da época narravam de forma assídua os embates do lutador que nunca foi nocauteado e ficou conhecido como "lobo do mar", ou "marujo de bronze", dotado de "dureza granítica".

Em 1929, reportagem do "A Manhã" descreveu sua primeira luta profissional como "encarniçada", afirmando que ela "arrancou aplausos pela violência dos lutadores".

Mas depois que um bonde esmagou um osso de seu pé, Bispo deixou o ringue e foi trabalhar como empregado doméstico na casa da família Leone, uma das mais ricas e poderosas do Rio na época.

Humberto Leone, um dos herdeiros do clã, conta que Bispo era vaidoso e se vestia "com luxo", usava gravatas de seda e perfume francês.

Isso até o Natal de 1938, quando teve os três sonhos que o levaram a se apresentar num mosteiro como um enviado divino, que veio à Terra numa esteira de nuvens para impedir que o "espírito malíssimo" aqui chegasse.

Naquele primeiro prontuário, estão descritas suas alucinações, entre elas o sonho de uma "chuva de estrelas", que "explodiam fazendo barulhos incríveis", como se imaginasse o próprio destino de brilhar noutro ringue.
Fonte: www1.folha.uol.com.br/ilustrada

07 Jul 14:12

Parks, Gordon - Photography

by JG


Langston Hughes, Chicago

1941






American Gothic

1942





Ella Watson and her Grandchildren

1942





Bill Walker

1943





Duke Ellington at the Hurricane Club. New York, N.Y.

May 1943.





Two young girls at Camp Christmas Seals

1943





Dinner Time at Mr. Hercules Brown's Home, Somerville, Maine

1944





Red Jackson and Herbie Levy Study Wounds of Slain Gang Member Maurice Gaines

1948





Ingrid Bergman at Stromboli

1949





Death Room, Fort Scott

1949





Beggar Man, Paris

1950





Beggar Woman and Child, Estoril, Portugal

1950





Countess, Paris

1950





Woman Portrait

1950





Drugstore Cowboys, Blind River, Ontario

1955





Department Store, Birmingham, Alabama

1956





Chain Gang, Alabama

1956





Still Life, New York

1958





Gloria Vanderbilt, New York

1960





Flavio da Silva, Rio de Janeiro, Brazil

1961





Red Dress

Circa 1962





Malcolm X Addressing Black Muslim Rally in Chicago

1963





Nurses, Ethel Shariff in Chicago

1963





Muhammad Ali in Training, Miami, Florida

1966





Norman Jr. Reading in Bed

1967





The Fontanelle Family

Bessie and Kenneth, Little Richard, Norman Jr. and Ellen at the Poverty Board in New York City
1967





Bangkok

c. 1967





James Galanos Fashion

circa 1967





Muhammad Ali

1970





A Memory

1993





The Bridge

1995





Toward Infinity

1995





Front Cover, A Star For Noon

September 2000
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Gordon Parks, born November 30, 1912, Fort Scott, Kansas, U.S.,died March 7, 2006, New York. The son of a tenant farmer, Parks grew up in poverty. After dropping out of high school, he held a series of odd jobs, including pianist and waiter. In 1938 he bought a camera and initially made a name for himself as a portrait and fashion photographer. After moving to Chicago, he began chronicling life on the city's impoverished South Side. These photographs led to a Julius Rosenwald Fellowship, and in 1942 he became a photographer at the Farm Security Administration (FSA). While with the FSA, he took perhaps his best-known photograph, American Gothic, which featured an African American cleaning woman holding a mop and broom while standing in front of an American flag. In 1948 Parks became a staff photographer for Life magazine, the first African American to hold that position. Parks, who remained with the magazine until 1972, became known for his portrayals of ghetto life, black nationalists, and the civil rights movement. A photo-essay about a child from a Brazilian slum was expanded into a television documentary (1962) and a book with poetry (1978), both titled Flavio. Parks also was noted for his intimate portraits of such public figures as Ingrid Bergman, Barbra Streisand, Gloria Vanderbilt, and Muhammad Ali. Parks's first work of fiction was The Learning Tree (1963), a coming-of-age novel about a black adolescent in Kansas in the 1920s. He also wrote forthright autobiographies—A Choice of Weapons (1966), To Smile in Autumn (1979), and Voices in the Mirror (1990). He combined poetry and photography in A Poet and His Camera (1968), Whispers of Intimate Things (1971), In Love (1971), Moments Without Proper Names (1975), and Glimpses Toward Infinity (1996). Other works included Born Black (1971), a collection of essays, the novel Shannon (1981), and Arias in Silence (1994). In 1968 Parks became the first African American to direct a major motion picture with his film adaptation of The Learning Tree. He also produced the movie and wrote the screenplay and musical score. He next directed Shaft (1971), which centred on a black detective. A major success, it helped give rise to the genre of African American action films known as “blaxploitation.” A sequel, Shaft's Big Score, appeared in 1972. Parks later directed the comedy The Super Cops (1974) and the drama Leadbelly (1976) as well as several television films.
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Gordon Parks era filho de um jornaleiro, sendo o mais novo de 15 filhos. Cresceu em casa da irmã, em Minneapolis, até o cunhado o pôr fora aos 16 anos. Foi empregado de mesa e músico até, ao ver fotografias da Farm Security Admninistration e um jornal semanal com o fotógrafo Norma Alley, comprar uma máquina fotográfica usada e começar a tirar fotografias. Começou pela fotografia de moda e, a partir de 1942, trabalhou também para a Farm Security Admninistration. Entre 1949 e 1970, trabalhou como foto jornalista para a revista Life. Retratou a vida das pessoas no sul dos Estados Unidos e nas favelas brasileiras, bem como a de gente rica e elegantemente vestida em Nova Iorque e Washington. Retratou artistas e produziu uma reportagem comovente sobre o lider negro Maolcolm X. As suas reportagens pictóricas dos bairros pobres de Harlem, a que teve acesso por ele próprio ser negro, abriram os olhos dos americanos brancos para o país dividido em que viviam. Tornou-se muito popular graças aos seus filmes, em particular "The Learning Tree", de 1969, e às suas histórias misteriosas que tiveram pela primeira vez um negro como herói. Ao longo da sua carreira exemplar, Parks, que não pôde ser contratado por Alexei Brodovitch devido à cor da sua pele, contribuiu enormemente para o reconhecimento dos negros na vida americana. Gordon Parks nasceu em Fort Scott, Kansas, em 1912 e morreu em Nova Iorque em Março de 2006.
06 Jul 00:54

O maravilhoso mundo de Yuko Shimizu

by Eloise Martins

Você já deve ter cruzado com alguma ilustração da premiada artista Yuko Shimizu em um artigo da TIME, algumas capas da Vertigo Comics ou Rolling Stone, em inúmeras capas de livros ou mesmo navegando na web. Reunimos aqui mais de 50 desenhos deslumbrantes da grande ilustradora.

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A sua primeira monografia, uma compilação de um corpo de obra de 10 anos, foi lançada pela Gestalten em 2011 e você pode encontrar ela aqui.

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Shimizu também ilustrou um livro infantil, chamado Barbed Wire Baseball, publicado pela Abrams Books esse ano.

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Prepare seus olhos e boa viagem!

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06 Jul 00:52

A história visual da mágica

by Janara Lopes

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O termo “magia” é etimologicamente derivado da palavra grega mageia (μαγεία). Gregos e persas estavam em estado de guerra por séculos e os sacerdotes persas, chamado de magosh, ficaram conhecidos como magoi, em grego. Que depois virou mageia, que virou magik – termo que se referia a qualquer prática e ritual heterodoxo ou ilegítimo.

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A fome de magia sempre sustentou a experiência humana. A Taschen publicou em 2009 o livro Magic, que reunia imagens de 1400 a 1950. A compilação que foi relançada com um valor bem mais acessível, explora a cultura visual fascinante dos maiores mágicos da história, desde a Idade Média até a metade do século XX.

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O livro tem 544 páginas e reúne raros posters vintage, fotografias, panfletos e gravuras.

06 Jul 00:12

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29 Jun 19:31

o vento

by Dani Ricardo
"Assovia o vento dentro de mim. Estou despido. Dono de nada, dono de ninguém, nem mesmo dono de minhas certezas, sou minha cara contra o vento, a contravento, e sou o vento que bate em minha cara."




 


Eduardo Galeano
29 Jun 19:08

nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo…

by Dani Ricardo
“O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo.
Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender…
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos..
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar…”
 


Alberto Caeiro, em “O Guardador de Rebanhos”, 8-3-1914
25 Jun 03:46

aqui, chove desde ontem

by nath

Outro dia estava assistindo a um episódio de “New Girl” em que os dois protagonistas analisavam seu relacionamento com seus respectivos melhores amigos – tendo este relacionamento há uns bons anos, mas encarando o fato de as afinidades terem minguado com o passar do tempo e só ter restado o afeto, a questão principal era: “se nos conhecêssemos hoje, seríamos amigos?”. E, fatalmente, a resposta era simples, objetiva e direta: “Não”.

Tenho passado por isso nos últimos tempos. Alguns de meus amigos mais próximos estão em minha vida há mais de 15 anos. E os amo de paixão, apesar de termos vidas muito diferentes hoje em dia. E, quando surgem conflitos mais sérios, que envolvem valores nos quais acredito fervorosamente e defendo com fúria leonina, fica um pouco mais difícil neutralizar os ânimos e se lembrar do amor que existe ali, e que resistiu a tantas mudanças, por tanto tempo.

(Pausa para um flashback de que algumas das memórias mais fortes que tenho da minha adolescência são de discussões acaloradas com meu pai durante o jantar, porque tínhamos ideologias diferentes e signos iguais. Então enfrentar de frente quem amo por algo em que acredito não é novidade, apesar de esse meu lado ter estado mais adormecido ultimamente.)

Então voltamos para o fato de que é preciso respirar muito fundo para preservar um afeto tão bonito e resistente, de uma amizade construída em anos de amor sem julgamento, de companheirismo sem poréns, de liberdade sem licença. Opiniões distantes mas carinho próximo, e lembranças infinitas de prova de amizade e diversão. Porque todo relacionamento é feito de um encontro e de muitos momentos de desencontros vindouros. Superemos.


25 Jun 01:51

humans of new york

by Dani Arrais

Humans of New York é um projeto feito por Brandon Stanton. O fotógrafo criou, em 2010, um site cujo objetivo era fazer um censo fotográfico da cidade.

Com o tempo, ele começou a colecionar frases e histórias dos nova-iorquinos. E o projeto cresceu e ficou ainda mais bonito! ♥

Ele explica:

I thought it would be really cool to create an exhaustive catalogue of the city’s inhabitants, so I set out to photograph 10,000 New Yorkers and plot their photos on a map. I worked for several months with this goal in mind. But somewhere along the way, HONY began to take on a much different character. I started collecting quotes and short stories from the people I met, and began including these snippets alongside the photographs. Taken together, these portraits and captions became the subject of a vibrant blog, which over the past two years has gained a large daily following. With nearly one million collective followers on Facebook and Tumblr, HONY now provides a worldwide audience with glimpses into the lives of strangers in New York City.

Na foto acima, o depoimento: “We went to the same high school, but weren’t really friends. He joined the Navy for ten years, and when he came home, I happened to be working in the same retirement home that his grandmother was in. We met in the lobby. He tried to tell a joke about having been all around the world while I stayed at home, but it backfired and made me cry.”

Mais em > http://www.humansofnewyork.com/

“If you could give one piece of advice to a large group of people, what would it be?”“Be kind and thoughtful.”“What’s your greatest struggle right now?”“Being kind and thoughtful. Because I’ve got some friends that are driving me freaking nuts.”

“I’m a kick boxer and I own a restaurant.”“How do those two things relate?”“They both require maintaining a calm center in the midst of chaos.”

After I took the photo, the man stuck around to give me his contact information. After a couple minutes, his wife started calling impatiently from outside. “I waited 40 years for her,” he said. “She can wait 5 minutes for me.”

“She saved my life.”

“I’m starting a blog for seniors!”

(Obrigada por compartilhar, Mariana Neri!)

19 Jun 23:17

Top10 listas para você se dar bem do início ao fim | Listas descaralhantes #18

by Fred Fagundes

O estado de espírito nada mais é que o estopim da conjunção de sentimentos responsáveis por uma decisão. Como se fosse um tipo de depósito de atitudes. Todas catalogadas, reservadas e prontas para a ação quando provocadas. Uma vez o estado iniciado, o reflexo em decisões e atos é irreversível.

A partir daí surge nossa enorme dificuldade de encontrarmos uma unanimidade – mesmo que pessoal. Música, filme, comida. Quantas vezes você já foi questionado de uma preferência absoluta e mudou de resposta periodicamente? Nem sempre a alternância é resultado de uma novidade, mas sim, uma reação ao que sua personalidade aspira naquele momento.

O lado bom – e talvez único válido – de agir de acordo com os sentimentos é a legitimidade emocional da sua obra. O “aja duas vezes antes de pensar” do Chico tem seu valor dentro da premissa passional. Assim que se é criativo: sendo fiel ao que se sente.

Mas qual o motivo desse nhenhenhein todo?

É que todas as vezes que sentei pra montar uma fita eu tava na fossa – o mais real e sincero representativo humano. Nem todas foram devidamente utilizadas para comprovar o sucesso. Porém, transmitem uma verdade cuidadosa que foi desenhada na seleção de cada banda, música e sequência. Nada foi adicionado por acaso. E tudo para um motivo: você se dar bem.

Uma fita pode ser montada de três modos: ordem cronológica vistando mensagem implícita nas composições; ano de lançamento do álbum ou ainda a temática – tema desse post. As fitas temáticas têm como grande vantagem o caráter momentâneo da utilização. Elas não são somente perfeitas para ouvir qualquer hora, elas são produzidas para rodarem no momento certo.

Logo, nada mais justo que ter uma sequência matadora para situações que envolvem desde o despertar de uma manhã até a ressaca moral de um pé na bunda.

Começar bem a porra do dia

Nada de despertador do iPhone, ringring ou galo cantando. O despertar dos campeões precisa ser algo definitivamente promissor. Daqueles que te faz acordar de pau duro e usá-lo não apenas para mijar.


Link Grooveshark

Convite

Uma fita diz muito mais que aquele buquê de flores com convite pra jantar. Essa, em especial, tem um potencial comprovado de vitória. Nem título no assunto do e-mail. Sem uma linha na mensagem.

É só mandar que hoje tem.


Link Grooveshark

Serenata

Se você é um romântico, já passou por sua cabeça a ideia de fazer uma serenata. Talvez tenha faltado cara de pau, criatividade e até um brother que toque violão.

Mas certamente não vai mais faltar repertório.


Link Grooveshark

Preparar um jantar

Especial para aqueles dias que você chega na cozinha falando francês e sai com a certeza que fez o melhor miojo dos últimos tempos.


Link Grooveshark

Ouvir durante o jantar

Quando algumas mulheres cantam, os homens choram. Essa fita tem coração. Porque ninguém canta como elas.


Link Groovershark

Strip

Você chegou até aqui. Ótimo. Se seguir os passos anteriores, vai ouvir.

– Senta lá que tenho uma surpresa pra você.

Sentá lá, cara.


Link Grooveshark

Em processo de umidificação

Essa é a única que fica com o dobro de músicas.

O dobro de tempo.


Link Grooveshark

Terminar o rolo

Eis que não era pra acontecer. Aí sabe aquela semana que você começa com vontade de terminar um relacionamento?

Aquela semana? Aquela vontade?


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Te deixou

Ou então você que não chegou nem até a oitava música do processo de umidificação.

Eu te pago um engradado.


Link Grooveshark

Pedido de desculpas

– Deixa eu falar? Deixa eu falar? Deixa? Po… Po… Posso falar? Posso falar? Presta atenção, tá?

Você sabe que eu já fui um malandro malvado. Somente estou regenerado. Mudei.

Pede mais uma chance. Arrisca.

A fita ta aí pra isso, nego.


Link Groovehellmans

Pois é, meu amigo. Gravar uma fita não é apenas gravar um fita. Não se trata de um apanhado de músicas. Mas sim, de criar uma atmosfera responsável por fazer de você uma pessoal significativa. Ou, no mínimo, ser lembrando quanto às faixas executadas.

Afinal, poucas coisas são melhores que um “lembrei de você quando ouvi aquela música”.

Seja ela qual for – e ela também.

Mecenas: Blowtex

Cada momento em um relacionamento é importante. Do início ao fim, nós sempre elegemos as melhores trilhas para estas ocasiões. E as viagens também merecem esse carinho.

Blowtex

A Blowtex está sorteando 8 viagens com acompanhante para qualquer lugar do Brasil com a promoção “Escolha seu destino com Blowtex”. É só responder “qual camisinha te leva para onde você escolher“? Vejam os detalhes no site da Blowtex para participar e ter o melhor dia dos namorados em qualquer ponto do Brasil.



15 Jun 22:26

zenpencils: A tribute to ROGER EBERT













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A tribute to ROGER EBERT

15 Jun 21:28

C’est l’amour

by Janara Lopes

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15 Jun 21:28

fuckyeahcomicsbaby: “The Ride” by Rodolphe Guenoden





















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“The Ride” by Rodolphe Guenoden

15 Jun 21:28

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15 Jun 21:28

De volta para o futuro do presente

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15 Jun 21:27

Estrelas

by Elilson Batista

15 Jun 21:27

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15 Jun 21:27

Em algum ponto de ônibus em Cuiabá - MT (obrigada Lyn!)



Em algum ponto de ônibus em Cuiabá - MT (obrigada Lyn!)