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05 Jun 16:50

Moderno sistema de classificação

by Alexandre Medeiros

Mais uma boa do Tom Gauld!
09 Dec 11:27

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27 Nov 15:57

a vingança é um prato que o outro come em pé

by Patricia C.
Doodadeoliveira

estou compartilhando um post de 13 de novembro pois estou atrasada nas leitura tudo me entendam

Contarei a história por partes porque há muitos detalhes.

1) Meu trabalho costuma dar o café da manha para os funcionários.
2) Mês passado mudou uma equipe inteira. Ou seja, novos funcionários.

Chego na sexta, vou na copa e CADÊ O QUEIJO E O PRESUNTO?

Comeram.

Mas assim. Não é que tinha muita gente e eu cheguei atrasada e não sobrou nada. A parada dá pra 20 pessoas, cheguei num horário super cedo. Achei estranho, mas né, segui a vida. Isso aconteceu repetidas vezes, até que um dia veio a menina da limpeza falar comigo. Se você quer saber alguma coisa dentro do seu trabalho, aí fica a dica, eles sabem de tudo.

 - Patricia, eu vi o Fulano comer 5 pães e botar lapas e lapas de queijo e presunto, assim não sobra pra ninguém. Fui falar com ele, sabe o que ele me disse? "Se tá aí é pra gente comer".

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA

Cara, me revoltei. Não pela comida (juro por deus), mas pelo abuso. Abuso da pessoa saber que há pessoas ainda para comer e simplesmente não se importar. Comecei a soltar indiretas na presença do Glutão.

- Gente, vocês tão sabendo que a pessoa não tem comida em casa, chega aqui e come 5 pães?

- Gente, vamos fazer uma vaquinha pra doação de queijo e presunto, porque aparentemente a pessoa só sabe o que é isso aqui no trabalho?

E por aí vai.

Esse texto imenso acima apenas para contar o melhor de tudo.

Essa semana fui almoçar num horário diferente do meu normal. Entro na copa, dá um minuto e entra o Glutão. Me viu, colocou a comida pra esquentar, tirou e foi comer fora dali. Saio da copa e o Glutão está EM PÉ, com a comida apoiada no arquivo, comendo. Comendo.em.pé.num.arquivo apenas para evitar o desconforto do contato comigo. Adoro.

 Gargalhei na cara dele.

A cereja do bolo. Eu posso mudar meu horário de almoço; ele, não.

De lá pra cá, CLARO, almoço no mesmo horário dele todos os dias.

Resumindo, Glutão almoça em pé todos.os.dias.

Adoro.
26 Oct 19:04

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19 Oct 23:18

Direitos humanos e a tal inversão de valores

by Christian Dechery

O post abaixo foi escrito originalmente no blog Orgulhosamente Desajustado em maio de 2013

Depois da recente espetacularização midiática do caso do traficante Matemático (relembre o caso aqui), as redes sociais novamente viraram palco para um “debate sadio” sobre um tema eternamente polêmico: os direitos humanos e sua defesa por políticos e instituições.

Ainda me choca (sinceramente, não sei por que) ver pessoas cultas (?) e educadas repetindo a máxima absurda do “bandido bom é bandido morto”. Mas o que mais vem sido questionado, como sempre, é a inversão de valores que supostamente existe na defesa dos direitos, e mais uma frase de efeito surge com bastante frequência – “direitos humanos para humanos direitos”.

Sugiro assistirem a um breve vídeo de 10min que explica a história dos Direitos Humanos e como eles representam um dos maiores avanços que tivemos como civilização.

Vale a pena também saber quais são esses direitos,  na Declaração Universal assinada por 49 países. Clique aqui para ler, não é grande.

Ao expressarem suas opiniões sugerindo algum tipo de desigualdade de tratamento, esquecem-se de que os “Direitos Humanos” foram criados especificamente para equalizar a garantir direitos fundamentais a todo ser humano, independente de raça, cor, credo, status social ou localização geográfica. “Aonde estão os direitos humanos para a mulher estuprada no ônibus?” dizem alguns para salientar a inversão de valores. Mesmo estando chocado como qualquer um com a brutalidade do crime, não podemos pegar um exemplo e tentar em cima dele traçar uma linha argumentativa, como estão fazendo comparando a morte do traficante com a prisão do “terrorista” em Boston (relembre aqui). Uma coisa não tem nada a ver com outra e compartilhar imagens comparativas só mostra a quantidade de tempo e massa encefálica gasta pelas pessoas refletindo e analisando a questão.

Na grande maioria das vezes, quando clamamos por direitos humanos a quem sofreu o crime, em oposição (apelando para a “inversão de valores”) ao criminoso, imaginamos que o primeiro, por ser o lado vitimado é mais merecedor da defesa de seus direitos fundamentais. Isso só pode ter algum sentido se considerarmos totalmente furada toda e qualquer associação entre oportunidades, estratificação social e criminalidade. Abundam estudos que demonstram que quanto maior a estratificação social, maior a criminalidade – e não só de crimes “financeiros” ou contra o patrimônio, mas também crimes violentos. Isso não quer dizer que estão isentos de culpa sobre seus crimes aqueles que se encontram na base da pirâmide em situação de risco, às margens da sociedade. Pobreza não é desculpa para imoralidade.

Mas é nesse ponto que falha a lógica das pessoas ao tentar apelar e distorcer essa simples relação de causalidade, daí o uso descontrolado de contra-exemplos em qualquer debate “minha empregada nasceu na favela mas não é bandida”, “um amigo meu da faculdade nasceu na favela”, “na favela tem mais trabalhador que bandido”, etc. Os estudos mais recentes (procurem no Google por Estudo White Hall) apontam que não é a pobreza (baixo poder aquisitivo) em si a principal causadora da violência e aumento de atividades criminosas, mas sim a estratificação da sociedade, e às diferenças de “tratamento” para cada camada. Não é novidade pra ninguém que existe uma justiça para ricos e uma para pobres, uma saúde para ricos e outra para pobres e obviamente, uma segurança para ricos e outra para pobres. É essa divisão e mais ainda, a sensação dessa divisão, que gera a violência e os crimes. Dessa forma, uma pessoa que nasce nos estratos mais baixos da sociedade já inicia sua vida em situação de risco, não apenas por estar mais “perto” de criminosos ou por que vive em uma área onde o Estado não chega.

Os direitos humanos priorizam essas pessoas – as camadas mais baixas e as minorias – e não estão errados ao fazer isso, não há inversão de valores. Eles devem priorizam quem, então? A classe média? Os ricos? As maiorias? Que já tem saúde, segurança, educação e até justiça privadas?

Quando vemos na mídia um caso de crime bárbaro (espertamente explorado pela mídia) e a ação de instituições de direitos humanos para garantir justiça ao criminoso, ficamos revoltados pois de alguma forma isso fere nosso senso interno de justiça (ou seria vingança?). Queremos mesmo é que ele seja linchado em praça pública, ou no caso de um estupro, que tenha seu pau cortado fora e que seja currado na prisão até sangrar pelos olhos. Ao fazer isso estamos simplesmente pegando um exemplo e querendo cagar regra em cima dele. Pois a mesma instituição que defende direitos humanos para traficantes e assassinos, defende também para ladrões de galinha que muitas vezes são presos sem devido julgamento e apodrecem na cadeia enquanto filhinhos de papai que bêbados matam pessoas ao volante ficam livres contando com “furos” nas leis garantidos por seus caríssimos advogados. É contra esse tipo de absurdo que se batalha a defesa os direitos humanos, que só fazem sentido uma vez que são universais. E sim, universal inclui traficantes e estupradores. E também os “terroristas” que estão presos em Guantánamo.

Entendendo que são universais, que só fazem sentido se forem universais, a sua defesa deve sim ser priorizada àqueles a quem a sociedade classicamente não oferece direito algum: pobres e minorias. Infelizmente é essa priorização que nos dá a impressão de inversão de valores, quando uma pessoa é vítima de um crime violento e as organizações de direitos humanos correm em auxílio do criminoso. E a vítima, como fica? Quem deve garantir a segurança das pessoas é o Estado. Quem deve julgar o crime é a justiça. E quem deve garantir que esse julgamento seja, de fato, justo, sem distorções provenientes de cor, raça, credo, classe social e nível educacional, são os Direitos Humanos Universais. É simples assim.

Ou é assim, ou voltamos à época em que “culpados” por crimes eram julgados pelo humor de um rei ou senhor feudal, e a violência de sua punição variava de acordo com o clamor popular e seu desejo de, naquele dia específico, ver mais ou menos sangue.

The post Direitos humanos e a tal inversão de valores appeared first on Bule Voador.

16 Oct 00:37

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11 Sep 03:03

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Doodadeoliveira

note to self





11 Aug 23:28

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Doodadeoliveira

só queria informar que vi the perks of being a wallflower mais duas vezes no final de semana e <3



30 Jul 16:16

MELHOR GIF DO DIA

by Mari Assmann
15 Jul 00:31

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01 Jul 11:44

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Doodadeoliveira

que dó













30 Jun 22:47

Extremismos: nossos doidos são melhores que os seus

by Eli Vieira
Se ideias pudessem ser julgadas pelos extremistas que as defendem, algumas se sairiam melhor que outras.

"Fruitcake" (bolo de frutas).
Gíria britânica para "doido".
- Comecemos por extremistas cristãos, sem entrar no mérito de que sua versão de cristianismo é a "genuína". Temos alguns que explodem clínicas de aborto nos EUA, outros que promovem uma cruzada fadada ao fracasso contra teorias científicas. Não esqueçamos, é claro, os que realmente cumprem o que Jesus pediu exaustivamente: dar tudo o que têm aos pobres e viver em voto de pobreza. Pode até ser benéfico para o planeta viver em voto de pobreza completa, mas é difícil acreditar que este último tipo, que deve habitar certos mosteiros, realmente vive uma vida independente e sustentável, afinal precisam se alimentar e a maior parte do alimento disponível vem da agricultura. É possível que quase metade da fotossíntese em terra seca de todo este planeta esteja no momento dedicada à produção de bens de consumo humanos (o que é assustador). E uma pessoa absolutamente pobre não consegue ter quaisquer recursos, inclusive técnicos, para melhorar a vida de outrem. Então, em suma, as consequências do extremismo cristão em geral são ou assassinatos, ou ignorância, ou parasitismo social.

- Extremistas muçulmanos. Esta categoria é bem fácil, até porque islamofóbicos de todo tipo adoram elencar todo tipo de defeito associado ao islamismo extremista (que eles tentam pintar como islamismo em geral), por mais indireto que seja. As consequências são ideias irracionais sobre política internacional, intolerâncias dos mais diversos tipos, morte, sofrimento, cerceamento injusto de liberdade de expressão, e praticamente todos os itens do cardápio de preconceitos humanos.

- Extremismo político. Temos de um lado os extremistas do liberalismo que adoram o livre-mercado como um deus e pensam que ele é a panaceia para todas as coisas, defendendo um 'autismo' moral que assume que todo ser humano que falhar em ser rico e garantir assim seu bem estar merece cada desgraça que lhe acontece; e de outro lado temos os extremistas estatólatras que desejam que o Estado seja sua babá em todo e qualquer problema, geralmente tendo algum político carismático como padrinho, ao qual se faz um velado culto à personalidade. Talvez o que une os extremistas políticos das mais diversas matizes é a firme convicção de que uma teoria simples de um conjunto de pensadores iluminados é a resposta para todos os problemas sociais. Problemas na Alemanha? Prendam judeus, ciganos, gays e dissidentes políticos, são todos biologicamente determinados para trazer ruína à sociedade, então melhorar a sociedade é uma questão de "limpeza étnica". Problemas na Rússia? Sigam à risca essas ideias descritivas destes pensadores políticos, dando-as uma força normativa que não pretendiam nem merecem, e não se esqueçam de implantar na ciência as ideias que são mais coerentes com essa teoria socio-política geral, eliminando os hereges que pretendem seguir as ideias burguesas desse tal de Gregor Mendel. Problemas no Brasil? Sigamos o dogma internacional de empurrar para o crescimento de PIB, construamos obras faraônicas passando por cima da opinião de nossos povos indígenas. Provavelmente o extremismo político é responsável pelas maiores tragédias humanas do século XX, e ainda ceifa vidas direta e indiretamente no século XXI.

- Extremismo humanista. Esse se divide alguns setores. Comecemos pelo extremismo feminista. Ora, o consenso de ativistas da área é que feminismo é luta pela igualdade de gêneros, então figuras como Valerie Solanas e o movimento FEMEN, que explicitamente defendem privilégios femininos e submissão masculina, não podem ser citadas como exemplos de extremismo feminista. Extremistas feministas são aquelas e aqueles que vêem patriarcado e opressão onde eles não estão, e lutam pela promoção da igualdade onde ela já existe ou nem vem ao caso. Outros exemplos de extremistas humanistas seriam: extremistas do movimento LGBTIQ, extremistas do movimento de igualdade racial, extremistas do movimento de direitos animais e extremistas do laicismo. As consequências negativas de todos esses talvez sejam: analogamente ao extremismo feminista, ver homo/trans/lesbofobia, racismo/especismo e intolerância religiosa onde não há, e talvez exagerar em suas manifestações jogando tinta vermelha / torna na cara / ridicularizando a imagem de figuras formadoras de opinião que vêem como inimigos de suas causas. Até onde sei, não há nenhum exemplo de morte ou tortura causados por atitudes ligadas ao que estou chamando de extremismo humanista, diferente de todos os outros extremismos que já citei. Mortes causadas por supremacistas negros não podem ser citadas, pois supremacia negra não é igualitarismo racial. Pode haver algum exemplo que negligenciei em que o extremismo humanista tenha levado a sofrimento físico e morte, mas desconfio que nem se compara ao sofrimento e morte causados pelos outros tipos de extremismo. Mas isso não é motivo para estar tranquilo, mas para manter a vigilância e o pensamento crítico dentro do humanismo (secular). Em suma, no máximo as consequências negativas do extremismo humanista seriam censura injusta de expressão e desconforto moral de algumas figuras públicas.

Não acho que ideias ou cosmovisões possam ser julgadas por seus extremistas, mas este comentário visa a por em perspectiva o tipo de acusação que ativistas humanistas precisam enfrentar diariamente. É claro, extremistas de um grupo podem também pertencer a outro. Geralmente extremistas em algum campo tendem a ser extremistas em todos os outros em que atuam, e isso é importante para estudo não apenas de lógica e argumentação, mas também de psicologia e psiquiatria!

Enfim, se o debate tiver que chegar a este nível baixo, creio que podemos dizer que nossos loucos são menos perigosos que os outros.

__________ 

P. S.: Extremismo é um termo/conceito útil e mais prático que "fundamentalismo" e "radicalismo". Nem todo radicalismo é temível, pois pode ser um radicalismo com ideias inofensivas. Então ser radical nem sempre é uma coisa ruim. Não há "fundamentalismo ateu" porque não há um cânone de fundamentos seguidos pelos ateus, mas com certeza há extremismo ateu. Talvez extremismo seja sinônimo de fanatismo, mas parece que enquanto extremismo é focado em ações e consequências, fanatismo é focado na psicologia de quem o apresenta.