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02 May 21:39

Viver acima das possibilidades – algumas pontas soltas

by pedro romano
POliveira

Uma análise muito interessante sobre o desequilíbrio financeiro em Portugal.

Quem seguiu a série de posts acerca do défice externo (I, II) sabe que desconfio da explicação mais habitual para este fenómeno – um “boom de consumo das famílias financiado pelo crédito da Zona Euro”. Esta tese choca com um facto elementar das contas externas da primeira década do euro: de 2000 a 2008 a diferença entre importações e exportações praticamente não se alterou.

Ao contrário do que seria de esperar, a maior parte do desequilíbrio resulta de elementos que pouco ou nada têm que ver com competitividade, preços, ou taxas de câmbio reais. Foi sobretudo a queda das transferências unilaterais líquidas (como fundos estruturais da Europa ou remessas de emigrantes) e dos rendimentos de títulos financeiros líquidos (juros de obrigações, dividendos, etc.) que cavou o fosso de financiamento.

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Isto não invalida a ideia de que Portugal viveu acima das suas posses durante quase uma década, apenas obriga a qualificar esta conclusão. A origem do problema não está numa orgia irracional de despesismo das famílias, mas na incapacidade do país – como um todo – de ajustar o seu padrão de despesa a uma situação de contracção abrupta do rendimento disponível. E é quando se tenta perceber a razão dessa falta de capacidade de resposta que as coisas começam a ficar interessantes (I, II, III).

Mas quando se desagrega ainda mais a balança externa surgem alguns factos difíceis de encaixar no quadro geral. Comecemos por separar o saldo externo da economia em termos dos vários sectores institucionais que a compõem (o ‘resto’ é o sector financeiro e as IPSS, que agreguei por conveniência). O primeiro problema é este:

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Tanto quanto sei, as transferências correntes e de capital afectam sobretudo os sectores institucionais das famílias e das Administrações Públicas. Mas estes sectores, ao contrário do que seria de esperar, até mantiveram as suas necessidades de financiamento bastante estáveis ao longo do período 1995-2008. A origem do défice está toda nas empresas não financeiras.

É possível desagregar ainda mais os dados e perceber quais as razões para esta variação do saldo financeiro. Depois de algumas contas, é fácil concluir que há dois elementos que conduzem o saldo global das empresas portuguesas entre 1995 e 2008: a despesa com investimentos e a distribuição de dividendos. A imagem de baixo explica esta ideia com dois quadros: o primeiro mostra a variação do investimento e dos dividendos; o segundo mostra como evoluiu o défice externo e como teria evoluído se estas variáveis tivessem permanecido ao nível de 1995.

Sem Título

Aparentemente, o défice externo vem todo, ou quase todo, destas duas variáveis. E à primeira vista não é fácil conciliar isto com a primeira imagem do post. A análise do saldo externo por tipo de fluxo financeiro sugere que o problema foi i) a falta de reacção da despesa interna à redução do rendimento disponível; mas a análise por sector institucional aponta para ii) um comportamento disfuncional da política de investimento & remuneração das empresas.

Uma análise estática deste género pode ser enganadora, porque os sectores institucionais são porosos e é óbvio que uma parte da despesa de um sector é receita de outro. O quadro contabilístico das Contas Nacionais não permite lançar luz sobre os mecanismos de causalidade subjacentes, e sem dúvida que, com alguma imaginação, é possível contar uma história coerente que ligue as explicações i) e ii).

Mas mesmo que essa explicação exista, o último quadro é interessante em curioso em si mesmo. Se o crescimento do investimento entre 1995 e 2000 é mais ou menos compreensível tendo em conta o rápido crescimento da altura, a distribuição de rendimentos a partir de 2003 já é mais difícil de justificar: a remuneração dos accionistas dispara num período em que o crescimento económico já está pelas ruas da amargura. E com a dívida financeira a atingir máximos históricos, as empresas continuam a delapidar os seus lucros em vez de reterem capital para amortizar dívida.

Uma pergunta para quem percebe destes temas: como é que se explica este comportamento?


14 Mar 13:30

Três notas sobre o manifesto da reestruturação da dívida pública

by pedro romano
POliveira

Um breve artigo que vale mais do que muitos auto-proclamados debates na televisão!

O manifesto pela reestruturação da dívida pública faz algum sentido. Ou faria, se tivesse sido enviado ao Governo em envelope lacrado. E se tivesse sido ocultado dos media. E se tivesse sido formalizado há um ano, quando a posição negocial portuguesa era bastante melhor. No contexto em que foi feito, é mais um tiro no pé do que um contributo relevante. Sobre este tema, deixo três comentários.

O primeiro tem que ver com o diagnóstico. O manifesto começa com algumas referências demasiado ligeiras e inconsequentes à especialização da economia portuguesa, à concorrência da globalização, à baixa produtividade e a outros problemas estruturais que têm, à primeira vista, pouco ou nada que ver com dívida pública. Concordamos que estas questões são problemáticas, mas não é nada óbvio a razão por que são invocadas neste contexto, nem em que medida poderiam ser debeladas com uma reestruturação.

Por exemplo, há alguma evidência de que o crescimento da produtividade está relacionado com learning by doing, e nesse sentido pode beneficiar imenso da troca de experiências proporcionada pelo Investimento Directo Estrangeiro (IDE). Mas também há evidência de que o IDE reage de forma muito negativa a episódios de reestruturação, o que sugere que uma reestruturação poderia facilmente reduzir a produtividade das empresas e aprofundar os problemas identificados no manifesto. De facto, a redução pronunciada da Produtividade Total dos Factores (TFP) foi precisamente o que aconteceu na Argentina em 2002.

Claro que uma reestruturação também libertaria recursos financeiros, que agora são usados no pagamento de juros, para aumentar as qualificações da mão-de-obra ou infraestruturas, o que podia aumentar a produtividade. Pois: podia. A questão é que há efeitos de sentido contrário a actuar ao mesmo tempo (como o caso do IDE), e o manifesto faz tábua rasa dos efeitos negativos, assumindo, sem discussão, que o efeito líquido seria positivo. Esquecer estas nuances e subtilezas e apresentar como facto consumado que a reestruturação aumenta a produtividade é um péssimo ponto de partida para uma discussão séria.

Em segundo lugar, o manifesto é, digamos assim, manifestamente vago em relação ao que efectivamente propõe. O que está em cima da mesa é uma reestruturação imposta (default puro e duro), ou uma reestruturação negociada? E que montantes, prazos e juros concretos é que estão ser oferecidos? Estas são questões técnicas, mas é em torno destes pormenores que a razoabilidade da proposta pode ser aferida. O diabo, nestas coisas, está sempre nos detalhes.

Comecemos por assumir que a proposta é de uma reestruturação negociada. Uma pergunta óbvia a que o manifesto teria de responder é o que ganham os credores com esta alteração, porque dificilmente se propõe um acordo bilateral em que só uma parte ganha e a outra se limita a perder. Um argumento muito utilizado é que Portugal já obteve uma reestruturação, e que este é um precedente importante. Ora, a lógica é precisamente a inversa. É exactamente porque Portugal já obteve uma melhoria muito substancial das suas condições de financiamento que o grau de tolerância dos credores a benesses adicionais já estará mais perto do limite.

Convém por as coisas em perspectiva. Desde o início do Programa de Ajustamento que Portugal já conseguiu reduzir a taxa de juro relevante em cerca de 2 pontos percentuais, aumentar a maturidade dos empréstimos em para 15 anos e prolongar os empréstimos em mais sete anos adicionais. Tudo somado, esta é uma reestruturação surpreendentemente elevada. Só em juros efectivos o Orçamento português deve poupar qualquer coisa como 950 milhões de euros por ano (contas ‘costas de envelope’ utilizando o boletim do IGCP e dados da AMECO).

A título de exemplo, a reestruturação que teve lugar na Grécia, e que abrangeu menos de um terço da totalidade da dívida (ver detalhes em The greek debt reestructuring: an autopsy) foi uma das maiores de sempre (ver dados na base de dados de Trebesch). Reestruturações mais volumosas acontecem tipicamente em períodos de guerra (Bósnia, Moçambique) ou em Estados falhados (Iraque). Seria compreensivelmente difícil argumentar junto dos organismos europeus que, depois de todas as concessões que já foram feitas, Portugal deveria ser tratado (e comportar-se) como um país do Terceiro Mundo.

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E se fosse uma reestruturação forçada? Dispensar a anuência das instituições europeias tornaria mais fácil ‘não pagar’, mas esta é mesmo a única vantagem em relação a uma reestruturação negociada. Entre os vários problemas destaco apenas os seguintes:

  • Portugal tem uma dívida pública de cerca de 213 mil milhões de euros. Destes 213 mil milhões, cerca de 82 mil milhões são detidos pelo estrangeiro (a Troika detém 71 milhões), pelo que os restantes 130 mil milhões estão em mãos nacionais. Ou seja, o país, como um todo, não ganha nada em reestruturar cerca de 60% da sua dívida, já que aquilo que ganha enquanto contribuinte acaba por perder como investidor. Na prática, a renegociação só pode incidir sobre 40% da dívida pública.
  • Pior ainda: Portugal tem, neste momento, um saldo primário (despesa sem juros) próximo do equilíbrio, mas o que é relevante é o saldo primário que resta depois de se pagar os juros aos agentes económicos nacionais. E esse saldo ainda é negativo (em cerca de 2000 a 3000 milhões de euros, dependendo dos cálculos). Trocando por miúdos, se Portugal quisesse honrar a sua dívida pública ‘interna’ e pagasse zero aos investidores externos, tentando com isso ganhar margem financeira para aumentar a despesa noutras rubricas, acabaria por descobrir rapidamente que as receitas continuavam a ser insuficientes para cobrir sequer as despesas actuais. Com o colapso de financiamento que inevitavelmente se seguiria, o Estado teria de reduzir ainda mais as suas despesas ou aumentar os impostos­­ – precisamente o contrário do objectivo que o manifesto visa obter.
  • d) Como é óbvio, neste ponto a disputa não seria apenas financeira, económica e jurídica. Ostracizar os países europeus que emprestaram dinheiro a Portugal quando mais ninguém o fez poderia fazer com que o país fosse visto como um pária da na União Europeia, com repercussões políticas difíceis de prever. Alguém consegue imaginar como seria hoje Portugal se não tivesse aderido à CEE em 1986? A reversão dos progressos políticos e institucionais que decorreram dessa adesão não é fácil de imaginar, mas também não pode ser excluída.

Finalmente, a terceira questão: o timing. Neste momento, Portugal está taxas de juro em mercado secundário que rondam os 4,5%, consegue financiar-se junto de investidores privados, a economia está a crescer e os números mais recentes sugerem que os números das contas públicas poderão ficar bem melhor do que as previsões iniciais. A banca europeia está capitalizada e a, em todo o caso, já se livrou dos títulos nacionais. Não só é muito mais difícil argumentar, agora, que Portugal precisa de uma reestruturação como as consequências nefastas de um default desordeiro seriam muito menores do que antes. A posição negocial de Portugal está extremamente fragilizada.

O corolário é que a propagação pública da ideia de que a reestruturação é inevitável não tem qualquer real utilidade para Portugal: não melhora a sua posição negocial, não sensibiliza a Europa e nem contribui, sequer, para uma preparação atempada desse processo. Limita-se a gerar desconfiança nos investidores estrangeiros, fazer subir as taxas de juro e dificultar, objectivamente, a situação do país (em teoria, claro: na prática, parece que os mercados reagiram com alguma indiferença ao manifesto). Nestas coisas, o simples acto de publicar o manifesto não é neutro: ele acarreta, em si mesmo, consequências**.

* O caso argentino é interessante, não só pelas conclusões que permite retirar dos efeitos de um default mas também por aquilo que sugere em relação ao abandono de um regime de câmbios fixos. Para uma perspectiva optimista de uma eventual saída do euro sugiro The argentine success story and its implications.

** Parece haver uma dificuldade gritante por parte de muitos observadores em perceber o papel que a credibilidade tem numa situação de negociação em situação de incerteza. Grande parte das críticas à actuação do antigo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, resulta do facto de não se perceber que as concessões são como os aumentos salariais: não se exigem com ameaças, conquistam-se com trabalho.


14 Mar 00:38

Brian: Losing 365 Pounds & Getting My Life Back

by Brian Flemming

My Story

As of August 2012, I was at the heaviest I’d ever been—625lbs. I was an alcoholic (drank around a fifth of vodka mixed with a liter of pop every night) and was addicted to fast food. I am 6’2″ and was still able to walk around (with a good deal of difficulty). My parents had no idea how bad it had gotten because I kept it a secret. I was dealing with depression as well and ended up dropping out of college. I have had a recurring cellulitis infection in my legs and was also borderline diabetic. I also had very high blood pressure that was not being controlled at all.

My typical fast food meal was a double cheese burger with a large pop and large fries. That usually wasn’t enough, so I would have chicken nuggets with it as well. I also ate Arby’s frequently. Large roast beef sandwich, large curly fries and drink, and a side of mozzarella sticks. I ate fast food every day. I look back now and estimate that I was consuming around 4000 to 5000 calories per day.

My 365 Pound Weight Loss Story

I also sat around all day playing video games. I typically played for four to five hours per day along with watching TV. It seemed to be a good distraction to pass the time between meals and drinking binges. Sometime around August of that year, I began playing Draw Something on my tablet. I picked a random match with a woman named Jackie who lived in London, England. We got along quite well despite my depression and frequent mood changes due to alcoholism. I was immediately attracted to her. In October 2012, my mother had to have her left leg partially amputated below the knee. It turns out that she had infections in her legs that weren’t healing properly due to poor blood flow and she was not taking care of them. She had let it go to the point where it was inoperable and had to be amputated. I, of course, used this as an excuse to drink more and sink deeper into my depression. I knew that I was going down the same road as my mother.

My 365lb Weight Loss Story

By this point, Jackie and I had grown to be very good friends. I was expecting sympathy from her, but what I got surprised me. She was angry with me. She told me that I was wasting my life and that I should be ashamed that I was throwing it away when there are so many people out there who are fighting to stay alive. Jackie has myotonic muscular dystrophy and has to stay very healthy in order to keep her symptoms in check. She seemed to be losing patience with me, and I was afraid I was going to lose her. Soon after that, I decided to quit drinking. I quit cold-turkey. It was quite difficult for me, and I did suffer withdrawals for the first few days. I ran through the full gamut of emotions during this period. I felt self pity mostly, some desperation, and also anger. I was angry at the world. I was angry at the way my life turned out. I was angry that I never did anything about it. I was also angry that I was 30 years old and had basically wasted a decade of my life.

Starting to Lose Weight

After a few weeks, I started feeling better. After a month or so, I began to feel changes in my body, it seemed like I was beginning to lose weight. I had no idea how much weight I was losing as there were no scales that could weigh me. The only time I had weighed myself at my heaviest was when I was in the hospital with a cellulitis infection. They had to bring a special scale in for me. In December of that year, I decided to buy a scale (one of the only ones that I could find that measured above 500lbs). I was 525lbs when I weighed myself. 100lbs had somehow evaporated off of me. This was enough to get me hooked.

 I was 525lbs when I weighed myself. 100lbs had somehow evaporated off of me. This was enough to get me hooked.

I started a daily exercise routine in which I woke up five minutes early every day and ran in place at home. I did this every morning without exception. I found that I was becoming addicted to exercise. I gradually added minutes to my routine until soon I was running in place for an entire hour. I also incorporated “half-jumping jacks,” in which I would lunge to one side and raise my arms, then lunge to the other side and repeat. These exercises were good for me because I had a lot of anxiety about going out in public. Jackie had once told me that I would take to exercise ‘like a fish to water.’ She was absolutely right.

The endorphins I got from exercising were addictive. They made me feel alive for the first time in years! [tweet this]

I eventually worked up the nerve to start walking outside. This was a huge step for me. I had to get over the anxiety of worrying about what people thought of me as they saw me walk by. I started walking around my subdivision, only to the end of the street at first. I found that walking on pavement was a bit harder on my knees than jogging on carpet at home. It was a bit painful at first, but I just took it easy at first.

A week later, I completed my first mile. The snowball was now rolling downhill and couldn’t be stopped. I was making progress and feeling results. Other parts of my life were progressing as well—I landed a full-time job.

I soon found myself waking up at 5AM to go for walks before work. I started using RunKeeper to track my progress.  The walks got longer and longer until I was walking five to seven miles every morning and was waking up as early as 3AM. It had turned into a bit of an obsession, but I could think of worse things to be obsessed with. At this point I had become comfortable with pushing myself. I was also walking laps around my office before work every day. At first, my coworkers somewhat ridiculed me, but I just kept at it. I started setting goals, eventually working up to walking seven, eight, then 10 miles.

My 365lb Weight Loss Story

On July 28, 2013, I walked my first half-marathon. It was a Saturday morning and I woke up at 5AM (sleeping in for me!). It took me just over four hours to complete, but I did it without stopping. I mapped out my route and made sure that my furthest point was about five miles from the start, so I knew that when I hit that halfway point, I would have to walk back! I was in a good deal of pain, but it didn’t matter to me. It was a milestone, and I was determined to hit it. I had Jackie on my phone through Skype to help push me through some of the difficult parts. She was always a huge support to me. Shortly after that, I decided to dust off my father’s old mountain bike and go for a ride. I was around 400lbs at this point. Again, I had to deal with the anxiety of riding in public. I was afraid that everyone would be staring at me. I dealt with this by cycling early in the morning until I was comfortable enough to do it during the day. It seemed that I had developed a new addiction—cycling!

The best part about cycling was that I was able to incorporate it into my daily commute to work. It is a 22 mile commute, so what I did was drive half way, then cycle in 11 miles each way. I did this every day with the exception of rainy days (though sometimes I got caught in the rain anyways!). Eventually, I got to the point where every Friday, I cycled the entire distance—44 miles round trip.

Ready to Try Running

By the time I got down to around 300lbs, I felt that I was ready to try running. I knew that eventually I wanted to run a 5k, and that I had to do some kind of training program to get to that goal. I decided to try an interval training app on my phone. It seemed to work very well for me. It was a nine-week program that I had to condense down to six weeks (I had signed up for a 5k—the Detroit Turkey Trot). In the middle of this, I had a bit of a setback—I came down with a cellulitis infection and was hospitalized for three days on I.V. antibiotics. I struggled a bit with this more mentally than physically. I felt the self-pitying side coming back.

After all of this progress, I let a cellulitis infection make me feel defeated. Once I got out of the hospital, I realized that I had to make up for the lost time, so I was even more driven to reach my goal in time. By the time the 5k happened, I was down to 280lbs and was running at 14 minutes per mile (not very fast, but at least I could run the entire 5k without stopping). Now I am at 11 minutes per mile and am striving to get under 10! I have in recent months had to purchase a gym membership because the weather has been especially bad this year. I generally despise treadmills, they give me motion sickness, so my running has been put on hold until it gets a bit warmer out! I like using the elliptical machines and static bikes for cardio.

2013-12-28 17.19.12

In December, I finally ended up going to London to meet Jackie. I spent two weeks over there with a trip to Paris as well. I loved every minute of it. Jackie is the best thing that’s ever happened to me. I feel that she saved my life, even though she would never take credit!  We even climbed the Eiffel Tower.  I can check that off of my bucket list!

Today, I am down to 260lbs. I went to see a plastic surgeon this past Monday. It turns out that I have a hernia near my belly button. They say that insurance will cover skin removal just on the front of my stomach as well as fix the hernia. They will remove around 30lbs of skin. I haven’t scheduled the operation yet, but I’m sure it will be sometime this year. I’m also planning a return trip to London sometime this year!

I also need to cover some of my diet during these past 15 months. In addition to cutting out alcohol, I cut out all processed sugar. I then cut out red meat as well. The first six months or so, I did use the MyFitnessPal app to count calories. I limited myself to 1400 calories per day for a long time. It was difficult at first, but it taught me to choose foods that were low in calories, but filled me up. I ate chicken breasts and rice quite frequently. I also had a few choice restaurants that I ate at when I was busy and on the go. For breakfast, I typically had sodium free turkey breast meat (yes processed, but cheap and convenient), a cup of special K (dry), a bowl of non-fat greek yoghurt (with splenda to sweeten it), and a glass of low sodium V-8. I ate this for breakfast daily for a long time. I also started taking a multi-vitamin and fish oil daily.

My 365lb Weight Loss Story

The Best Year of My Life

My depression has pretty much subsided. I did end up seeing a therapist once a week, and that was a big help. I still see him to this day. I am actually planning to go back to school for psychology. I would like to be a therapist myself—specializing in weight loss, depression and anxiety.

As far as eating habits go now, I don’t count calories anymore. I tend to know now what I can eat daily within reason. I owe a big part of this to Jackie. I’ve adopted her mentality for eating—it’s all about portion control. Our portions in America are quite larger than what people eat in European countries. We tend to overeat frequently, and that is what is contributing to our problems with obesity.

I now eat sugar occasionally, and always in moderation (though sometimes I cut loose and overdo it—a good topic to discuss with my therapist!). My current goal is to run a full marathon. I plan to run in the Ann Arbor Marathon in May (albeit a 5k, but will eventually work up to a full marathon). I also plan to return to Cedar Point this year. I haven’t been able to fit on the rides in 14 years!

My 365lb Weight Loss Story

This has been the best year of my life. For once, things are looking up. I used to tell Jackie about how all of this feels like a dream and that it never actually happened. She just says that this is me living my life now and that I need to get used to it!

I sometimes look in the mirror and don’t recognize the guy I see. It has all been a bit overwhelming (in a good way!).

Life is good, and I look forward to living it for much longer now. I wish you all the best of luck with your health and hope you find the strength to make it happen!

10 Mar 16:30

“A proposta do Pedro Magalhães”

by Pedro Magalhães
POliveira

Por uma democracia mais democrática!

Uma pessoa fica sempre surpreendida por ir parar ao título de um artigo de jornal, mesmo que online. Mas não escrevo este post para assinalar isso. O título “proposta de Pedro Magalhães” pode fazer pensar que há uma “proposta” elaborada, que de facto não existe: foram apenas umas declarações feitas a Henrique Monteiro, de resto num processo bastante confuso, e que podem causar equívocos. E para evitar esses equívocos, queria já agora explicar-me um bocadinho, no pouco tempo que tenho disponível hoje.

A primeira coisa que queria assinalar é que, como se pode ler num artigo de Paulo Trigo Pereira e Joao Andrade e Silva, Portugal é uma das democracias consolidadas onde os eleitores têm menor liberdade de escolha enquanto votam, ou seja: é um sistema onde os eleitores têm apenas tantas opções como o nº de partidos (já que não podem exprimir preferências por deputados numa lista fechada) e onde podem exprimir apenas a sua primeira preferência. Trigo Pereira e Andrade e Silva adicionam uma terceira dimensão deste conceito de “liberdade de escolha”, a informação sobre os candidatos, que presumem ser uma função da dimensão dos círculos eleitorais (quanto maiores, menos informação). Quando combinamos estes indicadores, só na Holanda e em Israel existe menos liberdade de escolha. E se tomarmos em conta que o menu de partidos disponíveis nesses dois países é muito maior (elemento que Trigo Pereira e Andrade e Silva não consideram, por razões defensáveis para os propósitos do seu estudo, mas não inquestionáveis), então acho que se pode inclusivamente defender que o sistema português, na sua combinação sistema de partidos/sistema eleitoral, é porventura o sistema nas democracias consolidadas que menos liberdade de escolha dá aos eleitores.

A segunda coisa que queria dizer é que esta falta de liberdade de escolha vem sendo discutida há muitos anos em Portugal e é, pelos vistos, vista como um problema. Chamo a atenção, por exemplo, para um livro de Nuno Sampaio (de uma dissertação que orientei) intitulado O sistema eleitoral português: crónica de uma reforma adiada, que aborda muitas das propostas apresentadas até à altura e muitas das soluções avançadas e, como sabemos, nunca concretizadas. Já foram feitas outras propostas depois disto, entre as quais assinalo especialmente as contidas num livro de André Freire, Diogo Moreira e Manuel Meirinho, Para uma melhoria da representação política. Elas incluem sistemas mistos tipo alemão ou variações no mesmo género (em que os eleitores têm dois votos, um em deputados num círculo uninominal e outro em partidos num círculo regional, com o 2º a determinar a alocação de assentos por partido) ou, no caso das propostas de Freire, Moreira e Meirinho, 2 votos, um num círculo nacional (com listas fechadas e bloqueadas) e outro em círculos regionais pequenos (6 a 10 assentos) onde os eleitores exprimiriam preferências pelos deputados.

Então, qual é a (que nem modesta chega a ser) “proposta do Pedro Magalhães”, se é que lhe podemos chamar isso? Se a incapacidade de exprimir preferências por deputados é um problema, deveríamos encontrar uma solução que fosse o mais simples e compreensível que nos fosse possível, e que introduzisse o menor número de mudanças possíveis no sistema. A Finlândia é um bom exemplo. Como se vota na Finlândia?

1.Há 14 círculos eleitorais (+ 1 uninominal em Åland). Nós temos 20 círculos, mais os 2 especiais Europa e Fora da Europa.
2. Magnitude dos círculos oscila entre 6 e 33, e resultam, tal como no nosso caso, das províncias administrativas tradicionais. Nós oscilamos entre 2 e 47.
3. Elegem 200 deputados. Nós 230.
4. As listas de candidatos por partidos são apresentadas em posters, nos media, nos locais de voto e até na própria mesa de voto (foto retirada da Wikipedia).

5. Em cada lista partidária, os nomes dos deputados são colocados por ordem alfabética. Cada um só pode concorrer num círculo e é identificado por um número (desculpem a má qualidade da imagem):
finland ballot
6. Os eleitores escolhem um deputado, ou seja, um número. Assim (imagem da Wikipedia):

7. Somam-se os votos obtidos por todos os deputados por partido. Cada partido fica com um x número de votos, que são depois usados para distribuir assentos parlamentares, usando da média mais alta D’Hondt, tal como nós.
8. Contudo, ao contrário do que sucede entre nós, que deputados são eleitos por partido depende não da ordem predeterminada na lista mas sim do número de votos que cada deputado recebe. Fim.

Por que razão gosto deste sistema? Se a liberdade de escolha, em particular de exprimir preferências por um deputado é um problema, não consigo imaginar uma modificação mais simples no nosso sistema para lidar com o problema. E por que razão gosto de mudanças minimalistas? Porque importa que os eleitores percebam o novo sistema facilmente, e porque importa retirar aos partidos todas as oportunidades que pudessem ter para manipular o sistema em seu favor, nomeadamente através do redesenho dos círculos. Só isso.

Agora, algumas considerações finais:

1. Notem que venho escrevendo “se a falta de liberdade de escolha é um problema”. Eu não sou agnóstico sobre isto e acho que é mesmo um problema e começa a ser algo anómalo em Portugal na comparação com outras democracias. Mas também não descarto que esta mudança pudesse ter algumas consequências que muitos achariam negativas, na coesão dos partidos no parlamento, na relação entre os partidos a nível central e nível local, no financiamento das campanhas, etc. Mas o que vos queria dizer é que as pessoas que juram a pés juntos que as consequências iriam ser assim ou assado não sabem se seria assim, apenas supõem. Apesar de haver milhões de coisas escritas sobre sistemas eleitorais, apesar de se saber bem como funciona a Finlândia (bem), e apesar de haver estudos sobre as consequências de variados aspectos do sistema eleitoral, todos esses estudos são insuficientes para fazer previsões sobre as consequências disto num único caso, Portugal. Aqui só há uma certeza: uma mudança destas aumentaria a liberdade de escolha dos eleitores. Eu acho que essa falta de liberdade é um problema suficientemente grande para que essa certeza me faça gostar da ideia.

2. Não tenho ilusões de que uma mudança destas resolveria “os problemas da democracia portuguesa”, seja lá o muito que isso queira dizer

3. Há algo importante a montante deste processo na Finlândia, a forma como os deputados são seleccionados para estar na lista: em primárias partidárias locais.

4. Quem defende que o voto preferencial deveria ter lugar em círculos mais pequenos que os de, digamos, 33 (máximo) na Finlândia ou 47 (máximo) em Portugal acha que “só pode ser aplicado em pequenos círculos: para os eleitores terem capacidade de processar informação sobre os candidatos em disputa e para que a medida seja logisticamente exequível“. A parte do “logisticamente exequível”, se conseguirmos ficar satisfeitos como a possibilidade de exprimir apenas uma 1ª preferência (e já não é mau), é desmentida pela Finlândia. No resto, o argumento de fundo parece-me um bom argumento, que de resto faz parte do próprio conceito de liberdade de escolha que Trigo Pereira e Andrade e Silva elaboram. Contudo, a meu ver, dar aos partidos a possibilidade de modificar o desenho dos círculos herdados da divisão em distritos seria algo tão nocivo e contencioso que a relação custo-benefício me parece cair em favor de os deixar ficar como estão e aplicar uma reforma o mais minimalista possível.

30 Oct 20:28

Palavras para quê?

by Leocardo
POliveira

Bem me parecia...

03 Aug 22:20

The New Old Reader

POliveira

Begins a new chapter in The Old Reader's life!

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We’re pleased to announce that The Old Reader will officially remain open to the public! The application now has a bigger team, significantly more resources, and a new corporate entity in the United States. We’re incredibly excited to be a part of this great web application and would like to share some details about its future as well as thank you for remaining loyal users. We’re big fans and users of The Old Reader and look forward to helping it grow and improve for years to come.

First off we want to say that it’s rare to have an application that inspires as much passion as The Old Reader has as of late. We think that’s a sign of greatness and all credit for that goes to the wonderful team that has been running the show including Dmitry and Elena. We’ve gotten to know them pretty well this past week and they are smart, honest, and passionate people. We’re happy to announce that they are still a part of the team and we hope they will be for a long time to come.  The new team will be managing the project and adding to the engineering, communications, and system administration functions.

So now for the future. The Old Reader is going to retain all of its functionality and remain open to the public. Not only that, we’re going to do everything in our power to grow the user base which will only accentuate the things that make this application special. To facilitate these improvements, we’re going to be transitioning The Old Reader to a top tier hosting facility in the United States this coming week. It’s going to require some downtime and for that we sincerely apologize, but it’s also going to mean A LOT more servers, 10x faster networks, and long-term stability. We realize that doesn’t make the downtime easy but rest assured that things are looking up.

Over the coming weeks we’ll talk more about the new team of The Old Reader. We’re looking forward to introducing ourselves and making significant improvements to this incredible application. Thanks for reading and thanks for using The Old Reader!

17 Jun 22:28

A Duolingo Proposal

A few weeks ago we got a very sweet email:

Dear Duolingo Team,

I am Italian and my American girlfriend Kate is in love with Duolingo… she’s learning my own language and she enjoys it so much that I’m wondering if I could ask you to set up an exercise for her that would lead to the big question:

"Will you marry Flavio Esposito?"

She would die if she saw this! Thanks so much for your time and consideration ;)

Best regards,
Flavio

Who could resist that? Excited to help, we worked with Flavio to come up with a special love lesson that Kate would see the next time she logged in:

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And then came the big question:

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Would she say yes??? We weren’t sure, so if the answer was “no” we were prepared with our crying mascot:

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It was a suspenseful weekend for us (although not as much as for Flavio!), but she said YES!!!

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Congratulations Flavio and Kate! We’re honored to have been part of this special moment.

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11 Jun 16:10

How green is the Internet?

by Emily Wood
More than ever, people are using the Internet to shop, read, listen to music and learn. And businesses rely on Internet-based tools to operate and deliver their services efficiently. The Internet has created all kinds of new opportunities for society and the economy—but what does it mean for the environment?

We’ve been working to answer that question and enlisted the help of Lawrence Berkeley National Laboratory (Berkeley Lab) to gather more data. Their study (PDF), released today, shows that migrating all U.S. office workers to the cloud could save up to 87 percent of IT energy use—about 23 billion kilowatt-hours of electricity annually, or enough to power the city of Los Angeles for a year. The savings are associated with shifting people in the workforce to Internet-based applications like email, word processing and customer relationship software.


These results indicate that the Internet offers huge potential for energy savings. We’re especially excited that Berkeley Lab has made its model publicly available so other researchers and experts can plug in their own assumptions and help refine and improve the results.

Of course, understanding the impact of shifting office applications to the cloud is only part of the story, which is why last week we hosted a summit called “How Green is the Internet?” to explore these questions in greater detail. At the summit, experts presented data on how the growth of Internet infrastructure, including devices like phones and tablets, can impact the environment. We also saw great excitement about the potential for entirely new Internet-enabled tools in areas like transportation, e-commerce and digital content to deliver huge energy and carbon savings. We’ve posted the videos from those sessions and invite you to take a look.



One of our goals in hosting the summit and supporting the Berkeley Lab study was to identify and encourage new research on this topic. We’ll continue to work to answer some of these questions, and we hope others will too.

Posted by Michael Terrell, Senior Policy Counsel, Energy & Sustainability
10 Jun 16:32

E Porque Hoje é Sexta…

by Vítor M.
POliveira

Weekend!

E porque hoje é sexta, cá temos a mais popular rubrica divertida da Internet em língua portuguesa. [...] [01][02][03][04][05][06][07][08][09][10][11][12] [13][14][15][16][17][18][19][20][21][22][23][24] [25][26][27][28][29][30][31][32][33][34][35][36]   Danos a terceiros   O Preço do Sucesso   Uma vida passada   Conto de fadas para homens!   Relógio de Cucaralh…   Pena pesada « página anterior pág. 1/6 página seguinte »
22 May 00:07

Aluno do IST é “melhor aluno europeu”

by Valores Próprios
POliveira

Parabéns!

Xavier Sande Lemos Azcue é o nome do aluno do Instituto Superior Técnico que venceu, juntamente com três colegas da Universidade do Porto, o prémio internacional de melhor aluno do ano, na área da Engenharia Industrial e Gestão.

O título foi conquistado no concurso Tournament in Management and Engineering Skills (TIMES), que se realizou em Munique, onde as competências dos estudantes foram postas à prova.

A equipa formada por Henrique Cruz, João Cunha e Nuno Carneiro (da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e por Xavier Sande Lemos Azcue, aluno de mestrado em Engenharia e Gestão Industrial no IST, foi a primeira a conquistar o “European IEM Students of the Year”.

“Foi a primeira vez que este título veio para Portugal e obviamente isso é um orgulho imenso para nós ao podermos divulgar o nome dos nossos cursos e do nosso país desta forma. Preparámos intensivamente a Final de Munique e correu-nos tudo muito bem”, afirmaram os estudantes.

Todos os anos, estão presentes na competição mais de 250 equipas vindas de toda a Europa e este ano participaram “seis equipas de faculdades europeias de topo”, segundo a Universidade do Porto: Berlim, Eidhoven, Kaiserslautern, Helsínquia, Belgrado e Gotemburgo.

15 May 13:34

Lisboa no topo das preferências dos estudantes europeus

O Curso de Verão com mais candidatos de toda a Europa, pelo terceiro ano consecutivo, vai ser organizado pelo BEST Lisboa! «Want it, Dream it, Create it - You can do it!» serve de mote para as temáticas que serão abordadas no curso que mais estudantes atraiu por toda a Europa, tendo-se registado um total de 584 candidaturas, o maior número alguma vez alcançado em 24 anos de existência do BEST Lisboa.
14 May 10:45

Quem diz a verdade...

by Leocardo
POliveira

Esquemas de corrupção em Portugal



Paulo Morais foi o convidado de Zé Pedro Vasconcelos no Cinco para a meia-noite da última terça-feira. Paulo Morais é professor universitário de Matemática e Estatística na Universidade de Porto, foi vereador para o Urbanismo na Câmara da Invicta e é vice-presidente da Associação de Integridade e Transparência, uma espécie de CCAC de Portugal, mas sem os mesmos poderes. Confesso que não conhecia o senhor, mas gostei de o ouvir. Morais explicou que a actual crise não se deve tanto ao despesismo dos portugueses ou à improdutividade, mas à corrupção e aos compadrios que existem entre os governantes. O professor, com uma calma surpreendente, apresentou números, deu exemplos e até se referiu a casos concretos e nomes, chegando a divertir o apresentador, que o desafiava a denunciar mais casos de corrupção, incompetência ou gestão danosa. Educado, cordato e bem-falante, Paulo Morais conquistou a simpatia do público na assistência e em casa. Alguns telespectadores mandavam mensagens através do Facebook onde apelavam a Morais que "fosse para o Governo". Vale a pena gastar pouco mais de vinte minutos e ver a entrevista completa.