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25 Mar 12:52

Os coletores de mel do Nepal

by Janara Lopes

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Duas vezes por ano, membros da tribo Gurung no Nepal, escalam alturas inimagináveis para coletar mel.

O fotógrafo britânico Andrew Newey registrou essa missão complicada: os aldeões escalam penhascos íngremes e se penduram em escadas a dezenas metros do solo. E depois de coletar o mel ainda tem que lidar com as picadas de abelhas.

Veja as fotos:

 

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24 Mar 16:59

Another important message from @DanWilbur

24 Mar 15:57

Por que instalar um aeródromo em Parelheiros é um erro

by raquelrolnik

Manifesto
Por que é errado instalar um aeródromo em Parelheiros, área de produção de água da cidade de São Paulo

Introdução
Pesquisadores, doutores ou titulares, especialistas reconhecidos em diversas universidades brasileiras vêm a público manifestar seu desacordo com o projeto de instalação de um Aeroporto na região de Parelheiros, ao sul do Município de São Paulo, devido a estar a iniciativa em total conflito com a legislação municipal, estadual e federal, conforme exposto a seguir.

O uso proposto é incompatível com o zoneamento municipal, com diversas leis estaduais de proteção ambiental e de mananciais e com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei Federal 9985/2000).

O projeto de implantação de um aeródromo em Parelheiros para atender jatos executivos e companhias de táxi aéreo, denominado de Aeródromo Rodoanel, se aprovado, seria instalado em uma área de aproximadamente 100 hectares, localizada às margens da represa Guarapiranga, mais precisamente em um espaço contíguo à Várzea do Rio Embu-Guaçu e ao Parque Ecológico da Várzea do Embu-Guaçu, principal tributário dessa Represa, que abastece 3,7 milhões de pessoas das zonas Sul e Sudoeste da capital (conforme a Sabesp).

Chama a atenção o fato de o projeto não possuir sustentação legal e sua eventual aprovação implicaria afrontar as leis e normas que regem o uso do solo urbano no município de São Paulo, posto que a região, conforme o artigo 167 da Lei Municipal 13.430/2002 e artigo 109 da Lei Municipal 13.885/2004, que institui os Planos Regionais Estratégicos das Subprefeituras e disciplina o parcelamento, o uso e a ocupação do solo do Município de São Paulo, é considerada uma Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM) e Zona de Proteção e Desenvolvimento Sustentável (ZPDS), não compatível com a implantação de uma infraestrutura aeroportuária.

A aprovação prévia pela Secretaria Nacional de Aviação Civil, em 26.07.2013, se refere meramente ao espaço aéreo, enquanto que a localização do empreendimento deve ser compreendida no contexto dos interesses do município conforme estabelecido no seu Plano Diretor.

Frisa-se que, de acordo com os artigos 30 e 182 da Constituição Federal, é competência municipal legislar sobre a política de desenvolvimento urbano, por meio de Plano Diretor Municipal e leis de uso e ocupação do solo.

Apesar da negativa da Licença de Instalação por parte da Prefeitura de São Paulo em 31.07.2013, reiterada em 18.12.2013, justamente porque o projeto não é compatível com a legislação em vigor, e de duas negativas do Tribunal de Justiça em fevereiro de 2014, conforme divulgado na imprensa, os empreendedores insistem na aprovação do empreendimento.

Mas, além de não ser viável perante a legislação municipal, o projeto do Aeródromo Rodoanel, proposto pela empresa Harpia Logística Ltda., também infringe normas estaduais e nacionais.

1- O empreendimento foi planejado para uma área caracterizada como Zona de Amortecimento de importantes Unidades de Conservação de Proteção Integral, conforme o que dispõe a Lei Federal nº 9.985/2000 que disciplina o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). A obra pretendida afetaria diretamente a Zona de Amortecimento (ZA) das seguintes Unidades de Conservação (UCs): Parque Natural Municipal do Jaceguava, Parque Natural Municipal do Itaim, por estar a menos de três quilômetros de distância dos limites destas UCs. Além disso, também se encontra na ZA do Parque Natural Municipal da Cratera da Colônia. Indiretamente, o empreendimento impactaria também as seguintes UCs: Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Curucutu, Parque Natural Municipal da Varginha, Parque Natural Municipal do Bororé, Área de Proteção Ambiental (APA) Capivari-Monos e ApaBororé-Colônia.

2- O projeto está em desacordo com a Lei Federal nº 12.651/12 no que se refere às Áreas de Preservação Permanentes (APPs), pois prevê edificações sobre nascentes (existem 15 no local, segundo dados constantes na Carta Topográfica da Emplasa). Também fere a Lei Federal nº 6.766/79, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano por ocupar essas áreas onde é proibido urbanizar (art.3º). E fere o artigo 197, inciso II da Constituição Estadual que protege as matas ciliares.

Como se não bastasse, transgride a Lei Estadual nº 12.233/06 (Lei Específica da Guarapiranga), que define a Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais do Guarapiranga (APRM-G), e é manifestadamente incompatível com as chamadas Subáreas de Ocupação Diferenciada, que se destinam ao uso da agricultura orgânica, cultura, lazer, turismo, educação e valorização cênica e paisagística.

3- O imóvel em que se pretende instalar o projeto localiza-se em uma Região pertencente ao Bioma Mata Atlântica, sendo que a maior parte da área a ser ocupada pelo empreendimento é formada por vegetação secundária em fase de regeneração.

A vegetação arbórea existente no local é classificada, em grande parte, como Vegetação de Preservação Permanente (VPP) conforme Lei Municipal nº 10.365/87, que se refere à vegetação arbórea quando constituir bosque ou floresta heterogênea que forme mancha contínua superior a 10.000 m².  Enquadra-se ainda nessa categoria a vegetação arbórea na faixa de 20 metros de cursos d’água, bem como de nascentes, minas ou olhos d’água.

Já a Constituição Federal no artigo 224, parágrafo 4º, confere à Mata Atlântica a categoria de Patrimônio Nacional.

E o Artigo 196 da Constituição Estadual considera este Bioma como espaços territoriais especialmente protegidos e no Artigo 197 inciso III define como áreas de proteção permanente os locais que abrigam raros exemplares de fauna e flora.

A área pretendida para a implantação do Aeródromo Rodoanel integra a Zona de Amortecimento e Conectividade da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, que detém desde 1991 o título de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, concedido pela UNESCO, órgão das Nações Unidas, o que lhe confere uma grande importância e reconhecimento internacional.

4- No local há diversificada riqueza de fauna e ocorrência de espécies incluídas como ameaçadas de extinção nas listas nacional e estadual, dentre elas destacam-se animais como jaguatirica, bugio e cuíca-de-três-listras. Estes dados constam inclusive dos levantamentos elaborados pela empresa contratada pelo empreendedor para fazer os estudos prévios das restrições legais e ambientais ao projeto, que apontam a existência de 2.273 árvores por hectare e registram que na Área de Influência Direta do empreendimento há 193 diferentes espécies arbóreas, 111 espécies de aves, 26 espécies de mamíferos, 20 de répteis e mais de 30 de anfíbios.

5 – Apesar de todos esses motivos, os proponentes do projeto acreditam que uma possível alteração de legislação municipal autorizará a construção. Demonstram, assim, absoluto desdém com a cidade e o seu ordenamento jurídico e exercem todo o seu poder de pressão para fazer valer os seus interesses em detrimento dos interesses da maioria da população. No entanto, os impedimentos jurídicos relativos à proteção ambiental extrapolam a esfera municipal, por se tratar de uma área estratégica e de importância regional.

A cidade de São Paulo historicamente esteve submetida a este tipo de pressão e o resultado deste jogo nós todos conhecemos: subordinação do interesse público aos interesses de alguns.

O projeto geraria impactos socioambientais irreversíveis

Um empreendimento como este provocaria profundas alterações e impactos negativos na região, muitos deles irreversíveis.

1- Além de todas as especificidades ambientais pontuadas acima, a região de Parelheiros é a que apresenta os dados de maior vulnerabilidade socioeconômica do município.

Um dos impactos previsíveis, a exemplo de outras obras, é que esse empreendimento desencadearia um processo de valorização imobiliária, seguido de processos de especulação com o preço da terra de seu entorno, resultando na expulsão da população pobre que hoje ocupa as proximidades. Esta população fatalmente se deslocaria para áreas mais distantes e mais frágeis do ponto de vista ambiental e exigiria novos e mais expressivos investimentos públicos em infraestrutura urbana e em programas de mitigação dos efeitos desta ocupação sobre os mananciais. Ou seja, espraiaria a mancha urbana.

Além disso, é uma infraestrutura que demanda novos investimentos e atrai novos usos.

2- A infraestrutura aeroportuária causará uma desarticulação do modo de vida local, rico em aspectos históricos e culturais com inegável aptidão rural, que resiste às pressões do crescimento urbano nessa região. Isso vai na contramão de um processo de revitalização de remanescentes de áreas agrícolas por meio do estímulo à produção orgânica e um promissor polo de desenvolvimento de turismo voltado à proteção ambiental e geração de renda para a população local, com diversos projetos custeados pelo poder público, como aqueles apoiados pelos editais do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA), desde 2008.

3- O projeto prevê uma ligação com o trecho Sul do Rodoanel, rodovia licenciada como classe zero, justamente para não induzir a ocupação urbana. Tal ligação exigiria um novo processo de licenciamento e se aprovada representaria um grande eixo indutor de ocupação, com reflexos não apenas para a Zona Sul, mas também para as demais regiões da cidade por onde o Rodoanel passa e por onde poderiam ser abertos acessos como este. Ademais, a pretendida ligação necessariamente cortaria Unidades de Conservação Municipal já implantadas.

4- Tais impactos não são contabilizados frente aos expressivos investimentos públicos, das três esferas de governo, que há três décadas são realizados para recuperar os mananciais hídricos abalados pela ocupação urbana, o chamado Programa Mananciais. Projetos com impactos negativos irreversíveis são propostos desarticuladamente e desrespeitando políticas de gestão de recursos hídricos. Estamos vivendo uma crise de abastecimento de água que não se limita à falta de chuvas nos reservatórios, mas a uma falta de gestão e priorização de áreas que precisam ser protegidas para que se mantenham como mananciais, exercendo funções ambientais.

5- Os mananciais de abastecimento público de água da Região Metropolitana foram e são destruídos por um perverso processo de ocupação predatória e ilegal que, de um lado, revela a incapacidade de as políticas públicas responderem à histórica demanda por moradia e, de outro, resulta da desenfreada especulação e da ganância de alguns grupos que historicamente se serviram da cidade para atender aos seus interesses particulares. Admitir um projeto como este seria ignorar a escassez de água e permitir o avanço do desmatamento e o comprometimento irreversível do sistema Guarapiranga que responde por 30% da água consumida pela cidade.

Este sistema tão ameaçado ainda contribui para amenizar a atual crise hídrica na RMSP, fornecendo água para áreas que são normalmente abastecidas pelo sistema Cantareira, mas que se encontram no limite do sistema Guarapiranga.

Além disso, o projeto do aeródromo em Parelheiros compromete uma das mais importantes redes hídricas subterrâneas do município, sua implantação exigiria a busca de novas fontes de água a distâncias cada vez mais longas encarecendo o sistema de captação, tratamento e distribuição, penalizando todo o conjunto da cidade em benefício de poucos. Algo impensável, sobretudo, se levarmos em conta que iniciamos o ano de 2014 com uma crise inédita no sistema de abastecimento de água na cidade de São Paulo e em inúmeras outras cidades do estado.

6- O terreno possui desníveis de até 50 metros e declividade superior a 30%, segundo dados da Emplasa. Portanto, é extremamente vulnerável a erosões que provocariam o assoreamento de cursos hídricos, gerando consequências no corpo d’água da própria represa.

7- O aeródromo estaria localizado em meio a importantes áreas de preservação, que são ricas em espécies da avifauna e rotas migratórias, conforme demonstrado em diversos estudos de acadêmicos e das Secretarias do Verde e Meio Ambiente e Secretaria do Estado do Meio Ambiente. Como acontece em outros aeroportos, certamente haveria risco de acidentes provocados por choques entre aeronaves e aves. Além disso, o ruído contínuo emitido pelos aviões altera o ambiente e traz impactos irreversíveis para diversas espécies de animais que utilizam a vocalização como estratégia primária de reprodução (os animais não conseguem competir com o barulho dos aviões para atrair parceiros para a reprodução), dentre eles, aves, anfíbios anuros, mamíferos e alguns insetos, como já verificado após a implantação de estradas e aeroportos em diferentes locais do mundo. Tais impactos alteram, ainda que em escala local, processos cruciais para o funcionamento dos ecossistemas, tais como dispersão de sementes, polinização e disponibilidade de alimento. Como efeitos de longo prazo, podem ocorrer o empobrecimento e degeneração dos fragmentos de vegetação nativa e ambientes existentes dentro e no entorno da área do empreendimento, e em UCs muito próximas.

A área, por estar localizada em meio a diversas unidades de conservação, possui um papel estratégico, conectando-as e servindo de corredor para a biodiversidade. Há uma conexão direta do ponto exato onde se pretende instalar o Aeroporto com o Parque Estadual da Serra do Mar, ou seja, uma ligação direta da Guarapiranga com a Serra do Mar, fundamental para a manutenção de inúmeros processos e serviços, dos quais somos completamente dependentes.

8- O intenso tráfego de aeronaves provocaria forte impacto na qualidade do ar pela alta emissão de poluentes. Além disso, o aeródromo geraria resíduos sólidos e efluentes que, mesmo se retirados, contaminariam a região por meio da chamada poluição difusa. Acrescente-se, ainda, os impactos gerados pelo aumento incalculável no trânsito de caminhões e automóveis naquela zona, já que o empreendimento prevê o atendimento de 300 mil passageiros anualmente e 100 mil pousos e decolagens.

O projeto não se justifica e se contrapõe ao desenvolvimento sustentável e socialmente justo de Parelheiros

A Região de Parelheiros possui uma grande extensão territorial de 353,50 Km2, é o maior perímetro de todas as Subprefeituras. Tem uma população de 196.360 habitantes, conforme o Censo 2010, ou seja, 6,7 habitantes por quilômetro quadrado. Trata-se de uma região de alta relevância ambiental, com predomínio de áreas rurais e vegetação nativa. Também apresenta grande grau de vulnerabilidade social e necessita, portanto, de maior atenção do poder público, que tem a oportunidade de oferecer àquela região um tipo de desenvolvimento que não reproduza a destruição socioambiental tão característica do processo de urbanização. Em outras palavras, o modelo de desenvolvimento precisa ser adequado à vocação do local, que não pode ficar refém de um projeto que se apresenta como redentor por oferecer cerca de 2 mil empregos.

É indispensável, portanto, que a Prefeitura de São Paulo lidere um processo de desenvolvimento com alternativas de trabalho e renda, potencializando iniciativas já em andamento, como o desenvolvimento do turismo, da agricultura orgânica e familiar, e estimulando outras cadeias produtivas que possuam baixo impacto socioambiental e sejam intensivas em mão de obra. Ao mesmo tempo, é mais do que necessário um plano de investimentos para dotar aquela Região de infraestrutura, principalmente nas áreas de saúde e educação.

Admitir um projeto como o do Aeródromo Rodoanel na Região de Parelheiros seria renunciar ao momento importante que estamos vivendo de revisão do atual Plano Diretor, de forma efetivamente participativa, ou seja, procurando assegurar o direito de todos os cidadãos à cidade e não o atendimento dos interesses econômicos de poucos.

Tolerar a ingerência dos proponentes do aeródromo e apoiadores para patrocinar alterações na Lei de Zoneamento e no Plano Diretor para atender aos tacanhos interesses privados seria um escândalo, mais que isso, seria negar a cidadania, e a cidade admitiria o triunfo da barbárie urbana.

Assinam esse documento:

NOME INSTITUIÇÃO/TITULAÇÃO
Erminia Maricato Profa. Titular FAUUSP
João Sette Whitaker Ferreira Prof. Livre Docente da FAUUSP
Maria Lucia Refinetti Martins Profa. Titular FAUUSP
Arlete Moysés Rodrigues Prof.Livre docente – UNICAMP
Raquel Rolnik Prof. Dra. FAUUSP
Paula Freire Santoro Profa. Dra. FAUUSP
Maria Beatriz Cruz Rufino Profa. Dra. FAUUSP
Karina Oliveira Leitão Profa. Dra. FAUUSP
Luciana Nicolau Ferrara Arquiteta e Doutora pela FAUUSP, Prof. Un. Anhanguera
Paula de Oliveira Arquiteta Urbanista e Pesquisadora Doutora do LabHab FAUUSP
Mauro Scarpinatti Economista, mestre pela PUC-SP, Prof. Universidade Nove de Julho
Leo R. Malagoli Biólogo, mestre e doutorando em Zoologia Unesp Rio Claro
Patricia  RodriguesSamora Profa. Dra USJT e Centro Universitário SENAC
Camila D’Ottaviano Profa. Dra. FAUUSP
Beatriz Kara José Arquiteta urbanista; Profa. Dra. Centro Universitario SENAC
Maria de Lourdes Zuquim Profa. Dra. FAUUSP
Laisa Eleonora MarosticaStroher Mestranda FAUUSP – Diretora do Sindicato dos Arquitetos (SASP)
Marcia M. Hirata Profa. Dra. Universidade Federal de São João Del Rei
Francisco Comaru Prof. Dr. da Universidade Federal do ABC
Tamires Almeida Lima Pesquisadora LabHab FAUUSP
Lucia Zanin Shimbo  Profa. Dra. IAU/USP
Margareth Matiko Uemura Instituto Polis
Maurilio Ribeiro Chiaretti Mestrando FAUUSP e presidente do SASP
Beatriz Bezerra Tone Doutoranda FAUUSP e prof. da Universidade São Judas Tadeu
Vagner Cavarzere Jr Mestre e doutorando em Zoologia USP
Dulcinéia de Fátima Ferreira Pereira Profa. Dra. Dpto. Educação  UFSCar
Janes Jorge Prof. Dr. Dptº. Pós Graduação História UNIFESP
Rubens Harry Born Doutor em Saúde Pública, membro Fórum Brasileiro de Mudança de Clima
Eduardo A. C. Nobre  Prof. Dr. da FAUUSP
Maria Lucia Ramos Bellenzani Engenheira Agrônoma, Mestre em Ciência Ambiental
Giselle Megumi Martino Tanaka Arquiteta e Urbanista, doutoranda IPPUR UFRJ
Licio Gonzaga Lobo Junior Arquiteto e Urbanista, Mestre pela UFABC, diretor do SASP
Renata da Rocha Gonçalves Arquiteta Urbanista pela FAUUSP, mestre em Administração Pública e Governo pela FGV-SP
Regina Maria d’Aquino Fonseca Gadelha Profª. Dra. Titular do Depto. Economia-FEA-PUC/SP
Marcelo Montaño Prof. Dr.  Escola de Engenharia de São Carlos/USP
Pedro Roberto Jacobi Prof. Livre Docente Faculdade de Educação e do PROCAM/IEE – USP
Norma Valencio Profa. Dra. Associada. Depto Sociologia UFSCar e Profa. Colaboradora PPG Ciências da Engenharia Ambiental USP
Paulo Henrique Martinez Prof. Dr.  Departamento de História  UNESP/Assis
Rafael Borges Pereira Arquiteto Urbanista, Mestrando FAU-USP
Marijane Vieira Lisboa Profa. Dra Dptº. Sociologia PUC SP
João Paulo Capobianco  Biólogo, ambientalista e consultor
Pedro F. Develey Biólogo, doutor em ecologia USP Diretor da SAVE Brasil
Fabio Schunck Biólogo, Pesquisador do Museu de Zoologia da USP
Ana Gabriela Akaishi Profa. FIAM-FAAM, Mestre UFABC, Diretora SASP
Ana Fani Alessandri Carlos Profa. Titular – Geografia USP
Izabel Alvarez Profa. Dra. – Geografia USP
Tatiane Marina Pinto de Godoy Profa. Dra. UF de São João Del Rei
Leandro Grazes Targa Doutorando – Ciência Política – USP-São Carlos
Glória da Anunciação Alves Profa. Dra. Geografia – USP

24 Mar 15:56

O melhor de São Paulo?

by jb

Talvez não tenha maturidade suficiente, para ter um smartphone. Sempre acabo pagando de mal educado com amigos, espionando o que acontece numa mídia social qualquer, como se isso tivesse algum senso de urgência. E, se estiver sozinho, o maldito vício faz com que perca consideravelmente a sensibilidade que a solidão exige. De maneira que até gostei de perder o aparelho celular. A qualidade de vida subiu um bocado, nesse primeiro mês sem o dito cujo. Agora só falta aprender a usar direito a máquina fotográfica que comprei, pra parar de andar com o trambolhão do iPad.

No meio do almoço do último domingo, o vício fez com que cometesse a indelicadeza de consultar o tablet, e visse o email da revista dominical da Folha de São Paulo, me convidando para participar do júri dos "melhores da cidade". Pedia pra responder até segunda, se topava participar da parada. Em caso positivo, teria até quarta pra entregar as respostas. Nove categorias, em voto de memória. Podia responder o que quiser, inclusive mentir. Quem provaria o contrário? Sem remuneração, nem reembolso, demonstrando assim uma falta de profissionalismo repugnante. Pra não falar no péssimo gosto de algumas categorias, como "bar para ir com a galera". Mas topei, apesar da tosquice. Pensei que se não fosse eu, outro toparia, e acho que os leitores do jornal tem a ganhar, com opiniões independentes.

Ao enviar email com as respostas, pontualmente no dia combinado, perguntei se a revista sairia já no próximo domingo, devido ao prazo ridículo que me deram. Responderam que sairia apenas na edição de 25 de maio, e que "os repórteres iriam se pautar nas respostas dos jurados, para escolher os vencedores".

Oi?

Mandei outro email, agradecendo o convite, mas desautorizando o uso do meu nome na revista, pois me recuso a participar desse tipo de coisa. Fui o mais educado possível, espero não ter sido grosseiro. Não lembro de ter recebido convite tão desrespeitoso. E considere que já sou homem de meia idade.

Mas, já que jornalista prefere furo e estorinha, à boa comida, como homenagem à Revista São Paulo, farei o seguinte: Divulgarei aqui as categorias do Melhor de São Paulo, que sairá apenas daqui dois meses, com os votos enviados ao jornaleco. E, sempre que ler alguma votação de melhores qualquer coisa, desconfie do método utilizado.

MELHOR BAR OU BOTECO

BOCA DE OURO

É o bar onde mais vou. Bom Negroni, belo Dry, cervejas gostosas, ótimo torresmo, luz ideal, melhor trilha sonora da cidade, balcão e bolovo. Pra completar, os próprios donos te atendem. O bar tem um funcionário só, um cozinheiro muito firmeza. Boa dica é evitar dias e horários de pico.

PETISCOS E PORÇÕES

BAR DO LUIZ FERNANDES

Considero Dona Idalina a melhor salgadeira da cidade. E o atendimento do Eduzinho é carinhoso e profissional. Só tome cuidado, pra não cair nas filiais espalhadas no meio do caminho. Bar do Luiz é só um, a matriz.

CHOPP

BREWDOG BAR

Esse foi um dos motivos, pelos quais recusei a bagaça. Não sei quem são os outros jurados, nem os repórteres. E meus votos não apareceriam, apenas meu nome. Então imagina só o mico que pagaria se, por exemplo, o Filial ganhasse nessa categoria. Ou aquele lixão atômico do Empório Alto de Pinheiros. À merda. Ou melhor, ao Brewdog, que serve o melhor chopp da cidade.

PARA IR A DOIS

JÓINHA

Sei que esse voto pode parecer esquisito, mas acho ali um puta boteco, pra levar alguém. Fica num bairro diferente, tem o carisma do Seo Leonel e, se for no sábado, o irmão dele até arrisca uma serenata, em francês, pra gata. Certamente o voto sumiria na estrutura dessa votação, e deve ganhar alguma bobagem jeca, como o Piratininga.

PARA IR COM A GALERA (!!!!)

BAR DO MARANHÃO

Esse foi o mais difícil de votar, dada a cretinice da categoria. Curiosamente esse bar só funciona, pra ir com bastante gente (me recuso a usar o termo "galera"). Se ganhar, o que duvido, é porque os jurados leram aqui.

CARTA DE CERVEJAS

ACONCHEGO CARIOCA

Chega de Frangó, né? Aquilo só merecia ganhar quando ninguém tinha parâmetro de cerveja boa.

CARTA DE DRINKS

ISOLA BAR

Não é óbvio? Não, com esse sistema de votação. Não duvido nada se der outro resultado, talvez engraçadinho. Ainda bem que retirei meu nome da bagaça.

MÚSICA AO VIVO

CASA DE FRANCISCA

Esse acho que deve ganhar mesmo, mais por demérito dos outros bares. Incrível como falta bom bar de música ao vivo, na cidade. Aliás, fechou o Teta, aquele lugar onde era impossível ver os shows.

FIM DE NOITE

PARLAPATÕES

Nessa  cidade de falsa boêmia, onde os negócios fecham cedo, esse bar resiste, indo até bem tarde, inclusive no começo da semana. Coisa rara. Quer apostar quanto, que vai dar Filial?

Quem sabe, no final do ano, não faço uma lista de preferidos desse blog, com categorias decentes? Mais fácil isso acontecer, que aprender a usar direito o raio da Nikon.
24 Mar 15:55

Saqueando Berlim

by Ricardo Lombardi

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Sugestão de leitura: o texto “Saqueando Berlim“, de Quinn Slobodian e Michelle Sterling, publicado no site da revista Serrrote. Um trecho:

“(…)

Entra em cena o hipster. Na década de 2000, o pacote berlinense de cerveja pilsen, faláfel, Airbnb e noites exaustas no famoso Berghain (descrito por uma revista de bordo como “a melhor boate do mundo”) era um grande sucesso. O número de noites passadas por turistas na cidade dobrou entre 2003 e 2011 – de 11 para 22 milhões. Começando por volta da contestada vitória de Bush em 2000 e acelerando depois da recessão de 2008, o rosto do típico visitante de Berlim mudou: de alemão para não alemão, dos suéteres largos dos acadêmicos para os cortes de cabelo em ziguezague e os moletons fluorescentes dos artistas ou, pelo menos, de “gente artística”. Enquanto os aluguéis chegavam a picos no Brooklyn e em Vancouver, Melbourne, Copenhague e Londres, Berlim ficava mais atraente. Rios de jovens com pós-graduação em literatura, arte e teoria chegavam à cidade procurando quartos em apartamentos divididos. A Craigslist virou uma central de bicicletas roubadas e quartos com móveis da Ikea em que finórios senhorios acrescentavam cem euros ao preço habitual e prometiam proximidade “ao atual distrito hipster de Neukölln, repleto de bares, galerias e artistas internacionais”.

O ciclo de retroalimentação começou quando pessoas de cenas distantes compraram a cidade por causa de sua similaridade com os lugares que tinham deixado. Tatuagens, outrora uma província exclusiva da classe operária alemã, começaram a aparecer nas mesas de calçada dos cafés; os homens passaram a usar shorts. Em 2010, californianos estavam servindo huevos rancheros de oito euros a parisienses com calças de estampa asteca, enquanto dinamarqueses vestidos em sacos negros sem forma sorviam Bionade sabor lichia. Espanhóis cozinhavam paellas enormes nas feiras de rua e britânicos empreendedores faziam arbitragem vintage, comprando vestidos sem manga de seda dos anos 1980 nos mercados de pulgas dos bairros turcos e árabes do Sul para vendê-los bem caro nos bairros hipster e turísticos do Norte. Novembro passado a New York Times Magazine publicou o relato de um australiano em Berlim que teve de ir embora porque estava simplesmente se divertindo demais para conseguir fazer qualquer coisa.

Aqueles que ficaram tiveram de arrumar trabalho, e alguns expatriados conseguiram empregos como instaladores de arte nas galerias de Mitte, ao passo que outros criaram suas próprias ocupações freelance, preparando cupcakes, ou como professores de ioga, mecânicos de bicicleta, promotores de shows e djs de iPod. Muitos subsistiram graças a bandejas de salame e Brötchen de um euro, e todos ficaram gratos pelo baixíssimo preço de pães e frios na Alemanha. Em certas ruas ficou cada vez mais raro ouvir o idioma local. As pessoas procuravam médicos que falassem inglês e dicas para lidar com a imigração no site de expatriados Toytown Germany, nome que captava a atmosfera libertadora de eterna juventude e brincadeira. Muitos julgavam ter encontrado um paraíso boêmio. (…)”.

14 Mar 13:27

Mas eu tento, eu tento (entender essa letra)

by Barbara Wagner Mastrobuono*

Existem poucas coisas das quais eu tenho certeza na vida: nunca seja mão de vaca na hora de comprar papel higiênico; Gêmeos é o melhor cavaleiro do zodíaco; e  “Modern Love” é, sem dúvida ou hesitação alguma, a melhor música do David Bowie. Escrita em 1983, fez seu debut no CD Let’s dance, com outros clássicos como a música homônima “Let’s Dance” e “China Girl”.

A canção não ficou só famosa nas rádios: também fez um belo trabalho ocupando as telas de cinema, sendo usada em cenas icônicas como a do filme de Leos Carax, Mauvis Sang, e o mais recente Frances Ha. Se você nunca viu Alex correndo pelas ruas, se contorcendo à letra de Bowie, assista ao vídeo abaixo:

Mas a questão que fica é: porque “Modern Love” seria a melhor música? É difícil tentar explicar o por quê. Afinal, de todas as músicas de Bowie, não é como se essa fosse a mais imaginativa. Não tem alienígenas ou astronautas se perdendo no espaço. Tudo que a letra oferece é um humano confuso, que não sabe como se sente em relação ao amor, mas ainda assim fica dando opinião sobre o relacionamento dos homens com Deus e a dinâmica entre homem-Deus-pontualidade-festa-deitar-na-chuva-passagem-do-tempo. Na época em que foi lançada, foi acusada de ser parecida de mais com a música “I’m still standing” de Elton John (embora eu, pessoalmente, não as ache nada parecidas). É claro que não dá para se racionalizar a escolha de uma música preferida. Cada qual com seu gosto etc. etc. Porém, recentemente, me vi obcecada por Modern Love. Ao tentar explicar porque essa música é tão boa, acabei soltando a frase: “Ela resume todas as relações de amor moderno”. Me arrependi assim que falei. O fato é: a letra dessa música não faz absolutamente o mínimo sentido. Como uma criança teimosa, me recusei a aceitar essa verdade, e, a la Major Tom, me lancei em uma missão perigosa e obscura: tentar achar um sentido por trás da letra de “Modern Love”. Registro aqui essa tentativa patética.

1) Coleta de dados sobre o material

Como aprendi na faculdade de Letras, o primeiro passo para se fazer uma análise acadêmica de um texto literário é uma rápida busca na Wikipédia. Infelizmente, a entrada pra essa música é bem chocha. Além da informação de similaridade com a música do Elton John, descobrimos que o ritmo da música foi inspirado nas canções de Little Richard. Nada de interpretação da letra. Quando os livros de referência não contêm nada de útil, partimos para a coleta de dados em campo. Então, perguntei aos meus amigos o que eles achavam. Considerei essa parte a mais interessante, aliada ao terceiro passo: procurar interpretações aleatórias na internet. É engraçado como as pessoas veem significados tão radicalmente opostos nessas letras. Hora de partir para o segundo item.

2) Interpretações coletadas em campo

Enquanto alguns veem a referencia a “[Modern Love] gets me to the Church on time” como uma tentativa do eu-lírico de se reconectar a Deus em meio aos relacionamentos modernos superficiais, outros veem a referência à igreja como prova de que a música é sobre a relação de Bowie com Deus, e o amor da letra na verdade é um amor humano-entidade.  O “amor moderno” da música assume diferentes facetas. Pode ser o amor em si, ou o amor moderno considerado “decadente” pela igreja, com suas noções tradicionais de relacionamentos e amor. E Bowie frente ao amor moderno? Mais contradições. Enquanto ele abertamente diz não acreditar nele, também afirma que é por ele que se engaja em inúmeras ações, como ir para a igreja (e chegar lá no horário).

Capa do disco japonês de “Modern Love” ao vivo, 1983

3) Interpretação final (ou a tentativa de)

Pondo em palavras diretas: Apesar do tempo passar, as coisas não mudam. Bowie agarra um menino jornaleiro, e vê que as notícias continuam iguais. Apesar disso, ele se recusa a se conformar com o amor moderno (“but I never wave bye bye / but I try”). Mas, mesmo tentando e tentando, deitando na chuva e continuando a deitar na chuva, Bowie não acredita no amor moderno (Não acredita porque não conseguiu acha-lo? Ou por que o que achou considerou superficial?). Mesmo Bowie sendo um ingrato, o amor moderno não o abandona, e se certifica de que ele chegue certinho na missa, o que faz com que ele caia na balada (“makes me party”).

4) Conclusão

Essa música não faz nenhum sentido.

Minha busca acadêmica foi longa, frustrante e infrutífera. Não achei uma razão por trás da letra de Modern Love. Poderia falar que essa falta de sentido apenas reflete a aleatoriedade dos relacionamentos dessa nossa Louca Era Digital, mas acho que estaria pegando o caminho fácil. A realidade é que, por mais que não faça sentido no papel, Modern Love faz sentido dentro de todos nós. Faz sentido porque quando você ouve a música você precisa dançar feito louco se não você explode. Faz sentido porque ela é triste, e ao mesmo tempo feliz, e maravilhosamente confusa. Porque ele não aguenta mais cair na lábia do amor moderno, mas lá estão os dois, caminhando lado a lado, passando por confissões e religiões e tudo o mais. Mas, talvez, a principal razão por essa música ser tão boa seja aqueles dois versinhos perdidos lá no meio. But i try… I try…

* Barbara Wagner Mastrobuono é assistente editorial do núcleo infantojuvenil da Cosac Naify

** A exposição sobre David Bowie está em cartaz no MIS até o dia 20 de abril. A Cosac Naify publicou o livro oficial da mostra.

11 Mar 14:35

A colunista que mais come mosca

by Juliana Cunha

A coluna escrita por Tati Bernardi hoje (e sempre) é a coluna de um homem, só que assinada por uma mulher. Esse é o papel dessa moça no jornal (e na sociedade): ela serve para veicular a opinião média masculina na voz de uma mulher, legitimando assim tudo que os homens pensam sobre as mulheres, sobre si mesmos, sobre o mundo. A coluna dela não faz sentido se analisada individualmente: ela compõe a base para que os colunistas homens brilhem, tanto os colunistas homens de direita, com seu machismo chic e refinado, cheio de referências intelectualizadas; quanto os colunistas homens de esquerda, com seu machismo cordial e “deixa disso”.

O leitor do jornal tem acesso à opinião dos colunistas de direita que acham que toda mulher é puta, à opinião dos colunistas de esquerda sempre queixosos de que a sensibilidade tenha mudado e já exista quem questione a pureza de intenções desses “homens que gostam de mulheres”, e à opinião de, veja só, um exemplar da raça que vem a público confirmar as expectativas de todos e dar a real sobre O Que São As Mulheres e o que Elas Pensam da Vida.

O que uma mulher como Tati ganha? Reconhecimento? Ser vista como igual pelos colunistas homens de direita ou de esquerda? Claro que não. Tudo que ela ganha é um certificado de que ela não é chata. Ela sim é uma mulher sincera e engraçadinha.

Chama atenção a insistência em chamar mulheres de chatas. Chata aparentemente é tudo que uma pessoa feita para o entretenimento não devia ser. Mas algumas (e cada vez mais) são, veja se o colunista de esquerda, aquele mesmo que ama as mulheres, não tem todas as razões do mundo para se afundar na melancolia.

10 Mar 03:10

Futuro do Pretérito #13

by Samba Quadrinhos
Futuro do Pretérito, questionamentos de Heron Prado
08 Mar 13:44

Um musical: “St. Louis Blues”

by Ricardo Lombardi

“Nat King Cole. Eartha Kitt. Mahalia Jackson. Pearl Bailey. Cab Calloway. Ella Fitzgerald. Billy Preston. Todos reunidos para um musical: St. Louis Blues”
27 Feb 19:34

A Curmudgeonly Pain in the Ass

by Dan Piepenbring

Michel Houellebecq is fifty-eight today.

Photograph by TK.

INTERVIEWER

You’ve said that you are “an old Calvinist pain-in-the-ass.” What do you mean?

HOUELLEBECQ

I tend to think that good and evil exist and that the quantity in each of us is unchangeable. The moral character of people is set, fixed until death. This resembles the Calvinist notion of predestination, in which people are born saved or damned, without being able to do a thing about it. And I am a curmudgeonly pain in the ass because I refuse to diverge from the scientific method or to believe there is a truth beyond science.

—Michel Houllebecq, the Art of Fiction No. 206

27 Feb 19:22

Paisagens

by Miguel Del Castillo*

Algumas paisagens me fascinam desde a infância: restingas, salinas, represas enormes (nunca vi uma ao vivo), as praias e mares superpopulados de Onde está Wally?, o firmamento laranja do livro Fogo no céu, o Eldorado de Duck Tales, Lego de piratas.

Acredito que carregamos essas referências visuais pela vida toda, e algumas vão se agregando a elas. Outra paisagem que me acompanha é a de Montevidéu: os cafés antigos, a rambla vermelha, o “mar” marrom. Traduzir Um, dois e já, o livro de Inés Bortagaray, me levou a descobrir ainda outras paisagens uruguaias.

As paisagens que fascinam a pequena narradora do livro são vistas da janela do carro e, diante da monotonia da viagem, se transfiguram: o amanhecer brutal com seus raios de sol por trás das nuvens é a “testa franzida de Deus” ou um pintinho saindo da casca; os postes com seus fios são partituras ou linhas num monitor de eletrocardiograma; os montes na penumbra noturna abrigam uma batalha entre o cruel povo aborígene dos tarifas (palavra ouvida no rádio) de um lado, e ela e seus irmãos do outro.

A rambla de Montevidéu

A ditadura do início dos anos 1980 também se faz presente na novela, mas de maneira muito discreta: na “manifestação pela democracia” que a menina vai com os pais, nas palavras nervosas de um locutor de rádio. É uma paisagem implícita, que paira de modo estranho e ao mesmo tempo imaterial sobre sua realidade.

Tal sensação é a mesma do narrador de Formas de voltar para casa, de Alejandro Zambra, que aqui, contudo, se dedica a investigá-la. O terremoto de 1985 é o mote da história: o protagonista não sentiu diretamente maiores efeitos dele (em seu bairro, houve apenas um ligeiro tremor, com poucos danos materiais), e nem da ditadura. No início do livro, ainda criança, ele se perde dos pais, mas consegue voltar para casa sozinho. Acaba pegando gosto:

Pelas tardes, resignado à solidão, eu saía, como se diz, para me cansar: caminhava ensaiando trajetos cada vez mais longos, embora quase sempre respeitasse uma certa geometria de círculos. Examinava os traços, as quadras, registrando novas paisagens, apesar de que o mundo não variava muito: as mesmas casas novas, construídas de repente, como que obedecendo a uma urgência, e não obstante sólidas, resistentes. Em poucas semanas, a maioria dos muros tinha sido restaurada e reforçada. Era difícil suspeitar que acabava de ocorrer um terremoto.

Já mais velho, volta ao bairro para interrogar os pais e, de certa forma, a si mesmo, procurando saber afinal o que se passou naquela época, qual era a posição dos pais a respeito do regime militar etc. Essas duas paisagens se misturam no romance: a do bairro pacato, novo e planejado de Maipú – no qual ele buscava acontecimentos e cenários diferentes a cada inspeção – e a da memória dos anos de chumbo – uma paisagem mental turva, que, ao escrever sobre ela, ele procura esclarecer, delinear melhor, conferir-lhe forma.

A paisagem, como diz o geógrafo francês Jean-Marc Besse, “é da ordem da imagem, seja esta imagem mental, verbal, inscrita sobre uma tela ou realizada sobre o território”. É como se carregássemos modelos mentais, uma vontade por uma ambiência que vez após vez procuramos, seja voltando especificamente a elas, seja em situações novas (mas de algum modo similares à nossa referência): ao procurar um apartamento para morar, tirar uma foto, pintar um quadro, decidir o roteiro de uma viagem, escrever um livro ou escolher um na estante.

Às vezes penso que escrevo só para estar de novo nessas paisagens imagéticas que me acompanham, pensar sobre elas, inventar acontecimentos para elas. Para andar de novo sobre seu solo.

* Miguel Del Castillo é escritor e editor de arquitetura da Cosac Naify.

13 Feb 12:04

o desempoderamento das vítimas

by vodca barata
sobre a cena de estupro na nova novela, eu faço minhas as palavras de jarid arraes, em texto publicado na revista fórum. copio aqui dois trechos dos parágrafos finais:

Se Manoel Carlos é contrário ao aborto em casos de estupro, deveria, no mínimo, pensar no público que assiste às suas novelas. O desserviço que ele está fazendo é gritante. A realidade em nada se parece com a fantasia romantizada que pretende exibir, pois o desfecho feliz da criança gerada por um estupro, que cresce fazendo aulas de violino em um lar equilibrado, simplesmente não é fato social com estatísticas palpáveis. (...)

Lamentavelmente, Neidinha não servirá de exemplo para que vítimas de estupro se sintam empoderadas e tenham coragem para denunciar, pelo contrário, até mesmo o direito conquistado de interromper a gravidez é negligenciado. É uma grande irresponsabilidade social não informar às mulheres a respeito de seus direitos de forma honesta.





10 Feb 14:24

Boa sorte

by Pedro Pezte

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Csilla Klenyánszki crio a série “Good Luck”, uma pesquisa pessoal para o equilíbrio e a interpretação do mesmo.

As imagens minimalistas da série tentam mostrar o momento do equilíbrio perfeito, onde nos sentimos que temos de prender a respiração, ou a coisa toda vai desmoronar. Tornamo-nos testemunhas de um momento muito frágil. Csilla diz que “concentração, mas também um pouco de sorte é necessário para alcançar o resultado “.

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10 Feb 14:16

Ingenious Door Opens and Closes Like Folded Paper

by Christopher Jobson

Ingenious Door Opens and Closes Like Folded Paper kinetic doors

Ingenious Door Opens and Closes Like Folded Paper kinetic doors

Ingenious Door Opens and Closes Like Folded Paper kinetic doors

Like the design of functional objects such as chairs or tables, it would seem new ideas for the humble door would be completely exhausted, and then along comes Austrian artist Klemens Torggler. This 4-panel entryway called the Evolution Door opens and closes in a surprisingly elegant way at the slightest touch, folding in on itself like pieces of paper. Torggler calls this system a “flip panel door” (Drehplattentür), and it’s almost more of a kinetic sculpture than functional door, but I would be happy to have one in every room of my house. And for those of you who envision a crushed finger or hands, he’s already solved that problem.

Currently the door is meant as a prototype, an extension of his artistic practice where Vienna-based Torggler has been creating similar kinetic doors for many years, several of which are available through Artelier Contemporary. (via hajohinta, nsfw)

10 Feb 14:10

Tinderella

by Bruno Natal

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Uma fábula atualizada.

10 Feb 13:38

Burroughs, o fora-da-lei

by redacaocult

10 Feb 13:30

Photo



10 Feb 13:28

Futuro do Pretérito #10

by Samba Quadrinhos

Futuro do Pretérito, questionamentos de Heron Prado
10 Feb 13:20

Quadradinhas - Vol. 2 #86

by Samba Quadrinhos
Quadradinhas por Lucas Gehre
05 Feb 17:55

Programação de Blocos de Carnaval – São Paulo – 2014

by Luiz Pattoli

História do Carnaval

Última atualização: 28/02/2014

E chegamos ao sexto ano consecutivo deste guia de blocos de carnaval de São Paulo. Ano passado, a cidade viu que o carnaval de rua voltou para valer. Diversos blocos saíram durante o feriado – o que se via antes, eram blocos pré-carnavalescos, talvez com um receio de estarem esvaziados nos dias oficiais da folia. Entretanto, cada vez mais ouço pessoas falarem que vão passar o carnaval em São Paulo para pular carnaval aqui. Muito se fala da falta de apoio oficial para os blocos. Se por um lado entendo que o apoio é positivo, também acredito que carnaval se faz na rua, no improviso e na marra. No dia 2 de fevereiro o Pilantragi e o Bloco Bastardo foram uns dos blocos que iniciaram os trabalhos carnavalescos nas ruas com mais de 15 mil pessoas. Como sempre, essa é uma listagem viva, que vai ser atualizada até o final do carnaval. Portanto, se você conhece algum bloco que não está aqui, deixe um comentário que eu atualizo. Vamos nessa, vejo vocês nos blocos!

23/01 (QUINTA-FEIRA)

- Bloco Ton Ton do Vila Ede
A partir das 14h na avenida Ede – Vila Ede.

04/02 (TERÇA-FEIRA)

- Bloco Favela
A partir das 14h na rua Coruqueamas – Parque São Rafael.

08/02 (SÁBADO)

- Bloco do Bagaça
A partir das 14h na Rua Domingos Rodrigues – Lapa.

- Bloco das Irresistíveis
A partir das 14h na rua Faustolo, 98 – Pompéia.

09/02 (DOMINGO)

- Tarado Ni Você
A partir das 14h na Praça Cornélia – Pompéia.

- Bloco do Jegue Elétrico
A partir das 15h na Praça do Sol Nascente – Pompéia.

- Bloco Ala da Confraternidade
A partir das 15h na av. dos Carinás, 520 – Moema.

13/02 (QUINTA-FEIRA)

- ArqBloco
A partir das 8h no Largo Santa Cecília – Santa Cecília

15/02 (SÁBADO)

- Bloco Chega Mais
A partir das 15h30 na Praça do Pôr-do-Sol – Alto de Pinheiros.

- Bloco Gladiador
A partir das 13h na rua Mont Serrat – Tatuapé.

- Bloco Lapa de Urso
A partir das 9h na esquina rua Tito com a rua Marco Aurélio – Lapa.

- Bloco Vai Quem Quer
A partir das 15h no Largo da Batata – Pinheiros

- Bloco Movimento de rua! Em prol da Liga Solidária das Senhoras Católicas
A partir das 16h na Praça Capatari – Morumbi.

- Bloco Tucano
A partir das 14h30 na Praça da Sé – Centro.

- Bloco Chame Gente
A partir das 10h na rua Fidalga – Vila Madalena.

- Bloco Conselho do Samba
A partir das 16h na rua das Cobéias – Vila Bela.

- Bloco Passaram a Mão na Pompéia
A partir do meio-dia na rua Caraibas, 386 – Pompéia.

- Carnamauri
A partir das 15h na rua Amauri – Itaim Bibi.

- Bloquinho
A partir das 9h na Rua fidalga, 800 – Vila Madalena.

- Bloco do Pirajá com Cordão do Boitatá
A partir das 13h na avenida Brigadeiro Faria Lima, 64 – Pinheiros

- Bloco Bando 7
A partir das 15h na esquina da rua Purpurina com rua Girassol – Vila Madalena.

- Banda Grande Família
A partir das 17h na Av. Rua Coronel Manuel Py, 329 – Lauzane Paulista.

16/02 (DOMINGO)

- Bloco Casa Comigo
A partir das 14h na Rua Beatriz, 61 – Vila Beatriz.

- Bloco Ciga Nos
A partir das 15h na Praça Roosevelt – Centro.

- Bloco Orra Meu
A partir das 15h na rua Madre de Deus, 753 – Mooca.

- Bloco Filhos da Foto
A partir das 14h na al. Barão de Limeira, 1499 – Centro.

- Bloco Chame Gente
A partir das 10h na rua Fidalga – Vila Madalena.

21/02 (SEXTA-FEIRA)

- Bantantã
A partir das 16h na esquina da Avenida Waldemar Ferreira com Desembargador Armando Fairbanks – Butantã.

- Bloco Vem Ni Mim Que Eu Tô Com Tudo
A partir das 20h30 na Praça das Guianas – Jardins.

22/2 (SÁBADO)

- Kolombolo Diá Piratininga
A partir das 15h na rua Belmiro Braga, 164 – Vila Madalena.

- Bloco da Burocra
A partir das 18h30 na esquina da rua Haddock Lobo com a rua Matias Aires – Consolação.

- Grêmio Recreativo Cidade Dutra
A partir das 8h na Praça Dona Carmela – Cidade Dutra.

- Bloco Unidos da Maria Antônio
A partir das 11h na Rua General Jardim – Centro

- Casa Arte Cidadania
A partir do meio-dia na rua Amadis, 262 – Ipiranga.

- Xique Xique do Cairo
A partir das 16h na av. São João, 829 – Centro

- Leopoldina Tá em Festa
A partir das 14h30 na rua Carlos Weber – Vila Leopoldina.

- Bloco As Virgens do Minhocão
A partir do meio-dia na av. São João (próximo ao Largo Santa Cecília) – Centro.

- Bloco Queimanu a Largada
A partir das 16h na Praça Ramos de Azevedo – Centro.

- Bloco Brasílica
A partir das 19h na Praça Roosevelt – Centro.

- Afosé Oba Inã
A partir das 18h na rua Padre Machado, 602 – Santa Cruz.

- Bloco Xaranga da Pompéia
A partir das 16h na Praça Doutor Vicente Gramonte Grac – Pompéia.

- Bloco do Onze
A partir das 16h na rua Amadis, 242 – Ipiranga.

- Bloco do Parangolé
A partir das 11h na Rua Nicolau Gagliardi – Pinheiros.

- Bloco Manga Rosa
A partir das 15h na av. do Cursino, 502 – Saúde.

- Bloco Liberte a Ivonete
A partir das 14h na rua Verbo Divino – Itaim Bibi.

- Bloco Perdendo a Linha
A partir das 15h na rua dos Três Irmão, 563 – Caxingui.

- Bloco da Ose
A partir das 14h na Rua Cristovão Pereira – Campo Belo

- Monobloco da Maria
A partir das 16h na rua Gastão Madeira – Vila Maria.

- Bloco do Baligão
A partir das 16h na esquina da rua João Moura com rua Artur de Azevedo – Pinheiros.

- Bloco Chame Gente
A partir das 10h na rua Fidalga – Vila Madalena.

- Bloco Canga na Rua
A partir das 19h na Praça Rafael Sapienza - Vila Madalena.

- Bloco A Ema Gemeu de Canto a Canto
A partir das 14h na rua Medeiros de Albuquerque – Vila Madalena.

- Bloco Todomundo
A partir das 16h na Praça Rui Washington Pereira – Vila Madalena.

- Bloco da Batata
A partir das 16h na rua Campo Alegre – Pinheiros

- Bloco Saia de Chita
A partir das 16h na esquina da rua Tucuna com a rua Cajaíba – Pompéia.

- Bloco Flamengo FC de Vila Maria
A partir das 19h na rua Dias da Silva, 457 – Vila Maria.

- Bloco Soviético
A partir das 13h na rua Haddock Lobo, 74 – Consolação.

- Bloco Turma do Funil 
A partir das 15h na av. Onze de Julho, 350 – Vila Mariana.

- Bloco Esquina da Vila Buarque
A partir das 16h na rua Marquês de Itu, 95 – Centro.

- Moocarnaval
A partir das 14h na rua Taquari, 549 – Mooca.

- Bloco Nu’Interessa
A partir das 14h na rua Filinto de Almeida – Vila Madalena.

- Bloco da Ressaca
A partir das 14h no Largo do Cambuci – Cambuci.

- Pimentas do Reino
A partir das 14 na rua Girassol – Vila Madalena.

- Bloco Unidos Venceremos
A partir das 16h na esquina da Rua Cardeal Arcoverde com rua Belmiro Braga – Pinheiros

- Bloco Filhos da Santa
A partir das 13h no Largo Santa Cecília – Santa Cecília.

- Bloco Tarado Ni Você
A partir das 14h na esquina das avenidas Ipiranga e São João – Centro.

- Bloco Classe A
A partir do meio-dia na Rua Souza Lima, 295 – Barra Funda.

- Bloco Unidos de Santa Cecília – Busca Pé
A partir das 18h na Praça Marechal Deodoro – Santa Cecília.

- Barracão Folia
A partir das 11h na rua Diana, 100 – Pompéia.

- Bloco Pilantragi + Bloco Me Fode Que Eu Sou Produção
A partir das 15h na Praça Dom Orione – Bixiga.

- Bloco Filhos do Zaire
A partir das 14h na rua Sossóia – Jd. Pedro José Nunes.

- Bloco do Manequinho
A partir das 9h no Viveiro Manequinho Lopes – Parque do Ibirapuera.

- Banda Gueri-Gueri
A partir das 14h na Praça Estilac Leal (Monumento Às Bandeiras) – Ibirapuera.

- Bloco Banda das Cachorras
A partir das 19h na av. Barão de Alagoas – 340 – Itaim Paulista.

- Bloco Unidos do Acarajé
A partir das 14h na rua Barão de Tatuí, 601 – Santa Cecília.

- Bloco Grêmio Recreativo Cultural do Imirim Bras Pereira Banda Show
A partir das 13h na rua João Marcelino Branco – Imirim.

- Bangalafumenga + Bloco Sargento Pimenta
A partir das 10h na Praça Caetano Fraccaroli – Sumaré.

- Bloco Chapéu Atolado
A partir das 16h na Praça Ituzaingó – Tatuapé.

- Pholia na Luz
A partir das 14h30 entre a Estação da Luz e o Jardim da Luz.
14:30 – Bloco Esquenta do Partido Alto
15:15 – Bloco Unidos do Abaeté
16:15 – Bloco Med Pholia
17:15 – Bloco A Bruxa Tá Solta
18:15 – Bloco Império do Morro
19:15 – Escola de Samba Quilombo
20:15 – Bloco Fuzuê com Mocidade Independente de Padre Miguel

23/02 (DOMINGO)

- Bloco Amigos da Vila Mariana
A partir do meio-dia na rua Pelotas, 600 – Vila Mariana.

- Bloco Associação Por Um Belém Melhor
A partir das 14h no Largo São José do Belém – Belém.

- Bloco da Vovó
A partir das 14h na rua Dr. Ribeiro de Almeida, 151 – Barra Funda.

- Bloco da Abolição
A partir das 11h na Praça General Craveiro Lopes – Bela Vista.

- Cordão do Bule
A partir das 14h na rua Newton Prado, 766 – Bom Retiro.

- Bloco Sovaco de Cobra
A partir das 15h na rua Marambaia – Parque Peruche.

- Bloco Carnavalesco Atrás do Copo
A partir das 13h na rua das Paineiras, 447 – Veleiros

- Bloco Zica
A partir do meio-dia na estação Faria Lima do Metrô – Pinheiros.

- Bloco Rolêzinho da Negona
A partir das 13h na rua Belmiro Braga – Pinheiros.

- Bloco Boêmios do Cacique
A partir das 14h na rua Lisboa – Pinheiros.

- Bloco Família Santa Cruz
A partir das 13h30 na rua João Marcelino Branco – Vila Nova Cachoeirinha.

- Bloco União Vitória e Glória
A partir do meio-dia na rua João Marcelino Branco – Vila Nova Cachoeirinha.

- Bloco Pitbull Banguela
A partir das 15h na rua Camilo – Vila Romana.

- Bloco do Magnólia
A partir das 13h na Rua Marco Aurélio, 884 – Pompéia.

- Bloco do Ó
A partir das 11h na rua Horácio Lane, 21 – Vila Madalena.

- Bloco de Yayá
A partir das 9h na rua Coração da Europa, 1395 – Bela Vista

- Cordão do Congo
A partir das 15h na rua Raulino Galdino da Silva – Morro Grande.

- Banda Grone’s
A partir das 16h na rua Eduardo Vicente Nasser 354, Tremembé.

- Acadêmicos do Baixo Augusta
A partir das 14h na esquina das ruas Augusta e Marquês de Paranaguá – Consolação.

- Bloco São Jorge
A partir das 16h na rua prof. Castro Junior, 21 – Vila Sabrina.

- Bloco Feliz da Vila
A partir das 14h30 na rua Baroré, 306 – Casa Verde.

- Nóis Trupica Mais Num Cai
A partir das 16h na rua Belmiro Braga, 119 – Vila Madalena.

- Cordão Confraria do Pasmado
A partir do meio-dia na Praça Rafael Sapienza – Vila Madalena.

- Bloco Chorões da Tia Gê
A partir das 16h na rua Doutor Heládio, 128 – Vila Esperança.

- Bloco Amigos do Pratododia
A partir das 16h narua Barra Funda, 34 – Barra Funda.

- Banda do Fuxico
A partir das 10h no Largo do Arouche – Centro.

- Pholia na Luz
A partir das 13h entre a Estação da Luz e o Jardim da Luz.
13:00 – Bloco União dos Bairros
14:00 – Comunidade Boliviana
14:45 – Bloco Conselho do Samba
15:45 – Makossa
16:30 – Acadêmicos do Parque Bristol
17:30 – Bloco Unidos da Melhor Idade
18:30 – Escola de Samba União Formosa
19:30 – Bloco da Band FM

24/02 (SEGUNDA-FEIRA)

- Banda Redonda
A partir das 19h na rua Theodoro Baima, 94 – Centro.

25/02 (TERÇA-FEIRA)

- Grêmio Recreativo Cultural Pagodão
A partir das 16h na Avenida Deputado Emílio Carlos, 3641 – Limão.

- Bloco UMES Caras Pintadas
A partir das 16h na Praça Dom Orione – Bela Vista.

26/02 (QUARTA-FEIRA)

- Banda do Candinho
A partir das 21h na esquina da rua Santo Antônio com a Treze de Maio – Bixiga.

- Bloco Se Essa Rua Fosse Minha
A partir das 19h na rua Taguá, 179 – Liberdade.

- Bloco Blackpholia
A partir das 19h30 na Praça Roosevelt – Centro.

- Bloco do Jatobá
A partir das 20h na Av. Professor João Batista Conti, 1.245 – Conjunto Residencial José Bonifácio.

- Bloco dos Banc@rios
A partir das 18h na rua São Bento – Centro.

27/02 (QUINTA-FEIRA)

- Meu Bloco na Rua
A partir das 14h na esquina da rua Mariucha com a rua Manoel Madruga – Freguesia do Ó.

- Bloco a PUC Que Te Pariu
A partir das 18h na rua Ministro Godói – Perdizes.

- Bloco de Rua Soundsystem
A partir das 20h na Praça Darcy Penteado – Centro.

- Bloco Carnavalesco Zé Pereira
A partir das 18h30 na rua Anita Costa, 135 – Jabaquara.

- Bloco Tô No Vermelho
A partir das 19h na av. Ipiranga (na frente do Copan) – Centro.

28/02 (SEXTA-FEIRA)

- Ilu Obá de Min
A partir das 19h30 no Viaduto Major Quedinho – Centro.

- Bloco Loucos por Carnaval
A partir das 9h Rua Conceição de Boa Viagem, 216 –  Cidade Ademar.

- Bloco 77 – Os Originais do Punk
A partir das 20h na esquina da rua Simão Álvares com a rua Cardeal Arcoverde – Pinheiros.

- Paraisópolis Folia
A partir das 20h na rua Rodolf Lutz – Paraisópolis.

- Bloco Emílias e Viscondes
A partir das 14h na rua General Jardim, 485 – Vila Buarque.

- Bloco Lira da Vila
A partir das 18h na Rua Major Sertório, 517 – Centro.

- Bloco Antiacadêmicos do Baixo Pinheiros
A partir das 22h na rua Belmiro Braga – Pinheiros.

- Banda do Trem Elétrico
A partir das 19h na esquina da rua Augusta com rua Luiz Coelho – Consolação.

01/03 (SÁBADO)

- Bloco Jegue Elétrico
A partir das 15h na esquina da Rua Cardeal Arcoverde e João Moura – Pinheiros.

- Bloco Vai Quem Quer
A partir das 15h no Largo da Batata – Pinheiros

- Bloco Urubó
A partir das 13h no Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó – Freguesia do Ó.

- Bloco do Beco
A partir do meio-dia na rua Salgueiro do Campo – Jardim Ibirapuera.

- Bloco Veteranos Cidade Dutra
A partir das 13h na Praça Escobar – Cidade Dutra.

- Paraisópolis Folia
A partir das 20h na rua Rodolf Lutz – Paraisópolis.

- Cordão Cecília
A partir das 14h Rua Vitorino Carmilo, 449 – Santa Cecília.

- Bloco Nossa Casa Confraria de Ideias
A partir das 18h na rua Belmiro Braga – Pinheiros.

- Bloco Samba da Balança
A partir das 14h na Praça do Fórum de Pinheiros – Vila Madalena.

- Bloco Psicoparque Memo
A partir das 14h na esquina rua Augusta com a rua Caio Prado – Consolação.

- Bloco dos Zatrevidos
A partir das 15h na esquina da rua Dr. Joy Arruda com rua Jenny Bonilha – Vila Zatt

- Bloco João Capota na Alves
A partir das 13h no Viaduto do Metrô Sumaré – Pinheiros.

- Bloco Bastardo
A partir das 18h na Praça Benedito Calixto – Vila Madalena.

- Bloco Boca de Serebesque
A partir das 15h na Rua Professor Cosme Deodato Tadeu – Guaianazes.

- Bloco Saci da Bexiga
A partir das 16h na rua São Domingos – Bixiga.

- Bloco As Virgens do Minhocão
A partir do meio-dia na av. São João (próximo ao Largo Santa Cecília) – Centro.

- Cordão Corpo Fechado
A partir das 17h na Praça Arlindo Luz – Jardim Brasil.

- Bloco do IAB
A partir do meio-dia na esquina da Rua Bento Freitas com a rua General Jardim – Centro.

- Bloco Zumbido
A partir das 9h na Avenida São João, 300 – Centro.

- Bloco Lira da Vila
A partir das 18h na Rua Major Sertório, 517 – Centro.

- Cordão Carnavalesco Corpo Fechado
A partir das 17h na Praça Arlindo Luz – Jardim Brasil.

02/03 (DOMINGO)

- Jegue Elétrico
A partir das 16h na esquina da Rua Cardeal Arcoverde e João Moura – Pinheiros.

- Bloco Vai Quem Quer
A partir das 15h no Largo da Batata – Pinheiros

- Bloco Vai Que Cola
A partir das 14h na rua Francisco Vidal – Itaquera.

- Cordão Carnavalesco Amigos do Pratododia
A partir das 16h narua Barra Funda, 34 – Barra Funda.

- Paraisópolis Folia
A partir das 20h na rua Rodolf Lutz – Paraisópolis.

- Cordão do Triunfo
A partir das 16h na rua do Triunfo – Centro.

- Bloco Um Por Todos e Todos Pelo Social
A partir do meio-dia rua Humaitá, 637 – Bela Vista.

- Bloco 77 – Os Originais do Punk
A partir das 20h na esquina da rua Simão Álvares com a rua Cardeal Arcoverde – Pinheiros.

- Bloco do Fuá
A partir das 17h na rua Conselheiro Ramalho – Bela Vista.

- Bloco Batida Livre
A partir das 14h na Praça Dom José Gaspar – Centro.

- Bloco Fluvial do Peixe Seco
A partir das  15h ma Praça 14 Bis – Bela Vista.

- Bloco Espício Geral
A partir das 15h na rua General Jardim, 522 – Centro.

- Unidos do Cambuci
A partir das 17h no Largo da Nossa Senhora da Conceição – Cambuci.

- Ilu Obá de Min
A partir das 14h30 rua Lopes de Oliveira, 342 – Barra Funda.

- Bloco Viracopo Tucuruvi
A partir das 14h na esquina da rua Aragão com a rua Bartolomeu de Torales – Tucuruvi.  

- Bloco Urubó
A partir das 13h no Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó – Freguesia do Ó.

- Bloco do Hercu
A partir das 9h na rua Francisco Sacco, 32 – Jardim Herculano.

- Bloco Unidos do Primavera
A partir das 16h na rua Francisco Caldas – Jardim Primavera.

- Bloco Bastardo
A partir das 15h na esquina da rua Cardeal Arcoverde com a rua Lisboa – Pinheiros.

- Bloco Almeida FC
A partir das 9h na rua Dama da Noite – Colônia.

- Bloco Guerreiros de Jorge
A partir das 14h no acesso do Elevado Costa e Silva em frente ao Metrô Marechal Deodoro.

- Bloco Na Mantega
A partir das 13h na rua Marcondes Machado, 4 – Vila Alzira.

03/03 (SEGUNDA-FEIRA)

- Bloco Esfarrapado
A partir das 13h na Rua Conselheiro Carrão, 466 – Bixiga.

- Bloco Vai Quem Quer
A partir das 15h no Largo da Batata – Pinheiros

- Bloco Antiacadêmicos do Baixo Pinheiros
A partir das 22h na rua Belmiro Braga – Pinheiros.

- Bloco As Virgens do Minhocão
A partir do meio-dia na av. São João (próximo ao Largo Santa Cecília) – Centro.

- Afosé Oba Inã
A partir das 18h na rua Padre Machado, 602 – Santa Cruz.

- Bloco Vai Que Cola
A partir das 14h na rua Francisco Vidal – Itaquera.

- Bloco Chorões da Tia Gê
A partir das 16h na rua Doutor Heládio, 128 – Vila Esperança.

- Bloco Memo Memo
A partir das 15h na esquina da rua Jose Rangel Camargo com a Rua Santa Eudóxia – Parque Peruche.

- Bloco Afro É Di Santo
A partir das 17h na Avenida Inácio Dias da Silva – Piraporinha.

- Bloco Lambuza
A partir das 17h na Praça Ramos de Azevedo – Centro.

- Bloco Urubó
A partir das 13h no Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó – Freguesia do Ó.

- Bloco Bastardo
A partir das 15h na esquina da rua Cardeal Arcoverde com a rua Lisboa – Pinheiros.

- Bloco do Ó
A partir das 15h na rua Horácio Lane, 21 – Vila Madalena.

- Bloco Vai Você Em Dobro
A partir das 15h na rua Natingui, 530 – Vila Madalena

- Bloco Afro É Di Santo
A partir das 17h na Av. Inácio Dias da Silva – Piraporinha.

- Bloco Samba do Gringo Doido
A partir das 20h na rua Belmiro Braga, 216 – Pinheiros.

- Bloco do Furufunfum
A partir das 11h na Praça das Corujas – Vila Madalena.

04/03 (TERÇA-FEIRA)

- Bloco Agora Vai
A partir das 16h na rua Marta – Barra Funda.

- Bloco Amigos do Pratododia
A partir das 16h narua Barra Funda, 34 – Barra Funda.

- Bloco Saci da Bexiga
A partir das 16h na rua São Domingos – Bixiga.

- Acadêmicos do Campo Limpo
A partir das 17h na rua Manuel Grandini Casquel – Parque Ipê.

- Bloco Vai Quem Quer
A partir das 15h no Largo da Batata – Pinheiros

- Bloco de Samba Extremo Sul
A partir das 15h na Rua José Pedro de Borba – Parelheiros.

- Bloco Bastardo
A partir das 15h na esquina da rua Cardeal Arcoverde com a rua Lisboa – Pinheiros.

- Bloco Unidos do Jardim Penha
A partir das 20h na rua Dervile Lacorte – Penha.

- Bloco Zóio de Lula
A partir das 15h na Praça do Toco – Vila Matilde.

- Bloco do Chiquinho
A partir das 18h na rua Sapupira, 117 – São Miguel Paulista.

- Bloco Os Cabecinhas Tântricas do Tatuapé
A partir do meio-dia na rua Torrinha – Tatuapé

- Bloco Urubó
A partir das 13h no Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó – Freguesia do Ó.

- Bloco Acadêmicos da Cerca Frango
A partir das 15h na esquina da rua Cotoxó com rua Cajaíba – Pompéia.

- Jegue Elétrico
A partir das 16h na Praça Roosevelt – Centro.

- Bloco Unidos da Alegria
A partir das 16h na Praça do Rotary – Vila Buarque.

05/03 (QUARTA-FEIRA)

- Bloco de Carona
A partir das 20h na Praça Roosevelt – Centro.

- Bloco Torcida Futebares
A partir das 14h na esquina da rua Aspicuelta com rua Mourato Coelho – Vila Madalena.

08/03 (SÁBADO)

- Cordão do Jamelão
A partir das 15h na Rua Rui Barbosa – Bela Vista.

- Bloco Kaya na Gandaia
A partir das 14h na esquina da rua Aspicuelta com a Rua Medeiros de Albuquerque – Vila Madalena.

- Bloco o Rodopio
A partir das 11h na Praça Cidade de Milão – Vila Nova Conceição.

- Bloco ABC na Boca do Povo
A partir das 20h30 na av. Cangaíba, 3927 – Cangaíba.

- Banda do Macaco Cansado
A partir das 14h na Rua Harmonia, 90 – Vila Madalena.

- Bloco Tem Mas Acabou
A partir das 16h na rua Original, 89 – Vila Madalena.

- Bloco Saia Rodada
A partir das 16h na Praça da Liberdade – Liberdade.

- Bloco do Água Preta
A partir das 15h na Praça Rio dos Campo – Pompéia.

9/03 (DOMINGO)

- Unidos do Cambuci
A partir das 17h no Largo da Nossa Senhora da Conceição – Cambuci.

- Bloco Tijolinho da Vila
A partir das 13h na Praça Rafael Sapienza – Vila Madalena.

- Bloco União dos Bairros
A partir das 15h na Praça João Paes Malho – Parque Arariba.

- Bloco da Parada
A partir das 17h no Largo do Arouche – Centro.

- Bloco Te Pego No Cantinho
A partir das 14h na Praça Elis Regina – Butantã

- Bloco Filhos da Xuxa na Ressaca
A partir das 14h na rua fidalga – Vila Madalena.

15/03 (SÁBADO)

- Bloco dos Bulldogs
A partir das 14h na esquina da rua Amazonas com a rua Três Rios – Bom Retiro.

16/03 (DOMINGO)

- Bloco Casa Comigo
A partir das 14h na rua Beatriz, 61 – Vila Beatriz.

 

Ao copiar este guia, dê ao menos o crédito a este blog.

04 Feb 17:03

Remanescentes humanos de D. Pedro II, sua esposa, filha e genro, poderão ser exumados!

by Renato Drummond
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Em fevereiro de 2013, o Brasil pôde apreciar os resultados obtidos pela equipe de pesquisadores liderados pela arqueóloga e historiadora Valdirene do Carmo Ambiel, com os remanescentes humanos da primeira Família Imperial Brasileira, sepultada na cripta dentro do Monumento ao Centenário da Independência (São Paulo – SP). Por meio dos dados coletados, foi possível desconstruir muitos boatos envolvendo tais personagens de nossa história que ali descansam, como o fato de que a Imperatriz Leopoldina teria fraturado o fêmur após ser empurrada escada abaixo pelo seu marido, D. Pedro I, no palácio de São Cristóvão. Não obstante, para surpresa dos cientistas, verificou-se que a Imperatriz D. Amélia, segunda esposa de Pedro I, havia sido embalsamada, tendo sua pele, cabelos, unhas e mesmo os cílios bastante preservados.

Dado o grande sucesso do trabalho dos pesquisadores, que envolveu profissionais de várias áreas, foi possível recontar a história do Brasil através de uma nova perspectiva, mais verossímil e menos fantasiosa. Agora, um processo de pesquisa semelhante ao executado com D. Pedro I e suas duas esposas está em fase de discussão, mas desta vez envolvendo o segundo Imperador do Brasil; sua esposa, D. Teresa Cristina; sua filha, Princesa Isabel, e o marido desta, Gastão de Orleans, Conde D’Eu. Os corpos da Família Imperial do Segundo Reinado, por sua vez, encontram-se sepultados na catedral São Pedro de Alcântara, localizada em Petrópolis, Rio de Janeiro.

Túmulo de D. Pedro II e sua família na catedral São Pedro de Alcântara

Expulsa do Brasil um dia após a Proclamação da República (15 de Novembro de 1889), a Família Imperial passou a residir em Paris, sobrevivendo, em grande parte, da ajuda de amigos, como a Condessa de Barral. Após a morte de D. Pedro II, em 5 de Dezembro de 1891 (aos 66 anos), sua filha Isabel passou a residir com o marido e os três filhos no castelo D’Eu, na França, onde faleceria em 14 de Novembro de 1921, aos 75 anos de idade. Nesse mesmo ano, os restos mortais de Pedro II e Teresa Cristina eram transladados do panteão dos Bragança, em Portugal, para o Brasil a tempo das comemorações pelo Centenário da Independência, em 1922. Os corpos da Princesa Isabel e de seu marido, entretanto, só seriam transportados para cá em 1971, e depositados juntamente com os do Imperador e o da Imperatriz.

De lá pra cá, a Catedral São Pedro de Alcântara e a cripta imperial têm sido um importante ponto de turismo para todos aqueles que desejam prestar homenagens a Pedro II e à sua família. Segundo José Murilo de Carvalho (2007, p. 222-223),

… Em quase meio século de reinado, D. Pedro II presidiu a solução dos grandes problemas que, quando ele subiu ao trono, ameaçavam a própria existência do país. À beira da fragmentação em 1840, o Brasil em 89 exibia poucos sinais de fratura. O tráfico fora extinto, e a escravidão fora abolida. [...] A instabilidade política havia sido substituída pela consolidação do sistema representativo e pela hegemonia do governo civil, em nítido contraste como o que se passava nos países vizinhos. Na política externa, o Brasil definira com clareza e preservara seus interesses na região platina, e ganhara a respeitabilidade diante da Europa e dos países americanos…

Com isso, D. Pedro II consolidava sua imagem como monarca e garantia o respeito internacional tanto pela dignidade quanto pela forma patriótica com que exercia o poder, além de seu patronato à ciência e às artes (ibidem).

D. Pedro II em seu leito de morte

Em sua última fotografia, tirada quando já estava morto, por Paul Nadar, podemos observar o soberano já bastante envelhecido, apesar de seus 66 anos. No final, tantas lutas, vitórias e decepções acabaram por cobrar seu preço do homem que enxergava a pompa da realeza como um fardo e que certa vez disse: “Se os brasileiros não me quiserem por imperador, serei professor”. Quantas estórias e quantos mistérios envolvem a figura do segundo imperador constitucional do Brasil. Muitas das perguntas, por sua vez, poderão ser esclarecidas a partir da análise de seus remanescentes humanos. Contudo, para que o projeto de pesquisa tenha continuidade, ainda é preciso alguns trâmites legais, como a autorização dos atuais descendentes da família imperial, tanto do ramo de Petrópolis, quanto do ramo de Vassouras.

Segundo a arqueóloga e historiadora Valdirene do Carmo Ambiel, em entrevista publicada na edição desta quarta-feira (30 de janeiro de 2014) pela revista digital “O Globo Mais” (leia mais aqui), “Lidar com remanescentes humanos ainda é um tabu, e não é só no Brasil. [...] Eu os vejo como seres humanos, não como simples objetos de estudo. Eles tiveram a vida deles, assim como eu tenho a minha. Isso deve ser respeitado independentemente de ser um imperador. Além do respeito, trabalhamos para o conhecimento e queremos fazer isso para a nossa sociedade atual. Não é aquela coisa de olhar o passado como uma coisa arcaica, mas sim como aprendizado”.

Revisado por Eliete Freitas.

Fontes:

ESTADÃO e O GLOBO

Bibliografia consultada:

CARVALHO, José Murilo de. D. Pedro II – São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

AMBIEL, Valdirene Do Carmo. Estudos de Arqueologia Forense Aplicados aos Remanescentes Humanos dos Primeiros Imperadores do Brasil Depositados no Monumento à Independência. 2013. 235 f. Dissertação (Mestrado em Arqueologia) – MAE, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2013.

04 Feb 14:02

Photo







03 Feb 16:20

Artistic Arrangements of Microscopic Algae Viewed Through a Microscope

by Christopher Jobson

Artistic Arrangements of Microscopic Algae Viewed Through a Microscope science fossils algae
Photograph of diatoms collected in Russia and arranged on a microscope slide in 1952 by A.L. Brigger.

Artistic Arrangements of Microscopic Algae Viewed Through a Microscope science fossils algae
Photograph of fossil diatoms collected in Pt. Reyes National Seashore in Marin County, California, and arranged on a microscope slide in 1968 by A.L. Brigger.

Artistic Arrangements of Microscopic Algae Viewed Through a Microscope science fossils algae
Black and white photograph of fossil radiolaria arranged on a slide by R.F. Behan. The slide label reads “Prize Medal Paris 1867 Polycystina; Springfield, Barbados.” The arrangement is approximately 3 millimeters in diameter.

Artistic Arrangements of Microscopic Algae Viewed Through a Microscope science fossils algae
Photograph of diatoms arranged on a microscope slide by W.M. Grant.

Artistic Arrangements of Microscopic Algae Viewed Through a Microscope science fossils algae
Photograph of diatoms arranged on a microscope slide by W.M. Grant.

Artistic Arrangements of Microscopic Algae Viewed Through a Microscope science fossils algae
Photograph of diatoms arranged in October 1974 on a microscope slide by R.I. Firth. The slide label reads “Selected species from Californian fossil marine localities. To Mrs. G Dallas Hanna with compliments.”

Artistic Arrangements of Microscopic Algae Viewed Through a Microscope science fossils algae
Photograph of Arachnoidiscus diatoms collected in the Bolinas Lagoon in Marin County, California and arranged on a microscope slide by R.F. Behan.

In a fascinating blend of art and science the California Academy of Sciences possesses a rare collection of microscopic diatom arrangements. Diatoms are a major group of algae that are among the smallest organisms on Earth, of which nearly 100,000 different species are estimated to exist. While there are numerous examples of diatoms that have been photographed for scientific study, these particular scientists hobbyists seem to have gone a different direction, instead turning these tiny unicellular lifeforms into mandala-like artworks. The tiny designs are all the more amazing when you consider most of them would fit on the head of a nail. You can see more examples right here. Photos by Sara Mansfield. (via Synaptic Stimuli)

Update: The California Academy of Sciences clarifies that these arrangements, despite being produced with scientific tools, are purely aesthetic, and were produced by hobbyists, not scientists.

03 Feb 16:19

Intersections: An Ornately Carved Wood Cube Projects Shadows onto Gallery Walls

by Christopher Jobson

Intersections: An Ornately Carved Wood Cube Projects Shadows onto Gallery Walls wood shadows religion light Islam installation
Intersections, 2013. 6.5′ Cube, projected Shadows: 35′ x 32′.

Intersections: An Ornately Carved Wood Cube Projects Shadows onto Gallery Walls wood shadows religion light Islam installation
Intersections, 2013. 6.5′ Cube, projected Shadows: 35′ x 32′.

Created by mixed media artist Anila Quayyum Agha, this elaborately carved cube with an embedded light source projects a dazzling pattern of shadows onto the surrounding gallery walls. Titled Intersections, the installation is made from large panels of laser-cut wood meant to emulate the geometrical patters found in Islamic sacred spaces. Agha shares:

The Intersections project takes the seminal experience of exclusion as a woman from a space of community and creativity such as a Mosque and translates the complex expressions of both wonder and exclusion that have been my experience while growing up in Pakistan. The wooden frieze emulates a pattern from the Alhambra, which was poised at the intersection of history, culture and art and was a place where Islamic and Western discourses, met and co-existed in harmony and served as a testament to the symbiosis of difference. I have given substance to this mutualism with the installation project exploring the binaries of public and private, light and shadow, and static and dynamic. This installation project relies on the purity and inner symmetry of geometric design, the interpretation of the cast shadows and the viewer’s presence with in a public space.

Intersections is currently a finalist in the 3rd Annual See.Me: Year in Review Competition, and you can learn more about it here. (via Twisted Sifter, Hi-Fructose)

03 Feb 16:14

Porque todo mundo ama o Wes Anderson?

by Janara Lopes
thais k. lancman

adrien brody vamos casar vamos ter filhos vamos morar em uma casinha de palha do taiti

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Wes Anderson é um apaixonado por arte, design e pelos detalhes. Ah, os detalhes!

“ Uma grande parte do que faz um filme de Wes Anderson tão memorável são os detalhes do projeto de produção, ou a aparência geral do filme. Isto inclui adereços, locais estabelecidos, design, roupas, e assim por diante. Comecei minha carreira em Hollywood no mundo do design de produção, de modo que eu sempre apreciei o trabalho desses heróis anônimos por trás da tela grande.

O Designer de produção do Grand Hotel Budapest foi Adam Stockhausen, que também trabalhou em Moonrise Kingdom e foi diretor de arte em The Darjeeling Limited.”, comentou Michael Cuffe no site Warholian.

Aqui vai uma série desses detalhes para o nosso deleite, enquanto esperamos a estreia do filme.

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03 Feb 13:42

chapmangamo: How to Sneeze in 10 Languages

by joberholtzer






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How to Sneeze in 10 Languages

03 Feb 13:38

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03 Feb 13:14

Rostos engraçados

by Tati Arcolini

Veja que incríveis as obras do artista plástico Victor Nunes. A técnica é simples: combinar ilustrações com objetos do dia a dia, como tesoura, alface, canecas e até pipoca, e criar rostos divertidos! :P

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(via)

31 Jan 17:20

wow, i’ll use it for everything!



wow, i’ll use it for everything!

29 Jan 11:52

NOVO MENE: O MISTO DE SENSAÇÕES

by pensamentosdoamanha


NOVO MENE: O MISTO DE SENSAÇÕES