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O poderoso pirata felino da mão de gancho.
Terapeuta de casal express
Aí eu resolvi ir ao shopping ontem. Fui sozinho porque precisava comprar ~umas paradas sinistras~ e não queria demorar muito. Lá pelas tantas, depois de comprar as – paradas sinistras -, estava descendo a escada rolante e procurando a uma famosa e pequena loja.
Enquanto descia, avistei um casal brigando feio, gritando mesmo. Ambos com seus quase 50, se xingando ferozmente. Obviamente eu vidrei os olhos neles. Afinal, fora meus vizinhos que racham o pau diariamente, raramente vejo uma briga dessas.
Quando o cara desviou os olhos da esposa, deu de cara comigo, sem piscar, acompanhando a contenda (sempre quis usar essa palavra). Saí da escada e e, ao passar por eles, fui seguro pelo braço pelo tiozão puto e com sua careca alourada, toda vermelha. Lembrando que eu só não soquei a cara dele porque estava com duas sacolonas com as ~paradas sinistras~ que eu comprei.
Aí o véio me segura e grita:
“Perdeu alguma coisa, meu chapa?”
Putz, o cara é das antigas. “Meu chapa” é para poucos.
Eu fiquei mudo e um pouco gago. Aí pensei “foda-se. Vou tirar uma onda com esse cara.”
Ia falar para você fechar os olhos e imaginar a cena, mas lembrei que isso é um blog. Então, pode-ler.
Disse a ele.
“Perdi, cara. Perdi, sim. Perdi minha esposa em um acidente de carro, há quatro anos. Terrível. Meus filhos perguntam dela até hoje. A gente brigava o tempo todo. O pouco tempo que tínhamos juntos, desperdiçávamos com brigas, falta de respeito, ciumes bobos. Hoje eu me arrependo disso, de não ter vivido em paz. Espero que a briga de vocês termine aqui, com um abraço.”
O trouxa ficou vermelho de vergonha. A senhora dele, chorou. Eles se abraçaram e a moça disse. “Moço, Deus que dê forças pra você e seus filhos. Toda vez que a gente começar a brigar, vamos lembrar do senhor.”
E o cara só deu uma fungada e balbuciou algo como “vá em paz, amigão. Desculpa.”
Quando me vi livre de tomar um soco, me dirigi a eles novamente e disse:
“Só mais um coisa. Sabem onde fica a loja da Havaianas?”
Novo disco do Wu-Tang Clan e o milionário que aumentou o preço...
Novo disco do Wu-Tang Clan e o milionário que aumentou o preço de remédios para ter mais lucro
A notícia de que um novo álbum do Wu Tang Clan seria lançado com todos os integrantes originais do grupo deixou os fãs de hip-hop insanos. Os detalhes vieram, mas não foram animadores: apenas uma unidade do álbum seria vendida, uma espécie de versão ultra-luxuosa, e por uma bela quantia de dinheiro: DOIS MILHÕES DE DÓLARES! E foi assim que Once Upon A Time In Shaolin foi apresentado ao mundo no dia 26 de março de 2015.
Desesperados pela peça única, grupos de fãs se juntaram tentando arrecadar dinheiro para comprar o disco e talvez disponibilizá-lo para quem quisesse ouvir - uma tentativa na plataforma Kickstarter foi a mais famosa, mas falhou.
Em maio desse ano, um figurão pagou a bagatela e levou o álbum, mas a venda foi apenas concluída recentemente. Apesar dos responsáveis pela negociação não revelarem o nome do comprador, hoje todos tivemos acesso a ele - e a decepção foi das grandes. Martin Shkreli, CEO da empresa Turing Pharmaceuticals, foi o responsável pela compra, mas é ai que duas grandes histórias (que bombaram na internet) se colidem.
Shkreli, um dos candidatos mais fortes ao prêmio ‘babaca do ano’ (se ele existisse, claro), ficou conhecido por aumentar o preço de remédios para tratamento de AIDS e câncer da noite para o dia. O que custava $13.50 foi para $750, um aumento de cerca de 5.000%. Não bastasse o absurdo, Shkreli se defendeu dizendo que fez isso para tornar seu produto mais competitivo e que, apesar do aumento, seu remédio ainda era muito mais barato que outros tratamentos.
Agora imagina o que RZA pensaria ao descobrir que uma pessoa dessas comprou o álbum do Wu-Tang? Primeiro, ele fez questão de apontar que a compra foi feita antes da descoberta desse trabalho sujo do comprador do disco. Depois, fez questão de dizer que grande parte do valor da venda irá direto para a caridade. Ponto pro Wu-Tang.
Piorando a história, perguntaram ao milionário ambicioso o que ele tinha achado do álbum. O que ele respondeu? Que não tinha ouvido o disco ainda, mas que tinha pedido para um funcionário fazer isso por ele. Se você tivesse comprado um álbum do Wu-Tang, inédito, que só você teria nas mãos no mundo inteiro, você ficaria sem ouvir e ainda pediria para outra pessoa escutar por você? Aposto que não!
O que aprendemos com essa história? Que dinheiro não é tudo e que a babaquice não tem limites.
Sobre o álbum
Criado como um ábum-conceito, Once Upon A Time In Shaolin foi gravado em segredo nos últimos anos e com ideia de se tornar peça de museu, tendo possibilidade de se tornar um produto para venda apenas após 88 anos de seu lançamento - na verdade, os direitos do álbum seriam de seu comprador depois desse período de quase um século, e então seu dono poderia vendê-lo ou fazer o que bem entendesse.
Mas por que 88 anos? RZA, que sempre mostrou seu interesse por numerologia, explicou que faz referência ao número original de integrantes do Wu-Tang Clan - oito - e a soma dos números do ano de 2015 (2 + 0 + 1 + 5 = 8, confere?). Oito também simboliza o infinito e sempre acompanhou a obra e história do Wu-Tang Clan.
Além do álbum de 31 faixas, o comprador teve acesso a um livro de 174 páginas com observações e detalhamento das músicas. Once Upon A Time In Shaolin traz as participações curiosas da cantora Cher, de uma atriz de “Game of Thrones” chamada Carice van Houten e jogadores do FC Barcelona - vai entender?!
Apesar da grandeza do projeto, nem todos os integrantes do Clan ficaram felizes com seu conceito. Quando ficou sabendo que o disco apenas poderia ser comercializado em 88 anos, Method Man ficou, digamos, decepcionado. “F*da-se esse álbum!”, comentou o rapper em entrevista à XXL Magazine.
Se você se interessou pela ideia de Once Upon A Time In Shaolin, RZA e o produtor e manager Cilvaringz postaram uma página com perguntas e respostas sobre o disco, incluíndo conceito e motivos para ter sido entregue ao mundo dessa forma.
Vale a leitura: http://scluzay.com/eighteight
MAIS:
Ouça ‘Execution in Autumn’,novo som do Wu-Tang Clan
Assista ao show do Wu-Tang Clan no Coachella 2013
carta à menina que fugiu
Coluna Caminhos
Todo mês, também vou estar colocando aqui no blog a mesma coluna, leiam e critiquem, e se tiver algum assunto que gostaria que estivesse na coluna, por favor me mande nos comentários. Grato Ferréz
Chicago
"Kiss Of Death", a piece by E. LEE in Chicago
"Kiss Of Death", a piece by E. LEE in Chicago
"Kiss Of Death", a piece by E. LEE in Chicago
"Kiss Of Death", a piece by E. LEE in Chicago
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My day with Leo
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semana 45, tudo o que eu peço é que não me obriguem a sapatear na pocinha.
eu estava no jardim 2, que inclusive foi meu único jardim porque no jardim 1 minha mãe me achava bundona demais para sobreviver, e o jardim 3 ela considerou um desperdício das minhas grandes aptidões porque eu já estava alfabetizada.
mas enfim.
no jardim 2 eu tinha 4-5 anos e dengue era uma grande preocupação no meu meio social. não perguntem. tudo o que meus colegas sabiam é que água parada = dengue = morte mas por algum motivo eles não incluíam o mosquito na equação e eu achava a história inteira muito sem sentido - não que eu SOUBESSE como se transmite dengue, mas era a louca da brincadeira com água e estava vivona, ou seja, não podia ser daquele jeito que contavam. mas isso não tinha muita importância. a questão é que se você pisasse numa poça caía imediatamente em desgraça. porque estava “com dengue” e “ia morrer”. e ninguém chegava perto de você até outra pessoa pisar na água.
(e a desajustada era eu)
aí teve esse dia em que eu queria muito me curtir e as crianças (e eu pensava exatamente nesses termos, “as crianças”. como se eu própria não fosse uma. todo um transtorno.) não me davam uma trégua, elas iam atrás de mim nos meus cantinhos e me puxavam pelo braço.
e então o que a pequena raquel intoxicada de tanta interação social não solicitada fez?
sapateou na pocinha. splash splash.
não vou dizer que rolou um plano altamente sofisticado porque (a) 4 anos, e (b) agi movida por simples desespero. mas o efeito foi similar ao de me transformar num bode preto e entoar cânticos para satã no meio do pátio. ninguém mais chegou remotamente perto de mim.
o dia em que perceberam que pisar na água não passava dengue foi todo um desalento interno, mas nessas alturas já tinham assumido que eu era bizarra e desistido de mim.
aí que obviamente depois de 2 semanas de férias a pessoa fica meio trololó pois sem rotina não há a MENOR condição de operar.
esperado, né. sabia que esse momento chegaria. tanto que comprei ingresso pra exposição da frida com toda uma antecedência e comecei a articular um bate e volta humilde porém sincero para são paulo - mais pra ter do que me ocupar do que por qualquer outro motivo.
mas aí tem outro problema: você diz que vai viajar até ali bem rapidinho e
- sozinhaaaaaa?
- leva alguém com você!
- ai que triste isso, liga pra [insira aqui o nome de qualquer pessoa extremamente desconectada de minha realidade atual com a qual interagi um total de 3,5 horas nos últimos 10 anos] e combina ~alguma coisa~.
aí eu faço essa cara
e sou grossa e não gosto de gente.
como se não houvesse TODA uma quantidade de gentes no ônibus e na rodoviária e no metrô e na avenida paulista, não é mesmo? lá pelas 8:30 da manhã, depois de dar bom dia pra moça do café e pro recepcionista, eu estarei totalmente ok de contato humano em geral. por umas 12 horas. porque ainda tem que guardar uma reservinha pra pedir licença, me desculpar quando esbarro em alguém etc.
portanto não é que eu não goste de pessoas, vejam bem. é só que eu preciso fazer pausas muito longas para seguir gostando de boa parte delas.
é a minha forma de continuar pisando nas pocinhas dentro da minha cabeça, porque de outro modo serei obrigada a pisar aqui do lado de fora mesmo e provavelmente acabarei interditada.