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06 Apr 13:35

Sobre trabalhar home office com filhos (Parte 3)

by Ana Medeiros

Advinha porque esse terceiro e último post demorou taaaanto pra sair? Acertou quem penso na velocidade da luz: Ela não teve tempo.

Gente, pode parecer brincadeira, mas as vezes passo mais de uma semana pra responder uma mísero “uatisapi” das amigas. E não é descaso, a rotina não alivia. Muitas vezes é justamente por não querer sair do que está programado, agendado, por não querer deixar nada pendente com os clientes da lojénha. Enfim, não é por mal, eu acho que seria mais justo se o dia tivesse mais horas, mas enfim, vamos seguir o jogo…

E qual a minha realidade HOJE? Como faço pra conciliar o trabalho home office, meus filhos, minha casa, meu casamento, etc?

Vamos por partes, e se em algum momento esse texto parecer confuso, me perdoem. São muitos pontos que se misturam, trabalhar em casa é assim, rs.

Se vocês não leram o a primeira e a segunda parte dessa novela, leiam. Lá no primeiro post falei que hoje em dia já conseguimos ter um mini equipe: 2 funcionários na Casa de Criação + meu pai que quebra um super galho + um menino de 5 anos gente boa + um bebê de 1 ano super ativo e que dorme bem + Babá + diarista 2x na semana. Ah sim, precisamos integrar os meninos nessa “equipe” porque eles influenciam diretamente o andamento das coisas por aqui.

Então vamos falar de filhos e marido, antes de qualquer coisa.

E falando em filhos, também faz parte do nosso trabalho tentar fazer que pelo menos o mais velho entenda que se papai e mamãe não tiverem a compreensão dele, e confesso que muitas vezes é bem difícil, não conseguiremos honrar as nossas contas, fazer as compras, pagar a escola, o aluguel e por ai vai. Se tem uma coisa que aprendi quando uni trabalho e família é que as conversas entre todos precisam ser bastante francas e sinceras, mesmo que corte o coração.

Quando o Vinícius pede atenção em um momento altamente punk do meu trabalho, eu tento explicar pra ele que eu não posso sair, que não posso brincar, que não adiantar ele ficar insistindo, que ele precisa tentar se virar sozinho de algum jeito. É claro que muitas vezes ele reclama, não entende, fica triste, chora, mas além de realmente ser impossível pra mim, fico um tiquinho satisfeita em vê-lo fazendo algo sozinho e sendo uma criança desenrolada, penso que autonomia nunca fez mal na minha vida, só me ajudou a crescer, e que ele pode fazer do limão uma limonada. Um pouco cruel vez ou outra? Talvez sim, eu fico muitas vezes morrendo por dentro, mas realmente não posso atrasar um pedido ou deixar de cumprir uma obrigação. Explico o momento, digo que teremos “mais tarde uma horinha só pra nós” e tento encorajá-lo a fazer o que precisa. E ele não vai pra TV muitas vezes? Infelizmente sim, as vezes só um pouquinho, outras vezes a manhã inteira, e mesmo sabendo que isso é mesmo uma merda, eu ainda estou buscando alternativas pra lidar com esse tipo de situação.

E quando o Bê chora? Gente, o Bê quando chora, ele CHORA. É dramático, é birrento, grita, faz pirracinhas e escândalos. Logo no início eu ficava muito desesperada, mas como é algo que ele faz desde muito pitoco, fui aprendendo a lidar. Escuto, tento entender de longe e se for algo besteirol deixo que Lili resolva, se vejo que é algo mais sério, obviamente desço e fico um pouco com ele, brinco, acalmo. Não tem um única vez que eu não sofra pensando o que pode estar acontecendo, me sinto culpada outras vezes, mas respiro e tento ponderar os sentimentos confusos. Digo para todos que tenho muita sorte em ter encontrado uma pessoa extremamente paciente pra me ajudar, até mais paciente que eu. Lili tem seus defeitos, mas mantêm o controle em momentos difíceis com meu bebê.

Sem contar que pelo menos na parte da manhã, reverso com  Lili o cuidado com os meninos, sei que é muito cansativo ficar com o Bê a manhã inteira sem uma pausa, ele é uma criança super agitada, que não se concentra ainda em uma atividade por muitos minutos, e agora que anda, ele corre a casa inteira, haja fôlego. Também faço a lição de casa com o Vini nesse período, faço o café da manhã pra ele, etc.

Nos dias que tenho diarista é mais tranquilo, nos dias que estamos só nós duas, uma vai fazendo o almoço, a outra vai dando o banho, daí surge uma brechinha pra ir arrumando as camas, lavando os pratos, etc. As manhãs são cansativas, é o momento em que a casa fica muito agitada e muitas vezes eu corro (literalmente) de um lado pro outro.

Com o Leo a nossa relação de trabalho é muito boa, temos uma sintonia grande e dividimos as tarefas por “áreas”. Eu fico mais com a parte online e ele com a offline. Enquanto cuido dos pedidos, emails, divulgação, entre outras coisas, ele fica focado na produção, fornecedores, entregas, trabalhos externos, etc. A coisa flui muito bem dessa forma, e apesar de estarmos muito próximos (Eu no escritório em cima e ele na oficina no térreo), tem dias que nos vemos pouco, o que é uma coisa boa né? Ele também interrompe o seu trabalho pra brincar com os meninos, colocar um pouquinho no colo, trocar uma roupa, levar pra escola, etc. Como todo casal, é claro que temos nossas crises e também brigamos, mas raramente por causa de algo de trabalho, os motivos são mesmo pessoais e daí tentamos ao máximo separar as coisas, mesmo que estejamos nos odiando, haha.

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E a rotina, como fica? 

A minha rotina gira um pouco em função dos meninos, até porque quando um ou outro fica doente, adeus rotina. Mas se tudo tá andando tranquilo, ela é mais ou menos assim:

Entre 7:00h e 8:00 da manhã eu acordo (Esse horário depende do Bê também, ele já passou uns meses acordando as 05:00h), e quando Lili chega tomo meu café, me arrumo e subo para o escritório. Até as 10:00h respondo emails dos clientes, e se estiver um post esperando só ser concluído, finalizo-o e volto pra casa. Faço as tarefinhas de casa com o Vini e depois pego o Bê um pouquinho para brincarmos. Muitas vezes Lili me ajuda com o almoço, ela gosta de cozinhar e de certa forma é um momento em que ela descansa os braços e a coluna (hahaha), outros dias eu mesmo vou pra cozinha fazer o almoço. Lá para as 11:30 é hora de arrumar Vini pra escola, almoço em seguida, etc. As 13:00 deixo ele na escola e volto pra casa (Quando o Leo não pode ir). Geralmente volto a trabalhar no escritório as 14:00h. Ah, entrei no academia nesse horário, mas confesso que não consigo ir todas as semanas. É muito corre corre, Brasil!

A tarde geralmente tento ao máximo produzir conteúdo para o blog, mas mesmo com a ajuda da Jaci com as coisas da loja, acabo me envolvendo completamente também com a Casa de Criação, seja atendendo os clientes por email, finalizando umas coisas dos produtos, pesquisando novas inspirações para os próximos lançamentos, etc. Resumindo: Minhas tarde poderiam durar muito mais tempo que somente 3 horas (Das 14 as 17h), que é sim, muuuito pouco, tendo em vista que as vezes levo todo esse tempo pra fazer um único post.

Geralmente vamos todos buscar Vini na escola e chegando em casa começa todo o processo de banho-janta-colocar pra dormir. As 21h eles estão dormindo e aí eu e Leo vamos relaxar um pouco, vendo seriados, tomando uma cervejinha, lendo algum livro, etc. Quando realmente temos muito trabalho, voltamos para o batente, mas isso acontece raramente, muito raramente.

A loja física

Assim que o Bernardo nasceu decidimos abrir uma loja, sim, somos loucos. Ter um espaço físico onde eu pudesse me encontrar com as pessoas, sair de casa para trabalhar, fazer oficinas e promover o nosso trabalho unido ao artesanato local era um sonho. E apostei nele, sem medir a quantidade de esforço que ele iria me exigir. A nossa cidade é turística e o comercio é mais forte no fim de semana. A proposta apresentada pelo pessoal da linda galeria era encantador e tínhamos uma graninha guardada. Em dois meses abrimos a loja.

Foi um período difícil e ao mesmo tempo empolgante. Mas depois de já ter lido tudo até aqui, você acha mesmo que eu daria conta por muito tempo?

Por isso recentemente decidi fechar a loja física que tínhamos aqui na cidade. Você imagina aí toda essa rotina e ainda uma loja pra gerenciar, abastecer com produtos (Já que a maioria deles são criados por nós), etc.

Quero ficar com a minha família no fim de semana, e mesmo tendo Jaci lá, não conseguimos por exemplo, repor sempre o estoque. “Ah, e se vc contratasse um gerente?”, já me perguntaram isso. Gente, nós somos ainda muito pequenos, e sinceramente, não sei se queremos ser grandes. Preferimos investir em mão de obra na nossa oficina, onde as peças são produzidas e enviadas para o Brasil inteiro, do que gastarmos muitas energias em algo que não estava trazendo um retorno muito bom. Sabe toda a conversa encantadora do pessoal que nos alugou a loja? Foi uma furada.

Não me arrependo, foi uma experiência ótima. Também não tenho vergonha ou receio em falar que desisti. A vida é isso, e só vamos aprendendo batendo cabeça (mesmo seguindo um plano de negócios, acredite).

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O que mudou durante esse 5 anos de trabalho home office?

Obviamente que todo o apoio que temos hoje é indispensável para que a coisa flua. Imagine se eu não tivesse alguém pra me ajudar com o Bê como na época do Vini? Era tão mais difícil e cansativo. Imagina se eu também tivesse que cuidar da faxina da casa? Também seria complicado. Além de que sou extremamente alérgica a produtos de limpeza. E se eu ainda precisasse fazer todas as embalagens de pedidos (São mais ou menos de 30 a 50 pacotes por semana)? Certamente não sobraria tempo pra produzir conteúdo pro blog. Nós tentamos diariamente valorizar ao máximo todos que trabalham com a gente, porque sabemos o quanto são fundamentais.

Na verdade uma coisa leva a outra, porque se não movimento as redes sociais e faça divulgação, por exemplo, as pessoas não chegam até a lojinha. Se não produzo conteúdo pro blog, os acessos caem e o interesse dos anunciantes também, sem contar que sou viciada no #ACQMVQ e amo o meu trabalho.

Os processos ainda vão um pouco além. Se pensarmos em otimização de tempo, por exemplo, mudar hábitos e ser mais organizada também foi fundamental. Confesso que ainda não cheguei em um padrão top de gerenciamento de todas as minhas atividades, classificá-las ainda é um problema pra mim. Não me distrair fácil com leituras na internet ou interações com amigos em redes sociais, idem. Não sou muito disciplinada, apesar de ter uma auto cobrança enorme, que me leva até a ter algumas crises de ansiedade e estresse. Ainda assim, aprendi muito durante esse anos, o saldo não é tão ruim e as coisas estão prosperando. Ah sim, Leo é extremamente organizado, metódico e consegue manter uma rotina mais ajustada que a minha.Criar listas é a nossa grande salvação. Lista para o dia, lista para posts, lista para atividades com os meninos, lista para novidades da loja, listas, listas, listas, infinitas listas. Usamos o aplicativo Colornote no celular, ajuda e muito.

Sobre tudo isso…

Ainda estou aprendendo, essa é a verdade. Não me sinto apta a aconselhar ou tentar ensinar alguém a nada relacionado ao trabalho home office e o tal do empreendedorismo. Empreender é uma paixão, mas ainda preciso estudar muito, aliás, preciso começar e estudar, porque tudo que fiz até o momento foi muito intuitivo. Estou me programando mesmo pra cair dentro dos estudos no segundo semestre, pois estava esperando passar o primeiro aninho do Bê, quem tem filho sabe o quanto essa fase é mais complicada pra gente fazer qualquer coisa.

Os dias são deliciosamente cansativos, alguns dias eu choro atrás da porta e vou escorregando pela parede até ficar em posição fetal, noutros dias eu olho do escritório meus meninos brincando no quintal e choro de felicidade e gratidão. Esse post não tem como terminar aqui, é muita coisa pra dividir, todo dia temos “causos” pra compartilhar.

trabalhar com filhos

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