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18 May 12:36

http://trabalharcansa09.blogspot.com/2013/05/blog-post_18.html

by Tatiana Faia
18 May 12:34

Morte

by Malena
Estranho os rituais da morte...  Tanto mais quanto mais me são próximos.
15 May 23:03

Audrey Kawasaki



Audrey Kawasaki

14 May 23:19

Taking in more with the Widelux Widelux F7 ____ One of my...













Taking in more with the Widelux

Widelux F7

____

One of my fascinations with film cameras is their variety of formats and capture styles. Even within the panoramic format, there are examples of at least three methods - the Kodak Circut (rotating body), the Horizon 202 (the lens rotates), and the Hasselblad XPAN (wide lens on wide frame). It had been some time since I acquired a camera, and as my lust for gear was waning, I happened to come across the Widelux in my reading.

This camera’s unique features inspired me to obsess about it for months. I ended up buying a copy of Jeff Bridges’ book, “Pictures", crawling through forums for information, and keeping an eye on the classifieds. One day, an F7 appeared with a surprisingly low price on Analog Photography Users’ Group (apug.org) so I pulled the trigger and bought it.

The camera itself is quite showy, with its array of chrome knobs on the top and the curious lettering and almost Art-Deco lines on the front. W I D E L U X. On my body, the spacing of the letters is uneven, suggesting that the casting was carved by hand. The original box was a velvety-red material with gold lettering, and the brown leather case had chromed trim and a red interior.

When you look through the fixed viewfinder, you’re presented with an unusually wide view. It’s not that its view is wider than your own vision, but in the resulting still image you can explore the image by panning your eye’s focus - something you can’t do while seeing directly with your eyes (without moving them). I think this is the subtle magic behind the panoramic image.

After shooting several rolls to study the camera, it became clear to me that this format has two main things to learn. The first is the camera’s relative angle to the horizon. If you’re not careful, the world will curl up around you if you’re off kilter. The second is the compression or expansion of objects that move during exposure, depending on their movement with respect to the lens movement. For example, if a person is moving in the opposite direction of the lens movement, they’ll be compressed horizontally. Another unique result from having a moving lens is its flare around light sources - you get a horizontal halo that looks like a lighthouse beam. Since the lens focus is fixed, you really only need to set the aperture and then ponder these two variables (or not!) before you press the shutter button. I find myself considering the framing first, then tilting the camera a bit more if I want to make the image more dramatic. If I’m shooting further subjects, then I tend to worry more about the camera angle first and then the framing

The aperture stops down to f/11, where I try to keep it to keep Sunny-16 calculations simple. There are three “speeds" on the F7, which are really lens turret rotational speeds. The 1/125 and 1/250 speeds are two positions on a single gear box. The 1/15 speed is a separate gear box, but very prone to skipping as the gear teeth wear down (causing vertical banding in the frame). It’s a shame, since that slow rotation produces the most unique look from the camera.

I would not call this a “carry around every day" sort of camera, but it has proven to be great for hikes, street fairs, and crowds - situations where the light is relatively stable. The aspect ratio gives a cinematic quality to some photos. I’ve taken shots where people stepped back to get out view, only to remain in the frame and look straight into the lens. Aside from framing the immediate subjects, the rest of the image is difficult to imagine or control. The challenge with a camera like this is to come up with images that have more going on than their obvious “Widelux look". Its personality shines through too easily sometimes. To me, that’s one of the fun things about trying a new camera. Getting to know it, and learning to work together.

—Jason Schlachet, San Francisco.

***from top to bottom,

#1 Easter Sunday - Ilford Pan F+ 50, Rodinal 1+50.
#2 Holding Hands - Kodak Tri-X at 3200, Rodinal 1+50.
#3 Chinatown - Kodak Tri-X at 1600. Rodinal 1+50.
#4 Half Dome - Arista Premium 400 at 6400, Rodinal 1+50.
#5 Indian Wedding - Kodak Portra 160VC +1 1/2, lab developed
#6 BART - Kodak Ektar 100, f/15, lab developed
12 May 17:45

In The Calm of Night I went out on Saturday night after printing...











In The Calm of Night

I went out on Saturday night after printing in the day and made some night images close by the studio. These images are part of an ongoing series of night work which I’ve been doing since 1985. This work came together in a monograph entitled “Nocturnes”  published the University of Minnesota Press in 2007. The book is almost out of print so I’m trying to get them to do a paperback 2nd printing right now. This work is not the only work I do. I’ve worked documenting all manner of cultural landscapes from suburbs to the state fair. I use mostly Kodak film, some Ilford and do all my own B&W printing in our 500sq. ft. darkroom . I and my partner Craig built the space out in 1995 and it was and still is a dream darkroom. We share it with five others doing prints up to 60”X40 and film from instamatic to Cirkut size( 8”X 6ft.). Some of us are setting up for some more Alternative process. One member is even doing wet plate tintypes. I myself will continue to use film and scan what I need to for color printing. I am at this point starting a new project of re-photographing the 1880 large cyanotypes of Henry Bosse of images along the Upper Mississippi River.

—Chris Faust

Click here to find out how you too can share your photos and story with CGSF!!

12 May 17:40

Photo



12 May 16:57

Lágrimas de sangue

by Marco Santos

Será com certeza uma das fotos do ano, este derradeiro abraço.

Recorda-nos que a nossa existência, o nosso mundo e tudo o que conhecemos também pode ter começado assim, com um abraço entre um homem e uma mulher. O contraste mata-nos, de certa forma. Estes são os últimos momentos da vida de dois trabalhadores traídos por um prédio em colapso, condições miseráveis de segurança e de trabalho, e a criminosa negligência de quem os contratou e apenas os viu como números.

Taslima Akhter

A imagem de fotógrafa e ativista bengalesa Taslima Akhter mata distâncias culturais ou ideológicas, coloca-nos inequivocamente de acordo quanto às consequências da exploração do homem pelo homem: a desumanização.

«Perturbadora, mas assustadoramente bela», afirmou a fotógrafa à revista Time. «A sua ternura ergue-se sobre os escombros para nos tocar onde somos mais vulneráveis. Torna-a pessoal, e recusa-se a deixar-nos. Atormenta os nossos sonhos. Silenciosamente, diz-nos: nunca mais.»

A fotógrafa não conseguiu saber mais sobre estas duas pessoas: quem eram, que relação tinham um com o outro, se eram colegas de trabalho que não quiseram enfrentar a morte sozinhos.

Talvez agora muitos se sintam curiosos em conhecê-los; enquanto procuram histórias de romance e sonhos perdidos, deparar-se-ão com as condições em que trabalharam e de como os bandidos responsáveis pela manutenção do edifício ignoraram os avisos de perigo.

A 24 de abril, o edifício Rana Plaza, perto de Dacca, Bangladesh, colapsou. Aí trabalham cerca de três mil pessoas. 802 912 morreram na derrocada, mas ainda é possível que mais sejam encontradas nos escombros. No edifício de nove andares funcionavam cinco fábricas têxteis, duas delas a trabalhar para duas marcas de roupa ocidentais – a britânica Primark e a espanhola Mango.

Os trabalhadores já tinham alertado para a existência de fendas no edifício. Ninguém lhes prestou atenção. E o edifício caiu.

Taslima Akhter passou o dia todo entre os escombros, testemunhando o esforço das equipas de salvamento, os olhos assustados dos familiares. Finalmente, já «exausta física e mentalmente», descobriu-os.

«Sempre que olho para a foto, sinto-me desconfortável – assombra-me. Como se estivessem a dizer-me: não somos números, apenas mão-de-obra e vidas baratas».

12 May 16:41

Chem­trails: a conspiração que paira sobre nós

by João Monteiro

Serve este artigo para fazer uma breve reflexão sobre os alegados chemtrails, teoria da conspiração muito em voga nos últimos anos.

Com o número de seguidores destas ideias a aumentar em Portugal, decidi fazer uma pesquisa mais aprofundada e escrever sobre o tema no site da Comcept – Comunidade Céptica Portuguesa [1].

Dessa pesquisa, resultaram dois textos. No primeiro expliquei o que eram os supostos chemtrails e porque encaixava isso na temática das teorias da conspiração; no segundo desmontei o documentário de propaganda sobre o mesmo, intitulado What in the world are they spraying [2], [3].

Estes textos mereceram a atenção dos media, em particular da revista Visão e do Canal Q, o que, consequentemente, atraiu os adeptos da teoria da conspiração ao nosso site. Os comentários que tenho lido serviram de base a uma meditação da minha parte, sobre esta temática.

 

Que rastos são esses no céu?

Nicolas Armer

Foto: Nicolas Armer

Aquelas manchas brancas que vemos no céu, após a passagem de aviões, são rastos de condensação ou contrails (contração da expressão inglesa condensation trails).

 

Como aparecem?

São formados pelo vapor de água libertado pelos motores, ou por alterações na pressão do ar que ocorrem devido aos vórtices formados pelas asas dos aviões. Dependendo das condições de temperatura e humidade a elevada altitude, os rastos podem ser visíveis durante alguns minutos, ou até longas horas.

 

Qual a polémica?

Conspiração!

Os adeptos da teoria da conspiração afirmam que esses rastos são constituídos por químicos, daí a designação de chemtrails (contração da expressão inglesa chemical trails).

Esses químicos estariam a ser libertados para envenenar a população, com o objetivo de a tornar doente e dependente de fármacos, para controlar a demografia mundial, para facilmente manipular as pessoa ou controlar o clima, dependendo das versões. Por detrás desta conspiração estaria a Indústria Farmacêutica, a Comunidade Científica, o Governo ou alguma associação secreta com objetivos sombrios, mais uma vez dependendo das versões.

Isto é característico das teorias da conspiração: vão-se formando ramificações da ideia principal, de acordo com os receios das pessoas.

 

A propósito

Carl Sagan

Esta parece uma ideia inusitada, pelo que nos deveria deixar logo de sobreaviso. Como escreveu Carl Sagan: «Afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias».

Quais são, então, as evidências que sustentam esta “teoria”? Fará, tudo isto, algum sentido?

As alegações não são sustentadas em factos, são apenas afirmações (ou suposições) que não vêm acompanhadas de provas. A título de exemplo:

  • estes rastos já são observados há várias décadas, não sendo um fenómeno recente;
  • o tempo de duração dos mesmos tem uma explicação conhecida;
  • não está estabelecida nenhuma relação causa-efeito entre os rastos e doenças em humanos ou decréscimo na produção agrícola;
  • a pulverização de agentes químicos a elevada altitude é um processo não controlado, pelo que afetaria toda a população indiscriminadamente, inclusive quem comandaria a operação e seus familiares.

 

Quais as fontes que servem de apoio aos adeptos destas ideias?

Google Chemtrails

Os defensores dos chemtrails apoiam-se essencialmente em sites de teorias da conspiração, em vídeos do YouTube, e no documentário que já mencionei. Estes três pontos são comuns às várias respostas que temos recebido, e uma das conclusões que daqui retiro é que estas pessoas não sabem selecionar ou discriminar fontes. Apesar de a Internet ser uma excelente ferramenta para obtermos conhecimento, também aí se encontra muita desinformação.

Por exemplo, em blogues ou no YouTube pode ser colocado o que cada um quiser, pelo que a fonte não é considerada, por si só, fidedigna. É importante ver quem foi o autor do recurso digital, se é um especialista da área, quais as fontes que utiliza e ter espírito crítico relativamente à informação disponibilizada. É incrível o número de vezes que me foram apresentados filmes do YouTube, quando pedíamos evidências que sustentassem as afirmações.

O documentário que também está a ser amplamente divulgado está repleto de erros metodológicos, citações fora do contexto, e de discurso falacioso.

 

E a Geoengenharia?

Esta é definida como «uma intervenção deliberada em larga escala nos sistemas naturais para contrariar as alterações climáticas». É uma disciplina que de facto existe, é lecionada nas universidades, são realizadas palestras e que, portanto, não tem nada de secreto.

Este é mais um dos exemplos que caracteriza as teorias da conspiração: pegam em algo que existe (geoengenharia) e atribuem-lhe uma aura sombria de secretismo e de manipulação. E assim surge a ideia de rastos de (todos os) aviões a serem libertados com o objetivo internacional secreto de alterar o clima. [4]

 

De onde vem a ideia das pulverizações?

As pulverizações têm sido feitas nas últimas décadas com diferentes objetivos: na agricultura são pulverizados pesticidas; no passado foi frequente o uso de DDT (este, tendo sido prejudicial ao ambiente, foi favorável à destruição do mosquito vetor da malária); e na guerra do Vietname foi pulverizado o “agente laranja”, poderoso desfolhante usado com o objetivo de destruir as folhas das árvores, tornando visível a localização dos vietnamitas (no entanto, este produto não foi devidamente purificado, vindo a revelar-se cancerígeno).

 

Pensar primeiro, disparar depois

Convém pensar

A ideia geral dos chemtrails não assenta em nenhuma evidência, não tendo sido demonstrada, até ao momento, qualquer relação entre os rastos dos aviões e casos de envenenamento. As eventuais razões para isso ser feito também não convencem. Então porque é que as pessoas partilham sites e mensagens sobre este tema? Pelas razões que a seguir identifico:

  • Pouca literacia científica. Se as pessoas dominassem os fundamentos da ciência, teriam mais facilidade em distinguir afirmações científicas de pseudocientíficas, como as que surgem no documentário;
  • Pouco habituadas ao uso constante do pensamento crítico. Um exercício fundamental é exigir provas ou evidências para as afirmações, consultar diretamente as fontes, debater com base na razão e não em emoções;
    Como tive oportunidade de dizer recentemente numa entrevista à Visão, a minha experiência enquanto comunicador de ciência com o público português é que as pessoas são curiosas, interessadas, e querem sempre saber mais. O problema surge na dificuldade de distinguir quais as melhores fontes a seguir, acabando por consultar informação de qualidade duvidosa;
  • Por receio. Esta teoria da conspiração é apresentada como um aviso contra “um mal” que pode prejudicar não só a saúde do receptor da mensagem, mas também a dos seus entes queridos. Sem fundamentos científicos e sem recurso ao pensamento crítico, esta informação assim dada é extremamente assustadora e revoltante.
    Além do mais esta mensagem é bastante visual: as pessoas podem não saber muito de ciência, mas olham para o céu e veem os rastos dos aviões que logo vão associar à causa de doenças e a planos maquiavélicos;
  • O inimigo tem um rosto. É curioso reparar que esse inimigo varia consoante os receios das pessoas: adeptos da extrema-direita atribuem a culpa ao governo; movimentos anti-ciência acusam os cientistas e a indústria farmacêutica; grupos ambientalistas extremistas e adeptos de produtos naturais culpam grandes empresas de biotecnologia responsáveis pela produção de OGM; movimentos religiosos e outros teóricos da conspiração acusam sociedades secretas, grupos financeiros ou governantes sombrios de uma cabala tendo por fim o controlo da humanidade.

 

Algo que é sempre comum a este tipo de ideias é a seleção de argumentos favoráveis que apresentam, e a ocultação de argumentos que apontam no sentido oposto. Também no discurso é recorrente o recurso à falácia do apelo à emoção. Por isso, eu digo: mantenham o espírito crítico e sejam exigentes com as provas apresentadas.

12 May 16:36

by: Monostep





by: Monostep

12 May 16:23

A verdade, os gambozinos e o Watergate cósmico

by Marco Santos

O res­pei­tá­vel Paul Hellyer, 85 anos, en­ge­nheiro, ex-ministro da Defesa do Canadá, fi­gura po­lé­mica no país por ter fun­dido os três ra­mos das for­ças ar­ma­das numa única or­ga­ni­za­ção, teve uma epi­fa­nia ov­ni­ló­gica numa noite de fe­ve­reiro de 2005 e, desde aí, pas­sou a tra­tar os OVNIs como veí­cu­los re­ais tri­pu­la­dos por se­res ex­tra­ter­res­tres reais.

Paul Hellyer

Paul Hellyer em 2004

A his­tó­ria com os ETs co­me­çara mais cedo, em 2003, quando o ex-ministro, a fa­le­cida mu­lher e al­guns ami­gos de­ram com um OVNI nos céus.

Na al­tura não atri­buira grande im­por­tân­cia ao avis­ta­mento mas, dois anos de­pois, viu um do­cu­men­tá­rio na ABC so­bre ob­je­tos vo­a­do­res não-identificados e fi­cou muito im­pres­si­o­nado. Tendo em conta a sua pró­pria ex­pe­ri­ên­cia, o se­nhor Hellyer abriu a mente e con­cluiu que, tal como no sexo, um mais um po­dia ser igual a três.

Quanto mais pes­qui­sava, mais im­pres­si­o­nado se sen­tia: «Os OVNI são tão re­ais como os aviões que voam so­bre as nos­sas ca­be­ças», afir­mou na se­mana pas­sada em Washington. E tanto abriu a mente que agora acre­dita na exis­tên­cia de qua­tro ra­ças di­fe­ren­tes de ETs, duas das quais a tra­ba­lhar («pro­va­vel­mente», acres­cen­tou, cau­te­loso) com o go­verno dos Estados Unidos.

Hellyer fez es­tas afir­ma­ções numa au­di­ên­cia pú­blica em Washington, um evento cha­mado «The Citizen Hearing on Disclosure» que pre­tende pres­si­o­nar os go­ver­nos a re­ve­lar o que sa­bem so­bre OVNIs. O evento foi or­ga­ni­zado pela Paradigm Research Group e de­cor­reu de 29 de abril a 3 de maio. Passará à his­tó­ria, afir­ma­ram os or­ga­ni­za­do­res, como «um marco na edu­ca­ção do pú­blico em Vida Extraterrestre e Tecnologias Secretas em Espaço e Energia».

A Paradigm Research Group or­ga­niza even­tos desta na­tu­reza a um ritmo anual desde pelo me­nos 2007, mas tem sem­pre uma no­tá­vel ca­pa­ci­dade em apresentá-los de forma ex­plo­siva, como se es­ti­vés­se­mos pres­tes a des­co­brir pól­vora marciana.

Que ha­via en­tão de di­fe­rente neste evento es­pe­cí­fico? Resposta: a pres­ti­gi­ante pre­sença de cinco ex-senadores e um ex-membro do Congresso dos EUA.

 

O Cavaleiro das Flores apoia esta demanda

Ser Loras TyrellQue este evento se es­tava a re­a­li­zar já eu sa­bia há uns tem­pos, gra­ças a um tweet do ator Finn Jones, co­nhe­cido por in­ter­pre­tar Ser Loras Tyrell na sé­rie Game of Thrones.

O Cavaleiro das Flores apresentou-o como um acon­te­ci­mento com po­ten­cial para mu­dar o mundo, ma­ni­fes­tando es­tra­nheza por os me­dia não pe­ga­rem num as­sunto tão importante.

Caí que nem um pa­ti­nho, claro. O link que de­po­si­tou na ti­me­line mandou-me para o YouTube – um im­por­tante cen­tro de in­ves­ti­ga­ção ci­en­tí­fico na Web, como se sabe – e a um ví­deo no qual uma sé­rie de gente co­nhe­cida da Ovnilogia re­pe­tia ale­ga­ções já ou­vi­das há muito tempo e um pouco por todo o lado.

Creio que já conhecem bem o filme: os eles extraterrestres existem, mas os eles terrestres não querem que se saiba.

An­te­ri­or­mente o Finn par­ti­lhara li­ga­ções para sí­tios onde se dis­cu­tiam «os se­gre­dos da Geometria Sagrada» e as «re­a­li­da­des trans­cen­den­tais quân­ti­cas», pelo que eu já de­via con­tar com re­ve­la­ções da mesma envergadura.

A pouco e pouco, po­rém, a im­prensa foi pe­gando no as­sunto das re­ve­la­ções ex­tra­ter­res­tres e dos en­co­bri­men­tos go­ver­na­men­tais. Até o res­pei­tá­vel The New York Times, atraído pelo facto de se­na­do­res e con­gres­sis­tas pre­si­di­rem ao evento, no­ti­ciou-o com toda a seriedade.

Que es­ta­vam en­tão os ex-senadores lá a fa­zer? Iriam re­ve­lar se­gre­dos ocul­tos? Fazer-nos uma vi­sita gui­ada à Área 51? Organizar uma ex­cur­são a Roswell com bi­lhete para a pri­meira fila de uma au­tóp­sia? Desmascarar cons­pi­ra­ções? Dar a cara pe­los ho­men­zi­nhos verdes?

A Paradigm Research Group cer­ta­mente apre­sen­tará res­pos­tas di­fe­ren­tes a es­tas ques­tões, mas quem res­pon­deu de forma fac­tual e muito su­cinta foi o The Guardian: os cinco ex-senadores e o ex-congressista (ne­nhum com for­ma­ção ci­en­tí­fica) re­ce­be­ram, cada um, 20 mil dó­la­res em ho­no­rá­rios para pre­si­di­rem ao evento e in­ter­ro­gar, du­rante cinco mi­nu­tos, as testemunhas.

E quem os pode cri­ti­car? Se me qui­ses­sem pa­gar mais de 14 mil eu­ros para pas­sar uns dias de rabo sen­tado a ou­vir uma sé­rie de malta a fa­lar de ex­tra­ter­res­tres e cons­pi­ra­ções, com a obri­ga­ção de fa­zer, du­rante cinco mi­nu­tos, umas per­gun­tas inó­cuas às tes­te­mu­nhas, ca­ramba, ali­nhava logo.

Cinco mi­nu­tos pas­sam num ins­tante e, dado que as pes­soas têm sem­pre mui­tas coi­sas im­por­tan­tes a re­ve­lar, com sorte ficava-me por uma per­gun­ti­nha a cada uma e despachava-as com um mí­nimo de brio profissional.

As tes­te­mu­nhas tam­bém não são for­ça­das a co­lo­car a mão­zi­nha so­bre a Bíblia e a ju­rar di­zer toda a ver­dade e nada mais do que a ver­dade, por­tanto o acon­te­ci­mento tem todo o ar de ser uma da­que­las inocentes fes­ti­vi­da­des mar­ci­a­nas que não fa­zem mal a ninguém.

Se tinham 120 mil dólares para gastar em propaganda circense, bem podia ter contratado uns cientistas para investigar as histórias contadas por estes «cidadãos unidos pela transparência».

É compreensível que tenham preferido não arriscar: um cientista poderia defender conclusões embaraçosas para as testemunhas; com um político, contudo, raramente se corre o risco de que diga o que verdadeiramente pensa.

Roscoe G. Bartlett

Roscoe G. Bartlett

Se investigarmos mais o perfil destes políticos na reforma quase chegamos à conclusão que eles próprios são, também, extraterrestres: por exemplo, Roscoe Bartlett, membro republicano do Tea Party e com 10 anos de Congresso nas costas, explicou a sua participação nos seguintes termos: «Extraterrestres não são anti-biblícos. Leiam o Livro de Jó – está lá tudo.»

Outro dos participantes foi o Republicano Merril Cook, sobre quem recaem histórias pouco edificantes sobre «comportamentos erráticos» durante os anos em que esteve no Congresso. «Merril fixou residência permanente na terra dos malucos», escreveu a sua própria chefe de gabinete num email interno datado de 2000. «Se ele vos pedir para mandar a roupa interior por fax, por favor façam-no».

12 May 16:23

Bangladesh, 2013

by Lina

 

Tudo o que se sabe sobre este casal, e sobre esta foto, está contado nesta notícia do DN. Aconteceu no Bangladesh, numa fábrica têxtil, podia ter sido na China ou na Índia. É uma empresa que produzia para a Primark já tinha produzido para a Inditex (Zara e afins), detida por um dos homens mais ricos do planeta. Estas pessoas morreram para termos t-shirts a cinco euros e por causa destas empresas pessoas que nós conhecemos foram ficando desempregadas. Fábricas têxteis de toda a Europa foram fechando porque não era possível competir com estas pessoas. Escravos. Bem, possível era. Porque não se poupou no lucro, pouparam-se nas condições de trabalho. E não me venham cá dizer que, ainda assim é melhor do que as vidas que tinham, porque trabalhar de sol a sol, dormir em camaratas e comer uma malga de sopa não é vida, é outra coisa qualquer que parece afetar pouco quem nos governa e acha que a solução é mesmo essa (já estivemos mais longe, segundo o JN de hoje).  

E se bem que seja bonito arcar com as culpas a Ocidente -- o que é que andamos a fazer, afinal? -- a minha culpa é tão longíqua quanto o local dos acontecimentos. Existe, mas é remota. Há gente com mais sangue nas mãos. Com sangue, efetivamente.

Existem inspeções de trabalho nestas empresas que caem e se vem a descobrir que lá trabalhavam 2 mil pessoas como hamsters a girar rodinhas. São obrigatórias não sei bem por que organizações, penso que às vezes a pedido das próprias marcas. Seria uma boa medida se funcionasse, assim só serve para limpar consciências. E mal.

Há três anos um empresário têxtil contou-me como uma grande empresa britânica que queria produzir roupa foi à empresa dele verificar as condições em que eram produzidas as coisas. Primeira observação: "Só podem estar oito por camarata".

Ha dois, quando andei à procura de bons produtos nacionais que resistissem à deslocalização, a sócia de uma fábrica de cutelaria explicou-me as dificuldades brutais que foram levando ao encerramento sucessivo de fábricas em Portugal e na Europa (a produzir mesmo só restava aquela e uma francesa). Uma destas inspeções obrigatórias chumbou uma empresa portuguesa que não tinha assinalada a saída de emergência num portão onde cabia um camião e aprovou uma fábrica onde a saída devidamente assinalada com um "exit" se fazia por uma janela com uma corda. I rest my case.   

 

12 May 16:18

Entropy by *kellymckernan

12 May 16:11

"The Lost Thing" de Shaun Tan e Andrew Ruhemann, 2010

by Tatiana Faia
12 May 16:08

Photo



12 May 16:01

Pensões mínimas para todos

by noreply@blogger.com (Joana Lopes)

@Eduardo Gageiro

Em entrevista hoje publicada no Diário de Notícias, Jorge Moreira da Silva, vice-presidente do PSD, nega que o governo esteja a atacar os pensionistas, mas vale a pena ouvir o que diz no vídeo (sobretudo um minuto, a partir de 1:38). A justificação que dá para os cortes no valor das reformas assenta no seguinte princípio: eles são necessários para proteger os pensionistas mais pobres, para pagar subsídios de desemprego e para ajudar os mais carenciados. Ou seja: de todas as verbas existentes no OE, é ao dinheiro que é devido àqueles que trabalharam e descontaram uma vida inteira que se deve ir buscar o que for preciso para a protecção de outros. Seria bom que se soubesse em nome de que princípio, mas talvez fosse pedir demasiado...

Caricaturando um pouco, ou talvez não: como as pensões muito baixas são cada em vez em maior número, como o desemprego não cessa de aumentar e o batalhão de carenciados aumenta todos os dias, e será em breve invadido por milhares de ex-funcionários públicos, os cortes nas pensões só pararão quando todas baixarem até ao mínimo. Este governo, se durasse o suficiente, esfregaria as mãos de contente quando conseguisse esse maravilhoso equilíbrio de ter todos os velhos do país a receberem mais ou menos 400 euros por mês ou algo assim. Isso é que era!


.
12 May 16:00

Abandoned Tin Dredge Kodak T-Max 400 on Holga GCFN ____ These...













Abandoned Tin Dredge

Kodak T-Max 400 on Holga GCFN

____

These pictures are from one of the first few rolls I shot on my Holga GCFN, the Holga that captured my heart from that very first roll I shot on it. I probably have said this a thousand times, but I love looking into my Holga to marvel at the simplicity of the build and machanism of this plastic camera that many call a toy camera. I love the dreamy images produced with a plastic lens on the Holga, but I absolutely adore the extra pinch of sharpness the glass lens offers. The only secret to getting amazing film photos on the Holga is to shoot it under the perfect light when on N-mode (shutter speed at about 1/100, aperture f/8 or f/11) or with a tripod on Bulb mode.

The pictures above were shot at an old tin dredge in Batu Gajah, Perak in Malaysia, which was in operation from 1938-1982.

From the goTaiping.com website,

The dredge would run on diesel generated electricity 24 hours a day, in two shifts with approximately 20 workers per shift. The conveyor buckets would dig the tin-bearing soil and transport it upwards, emptying the contents into an oscillating drum. The tin would then be extracted through a system of jigs and screens, leaving the excess material to e disposed of via a system of chutes at the back of the dredge. (which you can see in the third image above!)

 

—eleanorrigby236

12 May 15:59

Corporate Giants Aren’t Wealth Creators…They’re Parasites

by Scriptonite
The private sector is evading its taxes, failing to pay workers a living wage, and becoming a burden on the tax payer for subsidies and bailouts.  At what point to we stop calling them wealth creators and start calling them parasites? Bailouts Neoliberal democracies around the globe have been using taxpayer money to underwrite and […]