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Morte
Taking in more with the Widelux Widelux F7 ____ One of my...
Taking in more with the Widelux
Widelux F7
____
One of my fascinations with film cameras is their variety of formats and capture styles. Even within the panoramic format, there are examples of at least three methods - the Kodak Circut (rotating body), the Horizon 202 (the lens rotates), and the Hasselblad XPAN (wide lens on wide frame). It had been some time since I acquired a camera, and as my lust for gear was waning, I happened to come across the Widelux in my reading.
This camera’s unique features inspired me to obsess about it for months. I ended up buying a copy of Jeff Bridges’ book, “Pictures", crawling through forums for information, and keeping an eye on the classifieds. One day, an F7 appeared with a surprisingly low price on Analog Photography Users’ Group (apug.org) so I pulled the trigger and bought it.
The camera itself is quite showy, with its array of chrome knobs on the top and the curious lettering and almost Art-Deco lines on the front. W I D E L U X. On my body, the spacing of the letters is uneven, suggesting that the casting was carved by hand. The original box was a velvety-red material with gold lettering, and the brown leather case had chromed trim and a red interior.
When you look through the fixed viewfinder, you’re presented with an unusually wide view. It’s not that its view is wider than your own vision, but in the resulting still image you can explore the image by panning your eye’s focus - something you can’t do while seeing directly with your eyes (without moving them). I think this is the subtle magic behind the panoramic image.
After shooting several rolls to study the camera, it became clear to me that this format has two main things to learn. The first is the camera’s relative angle to the horizon. If you’re not careful, the world will curl up around you if you’re off kilter. The second is the compression or expansion of objects that move during exposure, depending on their movement with respect to the lens movement. For example, if a person is moving in the opposite direction of the lens movement, they’ll be compressed horizontally. Another unique result from having a moving lens is its flare around light sources - you get a horizontal halo that looks like a lighthouse beam. Since the lens focus is fixed, you really only need to set the aperture and then ponder these two variables (or not!) before you press the shutter button. I find myself considering the framing first, then tilting the camera a bit more if I want to make the image more dramatic. If I’m shooting further subjects, then I tend to worry more about the camera angle first and then the framing
The aperture stops down to f/11, where I try to keep it to keep Sunny-16 calculations simple. There are three “speeds" on the F7, which are really lens turret rotational speeds. The 1/125 and 1/250 speeds are two positions on a single gear box. The 1/15 speed is a separate gear box, but very prone to skipping as the gear teeth wear down (causing vertical banding in the frame). It’s a shame, since that slow rotation produces the most unique look from the camera.
I would not call this a “carry around every day" sort of camera, but it has proven to be great for hikes, street fairs, and crowds - situations where the light is relatively stable. The aspect ratio gives a cinematic quality to some photos. I’ve taken shots where people stepped back to get out view, only to remain in the frame and look straight into the lens. Aside from framing the immediate subjects, the rest of the image is difficult to imagine or control. The challenge with a camera like this is to come up with images that have more going on than their obvious “Widelux look". Its personality shines through too easily sometimes. To me, that’s one of the fun things about trying a new camera. Getting to know it, and learning to work together.
—Jason Schlachet, San Francisco.
***from top to bottom,
#1 Easter Sunday - Ilford Pan F+ 50, Rodinal 1+50. #2 Holding Hands - Kodak Tri-X at 3200, Rodinal 1+50. #3 Chinatown - Kodak Tri-X at 1600. Rodinal 1+50. #4 Half Dome - Arista Premium 400 at 6400, Rodinal 1+50. #5 Indian Wedding - Kodak Portra 160VC +1 1/2, lab developed #6 BART - Kodak Ektar 100, f/15, lab developed
In The Calm of Night I went out on Saturday night after printing...
In The Calm of Night
I went out on Saturday night after printing in the day and made some night images close by the studio. These images are part of an ongoing series of night work which I’ve been doing since 1985. This work came together in a monograph entitled “Nocturnes” published the University of Minnesota Press in 2007. The book is almost out of print so I’m trying to get them to do a paperback 2nd printing right now. This work is not the only work I do. I’ve worked documenting all manner of cultural landscapes from suburbs to the state fair. I use mostly Kodak film, some Ilford and do all my own B&W printing in our 500sq. ft. darkroom . I and my partner Craig built the space out in 1995 and it was and still is a dream darkroom. We share it with five others doing prints up to 60”X40 and film from instamatic to Cirkut size( 8”X 6ft.). Some of us are setting up for some more Alternative process. One member is even doing wet plate tintypes. I myself will continue to use film and scan what I need to for color printing. I am at this point starting a new project of re-photographing the 1880 large cyanotypes of Henry Bosse of images along the Upper Mississippi River.
—Chris Faust
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Lágrimas de sangue
Será com certeza uma das fotos do ano, este derradeiro abraço.
Recorda-nos que a nossa existência, o nosso mundo e tudo o que conhecemos também pode ter começado assim, com um abraço entre um homem e uma mulher. O contraste mata-nos, de certa forma. Estes são os últimos momentos da vida de dois trabalhadores traídos por um prédio em colapso, condições miseráveis de segurança e de trabalho, e a criminosa negligência de quem os contratou e apenas os viu como números.
A imagem de fotógrafa e ativista bengalesa Taslima Akhter mata distâncias culturais ou ideológicas, coloca-nos inequivocamente de acordo quanto às consequências da exploração do homem pelo homem: a desumanização.
«Perturbadora, mas assustadoramente bela», afirmou a fotógrafa à revista Time. «A sua ternura ergue-se sobre os escombros para nos tocar onde somos mais vulneráveis. Torna-a pessoal, e recusa-se a deixar-nos. Atormenta os nossos sonhos. Silenciosamente, diz-nos: nunca mais.»
A fotógrafa não conseguiu saber mais sobre estas duas pessoas: quem eram, que relação tinham um com o outro, se eram colegas de trabalho que não quiseram enfrentar a morte sozinhos.
Talvez agora muitos se sintam curiosos em conhecê-los; enquanto procuram histórias de romance e sonhos perdidos, deparar-se-ão com as condições em que trabalharam e de como os bandidos responsáveis pela manutenção do edifício ignoraram os avisos de perigo.
A 24 de abril, o edifício Rana Plaza, perto de Dacca, Bangladesh, colapsou. Aí trabalham cerca de três mil pessoas. 802 912 morreram na derrocada, mas ainda é possível que mais sejam encontradas nos escombros. No edifício de nove andares funcionavam cinco fábricas têxteis, duas delas a trabalhar para duas marcas de roupa ocidentais – a britânica Primark e a espanhola Mango.
Os trabalhadores já tinham alertado para a existência de fendas no edifício. Ninguém lhes prestou atenção. E o edifício caiu.
Taslima Akhter passou o dia todo entre os escombros, testemunhando o esforço das equipas de salvamento, os olhos assustados dos familiares. Finalmente, já «exausta física e mentalmente», descobriu-os.
«Sempre que olho para a foto, sinto-me desconfortável – assombra-me. Como se estivessem a dizer-me: não somos números, apenas mão-de-obra e vidas baratas».
Chemtrails: a conspiração que paira sobre nós
Serve este artigo para fazer uma breve reflexão sobre os alegados chemtrails, teoria da conspiração muito em voga nos últimos anos.
Com o número de seguidores destas ideias a aumentar em Portugal, decidi fazer uma pesquisa mais aprofundada e escrever sobre o tema no site da Comcept – Comunidade Céptica Portuguesa [1].
Dessa pesquisa, resultaram dois textos. No primeiro expliquei o que eram os supostos chemtrails e porque encaixava isso na temática das teorias da conspiração; no segundo desmontei o documentário de propaganda sobre o mesmo, intitulado What in the world are they spraying [2], [3].
Estes textos mereceram a atenção dos media, em particular da revista Visão e do Canal Q, o que, consequentemente, atraiu os adeptos da teoria da conspiração ao nosso site. Os comentários que tenho lido serviram de base a uma meditação da minha parte, sobre esta temática.
Que rastos são esses no céu?
Aquelas manchas brancas que vemos no céu, após a passagem de aviões, são rastos de condensação ou contrails (contração da expressão inglesa condensation trails).
Como aparecem?
São formados pelo vapor de água libertado pelos motores, ou por alterações na pressão do ar que ocorrem devido aos vórtices formados pelas asas dos aviões. Dependendo das condições de temperatura e humidade a elevada altitude, os rastos podem ser visíveis durante alguns minutos, ou até longas horas.
Qual a polémica?
Os adeptos da teoria da conspiração afirmam que esses rastos são constituídos por químicos, daí a designação de chemtrails (contração da expressão inglesa chemical trails).
Esses químicos estariam a ser libertados para envenenar a população, com o objetivo de a tornar doente e dependente de fármacos, para controlar a demografia mundial, para facilmente manipular as pessoa ou controlar o clima, dependendo das versões. Por detrás desta conspiração estaria a Indústria Farmacêutica, a Comunidade Científica, o Governo ou alguma associação secreta com objetivos sombrios, mais uma vez dependendo das versões.
Isto é característico das teorias da conspiração: vão-se formando ramificações da ideia principal, de acordo com os receios das pessoas.
A propósito
Esta parece uma ideia inusitada, pelo que nos deveria deixar logo de sobreaviso. Como escreveu Carl Sagan: «Afirmações extraordinárias requerem provas extraordinárias».
Quais são, então, as evidências que sustentam esta “teoria”? Fará, tudo isto, algum sentido?
As alegações não são sustentadas em factos, são apenas afirmações (ou suposições) que não vêm acompanhadas de provas. A título de exemplo:
- estes rastos já são observados há várias décadas, não sendo um fenómeno recente;
- o tempo de duração dos mesmos tem uma explicação conhecida;
- não está estabelecida nenhuma relação causa-efeito entre os rastos e doenças em humanos ou decréscimo na produção agrícola;
- a pulverização de agentes químicos a elevada altitude é um processo não controlado, pelo que afetaria toda a população indiscriminadamente, inclusive quem comandaria a operação e seus familiares.
Quais as fontes que servem de apoio aos adeptos destas ideias?
Os defensores dos chemtrails apoiam-se essencialmente em sites de teorias da conspiração, em vídeos do YouTube, e no documentário que já mencionei. Estes três pontos são comuns às várias respostas que temos recebido, e uma das conclusões que daqui retiro é que estas pessoas não sabem selecionar ou discriminar fontes. Apesar de a Internet ser uma excelente ferramenta para obtermos conhecimento, também aí se encontra muita desinformação.
Por exemplo, em blogues ou no YouTube pode ser colocado o que cada um quiser, pelo que a fonte não é considerada, por si só, fidedigna. É importante ver quem foi o autor do recurso digital, se é um especialista da área, quais as fontes que utiliza e ter espírito crítico relativamente à informação disponibilizada. É incrível o número de vezes que me foram apresentados filmes do YouTube, quando pedíamos evidências que sustentassem as afirmações.
O documentário que também está a ser amplamente divulgado está repleto de erros metodológicos, citações fora do contexto, e de discurso falacioso.
E a Geoengenharia?
Esta é definida como «uma intervenção deliberada em larga escala nos sistemas naturais para contrariar as alterações climáticas». É uma disciplina que de facto existe, é lecionada nas universidades, são realizadas palestras e que, portanto, não tem nada de secreto.
Este é mais um dos exemplos que caracteriza as teorias da conspiração: pegam em algo que existe (geoengenharia) e atribuem-lhe uma aura sombria de secretismo e de manipulação. E assim surge a ideia de rastos de (todos os) aviões a serem libertados com o objetivo internacional secreto de alterar o clima. [4]
De onde vem a ideia das pulverizações?
As pulverizações têm sido feitas nas últimas décadas com diferentes objetivos: na agricultura são pulverizados pesticidas; no passado foi frequente o uso de DDT (este, tendo sido prejudicial ao ambiente, foi favorável à destruição do mosquito vetor da malária); e na guerra do Vietname foi pulverizado o “agente laranja”, poderoso desfolhante usado com o objetivo de destruir as folhas das árvores, tornando visível a localização dos vietnamitas (no entanto, este produto não foi devidamente purificado, vindo a revelar-se cancerígeno).
Pensar primeiro, disparar depois
A ideia geral dos chemtrails não assenta em nenhuma evidência, não tendo sido demonstrada, até ao momento, qualquer relação entre os rastos dos aviões e casos de envenenamento. As eventuais razões para isso ser feito também não convencem. Então porque é que as pessoas partilham sites e mensagens sobre este tema? Pelas razões que a seguir identifico:
- Pouca literacia científica. Se as pessoas dominassem os fundamentos da ciência, teriam mais facilidade em distinguir afirmações científicas de pseudocientíficas, como as que surgem no documentário;
-
Pouco habituadas ao uso constante do pensamento crítico. Um exercício fundamental é exigir provas ou evidências para as afirmações, consultar diretamente as fontes, debater com base na razão e não em emoções;
Como tive oportunidade de dizer recentemente numa entrevista à Visão, a minha experiência enquanto comunicador de ciência com o público português é que as pessoas são curiosas, interessadas, e querem sempre saber mais. O problema surge na dificuldade de distinguir quais as melhores fontes a seguir, acabando por consultar informação de qualidade duvidosa; -
Por receio. Esta teoria da conspiração é apresentada como um aviso contra “um mal” que pode prejudicar não só a saúde do receptor da mensagem, mas também a dos seus entes queridos. Sem fundamentos científicos e sem recurso ao pensamento crítico, esta informação assim dada é extremamente assustadora e revoltante.
Além do mais esta mensagem é bastante visual: as pessoas podem não saber muito de ciência, mas olham para o céu e veem os rastos dos aviões que logo vão associar à causa de doenças e a planos maquiavélicos; - O inimigo tem um rosto. É curioso reparar que esse inimigo varia consoante os receios das pessoas: adeptos da extrema-direita atribuem a culpa ao governo; movimentos anti-ciência acusam os cientistas e a indústria farmacêutica; grupos ambientalistas extremistas e adeptos de produtos naturais culpam grandes empresas de biotecnologia responsáveis pela produção de OGM; movimentos religiosos e outros teóricos da conspiração acusam sociedades secretas, grupos financeiros ou governantes sombrios de uma cabala tendo por fim o controlo da humanidade.
Algo que é sempre comum a este tipo de ideias é a seleção de argumentos favoráveis que apresentam, e a ocultação de argumentos que apontam no sentido oposto. Também no discurso é recorrente o recurso à falácia do apelo à emoção. Por isso, eu digo: mantenham o espírito crítico e sejam exigentes com as provas apresentadas.
A verdade, os gambozinos e o Watergate cósmico
O respeitável Paul Hellyer, 85 anos, engenheiro, ex-ministro da Defesa do Canadá, figura polémica no país por ter fundido os três ramos das forças armadas numa única organização, teve uma epifania ovnilógica numa noite de fevereiro de 2005 e, desde aí, passou a tratar os OVNIs como veículos reais tripulados por seres extraterrestres reais.
A história com os ETs começara mais cedo, em 2003, quando o ex-ministro, a falecida mulher e alguns amigos deram com um OVNI nos céus.
Na altura não atribuira grande importância ao avistamento mas, dois anos depois, viu um documentário na ABC sobre objetos voadores não-identificados e ficou muito impressionado. Tendo em conta a sua própria experiência, o senhor Hellyer abriu a mente e concluiu que, tal como no sexo, um mais um podia ser igual a três.
Quanto mais pesquisava, mais impressionado se sentia: «Os OVNI são tão reais como os aviões que voam sobre as nossas cabeças», afirmou na semana passada em Washington. E tanto abriu a mente que agora acredita na existência de quatro raças diferentes de ETs, duas das quais a trabalhar («provavelmente», acrescentou, cauteloso) com o governo dos Estados Unidos.
Hellyer fez estas afirmações numa audiência pública em Washington, um evento chamado «The Citizen Hearing on Disclosure» que pretende pressionar os governos a revelar o que sabem sobre OVNIs. O evento foi organizado pela Paradigm Research Group e decorreu de 29 de abril a 3 de maio. Passará à história, afirmaram os organizadores, como «um marco na educação do público em Vida Extraterrestre e Tecnologias Secretas em Espaço e Energia».
A Paradigm Research Group organiza eventos desta natureza a um ritmo anual desde pelo menos 2007, mas tem sempre uma notável capacidade em apresentá-los de forma explosiva, como se estivéssemos prestes a descobrir pólvora marciana.
Que havia então de diferente neste evento específico? Resposta: a prestigiante presença de cinco ex-senadores e um ex-membro do Congresso dos EUA.
O Cavaleiro das Flores apoia esta demanda
Que este evento se estava a realizar já eu sabia há uns tempos, graças a um tweet do ator Finn Jones, conhecido por interpretar Ser Loras Tyrell na série Game of Thrones.
O Cavaleiro das Flores apresentou-o como um acontecimento com potencial para mudar o mundo, manifestando estranheza por os media não pegarem num assunto tão importante.
Caí que nem um patinho, claro. O link que depositou na timeline mandou-me para o YouTube – um importante centro de investigação científico na Web, como se sabe – e a um vídeo no qual uma série de gente conhecida da Ovnilogia repetia alegações já ouvidas há muito tempo e um pouco por todo o lado.
Creio que já conhecem bem o filme: os eles extraterrestres existem, mas os eles terrestres não querem que se saiba.
Anteriormente o Finn partilhara ligações para sítios onde se discutiam «os segredos da Geometria Sagrada» e as «realidades transcendentais quânticas», pelo que eu já devia contar com revelações da mesma envergadura.
A pouco e pouco, porém, a imprensa foi pegando no assunto das revelações extraterrestres e dos encobrimentos governamentais. Até o respeitável The New York Times, atraído pelo facto de senadores e congressistas presidirem ao evento, noticiou-o com toda a seriedade.
Que estavam então os ex-senadores lá a fazer? Iriam revelar segredos ocultos? Fazer-nos uma visita guiada à Área 51? Organizar uma excursão a Roswell com bilhete para a primeira fila de uma autópsia? Desmascarar conspirações? Dar a cara pelos homenzinhos verdes?
A Paradigm Research Group certamente apresentará respostas diferentes a estas questões, mas quem respondeu de forma factual e muito sucinta foi o The Guardian: os cinco ex-senadores e o ex-congressista (nenhum com formação científica) receberam, cada um, 20 mil dólares em honorários para presidirem ao evento e interrogar, durante cinco minutos, as testemunhas.
E quem os pode criticar? Se me quisessem pagar mais de 14 mil euros para passar uns dias de rabo sentado a ouvir uma série de malta a falar de extraterrestres e conspirações, com a obrigação de fazer, durante cinco minutos, umas perguntas inócuas às testemunhas, caramba, alinhava logo.
Cinco minutos passam num instante e, dado que as pessoas têm sempre muitas coisas importantes a revelar, com sorte ficava-me por uma perguntinha a cada uma e despachava-as com um mínimo de brio profissional.
As testemunhas também não são forçadas a colocar a mãozinha sobre a Bíblia e a jurar dizer toda a verdade e nada mais do que a verdade, portanto o acontecimento tem todo o ar de ser uma daquelas inocentes festividades marcianas que não fazem mal a ninguém.
Se tinham 120 mil dólares para gastar em propaganda circense, bem podia ter contratado uns cientistas para investigar as histórias contadas por estes «cidadãos unidos pela transparência».
É compreensível que tenham preferido não arriscar: um cientista poderia defender conclusões embaraçosas para as testemunhas; com um político, contudo, raramente se corre o risco de que diga o que verdadeiramente pensa.
Se investigarmos mais o perfil destes políticos na reforma quase chegamos à conclusão que eles próprios são, também, extraterrestres: por exemplo, Roscoe Bartlett, membro republicano do Tea Party e com 10 anos de Congresso nas costas, explicou a sua participação nos seguintes termos: «Extraterrestres não são anti-biblícos. Leiam o Livro de Jó – está lá tudo.»
Outro dos participantes foi o Republicano Merril Cook, sobre quem recaem histórias pouco edificantes sobre «comportamentos erráticos» durante os anos em que esteve no Congresso. «Merril fixou residência permanente na terra dos malucos», escreveu a sua própria chefe de gabinete num email interno datado de 2000. «Se ele vos pedir para mandar a roupa interior por fax, por favor façam-no».
Bangladesh, 2013
Tudo o que se sabe sobre este casal, e sobre esta foto, está contado nesta notícia do DN. Aconteceu no Bangladesh, numa fábrica têxtil, podia ter sido na China ou na Índia. É uma empresa que produzia para a Primark já tinha produzido para a Inditex (Zara e afins), detida por um dos homens mais ricos do planeta. Estas pessoas morreram para termos t-shirts a cinco euros e por causa destas empresas pessoas que nós conhecemos foram ficando desempregadas. Fábricas têxteis de toda a Europa foram fechando porque não era possível competir com estas pessoas. Escravos. Bem, possível era. Porque não se poupou no lucro, pouparam-se nas condições de trabalho. E não me venham cá dizer que, ainda assim é melhor do que as vidas que tinham, porque trabalhar de sol a sol, dormir em camaratas e comer uma malga de sopa não é vida, é outra coisa qualquer que parece afetar pouco quem nos governa e acha que a solução é mesmo essa (já estivemos mais longe, segundo o JN de hoje).
E se bem que seja bonito arcar com as culpas a Ocidente -- o que é que andamos a fazer, afinal? -- a minha culpa é tão longíqua quanto o local dos acontecimentos. Existe, mas é remota. Há gente com mais sangue nas mãos. Com sangue, efetivamente.
Existem inspeções de trabalho nestas empresas que caem e se vem a descobrir que lá trabalhavam 2 mil pessoas como hamsters a girar rodinhas. São obrigatórias não sei bem por que organizações, penso que às vezes a pedido das próprias marcas. Seria uma boa medida se funcionasse, assim só serve para limpar consciências. E mal.
Há três anos um empresário têxtil contou-me como uma grande empresa britânica que queria produzir roupa foi à empresa dele verificar as condições em que eram produzidas as coisas. Primeira observação: "Só podem estar oito por camarata".
Ha dois, quando andei à procura de bons produtos nacionais que resistissem à deslocalização, a sócia de uma fábrica de cutelaria explicou-me as dificuldades brutais que foram levando ao encerramento sucessivo de fábricas em Portugal e na Europa (a produzir mesmo só restava aquela e uma francesa). Uma destas inspeções obrigatórias chumbou uma empresa portuguesa que não tinha assinalada a saída de emergência num portão onde cabia um camião e aprovou uma fábrica onde a saída devidamente assinalada com um "exit" se fazia por uma janela com uma corda. I rest my case.
"The Lost Thing" de Shaun Tan e Andrew Ruhemann, 2010
Pensões mínimas para todos
@Eduardo Gageiro
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Abandoned Tin Dredge Kodak T-Max 400 on Holga GCFN ____ These...
Abandoned Tin Dredge
Kodak T-Max 400 on Holga GCFN
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These pictures are from one of the first few rolls I shot on my Holga GCFN, the Holga that captured my heart from that very first roll I shot on it. I probably have said this a thousand times, but I love looking into my Holga to marvel at the simplicity of the build and machanism of this plastic camera that many call a toy camera. I love the dreamy images produced with a plastic lens on the Holga, but I absolutely adore the extra pinch of sharpness the glass lens offers. The only secret to getting amazing film photos on the Holga is to shoot it under the perfect light when on N-mode (shutter speed at about 1/100, aperture f/8 or f/11) or with a tripod on Bulb mode.
The pictures above were shot at an old tin dredge in Batu Gajah, Perak in Malaysia, which was in operation from 1938-1982.
From the goTaiping.com website,
The dredge would run on diesel generated electricity 24 hours a day, in two shifts with approximately 20 workers per shift. The conveyor buckets would dig the tin-bearing soil and transport it upwards, emptying the contents into an oscillating drum. The tin would then be extracted through a system of jigs and screens, leaving the excess material to e disposed of via a system of chutes at the back of the dredge. (which you can see in the third image above!)
—eleanorrigby236