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28 Aug 23:36

Disseminação

by Clara Gomes

Participam desta tira:  MARIA JOANA. Uma joaninha pequena, mas enfezada. Tem uma cabeça bem redonda, um pouco maior do que o resto do seu corpo, que é vermelho coberto com pintinhas pretas. Seu rosto é da cor bege, e no topo de sua cabeça há duas anteninhas curtas da mesma cor.  CARAMELO. Um caracol com um casco cor de caramelo. Tem uma grande cabeça redonda e um corpo fininho de cor bege, com o casco nas costas. No topo da cabeça possui duas antenas finas, com bolinhas nas pontas da mesma cor do seu corpo.  Título: "Disseminação".  Quadro 1. Caramelo e Joana estão passeando por um gramado. Joana parece séria, enquanto Caramelo comenta em voz alta: "Humanos precisam entender que são tipo o mosquito da dengue do novo coronavírus!"  Quadro 2. Ele continua, enquanto Joana só escuta: "Como eles não podem se exterminar, têm que praticar o máximo de isolamento!"  Quadro 3. Joana se volta para o amigo e pergunta: "A ideia de eliminar a raça está descartada mesmo, né?"  Quadro 4. Caramelo fica sem palavras, seu balão de texto apenas com reticências. Joana responde o olhar inquisitivo do amigo: "Eu estou só confirmando!"

28 Aug 23:36

Mensagem do Céu

by Clara Gomes

Participam desta tira: MARIA JOANA. Uma joaninha pequena, mas enfezada. Tem uma cabeça bem redonda, um pouco maior do que o resto do seu corpo, que é vermelho coberto com pintinhas pretas. Seu rosto é da cor bege, e no topo de sua cabeça há duas anteninhas curtas da mesma cor. CARAMELO. Um caracol com um casco cor de caramelo. Tem uma grande cabeça redonda e um corpo fininho de cor bege, com o casco nas costas. No topo da cabeça possui duas antenas finas, com bolinhas nas pontas da mesma cor do seu corpo. Título: "Mensagem do Céu" Quadro 1. Caramelo e Joana estão em um gramado olhando pacificamente para o céu azul. Cada um olha para lados diferentes do quadro. Quadro 2. Começa a cair, entre eles, uma folha de papel. Ambos olham para ela, que vem descendo pelo meio do quadro. Caramelo exclama, feliz: "Olha, uma mensagem do céu!" Quadro 3. A folha continua caindo lentamente e vai em direção à Joana, que pergunta: "Finalmente! O que diz?" Quadro 4. A folha cai em cima do rosto de Joana, que não pode ler a mensagem. A parte escrita cai de frente para Caramelo que lê o papel em voz alta: "Demora cinco anos para fazer uma vacina." Joana retruca, irônica: "Aposto que a letra é do Átila!"

28 Aug 23:36

Locais Seguros

by Clara Gomes

Participam desta tira:  MARIA JOANA. Uma joaninha pequena, mas enfezada. Tem uma cabeça bem redonda, um pouco maior do que o resto do seu corpo, que é vermelho coberto com pintinhas pretas. Seu rosto é da cor bege, e no topo de sua cabeça há duas anteninhas curtas da mesma cor.  Título: "Locais Seguros"  Quadro 1. Joana está em frente ao seu laptop, clicando num botão. Olhando fixamente para a tela, ela comenta em voz alta: "A internet é o único local seguro para a convivência hoje em dia..."  Quadro 2. Ela olha para o teclado do aparelho, aperta um botão e continua: "Posso abrir tranquilamente as minhas redes sociais..."  Quadro 3. Joana olha para o leitor e conclui: "E sei que só vou pegar raiva, ranço, ódio e um cadinho de desespero!"  Quadro 4. LOGOTIPO DOS BICHINHOS DE JARDIM. Em cor preta, com letras robustas e um arabesco simulando as anteninhas de um inseto, com as cores amarelo, verde e vermelho com bolinhas pretas.

22 Aug 10:13

Como os cavalos historicamente ajudaram no combate a doenças infecciosas

by Natalia Pasternak

Vital Brazil, UFRJ e Fiocruz estão testando tratamento contra a Covid-19 que utiliza o soro de plasma com anticorpos de cavalos

O primeiro prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi concedido para um trabalho com anticorpos, embora o ganhador não fizesse ideia. Emil von Behring não sabia por que o soro que coletava de pacientes recuperados de difteria funcionava. Ele só sabia que algo no sangue dos recuperados ajudava os doentes.

Possível tratamentoSoro produzido com plasma de cavalo tem anticorpo até 50 vezes mais potente contra a Covid-19, conclui pesquisa

Naquela época, final do século 19, a difteria era uma doença que matava até 50% das crianças infectadas. A bactéria responsável ataca as amídalas, laringe e nariz, e pode ser transmitida por contato direto, mesmo entre assintomáticos, ou por superfícies contaminadas. A transmissão aumenta nos meses frios, por causa das aglomerações. Não é um ambiente muito diferente de doenças causadas por vírus respiratórios, como a Covid-19.

Hoje, temos vacina para difteria, e o soro já caiu em desuso. Mas Behring lançou as fundações de uma estratégia que pode nos ajudar . Ele e seus colegas viram que algo no soro dos recuperados impedia a bactéria de causar doença. Mas perceberam que a quantidade de soro que conseguiam extrair de um paciente recuperado era muito pequena. Começaram então a infectar cavalos e coletar o soro dos animais. Deu certo. A taxa de mortalidade caiu para 15%.

ProteçãoParte do Brasil pode ter atingido imunidade coletiva contra o coronavírus, dizem pesquisadores

Em seguida surgiram também soros contra tétano, pneumonia e até poliomielite. Este último não funcionou muito bem, mas foi usado até o desenvolvimento da vacina. O soro para pneumonia também foi amplamente utilizado antes da penicilina.

Hoje sabemos que o soro funciona porque contém anticorpos. No caso de microrganismos, como bactérias e vírus, os anticorpos podem impedir que eles se multipliquem e causem doenças. Vacinas estimulam a produção de anticorpos, e também células de memória, que lembram do invasor e ficam prontinhas para produzir novos anticorpos caso ele reapareça. Assim, quando não temos essa opção, podemos pegar anticorpos emprestados!

Até hoje, cavalos são usados para produzir soro antitetânico, antirrábico e antiofídico (para veneno de cobras). A ideia de usar cavalos, portanto, para produzir um soro anti-Covid-19 segue uma respeitável tradição. E um grupo de brasileiros mostrou que ideias antigas podem ser muito promissoras.

Cientistas alertamSe não for bem testada, vacina russa pode causar mutação e tornar vírus da Covid-19 mais resistente

O grupo usou uma proteína do novo coronavirus para provocar uma resposta imune em cavalos. A ideia era justamente aproveitar os anticorpos que os animais produzem em resposta e usar este soro como terapia para pacientes de Covid-19. A resposta foi ainda melhor do que o esperado. Os animais produziram aproximadamente 100 vezes mais anticorpos neutralizantes do que o encontrado em soro de pacientes recuperados. O próximo passo é pôr o soro equino à prova em testes clínicos randomizados. Se tudo correr bem, e se o soro funcionar, será uma remédio acessível, de fácil produção, e que o Brasil tem condições e conhecimento para produzir em larga escala.

Após as vacinas, o soro provavelmente será abandonado, como seus antecessores de difteria, tétano, raiva e pólio. Será lembrado, como estes, apenas para emergências. Mas por um tempo, saberemos que fomos salvos, como nos filmes, pela cavalaria. 

21 Aug 18:49

O Primo Basílio. Eça de Queiroz #grifeinumlivro⁠ .⁠ Este é um...



O Primo Basílio. Eça de Queiroz #grifeinumlivro⁠
.⁠
Este é um dos trechos memoráveis de “O Primo Basílio”, uma das obras mais emblemáticas do escritor realista português Eça de Queiroz. Publicado em 1878, é um retrato fiel da sociedade do século XIX, com ênfase para a hipocrisia da classe burguesa. Sua trama central envolve o triângulo amoroso Jorge-Luísa-Basílio. A leitura reporta a uma temática presente na estética realista: o adultério, mesmo tema do romance francês “Madame Bovary” (1857), de Gustave Flaubert e do brasileiro “Dom Casmurro” (1899), de Machado de Assis. ⁠
#OPrimoBasílio #PrimoBasílio #EçadeQueiroz #livro #literaturaportuguesa #romance ⁠
https://www.instagram.com/p/CEEmHqjn4cj/?igshid=3m5oftcwmhdk

11 Aug 20:39

Presidential Forecaster Predicts Joe Biden Win (With Plenty of Caveats)

by Matt Novak

Allan Lichtman, a political forecaster and historian, has accurately predicted almost every presidential election of the past four decades, even confidently predicting that Donald Trump would win in 2016. Now Lichtman is making his prediction for 2020, including a win for presumptive Democratic nominee Joe Biden. But…

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08 Aug 09:42

Tipos de Gente

by Clara Gomes

Participam desta tira:  MARIA JOANA. Uma joaninha pequena, mas enfezada. Tem uma cabeça bem redonda, um pouco maior do que o resto do seu corpo, que é vermelho coberto com pintinhas pretas. Seu rosto é da cor bege, e no topo de sua cabeça há duas anteninhas curtas da mesma cor.  CARAMELO. Um caracol com um casco cor de caramelo. Tem uma grande cabeça redonda e um corpo fininho de cor bege, com o casco nas costas. No topo da cabeça possui duas antenas finas, com bolinhas nas pontas da mesma cor do seu corpo.  Título: "Tipos de Gente".  Quadro 1. Joana e Caramelo passeiam por um jardim. Caramelo olha para a frente e pergunta para Joana, que está atrás dele: "O que você acha do pessoal que segue respeitando o distanciamento, mesmo no meio do caos?"  Quadro 2. Joana franze a testa e responde, com muita franqueza: "Acho que são idiotas idealistas!" Caramelo olha para ela com certa surpresa.  Quadro 3. Caramelo segue olhando para frente, com um sorriso no rosto: "Meu tipo preferido de gente!"  Quadro 4. LOGOTIPO DOS BICHINHOS DE JARDIM. Em cor preta, com letras robustas e um arabesco simulando as anteninhas de um inseto, com as cores amarelo, verde e vermelho com bolinhas pretas.

31 Jul 13:10

Pixels de Jardim | Nostalgia Digital

by Clara Gomes

Participam dessa tira: MARIA JOANA. Uma joaninha pequena, mas enfezada. Tem uma cabeça bem redonda, um pouco maior do que o resto do seu corpo, que é vermelho coberto com pintinhas pretas. Seu rosto é da cor bege, e no topo de sua cabeça há duas anteninhas curtas da mesma cor. Título: "Pixels de Jardim: Nostalgia Digital". Quadro 1. Joana aparece apresentando a tira. Os traços de seu desenhos está mais tosco, como se ela tivesse sido desenhada no programa "paintbrush" com o máuse, meio torta, meio quadrada. As cores são primárias sem sombreamento ou diferenças de tom. Joana comenta com o texto do seu balão escrito com letras quadradas de sistema de computador antigo: "Saudade do início dos anos dois mil..." Quadro 2. Joana aparece em frente a um monitor antigo de computador, aqueles brancos, enormes. Ela está com os olhos arregalados e um coração aparece no ar, entre ela e o monitor. Acima dela um texto aparece, escrito: "Nossas maiores preocupações eram: Praticar resiliência com a internet;" e Joana comenta: "Baixei uma música em apenas dois dias!" Quadro 3. Joana aparece dentro de uma rosa enorme, cheia de brilhos piscando ao redor, sobre um fundo azul claro. O texto acima dela diz: "Fugir de gifs com glitter no Orkut;" e Joana, afogada em meio às pétalas grita: "Socorro!" Quadro 4. Joana está em frente à uma impressora, que está cuspindo um papel amassado, ao lado dela está um case de CDs antigo com vários CDs. O texto acima diz: "E benzer a impressora para não mastigar o papel fotográfico". Joana comenta em voz alta: "Será que ela acalma ouvindo o CD da Enya?"

28 Jul 11:37

O novo normal

by ricardo coimbra
Quadrinho publicado na Ilustrada
(Clique na imagem para aumentar)
25 Jul 09:58

Quando as pandemias acabam?

by Natalia Pasternak

Menino faz teste swab para identificar se está infectado com o  novo coronavírus

Quando as pandemias acabam? Epidemiologia não é uma ciência que consegue prever o futuro. Trabalha com aproximações, estimativas e modelos, para entender o presente e apontar tendências. Em um momento em que a sociedade está desesperada para responder a perguntas que começam com “quando” — “quando isso vai acabar”, “quando teremos uma vacina”, “quando podemos deixar de usar máscaras”, “quando o mundo vai voltar ao normal” —, conceitos epidemiológicos, se não forem explicados com muita calma e transparência, tornam-se receita para o desastre.

ConsulteVeja aqui como está a situação do coronavírus no seu estado

Vírus pandêmicos não ficam pandêmicos para sempre. Isso porque, com o tempo, o número de pessoas suscetíveis à doença diminui. E esse número nunca foi 100% da população. Sempre há aqueles que são naturalmente imunes. No caso do Sars-CoV-2, sabemos que grande parte da população pode estar previamente protegida por diversos motivos: por ter imunidade cruzada com outros coronavírus, por ter uma imunidade inata muito robusta, entre outros.

Pressupondo que quem teve contato com o Sars-CoV-2 e se recuperou ficou imune — o que é razoável, dado o que sabemos até agora —, como o vírus se espalha? Ele precisa de pessoas suscetíveis. Há várias maneiras de diminuir o número de suscetíveis, seja pela natureza ou por ação humana. Pela natureza, algumas pessoas morrem, outras se recuperam. Nem mortos e nem recuperados transmitem mais a doença. Isso bloqueia o vírus, que some, mas a um preço altíssimo: muita gente morre. E não resolve: pessoas não param de nascer ou de se mudar de um lugar para o outro. Inevitavelmente, novos grupos suscetíveis acabam se formando.

OMS: Mundo registra recorde diário de casos pela Covid-19, com mais de 284 mil infecções

Uma alternativa é atrapalharmos o vírus, escondendo dele os suscetíveis. É isso que a quarentena faz. Se o vírus não conseguir infectá-los porque estão protegidos, com máscaras e distanciamento, ele vai deixando de circular.

Tentativas de calcular quantas pessoas precisam ser infectadas e se recuperar (ou morrer) para que o vírus deixe de encontrar suscetíveis naturalmente são apenas estimativas, que não devem ser usadas para embasar decisões políticas. Só saberemos se o vírus deixou de circular quando o número de novos casos cair próximo de zero.

O vírus não some, mas deixa de ser pandêmico. Se encontrar mais suscetíveis, a doença volta, e pode se tornar endêmica, causar surtos localizados ou novas ondas. Erradicar um vírus só é possível com uma boa vacina, o que demora e envolve uma logística complicada. Até hoje só fizemos isso para varíola, num esforço global de dez anos, liderado pela OMS.

EstudoCovid-19 mata mais rapidamente pacientes em Roraima do que em Santa Catarina

O mundo ficará mais normal, antes da vacina, se fizermos um bom trabalho de contenção. Mas teremos que estar sempre vigilantes. Nesse sentido, sim, é um “novo normal”, mas de atenção, como foi após o 11 de Setembro. Não um “novo normal” depressivo, em que nunca mais abraçaremos amigos ou frequentaremos bares.

Certamente teremos vacina, mas essa esperança não deve nortear nosso comportamento agora. Temos já ferramentas que possibilitam o retorno ao normal. Já passou da hora de usá-las.a mais rapidamente pacientes em Roraima do que em Santa Cata

25 Jul 00:22

Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios. Marçal...



Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios. Marçal Aquino (via @sandroaureliojr) #grifeinumlivro #MarçalAquino #literatura #livros #leitura⁠
https://www.instagram.com/p/CC6kPPkDkWT/?igshid=156lsk5iiftmu

10 Jul 10:30

Aperto

by Clara Gomes

Participam desta tira:  MARIA JOANA. Uma joaninha pequena, mas enfezada. Tem uma cabeça bem redonda, um pouco maior do que o resto do seu corpo, que é vermelho coberto com pintinhas pretas. Seu rosto é da cor bege, e no topo de sua cabeça há duas anteninhas curtas da mesma cor.  Título: "Aperto".  Quadro 1. Joana está no meio do quadro. Ela olha para o leitor com um pequeno sorriso no rosto. O fundo é azul e o chão onde ela pisa é branco. Ela não diz nada, só sorri.  Quadro 2. A altura do quadro muda, fica um pouco mais curta que o anterior. Joana olha para cima, notando a diferença de altura do quadro, e parece preocupada. A cor do fundo muda para um vermelho opaco e terroso.  Quadro 3. A altura do quadro muda de novo e ele fica ainda mais curto. A cor do fundo fica bege. Joana precisa se abaixar para ficar dentro dele. Agora ela olha para o leitor e pergunta: "Apertou?"  Quadro 4. O quadro fica ainda menor, porém Joana passa pela linha superior dele e boia como se estivesse em uma piscina. O fundo agora é o fundo da tira, de cor branca e o quadro onde Joana boia tem o mesmo tom de azul inicial, imitando água. Ela franze uma sobrancelha, em tom de esperteza e, curtindo a água, diz: "Relaxa e boia!"

28 Jun 20:01

Alguma Poesia. Carlos Drummond de Andrade...



Alguma Poesia. Carlos Drummond de Andrade #grifeinumlivro⁠
#carlosdrummonnddeandrade #carlosdrummond #algumapoesia #poesia #literatura #literaturabrasileira⁠
https://www.instagram.com/p/CB8Oxown_2h/?igshid=1vhq3bn9852g8

24 Jun 19:52

Em algum momento

by ricardo coimbra
Releitura de um clássico de Laerte
(Clique na imagem para aumentar)
22 Jun 13:13

There goes my hero (III)

by ricardo coimbra
Quadrinho publicado na Ilustrada
(Clique na imagem para aumentar)
13 Jun 09:39

Aquele Cabra

by Clara Gomes

Participa desta tira:  MARIA JOANA. Uma joaninha pequena, mas enfezada. Tem uma cabeça bem redonda, um pouco maior do que o resto do seu corpo, que é vermelho coberto com pintinhas pretas. Seu rosto é da cor bege, e no topo de sua cabeça há duas anteninhas curtas da mesma cor.  Título: "Aquele Cabra".  Quadro 1. Joana está em frente ao seu laptop. O fundo do quadro é cinza, sobre um chão verde. Joana olha para a tela do computador e comenta em voz alta: "Eu queria encontrar aquele cabra e meter a mão nele!"  Quadro 2. Ela aperta um botão no aparelho e continua: "Aquele palhaço, tal de Tiririca, que falou uma vez..."  Quadro 3. Ela conclui: "Pior que tá, não fica!" A cor do fundo vira um cinza escuro e uma chuva cheia de relâmpagos começa a cair assim que ela termina a frase.

13 Jun 09:39

Autossabotagem

by Clara Gomes

Participa desta tira:  MARIA JOANA. Uma joaninha pequena, mas enfezada. Tem uma cabeça bem redonda, um pouco maior do que o resto do seu corpo, que é vermelho coberto com pintinhas pretas. Seu rosto é da cor bege, e no topo de sua cabeça há duas anteninhas curtas da mesma cor.  Título: "Autossabotagem".  Quadro 1. Joana aparece feliz e sorridente. Ela sobre uma flor, como se fosse uma cama e em frente ao seu laptop. Em voz alta ela comenta: "Vou dar uma olhadinha rápida nas notícias e redes sociais..."  Quadro 2. Vemos de longe a Joana sobre a flor se assustando com as notícias da internet. O quadro fica escuro, cinza, e saem bombas e monstros de todo tipo do computador, como se estivessem ganhando vida. Eles flutuam ao redor de Joana que fica em pânico.  Quadro 3. Joana fecha o laptop e olha para o leitor. Ela está machucada, arranhada e com um olho roxo. Com uma lágrima escorrendo, ela fala: "Sim, eu caio nessa todo santo dia!"  Quadro 4. LOGOTIPO DOS BICHINHOS DE JARDIM. Em cor preta, com letras robustas e um arabesco simulando as anteninhas de um inseto, com as cores amarelo, verde e vermelho com bolinhas pretas.

31 May 15:13

Como amadurecer frutas verde mais rápido

by 30ealguns

Adria ensina como estimular o amadurecimento das frutas para aproveitar ao máximo a qualidade e o sabor que elas podem oferecer

A maioria das frutas é colhida e vendida antes de estar totalmente madura. Isso acontece porque durante o transporte e a chegada às feiras e aos supermercados, elas precisam estar conservadas e firmes. Cada fruta tem o seu ponto ideal de amadurecimento, ou seja, melhor fase do alimento, cujo sabor e textura estão adequados para o consumo.

Mas, em algum momento, é possível comprar frutas que ainda precisam amadurecer. Aabixo algumas dicas para reverter este cenário. Confira:

  • Mantenha as frutas com amadurecimento tardio em lugares quentes para acelerar seu metabolismo. Você pode embrulhá-las em papel ou sacos plásticos perfurados, se possível junto com um pedaço de fruta já madura, para concentrar o gás do amadurecimento, o etileno.
  • Não deixe as frutas em embalagens fechadas, pois isso irá sufocá-las e prejudicar o amadurecimento adequado.

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08 May 13:54

'Fechei o consultório da noite para o dia, depois de um show do João Bosco': Resgatamos uma entrevista de 1976 com Aldir Blanc

by William Helal Filho

O letrista Aldir Blanc, em imagem de 1976

Um dos maiores compositores da música popular brasileira, o carioca Aldir Blanc se formou em Medicina e chegou a exercer a Psiquiatria. Trabalhou no Hospital Universitário Gaffré Guinle e recebia seus pacientes em um consultório na Rua da Assembleia, no Centro. Mas não demorou até abandonar o jaleco. Em entrevista ao GLOBO publicada na forma de um longo depoimento, em 10 de setembro de 1976, ele fala sobre a "barra realmente pesada" de trabalhar na saúde pública e conta como fechou seu consultório "da noite para o dia", depois de um show com João Bosco. A partir de então, o letrista, morto nesta segunda-feira por complicações geradas pelo coronavírus, desenvolveu uma "paranoia" de ser chamado de psiquiatra. Na mesma entrevista, resgatada pelo Blog do Acervo, o compositor de então 30 anos critica a censura em vigor na época da ditadura militar. E reflete sobre o que ele chama de uma "contradição" vivida pelo artista, por ser filho da classe média e querer se identificar com a classe operária.

Psquise páginas do jornal desde 1925 no site do Acervo O GLOBO

"Entrei para a medicina e já por volta do segundo ano, as parcerias musicais — predominantemente com o Sílvio da Silva Júnior — começaram a caminhar num sentido mais profissionalizante. Eu sentia uma satisfação muito grande com todo tipo de compromisso musical, ao passo que ia às aulas chateado, e comecei a ahar perfeitamente lógico que ficasse só fazendo música e abandonasse o curso. Quando cheguei ao quarto ano, pensei definitivamente em abandonar, e me desinteressei da parte mais teórica do curso. Ia às aulas e comparecia regularmente ao hospital, mas já sentia que estava abandonando.

João Bosco e Aldir Blanc: Clássicos da MPB e uma separação histórica

Nessa época eu trabalhava no Hospital Graffrée Guinle, em reumatologia. E quando comentei com um colega que ia abandonar a medicina, ele me disse que era uma estupidez o que eu ia fazer, faltando só um ano para terminar (porque todo mundo sabe que o sexto ano não existe), e sugeriu que eu concluísse o curso e arquivasse o diploima para o caso  de um dia querer exercer a profissão. Mas não foi bem isso o que colou: o que realmente funcionou foi que ele trabalhava no Engenho de Dentro e me chamou para dar uns plantões lá, dizendo que precisava da minha ajuda, havia carência de pessoal. Eu fui, e me interessei muito, sabe? Pensei que fosse encontrar uma estrutura hospitalar com dificuldades, mas isso é só uma frase: havia gente no chão, sem roupa, faltavam coichões, roupa de cama, casacos,calçados e remédios.
O compositor Aldir Blanc em imagem de 1976, aos 30 anos

Era uma barra realmente pesada, e eu senti que aquele tipo de atividade precisava de mim e trabaihei com muito afinco. É dificil você dizer que eu fazia algum tipo de psiquiatria. O que nós fazíamos mesmo era asistência social: conversar com o paciente, levar cigarros, arrumar roupas velhas. Eletrochoque, nessa enfermaria, já não se usava; usávamos remédios, quando havia. Aplicávamos um critério, que mais tarde acabou sendo consagrado internacionalmente, de alta precoce: assim que a pessoa tinha condições mínimas de ser colocada fora daquele tipo de asilo, dávamos alta.
Fiquei trabalhando lá aproximadamente três anos, sem ser contratado. Por que abandonei? Acho que, emocionalmente — sem querer fazer nenhum tipo de demagogia, porque não pretendo ser internado por solidariedade — cheguei à conclusão de que eu tinha muito mais afinidade com o tipo de comportamento dos chamados loucos do que com aquele padronizado, das atitudes consideradas normais ou mesmo médicas. Então, quando larguei, foi porque concluí que havia cometido um erro de nove anos; estudei seis, exerci três, e ainda fiz um de vestibular, ou seja, dez anos ao todo, e simplesmente eu estava errado. Sinto muito esse aparente desperdicio de tempo, que eu aliás não considero perdido: foi uma experiência como outra qualquer.
Continuo lendo multo sobre psiquiatria, porque a Medicina, como carreira, é uma coisa  fortíssima, que não se larga impunemente. Vez por outra tenho consciência disso, uma espécie de remorso: onde será que eu sou mais útil? Mas não chega a esquentar multo a minha cabeça, porque isso é normal em qualquer profissão, e eu procuro tocar as minhas atividades atuais da melhor maneira possível.
Os compositores e parceiros de trabalho João Bosco e Aldir Blanc, em imagem de 1982

Tive um consultório na Rua da Assembléia, onde não cheguei a ganhar dinheiro. Eu não conseguia cobrar. Isso não está sendo dito aqui para que eu pareça bonzinho; e claro que eu tenho um tipo de personalidade-probiema (chame do qua você quiser chamar) que não  me permitia cobrar. Fazer letra hoje em dia, então, é um troço muito mais simples. Ora eu me valorizo , ora me desvalorizo, mas é uma relação de mim para mim mesmo, e quando envolve outros, é um outro tipo de transação emocional.
Fechei o consultório da noite para o dia, depois do lançamento de um LP do João Bosco. Comigo as coisas funcionam muito assim, por acumulação, vai acumulando até um dia estourar. Participei do lançamento como percussionista, e me senti quase um traidor, porque eu tinha tanta identificação com aquela conversa, me sentia tão bem falando sobre música, do resultado deste ou daquele arranjo, sobre o ensaio, tudo isso, que fui ficando cada vez mais tenso em relação à prática médica. Acabado o lançamento, vendo a platéia saindo, tive a consciência absoluta de que aquilo era a minha vida e de que era impossível continuar com a outra profissão. No dia seguinte de manhã, avisei os clientes da minha decisão e fechei o consultório.
Eu só quero, para terminar, colocar a minha paranóia em relação a isso: eu me lembro de que, quando exercia a medicina, tinha horror quando um cliente qualquer de primeira vez, na hora de ir embora, se despedia dizendo:. "Mas você também é compositor..." Hoje  tenho um medo danado de que esse tipo de mística passe a existir em função da profissão de músico. Quer dizer, de repente o sujeito gosta da minha letra e justifica dizendo assim: "Mas é lógico, ele é também um psiquiatra..." Isso é ridículo, porque eu não sou psiquiatra, não me sinto psiquiatra, hoje tenho mais consciência do que nunca de que jamais fui psiquiatra. Com consciência crítica, não posso definir claramente até que ponto aquilo era uma atividade médica...Talvez possa ter ajudado algumas pessoas, e é possível também que tenha prejudicado outras...
Assim como a crítica me cobra um certo capricho nas coisas que eu faço, eu me sinto no direito de cobrar da crítica, pelo menos, um estilo jornalístico decente. E muitas vezes ela é exercida da forma mais leviana possível, erros são cometidos a todo momento — desde o erro que faz uma referência inteiramente equivocada à sua obra, até erro do teu nome mesmo: já fui chamado de Aldir Blanes, Aldair Manes, Aldecir Blancoso, e isso não é falta de  revisão, é falta de informação mesmo. Francamente, o que eu cobro da critica, ou de cada crítico, é a mesma coisa que eu cobro da arrecadadora: critério.
Eu leio o meu borderô e não entendo nada da minha pontuação. Da mesma forma, leio criticas que não têm absolutamente um norte, sabe como é? Elas variam de dia para dia, com incoerências incríveis por parte de um mesmo crítico. Ao meu amigo Sérgio Cabral, do GLOBO, por exemplo, vai um recado: achei ótimo quando ele disse que toda vez que eu sou objetivo, como no "Galos de briga", eu acerto; e que as minhas aventuras subjetivas não vão tão bem. Ele acha, por exemplo, que "o amor é uma ausência de engarrafamento" não é um bom verso.. Eu retribuo com a mesma critica. Sérgio, toda vez que é objetivo, é ótimo. Toda vez que tem critérios subjetivos, como por exemplo classificar um verso de ser ou não um grande verso, também falha.
Aldir Blanc em seu apartamento, na época de seus 70 anos, em 2016

Como a maioria dos artistas, nós viemos mais ou menos da classe média, mas viemos com um curioso remorso de sermos artistas. Quer dizer, o artista é artista, mas filho da classe média, e essa filiação ele abomina. A simpatia dele vai para uma área proletária, ele busca essa identificação. Quando trabalha, ele quer se sentir proletário. E quando o resultado do trabalho dele aparece inclusive gerando dinheiro, ele olha o proletário e se sente mal, ele vive numa rede de culpa.
Eu resolvo essa contradição trabalhando da melhor maneira possível. Não vou poder me libertar de um dia para o outro de tudo que a minha classe social me encucou, e não vou ter esse tipo de conduta demagógica que me faz passar mal: às vezes vejo uma entrevista, e lá vem o cara, até bem intencionado, dizer que é "o operário da arte plástica" e o "pedreiro da literatura".
O que me chama a atenção na censura, e me estarrece, é que ela é inteiramente arbitrária. Eu tive música censurada por causa da expressão "tem São", empregada no seu mais estrito senso. Disseram que ela "podia se prestar a um trocadilho. E não podia, não, e vou explicar por quê: a letra dizia "o saci tem pé, o porão tem pó, o luar dragão e João tem São", em letra maiúscula, numa referência óbvia ao santo, porque estávamos usando só as primeiras sílabas. Depois, tivemos censurada uma música chamada "Uma brasileira" porque o cara da censura considerou o título ofensivo, genérico: era a história de uma balconista que morria atropelada na Avenida Brasil. Então eu mudei o titulo para: "Fatalidade: balconista teve morte instantânea", e recebi na própria censura uma espécie de moção elogiosa por ajudar  uma possível campanha de trânsito, no futuro...
Já tive censurada uma letra que fiz sobre a gravidez  da minha mulher. Ela foi considerada imoral. Dizia do meu conflito moral, pequeno burguês, e justamente, por isso resolvi submetê-la a uma crítica pública: era a minha inquietação numa praia, por estar ao lado da minha mulher, grávida, e do outro lado havia uma mulher que eu não conhecia. Era muito bonita e usava uma tanga branca. Eu coloquei isso: naquele momento eu estava gostando das duas, e concluia com uma moral: em alguns momentos eu me sentia sábio, e em alguns cretino. Consegui até fazer a síntese no final, porque quem vai à praia no domingo, com a mulher grávida, sabendo da quantidade de tangas que existem lá, é realmente um sábio e cretino. Isso foi considerado imoral...
A ânsia humana do cara sentir que está conseguindo melhorar de vida, mesmo diante da fome alheia, faz com que ele diga, em Ramos, que agora pelo menos está para morar em Vila Isabel, num prédio com piscina. É bem verdade que a piscina tem dois por dois metros, e que, se resolverem descer todos no domingo para a água, vai haver uma catástrofe. Ao mesmo tempo sei que os moradores da Vila querem ir para Copacabana, os de Copacabana para Ipanema, e os de Ipanema para não sei onde. Eles não sentem que tem um momento em que o cara não tem mais para onde ír, porque os seus núcleos de identificação estão completamente destruídos. Aí vem essa aspiração ridícula de ser um cidadão do mundo. Eu quero que as pessoas de Copacabana existam em Copacabana, e que as de Vila Isabel sejam pessoas da Vila. O que eu acho triste é que o sujeito de Belford Roxo, pelo simples fato de colocar uma camiseta com letras, passe a se sentir um aluno da Massachussetts University. Isso eu acho lamentável.
Minha relação com Vila Isabel tem uma nuança impressionista muito grande. Me lembro, por exemplo, quando da morte de Getúlio, das mulheres saindo para chorar na rua. Lembro das pessoas na calçada, de um lado e de outro. E lembro de um tipo de convivência em que todo inundo à noite colocava sua cadeira na calçada, havia um tipo de convívio maior... O rádio tocava na sala, o som saia pela janela e não impedia as pessoas de falar, talvez o programa fosse interessante e podia até mesmo ser ouvido em comum. A Vila tinha um sentido de fraternidade maior, mais apurado... Hoje em dia eu trato a Vila dentro de uma política de resistência: não interessa se sou o único soldado da Vila, mas sou. Posso ser o último, mas vão ter que me aturar.
Resisto a uma falsa idéia de desenvolvimento, de ascensão, de ser emergente. Você caminha pela Vila e vê: me lembro de casas, de árvores, de um barulho ininterrupto de passarinho, um cachorro fazendo xixi em cada arvore. Você achar um cachorrinho aqui, hoje, vai ser uma dificuldade. Achar uma árvore, também. As casas estão sendo destruídas, daqui mesmo você vê que é impressionante o número de prédios.
Quase não há mais a boêmia do tempo de Noel. O que existe é um pessoal mais ssossegado, aqui realmente se conversa mais, se tem menos pressa. Existe um tempo de conversa. E o pais inteiro caminha aceleradamente em direção não se sabe de quê. Mas as pessoas têm a pretensão de acompanhar esse ritmo , e ele impõe certas modificações: o sujeito que andava de bermuda anda de gravata; o cara que usava gíria, hoje tem vergonha de usar, o sujeito fumava cigarros sem filtro e fuma agora um longo, parece que tem um canudo na boca.  Ele tenta acompanhar essa lenda que está sendo vendida por aí, pelo jornal, pela tevê, pela política, de que nós estamos  bem, estamos crescendo, e você precisa crescer junto com a gente. Então ele cresce malignamente, cancerosamente, desorganizadamente.
Acho que crescer de forma saudável implica, antes de mais nada, saber bem o que é o brasileiro, qual a sua aspiração. Hoje em dia você cresce, tenta o progresso, o desenvolvimento, mas a aspiração do brasileiro, essa ninguém conhece. O pessoal de Belo Horizonte não está satisfeito com o que fizeram com a cidade deles. Então, aquilo não cresceu, não é óbvio? O carioca está sendo agredido pelo metrô. Então, não está melhorando. O carioca e o brasileiro estão mais tristes. E um ex-Presidente da República foi obrigado a reconhecer que a economia vai bem, mas o povo vai mal. Isso é um contra-senso.
Se eu tivesse dinheiro para comprar uma casa, compraria uma com quintal em Vila Isabel. É claro que eu posso ouvir da mulher, dos filhos, dos amigos, uma série de outros argumentos. A minha filha tem um ano e oito meses, e vai ser uma briga muito dura convencê-la de que um quintal de cinco por cinco na Vila é melhor do que Ipanema inteira. Será a chamada luta inglória.
A psicanálise, por exemplo, dá diversas significações para a casa, e não é à toa. Quem você reúne nela, o que ela representa, como você vive no seu interior; é uma casa ao lado de que outras casas? O que as pessoas dessa casa produzem, a partir do momento em que se sentem mais ou menos felizes dentro dela? Uma casa é também um momento político da vida do homem. Acho horroroso o sujeito tratar a própria casa como se trata qualquer motel da Barra da Tijuca: um tem piscina, o outro não tem, um tem espelho na parede, o outro não. Eu vim de uma casa da Rua dos Artistas que hoje é uma casa de cômodos. Havia um outro espírito... Não apenas no sentido de familia, é mais complicado... Você tinha um tipo de festa, de relacionamento, de sinceridade, que o próprio processo político tende a dividir. Hoje em dia, toda vez que você quer mentir, você diz que é um realista; toda vez que você quer ser desonesto, você diz que é um profissional., Então nós, hoje, temos os realistas da mentira e os profissionais da desonestidade, quer dizer, é fantástico.
25 Apr 12:01

Caprichos & Relaxos. Paulo Leminski. pág. 69 #grifeinumlivro...



Caprichos & Relaxos. Paulo Leminski. pág. 69 #grifeinumlivro #pauloleminski #leminski #caprichoserelaxos
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18 Apr 13:02

Quereis a saúde? Ficai em casa!

by Martin Jayo

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“Quereis a saúde?
Bebei Ferro-Quina!”

A Ferro-Quina Bisleri servia para muita coisa: da anemia à tosse, da inapetência a problemas nervosos. Se curava alguma coisa eu não sei, mas por ser levemente alcóolica decerto ajudava a encarar todos esses males de forma mais leve e relaxada.

Vendido em farmácias, o santo remédio era anunciado pela cidade afora. Aqui vemos três anúncios: na via Anchieta, no viaduto Santa Ifigênia, e em algum ponto do centro de São Paulo que eu não consigo reconhecer.

Ultimamente apóstolos do atraso têm apregoado, para doença muito mais grave, panaceia de nome assemelhado. Este blog faz um alerta a seus leitores: não caiam na esparrela e não acreditem em imitações.

Foi-se há muito o tempo em que para os males da saúde havia remédios milagrosos. Quereis a saúde? Ficai em casa!

(O anúncio impresso é reproduzido da revista A Cigarra de abril de 1926. As três fotos são requentadas de outro post, que publiquei aqui no blog em dezembro de 2014.)

29 Mar 09:30

A pandemia de COVID-19 *NÃO* é uma gripezinha

by Unknown
Embora alguns insistam no erro de chamar a doença provocada pelo novo coronavírus (com o complicado nome de SARS-CoV-2 - 'Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2', isto é, uma segunda linhagem de coronavírus que causa uma doença parecida com a SARS) de "gripezinha", outros, como o caso da neurocientista e divulgadora científica Suzana Herculano-Houzel revêem a posição.

Por que o mais provável é que a COVID-19 ('Coronavirus Disease 2019' - doença do coronavírus de 2019) seja mais letal e se espalhe mais do que, por exemplo, a famigerada gripe espanhola - uma das pandemias mais graves enfrentadas recentemente pela humanidade com uma linhagem especialmente letal de vírus da gripe.

Uma pessoa infectada com a cepa do vírus da gripe espanhola, em média, acabava infectando outras 1,7-2,0 pessoas (o nome técnico para isso é 'número básico de reprodução' e é simbolizado por R0). Já alguém infectado pelo SARS-CoV-2, na média, passa o vírus para outras 2,24 a 3,58 pessoas.

Além disso, a cada mil pessoas infectadas pelo vírus da gripe espanhola, algo entre 5 e 24 pessoas morriam, isto é, tinham uma CFR ('case fatality rate', taxa de casos fatais) entre 0,05 e 2,4%. Já para a COVID-19, a CFR é algo entre 0,15 e 5,25%.

Outras doenças atuais que enfrentamos tem um potencial maior de se espalhar e é mais letal. Caso da febre amarela: R0 entre 1,5 e 5 e CFR de até uns 7%. Mas há uma vacina eficaz contra a doença, coisa que ainda não temos contra a COVID-19. A febre do vírus zika não tem vacina e também tem um poder maior de disseminação:  R0 entre 1 e 7, mas a letalidade em adultos é virtualmente zero - e há formas de enfrentamento que não necessitam o isolamento de doentes e suspeitos: combatendo o vetor: no caso da COVID-19, ela pode passar de pessoa para pessoa através de gotículas de saliva no ar. A dengue, embora tenha vacinas contra os tipos circulantes no país, a aplicação desta ainda está em fase de testes (há a complicação porque a forma hemorrágica pode se desenvolver em pessoas que têm a dengue mais de uma vez), mas também pode ser combatida com a evitação do vetor, o mesmo mosquito que transmite a zika.

Sendo uma doença nova e, assim, contra a qual ainda não há vacinas nem medicamentos curativos (o tratamento é sintomático e paliativo), nem uma imunidade natural na maioria da população, com um nível de letalidade razoável e também de potencial de espalhamento, é um perigo subestimá-la - especialmente no caso de autoridades que precisam traçar e implementar estratégias eficientes em seu combate. Não se trata de negligenciar outras doenças também graves e potencialmente danosas, mas é preciso enfrentar também a COVID-19, pelo potencial grande de dano.
15 Mar 09:35

A peste

by ricardo coimbra
(Clique na imagem para aumentar)
14 Mar 23:36

DO FUNDO DO BAÚ: GRIPE

by Saudades do Rio



 
Hoje vivemos uma situação dantesca em que os quadros macabros se reproduzem, produzindo o pavor e a loucura como se o juízo final fosse chegado, surpreendendo no momento oportuno os sábios modernos.

A infecção explodiu aqui no Rio de um modo geral, contaminando todos á uma, depois de ter seguido uma rota certa como Hespanha, Portugal, Dakar. Logo foi trazida da Europa, porém o modo como se propagou, demonstra ter sido pelas camadas aéreas – não ha contestação alguma, tanto que variando as correntes conductoras espalhou-se o mal pelo mundo inteiro.

As manifestações desta grippe são como envenenamento, uns mais felizes attingidos apenas superficialmente logram curar-se em poucos dias, outros porém, a febre vae degenerando em typhica, o sangue sobe ao cerebro, a língua reseca e no desfecho todos os cadaveres estão denegridos – os que escapam são attingidos por uma tosse pertinaz, uma fraqueza extrema que redunda em pneumonia – ha hemorrhagias, pela boca, nariz, ou ouvidos, accessos de loucura, ou casos fulminantes.

Famílias inteiras estão sendo dizimadas, principalmente as que vivem em condições mais vulneráveis. Os corpos estão sendo deixados na rua, onde permanecem alguns dias até serem recolhidos, ampliando o cenário de devastação. Há falta de serviço de transporte, alta dos preços e escassez de alimentos. A doença já atingiu metade da população do Rio, estimada em 700 mil pessoas, deixando a cidade vazia e silenciosa. Já chega a mais de 10 mil as mortes no Rio.
PS: nos próximos dias teremos um grande teste para a população do Rio. Que todos lavem as mãos, se vacinem contra a gripe, evitem aglomerações, usem álcool gel com frequência, sigam as instruções do Ministério da Saúde, não entrem em pânico, fiquem em casa. Boa sorte.

14 Mar 09:54

Quadrilha V.2.0

by Clara Gomes

29 Feb 09:58

Pulando o Carnaval

by Clara Gomes

15 Feb 02:51

A Importância da História

by Clara Gomes

27 Jan 14:56

Uerj recebe primeiro navio oceanográfico universitário do Rio de Janeiro

by Rede Sirius
Na próxima terça-feira (28), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) inaugura o navio oceanográfico Prof. Luiz Carlos, na Marina da Glória, às 15h. A embarcação vai alavancar pesquisas e projetos ambientais, como o monitoramento dos ecossistemas marinhos, aperfeiçoando a formação dos estudantes.

"A Uerj é a primeira instituição de ensino superior do Estado do RJ a possuir um navio. Com ele, vamos potencializar o estudo das ciências do mar, inclusive como laboratório flutuante”, afirma o diretor da Faculdade de Oceanografia, Marcos Bastos.

A embarcação vai atender aos alunos das diversas áreas da Oceanografia, apoiar outros cursos da universidade como Geologia, Geografia e Biologia, além de possibilitar parcerias com órgãos governamentais, empresas e demais instituições de pesquisa.

Com 30,5 metros de comprimento e 7,8 metros de largura, o Prof. Luiz Carlos ultrapassa 250 toneladas, tem capacidade para navegar com 30 pessoas, bem como autonomia para permanecer até 15 dias no mar.

“Vamos aperfeiçoar o monitoramento da poluição da Baía da Guanabara, da Baía da Ilha Grande além de outras baías, regiões costeiras e oceânicas, atuando diretamente em problemas relacionados à pesca, fazendas marinhas e outros recursos naturais”, informa Bastos.

O navio, que teve um custo total de R$ 7 milhões, foi construído no estaleiro INACE, no Ceará. O projeto contou com financiamento da Uerj, Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro (Secti)


O professor Luiz Carlos Ferreira da Silva

A embarcação carrega o nome do professor da Faculdade de Oceanografia da Uerj, Luiz Carlos Ferreira da Silva, como homenagem ao trabalho realizado por ele, ao longo de muitos anos, na formação de gerações de oceanógrafos e na consolidação desse campo de estudos no Brasil. O professor Luiz Carlos, que é oficial da Marinha do Brasil na reserva e foi Secretário Adjunto da Comissão Interministerial de Recursos do Mar (CIRM), estará presente à inauguração.


Serviço:
Inauguração do navio oceanográfico Prof. Luiz Carlos
Data: 28 de janeiro de 2020
Horário: 15h
Local: Restaurante Bota - Marina da Glória
Av. Infante Dom Henrique s/n - Glória
Rio de Janeiro - RJ
(21) 2334-0638
(21) 98752-1028

Enviado por Comuns via Marcos Vasconcelos.
10 Jan 13:38

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10 Jan 13:38

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