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12 Aug 21:37

Resident Evil: Retribution (Paul W.S. Anderson, 2012)









Resident Evil: Retribution (Paul W.S. Anderson, 2012)

12 Aug 21:36

Resident Evil: Retribution (Paul W.S. Anderson, 2012)











Resident Evil: Retribution (Paul W.S. Anderson, 2012)

15 Jul 18:04

Universal Soldier: Regeneration (John Hyams, 2009)



















Universal Soldier: Regeneration (John Hyams, 2009)

15 Jul 18:04

Universal Soldier: Day of Reckoning (John Hyams, 2012)

















Universal Soldier: Day of Reckoning (John Hyams, 2012)

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Universal Soldier: Day of Reckoning (John Hyams, 2012)









Universal Soldier: Day of Reckoning (John Hyams, 2012)

21 May 14:10

Red Heat (Walter Hill, 1988)



Red Heat (Walter Hill, 1988)

21 May 14:10

The Howling (Joe Dante, 1981)



The Howling (Joe Dante, 1981)

21 May 14:10

Homecoming (Joe Dante, 2005)





Homecoming (Joe Dante, 2005)

10 May 20:04

warrenellis: This is indeed author Joe Hill here on Tumblr,...



warrenellis:

This is indeed author Joe Hill here on Tumblr, with this evil question.

Off the top of my head this afternoon:

GREAT MAMBO CHICKEN AND THE TRANSHUMAN CONDITION, by Ed Regis, was my deep introduction to transhumanism and fringe science.  I’d read the odd issue of MONDO and the like as I could find and afford them, but GREAT MAMBO CHICKEN was the serious dose, from rocket man Bob Truax through to robot brain man Hans Moravec and back again.  Wonderful book.  Nowadays, I think it’d read as a marvellous time capsule.

WORDS AND MUSIC, Paul Morley. It may actually be one of the best books about music ever written, even though it’s not really about music so much as it’s about someone whom music happened to.

FEAR AND LOATHING ON THE CAMPAIGN TRAIL ‘72 is the best book Hunter Thompson ever wrote, and it’s unfairly overshadowed by the others.

EASY RIDERS, RAGING BULLS by Peter Biskind.  I find it hard to describe why I find this book so affecting.  It’s basically the story of American cinema in the Sixties and Seventies, remarkably heavily sourced and researched, with a rich supply of funny, creepy and titillating detail — but it’s also about the multiple journeys of the commercial artist, and weirdly scary and heartbreaking, like a dozen car crashes in a row.

And DOOM PATROLS by Steven Shaviro, which he describes as “a theoretical fiction,” but it’s not, really.  You can read it yourself for free and find out.  In some ways, it’s almost like the flipside to GREAT MAMBO CHICKEN, where you immerse yourself in that Nineties moment where common culture breaks up into a swirl of Everything Weird Happening All At Once.  It was like the light of an explosion reaching your senses before the sound and the shockwave arrived.

Tomorrow I would have a different list.

Ah, thanks for this, Warren.

10 May 20:02

maritimebitch: sugaryumyum: Mary O’Mallet - Bottom...









maritimebitch:

sugaryumyum:

Mary O’Mallet - Bottom Feeders

This is my kind of tea party.

10 May 17:37

Anos 2000

by Filipe Furtado
Vai e Vem, de João Cesar Monteiro

Vai e Vem, de João Cesar Monteiro

A Liga dos Blogues vai fazer uma lista dos melhores da década passada e pediu minha colaboração. Como curto a pratica de organizar listas, especialmente porque me faz pensar e sistematizar os meus favoritos de alguma forma (e também porque se tenho somente uma curiosidade histórica por listas coletivas, adoro explorar listas individuais), gastei mais tempo do que habitual nesta muito porque o período coberto nela é o da minha primeira década como crítico.

Duas coisas me saltaram aos olhos depois do exercício. Primeiro é que a despeito do chorume habitual sobre a pobreza do cinema contemporâneo a quantidade de filmes que deixei de fora mesmo com duas listas de apoio foi enorme. A outra é como a lista se concentrou entre 2000 e 2003, nenhuma ideia se é reflexo de um momento especialmente rico na produção ou simplesmente efeito pessoal de coincidir com o momento em que me mudei para São Paulo e passei a ter acesso mais fácil a um numero maior de filmes.

An Injury to One, de Travis Wilkerson

An Injury to One, de Travis Wilkerson

Curtas e médias: L’origine du XXIème siècle (Jean-Luc Godard/Anne-Marie Mieville, 2000), Outer Space (Peter Tscherkassky, 2000), Teenage Hooker Become a Killing Machine in Daehakno (Gee-woong Nam, 2000), Uma Hora a Mais Com Você (Alina Marazzi, 2002), An Injury to One (Travis Wilkerson, 2002), Lifeline (Victor Erice, 2002), Mods (Serge Bozon, 2002), Chat Perches (Chris Marker, 2004),  man.road.river (Marcellvs L., 2004), Homecoming (Joe Dante, 2005),  Phantom Limb (Jay Rosenblatt, 2005),  Capitalism: Child Labor (Ken Jacobs, 2006),  Rapace (João Nicolau, 2006), At Sea (Peter Hutton, 2007),  Profit Motive and the Whispering Wind (John Gianvito, 2007), Suicidal Variations (Gok Kim/Sun Kim, 2007),  Visitors (Giulio Questi, 2007), Correspondances (Eugene Green, 2008), Le Genou D’Artemide (Jean Marie Straub, 2008), L’Idiot (Pierre Leon, 2008).

Domino, de Tony Scott

Domino, de Tony Scott

Menções honrosas: Esther Kahn (Arnaud Desplachin, 2000), The House of Mirth (Terence Davies, 2000), O Tempo e a Maré (Tsui Hark, 2000), From the Queen to the Chief Executive (Herman Yau, 2001), A Inglesa e o Duque (Eric Rohmer, 2001), Pistol Opera (Seijun Suzuki, 2001), Eternamente Sua (Apichatpong Weerasethakul, 2002), Femme Fatale (Brian De Palma, 2002), Adeus Dragon Inn (Tsai Ming Liang, 2003), O Prisioneiro da Grade de Ferro (Paulo Sacramento, 2003), A Dama de Honra (Claude Chabrol, 2004), Domino (Tony Scott, 2004), Kung Fu Hustle (Stephen Chow, 2004), Oh Uomo! (Yervant Genikian/Angela Ricci-Lucchi, 2004), Marcas da Violência (David Cronenberg, 2005), Maria (Abel Ferrara, 2005),  Miami Vice (Michael Mann, 2005),  O Hospedeiro (Bong Joon-Ho, 2006),  Lady Chatterley (Pascale Ferran, 2006),  A Short Film About Indio Nacional (Raya Martin, 2006),  When the Levees Broke (Spike Lee, 2006),  Não Toque no Machado (Jacques Rivette, 2007), United Red Army (Koji Wakamatsu, 2007), O Canto dos Pássaros (Albert Serra, 2008), Diário dos Mortos (George Romero, 2008), Gran Torino (Clint Eastwood, 2008), Histórias Extraordinárias (Mariano Lliñas, 2008),  Un Lac (Philippe Grandrieux, 2008), A Familia Wolberg (Axelle Ropert, 2009), Let Each One Go Where He May (Ben Russell, 2009).

As I was Moving Ahead Ocasionaly I Saw Brief Glimpses of Beauty, de Jonas Mekas

As I was Moving Ahead Ocasionaly I Saw Brief Glimpses of Beauty, de Jonas Mekas

As I was Moving Ahead Occasionally I Saw Brief Glimpses of Beauty (Jonas Mekas, 2000)
É o título mais bonito da história do cinema, e o filme mais do que o justifica. O cotidiano como política, uma lição sobre viver.

Caminho sem Volta (James Gray, 2000)
James Gray retoma o drama, acredita que o único caminho possível para tratar do mundo contemporâneo é contar histórias morais sobre família e comunidade. Caminho sem Volta é novo e vital justamente por ser a primeira vista um filme tão velho.

As Coisas Simples da Vida (Edward Yang, 2000)
Sempre detestei o título nacional do filme, já que nada nele é simples e do aparentemente banal Yang sempre chega ao fantástico. É uma pena que o sucesso do filme na época não levou a uma redescoberta maior da obra de Yang, ainda o grande cineasta desconhecido da sua geração.

Plataforma (Jia Zhang Ke, 2000)
O que Jia Zhang-ke promove é um corpo a corpo físico com a história com poucos equivalentes. Mais do que a história vista pela porta dos fundos, uma história sentida, uma experiência.

Cidade dos Sonhos (David Lynch, 2001)
Lembro-me de que vi o Lynch em pré estreia num fim de semana e que por grande coincidência Crepúsculo dos Deuses passava na Cinemateca e assim como o filme do Wilder, Lynch realiza o perfeito melodrama de horror sobre a Hollywood de sua época.

La Libertad, de Lisandro Alonso

La Libertad, de Lisandro Alonso

La Libertad (Lisandro Alonso, 2001)
Provavelmente o filme mais influente da década. Muitos se reaproveitaram do exercício de auto-ficção de Alonso, mas nenhum dos imitadores tem algo tão expressivo quanto o lenhador Misael sorrindo cumplice para a câmera.

Onde Jaz Seu Sorriso? (Pedro Costa, 2001)
O documentário de Costa sobre o casal Straub a remontar Sicilia!  é meu favoritos entre seus filmes. O romance mais tocantes da última década, uma das suas comédias mais engraçadas e uma lição de cinema.

A Hora da Religião (Marco Bellocchio, 2002)
No cinema de Bellocchio fica a pergunta constante “como manter um olhar progressista numa sociedade eminentemente conservadora?”. Se Olhos na Boca tratava de repensar De Punhos Fechados no começo dos anos 80, A Hora da Religião faz o mesmo com os filmes anteriores em 2002.

Dez (Abbas Kiarostami, 2002)
Dez foi um filme tão importante para mim à época que escrevi quatro textos diferentes sobre ele no espaço de um ano, uma década depois permanece para mim não só uma das melhores expressões do gesto de Kiarostami de chegar depois do terremoto, como um dos filmes mais essências e politico sobrea imagem cinematográfica na virada do século.

Pulse (Kiyoshi Kurosawa, 2002)
O fim do mundo é só um jovem solitário desaparecendo nas sombras. Aterrador como pouquíssimos filmes de horror pois seu mal estar está tão próximo de nós.

A Oeste dos Trilhos, de Wang Bing

A Oeste dos Trilhos, de Wang Bing

A Oeste dos Trilhos (Wang Bing, 2003)
De A Oeste dos Trilhos mencionasse sempre a longuíssima duração, mas o que mais me fascina é a forma como acha imagens únicas em que ocaso daquele distrito parece menos um documentário do que uma ficção cientifica. Por sinal um belo filme a se retornar dada a cada vez mais tacanha lógica desenvolvimentista do nosso governo.

Um Filme Falado (Manoel de Oliveira, 2003)
Entre as muitas obras primas que Oliveira produziu na década passada, a minha favorita. O cruzeiro civilizatório de Oliveira vai da permanência das ruinas fazer a arqueologia de uma Europa muito contemporânea.

Los Angeles Plays Itself (Thom Andersen, 2003)
O melhor trabalho crítico sobre cinema dos anos 2000. Todos aqueles que desejam fazer cinema deveriam ver o filme de Andersen ao menos uma vez, porque ao final dele saímos com uma consciência muito maior sobre a nossa responsabilidade sobre os espaços que filmamos.

Vai e Vem (João Cesar Monteiro, 2003)
Creio que não haveria sessão dupla mais afirmativa do que uma formada pelos filmes de Mekas e do Monteiro, ambos testamentos de grandes artistas e ambos filmes em que sua essência procuram uma imagem que traduza um modo de vida. Vai e Vem é um filme que diz assim viveu este homem, nada mais justo.

Amantes Constantes (Philippe Garrel, 2005)
De certa forma é mesmo um filme de Garrel para quem não tem muita paciência para o cinema de Garrel, mas cada imagem, cada rosto e gesto permanece conosco muito depois da projeção, memória pessoal dissolvida no plano cinematográfico.

Conto de Cinema, de Hong Sang-soo

Conto de Cinema, de Hong Sang-soo

Conto de Cinema (Hong Sang-soo, 2005)
Do Poder da Provincia de Kangwon até A Visitante Francesa, Hong segue o mais consistente grande cineasta dos últimos quinze anos. Conto de Cinema me parece o ponto exato de equilíbrio entre a crueza inicial dos seus primeiros longas e o cada vez mais consciente jogo de espelhos dos filmes posteriores.

Eleição 2 (Johnnie To, 2006)
O jogo político como uma descida desenfreada para o barbarismo. Merecia seu lugar na lista nem que fosse por aquele momento magnifico em que um homem é apunhalado enquanto assisti ao filho correr em direção ao crime.

Medos Privados em Lugares Públicos (Alain Resnais, 2006)
De certa forma o ponto limite de todo o impressionismo realista da fase pós Melo de Alain Resnais. Seus personagens perdidos em meio a espaços de um artificio cartunesco tão grandiosos a sua maneira quanto às externas de um western.

Na Cidade de Sylvia (José Luis Guerín, 2007)
O cineasta em transito viaja ao coração da Europa para refilmar Vertigo pela perspectiva dos Lumiere.

RR (James Benning, 2007)
Não há nada mais cinematográfico do que um trem em movimento.


18 Apr 14:11

doccthulhu: Mermaid Lamnidae by ~DavidGaillet From The History...



doccthulhu:

Mermaid Lamnidae by ~DavidGaillet

From The History of Gorton’s Fishsticks, Chapter 13, Dark Fucking Days.

28 Mar 16:37

Reading Recommendations

I get emails all the time from fans asking me to recommend books for them to read "while I am waiting for your next one."

I can't possibly reply to all my emails, of course. But I do reply to some, when the mood strikes me. And I am always glad to recommend good books. There is so many of them out there that do not get half the attention that they deserve.

For some readers I like to draw attention to the classics of our genre. It never ceases to amaze me to discover that some of my own fans have never heard of all the great fantasists who came before me, without whom A SONG OF ICE AND FIRE could never have been written... without whom, in truth, there might not be a fantasy genre at all. If you have enjoyed my own fantasy novels, you owe it to yourself to read J.R.R. Tolkien (LORD OF THE RINGS), Robert E. Howard (Conan the Cimmerian, Kull of Atlantis, Solomon Kane), C.L. Moore (Jirel of Joiry), Jack Vance (THE DYING EARTH, Lyonesse, Cugel the Clever, and so much more), Fritz Leiber (Fafhrd and the Grey Mouser), Richard Adams (WATERSHIP DOWN, SHARDIK, MAIA), Ursula K. Le Guin (Earthsea, the original trilogy), Mervyn Peake (GORMENGHAST), T.H. White (THE ONCE AND FUTURE KING), Rosemary Sutcliffe, Alan Garner, H.P. Lovecraft (more horror than fantasy, admittedly), Clark Ashton Smith, and... well, the list is long. But those writers should keep you busy for quite a while. You won't like all of them, perhaps... some wrote quite a long time ago, and neither their prose nor their attitudes are tailored for modern attention spans and sensibilities... but they were all important, and each, in his or her own way, was a great storyteller who helped make fantasy what it is today.

Maybe you've read all the fantasy classics, however. I have lots of readers for whom that is true as well. Those I like to point at some of my contemporaries. As great as Tolkien, Leiber, Vance, REH, and those others were, THIS is the golden age of epic fantasy. There have never been as many terrific writers working in the genre as there are right now. Actually, there has never been so much epic fantasy published than right now, which means a lot of mediocre and downright terrible books as well, since Sturgeon's Law still applies. But I prefer to talk about the good stuff, and there's a lot of that. Just for starts, check out Daniel Abraham (THE LONG PRICE QUARTET, THE DAGGER AND THE COIN, Scott Lynch (the Locke Lamora series), Patrick Rothfuss, Joe Abercrombie (especially BEST SERVED COLD and THE HEROES)... they will keep you turning pages for a good long while, I promise...

Fantasies are not the only books I recommend to my readers, however. It has always been my belief that epic fantasy and historical fiction are sisters under the skin, as I have said in many an interview. A SONG OF ICE AND FIRE draws as much on the traditions of historical fiction as it does on those of fantasy, and there are many great historical novelists, past and present, whose work helped inspire my own. Sir Walter Scott is hard going for many modern readers, I realize, but there's still great stuff to be found in IVANHOE and his other novels, as there is in Sir Arthur Conan Doyle's WHITE COMPANY (he write more than just Sherlock Holmes). Thomas B. Costain (THE BLACK ROSE, THE SILVER CHALICE) is another writer worth checking out, along with Howard Pyle, Frank Yerby, Rosemary Hawley Jarman. Nigel Tranter lived well into his 90s, writing all the while, and turning out an astonishing number of novels about Scottish medieval history (his Bruce and Wallace novels are the best, maybe because they are the only ones where his heroes actually win, but I found the lesser known lords and kings equally fascinating). Thanks to George McDonald Fraser, that cad and bounder Harry Flashman swashed and buckled in every major and minor war of the Victorian era. Sharon Kay Penman, Steven Pressfield, Cecelia Holland, David Anthony Durham, David Ball, and the incomparable Bernard Cornwell are writing and publishing firstrate historical fiction right now, novels that I think any fan of A SONG OF ICE AND FIRE would find easy to enjoy.

And then there is Maurice Druon. Which is actually why I called you all here today, boys and girls.

Look, if you love A SONG OF ICE AND FIRE, and want "something like it" to read while you are waiting (and waiting, and waiting) for me to finish THE WINDS OF WINTER, you really need to check out Maurice Druon and THE ACCURSED KINGS.

I never met Druon, alas (he died only a few years ago, and I regret that I never had the chance to shake his hand), but from all reports he was an extraordinary man. He was French, highly distinguished, a resistance fighter against the Nazis, a historian, a member of the French Academy... well, you can read about his life on Wikipedia, and it makes quite a story in itself. He wrote short stories, contemporary novels, a history of Paris... and an amazing seven-volume series about King Philip IV of France, his sons and daughters, the curse of the Templars, the fall of the Capetian dynasty, the roots of the Hundred Years War. The books were a huge success in France. So huge than they have twice formed the basis for television shows (neither version is available dubbed or subtitled in English, to my annoyance), series that one sometimes hears referred to as "the French I, CLAUDIUS." The English translations... well, the seventh volume has never been translated into English at all, and the first six are long out of print, available only in dusty hardcovers and tattered paperbacks from rare book dealers found on ABE.

But that's about to change, thanks to my own British publisher, HarperCollins, who are bringing THE ACCURSED KINGS back into print at long last in a series of handsome new hardbacks. The first volume, THE IRON KING, has just been published... with a brand new introduction by some guy named George R.R. Martin.

Iron-King

At the moment, alas, there's no plan for American editions, but readers in the US (and around the world) can order the Druon novels from their favorite online bookseller through the wonders of the internet.

The best news... at least for me... is the HarperCollins not only intends to release new English editions of the first six novels of THE ACCURSED KINGS, but also... finally!!!... translate the seventh and concluding volume. (Talk about waiting a long time for a book).

Anyway... whether you want something else to occupy your time while waiting for THE WINDS OF WINTER, or you're just looking for a good read... you won't go wrong with Maurice Druon, France's best historical novelist since Dumas Pere.
27 Mar 20:17

kadrey: Tripods





kadrey:

Tripods

26 Mar 16:03

Friedkin's SORCERER To Be Unleashed Once Again!

As part of my crazy long interview with William Friedkin that you should really read, I brought up the possibility of finally seeing Sorcerer given the respect it's due.Here's how that part of the conversation went:I have lots of people who are wondering about the status of Sorcerer. Paramount and Universal produced Sorcerer in 1977. They made a very bad VHS, and never wanted to make a DVD. What they have allowed for the decades since Sorcerer, they've allowed the prints to be screened by universities, and film societies, and art houses. They even made a new print last year, for the American Cinematheque. They had lines around the block, and they could have run it ten days or more. They had this one screening,...

[Read the whole post on twitchfilm.com...]

26 Mar 12:25

Wait!! What?? NORM MACDONALD LIVE Launched Last Night?? His First Guest Was Super Dave Osborne??

I am – Hercules!!

A publicist emailed this to me literally six minutes before it went live at 6 p.m. PT.

“Norm Macdonald Live” is a ragged thing that really craves some audio adjustments, but I can never get too much of either SNL refugee Macdonald or his first guest, Albert Brooks’ brother Bob Einstein, who plays Marty Funkhauser on “Curb Your Enthusiasm” and Super Dave Osborne whenever they let him.

I think this enterprise is magnificent, and will be tuning in every week in hopes it someday mikes its participants a little better. Here’s the press thingie forwarded our way:

Video Podcast Network Gears Up For Tonight’s Pilot Episode Of NORM MACDONALD LIVE

Live Weekly Broadcast Premieres Monday, March 25 at 6pm PT/9pm ET

Please tune-in this evening for the pilot episode of NORM MACDONALD LIVE, a live weekly broadcast on the Video Podcast Network (VPN). Additional details are below.

DATE: Monday, March 25, 2013 (and every Monday)

TIME: 6:00pm PT / 9:00pm ET

WHERE: www.youtube.com/VPN

ABOUT: Comedian Norm Macdonald is starting a live weekly broadcast on the Video Podcast Network (VPN). Norm Macdonald Live will air every Monday at 6:00pm PT / 9:00pm on VPN. Norm's co-host is Adam Eget and the first guest for the pilot episode is Super Dave Osborne.

After going live, the show will be uploaded to Norm's YouTube channel at youtube.com/NormMacdonald. The podcast will also be available on iTunes.

The Video Podcast Network also features podcasts from Adam Carolla, Scott Auckerman, Tim Heidecker and other Earwolf podcasts.

Follow Herc on Twitter!!

Follow Evil Herc on Twitter!!

 
25 Mar 20:11

Photo



23 Mar 13:07

Caça aos desviantes

by Inácio Araújo

Do que adianta fazerem uma bela mostra de Samuel Fuller e todo mundo comentar?

A caça aos desviantes está em pleno vigor.

Vigor ditatorial, eu diria.

Vejamos o caso mais recente: um aluno, fazendo exame do Enem, escrevendo a respeito de imigração (quase nunca isso é dito), resolveu fazer uma pausa, para amenizar, e enfiou lá uma receita de miojo.

Foi o bastante para começar um bullying contra o rapaz, contra os examinadores, contra não sei mais quem, comandado, é claro, pelos jornalistas e professores de português.

Com todo respeito, conheci professores de português que eram umas bestas quadradas. Nem todos, há os geniais também. Esses tornam os seus alunos interessados na leitura, por exemplo, e na cultura.

Os outros… Bem, os outros reprimem, exigem respeito à autoridade, esse tipo de coisa.

Volto ao caso. Para mim, o menino da receita de miojo é um sopro de alegria, de criatividade, de liberdade nesse exame chato (como todos os exames).

Se fosse eu o examinador levava nota máxima. Mas eu sou um outro desviante… Minoritário à beça. Nada feito…

Ora, só um tapado não percebe a relevância do miojo na imigração japonesa. É uma marca. Claro, há outras. Há os pintores, os filmes da Liberdade, o suchi (ou suxí?, ou çuchi?), por exemplo.

Um bom professor, acho eu, é o que sustentar e der força a esse menino. Porque é preciso irreverência, é preciso um tanto de desrespeito nesse mundo sacal.

Então vêm os jornalistas, que caem em cima porque são massacrados com esse papo de “norma culta” desde que acabaram os revisores. Fazem erros, não sabem verbos, nem vírgulas. Então precisam aprender tudo de uma hora pra outra. Aprendem mais ou menos, apanham e querem bater nos outros. Eu mesmo, que não sou tão ignorante assim, aprendi um monte quando o Pasquale veio dar aulas na Folha. Foi ótimo. Aprendi, por exemplo, que a gente não mete vírgula quando respira. Não é isso, há uma lógica na coisa. Eu desconhecia isso. E, caramba, sou leitor desde que nasci praticamente. Eu não sabia falar direito e minha mãe já me tinha feito decorar uma poesia do Machado.

Quando eu era copy desk, meu Deus, corrigi textos de sumidades nacionais (e mesmo internacionais) com erros que dariam medo em muito semi-analfabeto. Não tira o mérito da pessoa. Estavam em outro lugar (os méritos). Se caíssem nas mãos desses professores estava lá: reprovado!!!!!!!

A marcha da repressão hoje é quase incontrolável. Não vem dos militares, do governo, da oposição: a palavra de ordem vem dos ex-juízes de futebol na Globo, sobretudo o Wright: tem que punir, tem que expulsar, tem que dar cartão, tem que impor respeito.

Tudo é punição. Respeito. Ordem e progresso. Crime e castigo. Mundo apertado, besta.

Viva o menino do miojo. O do hino do Palmeiras também. Menos. Mas futebol é o que passa na cabeça desses garotos. E o Palmeiras é imigração italiana, não é, então qual o galho?

O pior de tudo é o que o Enem (ou o MEC, ou lá quem seja), apertado pela inquisição, em vez de mandar plantar batatas, já prometeu que vai mudar os critérios, que vai dar nota zero a quem fizer brincadeira na prova e tal e coisa.

Em suma: cartão vermelho. Expulsa. Respeito! Fora da classe! Pra diretoria!

Vigiar e punir.

Nenhuma chance para a alegria, que é a prova dos nove, dizia Oswald.

E onde está Oswald? Cai na prova? Está esquecido.

Gostei do Xico Sá-ience falando da Nicole Puzzi. Era a mais linda atriz do cinema brasileiro, sem dúvida, embora uma má atriz. Tinha muitas mágoas do cinema (e dos produtores), isso a tornou uma atriz dura, como se diz. Mas era um espanto, uma graça.

Voltando ao assunto principal, mas não muito: a nossa língua é difícil, cheia de meandros.

“Dominar a norma culta” é diferente de “erro zero”, como reivindicam os professores e os colegas jornalistas.

A norma culta é uma abstração. Um conjunto de leis perfeitamente modificáveis. Não é a Tábua da Lei. Entram e saem palavras nela. Entram e saem formulações. Para isso existem a escrita e os escritores. Os escritores não os escreventes, como bem dizia Barthes. Deles vamos esperando a contribuição milionária dos erros, contra a miséria dos acertos estéreis.

17 Mar 03:15

De heróis e homens comuns

by Luiz Carlos Merten
Guilherme Gaspar

"‘Romance em Ponto de Bala’ (que Quentin Tarantino escreveu)".

Terminava de redigir o post anterior enquanto assistia, na TV paga, ao final de ‘Incontrolável’. Gosto demais do filme de Tony Scott com Denzel Washington e Chris Pine. E não pude deixar de fantasiar. Harry Carey Jr. se vangloriava de ter vivido na companhia de heróis – os atores da John Ford Stock Company. Tony Scott também gostava de heróis, e os criava. Muitas vezes eram pessoas comuns, como os dois ferroviários de ‘Incontrolável’, o viúvo Denzel, que cumpre aviso prévio, porque foi demitido, e Chris, que está tendo problemas com a mulher e poderá ser afastadso do filho. Tony Scott matou-se e todo mundo ainda se interroga sobre as razões de seu gesto extremo. Os heróis que ele gostava de filmar não fariam isso – lutavam contra a morte. Tony fez grandes filmes – ‘Inimigo do Estado’, ‘Romance em Ponto de Bala’ (que Quentin Tarantino escreveu), ‘Chamas da Vingança’, ‘Incontrolável’. Sua obra propõe um estranho equilíbrio entre veleidades clássicas e experimentação de novos regimes de imagens, como escreveu ‘Cahiers du Cinéma’ no necrológio bastante elogioso que lhe dedicou. A revista acrescenta que foi um maneirista obsessivo, nos limites do barroco – um pequeno mestre. ‘Cahiers’ jamais escreveu isso, enquanto ele era vivo. Foi preciso que morresse, para ganhar o elogio. Tom Cruise preparava com Tony Scott uma sequência de ‘Ases Indomáveis’ que, agora, provavelmente, nunca se concretizará. Já disse, e repito, que umn de meus prazeres secretos no cinema, aqueles ‘inconfessáveis’, é justamente Tom Cruise no lombo da motocicleta, com ‘Take My Breath Away’ de fundo. Tony Scott sabia cortar meu fôlego, e cortou mais uma vez em ‘Incontrolável’.

17 Mar 03:09

Melhores de 2012 (50-26)

by Filipe Furtado

Como nos últimos anos o critério da lista é a de filmes lançados nos últimos três anos vistos por mim pela primeira vez em 2012.

Menções honrosas: 21 Jump Street (Phil Lord e Chris Miller), Abendland (Nikolaus Geyrhalter), Abrir Puertas y Ventanas (Milagros Mumenthaler), Aprés Mai (Olivier Assayas), Argo (Ben Affleck), Boa Sorte, Meu Amor (Daniel Aragão), Buenas Noches España (Raya Martin), Djailoh (Ricardo Miranda), Dredd (Pete Travis), Eden (Bruno Safadi), Flying Swords of Dragon Gate (Tsui Hark), A Guerra Esta Declarada (Valerie Donzelli), Hotel Mekong (Apichatpong Weerasethakul), The Inkeepers (Ti West), J Edgar (Clint Eastwood), Killer Joe (William Friedkin), Margaret (Kenneth Lonergan), Mientras Duermes (Jaume Balagueró), Missão Impossivel 4 (Brad Bird), La Noche de Enfrente (Raul Ruiz), O que se move (Caetano Gotardo), Pa Negre (Augustin Villaronga), The Raid (Gareth Evans), White – The Melody of a Curse (Got Kim e Sun Kim), The Woman Knight of Mirror Lake (Herman Yau)

50) Ballet Aquatique (Raul Ruiz)
1250
O penúltimo filme de Ruiz não poderia ser mais simples construindo-se a partir de material alheio e alguns poucos elementos de cena e atores. É uma homenagem a Jean Painlevé, mas é sobretudo um filme de Ruiz que na sua simplicidade não deixa de ser uma declaração de princípios:  tudo no cinema permite um novo mergulho no imaginário. Ruiz é um maluco do qual sentiremos muita falta.

49) Lockout (James Mather e Stephen St. Leger)
1249

Entre os filmes desta lista Lockout deve ser de longe o menos ambicioso. Basicamente uma desculpa para os diretores estreantes Mather e Leger e o produtor Luc Besson reimaginar Fuga de Nova York numa estação espacial. Tudo aqui é perfeitamente genérico e dispensável, mas Lockout possui algo que uma bomba inflada como Skyfall jamais terá: uma compreensão total do seu material e dedicação a ele que evita trata-lo como mais ou menos do que é. Nenhuma tentativa envergonhada de se justificar ou tentar soar espertinho e irônico (para um filme que procura tanto se aproximar do cinema de ação dos anos 80, Lockout não demonstrar nenhum fetiche auto referencial).  Alem disso o filme se beneficia muito da presença de Guy Pearce (apesar de duas sessões do filme depois eu ainda não ter certeza se ele estava a se divertir horrores ou horrorizado que seu agente lhe colocou num filme como este).

48) Les Mains en l’air (Romain Goupil)
1248

Um filme sobre a política de imigração francesa do ponto de vista de um grupo de crianças que trata o olhar infantil com respeito e sem nenhuma condescendência ou exploração.  Les Mains em L’air faz um trabalho notável de combinar história nos rituais infantis (incomporavelmente melhor do que a maioria dos filmes sobre olhar infantil sobre história). Goupil é um ótimo diretor que merecia ser mais conhecido.

47) Vamps (Amy Heckerling)
1247

Bem longe da sátira sobre vampiros  que inevitavelmente será vendida/vista, mas uma muito pessoal e agradável comédia sobre passagem do tempo.  Tem uma série de ótimas ideias e sobretudo um olhar muito claro e forte sobre seu tema central. Alem disso os últimos dez minutos são consideravelmente mais envolventes do que uma comédia ligeira sobre vampiros lançada direta em vídeo deveria ser.

46) Sightseers (Ben Wheatley)
1246

Wheatley segue seu tour pelo ficção cinematográfica inglesa com sua contribuição para o mais inglês dos gêneros: a comedia de humor negro de serial killer. Se há algo terrível na Inglaterra de Sightseers é que o mal dela é um dado que o filme reconhece como existindo antes dele, só um fato a mais dentro da sua construção, com o qual simplesmente se deve conviver.  É um filme a principio muito mais ligeiro do que Kill List, mas que faz o mesmo movimento de naturalismo para um mal estar assustador.

45) 4:44 Last Day on Earth (Abel Ferrara)
1245

O fim do mundo por Abel Ferrara. Contraponto ficcional para algumas das soluções caseiras que Ferrara buscou nos seus documentários recentes, 4:44 é não só um dos filmes mais intimistas já feitos sobre a ideia, mas um dos melhores imaginados, cada detalhe do último dia de Willem Dafoe sentido e vivido como poucos filmes são capazes de expor.

44) Les Eclats (Ma Gueule, Ma Revolte, Mom Nom) (Sylvain George)
1244

Les Eclats não deixa de sugerir um sub produto do excepcional Qu’ils reposent en révolte (des figures de guerres) (que estava no meu top 5 do ano passado), outro catalogo de corpos resistenttes e violência institucional sobre eles. Se não tem o impacto da surpresa do filme anterior, Les Eclats retoma e expande seu projeto com força inegáveis e reafirma que o cinema político de George é dos mais essenciais produzido na Europa nos últimos anosw.

43) Estudante (Darezhan Omirbayev)
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Omirbayev segue com seu projeto recente de confrontar a moral da literatura russa do século XIX com a paisagem cazaque do século XXI.  O conceito aqui é um pouco mais redutivo do que em Chouga (a excepcional versão de Anna Karenina que o diretor fizera alguns anos atrás), mas o diretor extrai dele tudo que pode incluindo alguns dos planos externos mais evocativos do cinema de 2012.

42) É a Terra, Não é a Lua (Gonçalo Tocha)
1242
É na Terra, Não é na Lua sugere uma aprazível decantação épica lusitana de algumas ideias muito em voga no cinema de arte contemporâneo na chave de autoficção e etnografia (Alonso, Castaing Taylor,Dvortsevoy, Gonzales-Rubio, etc.) . A principio, sua grande contribuição é justamente detectar certo elemento de absurdo que a Ilha do Corvo empresta à câmera descritiva. Se muito desses filmes sugerem a busca por uma comunidade essencial, um desejo político de uma retomada do comunitário e de uma outra sociedade marginalizada e esquecida, Tocha por vezes busca quase o oposto disso. A Ilha do Corvo fascina, mas não deixa de sugerir o sentimento muito português de ser um espaço naufragado na história. Essa ilha se afirma como um espaço que existe à parte, mas o cineasta e sua equipe (que não à toa surgem no filme como verdadeiros turistas) menos se entregam a este ambiente do que seguem constantemente removidos dele.

41) Scabbard Samurai (Hitoshi Matsumoto)
1241

A cada novo filme o humor absurdo de Matumoto se revela mais a vontade e inventivo. Esta comédia sobre as 30 tentativas de um samurai deprimidor fazer um garoto ainda mais deprimido rir (do contrario o pai do moleque fará ele cometer harikiri) é ao mesmo tempo engraçadíssimo, sentimental na medida certa e formalmente envolvente e cheia de momentos assombrosas. O mais próximo de Jerry Lewis quanto o cinema contemporâneo chega hoje.

40) Mulberry St (Abel Ferrara)
1240
Ponto final da série de excelentes documentários mitológicos que Ferrara realizou nos últimos anos voltando seu olhar de vez para o universo do seu autor, sua vizinhança e também o espaço em que começou a filmar nos anos 70.  È um retrato comunitário tão assombrado a sua maneira quanto a Napoles de Napoli Napoli Napoli com o processo de reurbanização do fim dos anos 90 fazendo as vezes da Camorra.

39) Starlet (Sean Baker)
1239
Provavelmente um filme mais enganosamente simples do ano com o diretor Baker seguindo adicionando problemas que ele desarma logo a seguir. È um ótimo filme sobre percepção (do espectador, mais do que dos personagenbs) e o raro filme que genu8inamente merece ser elogiado pela sua generosidade.

38) Domestica (Gabriel Mascaro)
1238

Conhecendo a obra anterior do Gabriel Mascaro era fácil imaginar que Domestica se revelasse simplesmente  uma denuncia básica da pretensa intimidade entre as personagens principais e seus jovens patrões a registra-las, mas o que Domestica consegue é justamente desarmar esta a ideia simples e realizar um filme muito mais abrangente e contraditório sobre todo o escopo do tema e fazer isso justamente por abraçar o seu dispositivo de colaboração e confiar na força que surge das imagens captadas.

37) Universal Soldier Day of Reckoning (John Hyams)
1237

O que acontece quando cineasta talentoso que curte igualmente John Carpenter e Michael Haneke recebe um cheque em branco para fazer o que quiser com um filme de ação.  Os dois filmes anteriores de Hyams tinham uma facilidade com coreografia realista de ação e um tom melancólico muito próprios, mas este Day of Reckoning reconfigura-os na direção de um triste filme de horror sobre personagens de cinema descartáveis. Alem disso o filme conta com duas das sequencias mais memoráveis do ano, a abertura (que é o melhor curta de terror em um bom tempo) e a briga entre Scott Adkins e Andrei Arlovski que é um primor de coreografia bruta com arco dramatico.

36) Red Hook Summer (Spike Lee)
1236

Como o melhor Spike Lee um filme notável inclusive pelas suas imperfeições que tenta cobrir mais espaço do que é capaz de abarcar, mas é marcante sempre que funciona. É o seu filme mais relaxado desde a virada da década passada, e sempre que o filme se concentra na figura do pastor do Clarke Peters é dos mais potentes também.

35) The War (James Benning)
1235

James Benning realiza um tipo muito diferente de retrato do que geralmente se espera dele buscando material de registro do grupo russo anarquista Voina para elaborar uma paisagem sobre ação/pensamento radical num espaço autoritário contemporâneo e a forma como tais ações e representadas e colocadas dentro e fora de contexto.

34) Na Carne e na Alma (Alberto Salva)
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Como representar o desejo no seu estado mais nu e embaraçoso.  Direto, grosseiro e honesto como poucas coisas realizadas por aqui nos últimos anos. Daria uma grande sessão dupla com La Captive da Chantal Akerman.

33) Moonrise Kingdom (Wes Anderson)
1233

O cineasta moleque se diverte na sua casa de bonecas. Que de todo este artifício apareça um filme tão emocionalmente especifico é só outra lembrança de que Anderson é bem melhor que seus críticos.

32) Two Years at Sea (Ben Rivers)
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Ninguém domina tão bem a arte de transformar a observação do banal numa fabulação que parece sempre pronta para embarcar num imaginário que é tudo menos banal quanto Ben Rivers. Two Years at Sea é nominalmente uma peça de auto ficção centrada num homem excêntrico que vive isolado numa cabana no meio do nada, mas sobre o olhar do Rivers é um exercício de fabulação tão grande quanto Moonrise Kingdom.

31) A Simple Life (Ann Hui)
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O melhor filme de Ann Hui em uma década é um melodrama seco sobre uma mulher que passou 6 decadas trabalhando para a mesma família. A despeito da sua disposição de trabalhar com materiais diversos, Hui sempre esta no seu melhor em dramas observacionais e sobretudo em filmes como este, Summer Snow e July Rhapsody em que ela pode sugerir toda uma história de experiências repartidas entre seus personagens.

30) Reconversão (Thom Andersen)
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Mais um capitulo do olhar de Andersen para a história dos espaços e da relação do homem com ele. Em Reconversão, a arquitetura é uma arte passageira, perdida em meio à eternidade da história: nasce da ruína e para ela esta destinada a retornar.

28) Cosmópolis e Um Método Perigoso (David Cronenberg)
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1228
Dois excelentes filmes de Cronenberg ambos um tanto mal entendidos por ai muito por serem igualmente julgados pelas suas qualidades mais superficiais, são ambos adaptações de prestigio muito particulares que se não chegam a figurar entre os melhores do cineasta por alguns problemas de elenco (excesso de Keira Knightley em Método, excesso de atores perdido com dialogo de Delillo em Cosmopolis), reconfifuram o materilç original em visões políticas muito fortes.  Acho que prefiro ligeiramente Um Método Perigoso por conta de alguns senões com o original de DeLillo que Cosmopolis adapta (e melhora, diga-se).

27) Bleak Night (Yoon Sung-Hyun)
1227

Este filme de estreia de Yoon Sung-Hyun é o melhor filme coreano não dirigido pelo Hong Sang-soo que vi nos últimos anos e um dos retratos mais fortes de um grupo de adolescentes em muito tempo. Bleak Night consegue até tornar sua excessivamente complicada estrutura não-cronológica significativa. Yoon tem um olho muito bom para como seu grupo de jovens se comporta, especialmente quando nada de significativo parece acontecer, e também para os ocasionais rompantes de crueldade que se intromete entre eles.

26) Damsels in Distress (Whit Stillman)
1226

É só quando retrógados excêntricos com bom ouvido para dialogo desaparecem por 13 anos que o tamanho do buraco que deixam para trás ficam claros. Damsels in Distress não é o melhor filme que vi em 2012, mas talvez seja o mais prazeroso.


17 Mar 02:55

Em um mundo onde o rock (e a música em geral) está cada vez mais vazio de conteúdo, a lenda gigante David Bowie sacode o planeta ao anunciar sua volta, com disco inédito. E aproveitando a “deixa” o blogão passa em revista (agora vai!) a trajetória do Camaleão, dissecando seus principais discos e (novamente: agora vai!) publicando um mega diário sentimental onde relembramos histórias cabulosas de putarias e consumo pesado de drugs ao som do gênio imortal que é o cantor inglês. E mais todos aqueles badalos (música nova dos Strokes, line up do Coachella, Blur aqui no final do ano) que agitaram a semana (PLUS URGENTE: as datas OFICIAIS do Cure no Brasil!!!) (atualizado em 28/1/2013)

by Humberto Finatti
Guilherme Gaspar

Apenas o PRIMEIRO E GIGANTE DIÁRIO SENTIMENTAL DE 2013

A bichaça loka e genial, gigante da história do rock: David Bowie (acima, em foto clássica dos anos 70’, quando ele traçava homens e mulheres e afundava as narinas em sessões intermináveis de cocaine), de volta com disco novo; um nome tão essencial para o rock’n’roll quanto ainda o são os britpoppers Stone Roses e Blur (abaixo), que serão dois dos headliners do gigante festival Coachella nos Estados Unidos, em abril próximo

 

 

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UP TO DATE EM CIMA DO LANCE – ATENÇÃO MÁXIMA! AS DATAS OFICIAIS DO CURE NO BRASIL!!!

Agora é OFICIAL: Cure no Brasil em abril. Dia 4 no Rio e dia 6 em Sampa (no estádio do Morumbi)

 

Yeeeeesssss! A XYZ Live, produtora dos shows brasileiros da turnê sul-americana do Cure, ACABA de divulgar as datas OFICIAIS das duas gigs que o grupo fará no país. Ficou assim:

4 de abril – Rio De Janeiro/HSBC Arena
6 de abril – São Paulo/estádio do Morumbi

 

Os ingressos para os dois shows começam a ser vendidos a partir do próximo dia 18 de fevereiro e ainda não estão com seus preços definidos. A banda de Robert Smith, cultuadíssima pela confraria goth no mundo inteiro, volta aos palcos brasileiros após dezessete anos. Eles tocaram aqui pela última vez no extinto festival Hollywood Rock, em janeiro de 1996.

Agora vai, néan? Durante as últimas semanas zilhões de infos desencontradas e “chutes” de datas (disparados por aqueles blogs espertalhões de sempre, que querem dar tudo na frente de todo mundo e acabam pagando mico, hihihi) sobre a turnê do Cure (que vai ser monstro pela América do Sul com shows na Argentina, Chile, Peru, Colômbia e até no Paraguai!) pipocaram pela web e pela blogosfera de cultura pop e rock alternativo. Zap’n’roll, que não é dada a “chutes” e tem seus informantes dentro da XYZ Live, preferiu acompanhar o desenrolar da parada em silêncio.

Mas agora tudo confirmado, tudo ok. A galere goth daqui pode começar a economizar seus caraminguás e se preparar para as TRÊS horas de Cure ao vivo. Provavelmente vai entrar pra história de shows de rock por aqui. E provavelmente vai ser a APOSENTADORIA zapper em grandes gigs de rock – a não ser que o Blur venha no final do ano…

 

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Pois então, postão no final do feriadão, uia!
Yep. Ao longo dos últimos anos a blogagem no mundo do rock alternativo e da cultura pop em geral nos ensinou algumas lições. De que é melhor publicar um post semanal gigante ao invés de soltar zilhões de notas curtas e superficiais diariamente. Que neste post gigante você pode sim comentar assuntos e notícias que já saíram em outros blogs (afinal hoje em dia, nesse tempos de velocidade desenfreada na web, a competição não é pra ver quem publica o melhor texto, mais analítico e mais aprodundado mas, sim, quem o publica primeiro, ainda que esse texto venha sem profundidade alguma), desde que dando a ele o seu tratamento e análise particular. E que, sim, não há problema algum em se publicar um post no final de um feriado prolongado como este – pois ele estará aqui sempre, à disposição do nosso dileto leitorado. Via de regra Zap’n’roll é atualizada sempre entre quinta e sexta-feira. Mas nada contra ela estar sendo atualizada esta semana já em pleno domingão, final do feriado prolongado do niver de Sampalândia (que aconteceu anteontem, sexta-feira) e com parte do texto sendo escrito na aprazível Sorocaba, onde o blog se encontra pra fazer uma DJ set nesta segunda-feira (leia-se amanhã) no projeto “Carne de Segunda”, da sempre bacana turma do Rasgada Coletiva. De modos que esse pequeno “atraso” permitiu que o blog se esbaldasse na última quinta-feira lá no clube Blitz Haus (no niver da sempre querida petit mignon Natasha Ramos) e depois ficasse curtindo a ressaca monstro em casa na sexta-feira (rsrs), acompanhando as últimas movimentações do mondo pop/rock alternativo para que estas fossem comentadas aqui, logo mais aí embaixo. Então vamos nessa e sempre com aquele olhar crítico, analítico e divertido que você sempre só encontra aqui, no blog de cultura pop mais legal da web brasleira, né não?

 

* Começando as notas iniciais na seara política (outra mudança em curso por aqui: agregar aos comentários de assuntos de cultura pop e rock também temas políticos e/ou sociais, para dar um caráter, hã, mais sério e adulto ao blogão zapper. Afinal não somos adolescentes e muito nos preocupamos com as questões sérias que envolvem o país, sempre). Semana que vem o Senado Federal elege seu novo presidente. Um dos candidatos (o mais cotado entre seus colegas) é esse pilantra aí embaixo, o notório Renan Calheiros que já aprontou poucas e boas em sua vida política – sendo que ele acaba de ser denunciado ao STF pelo Ministério Público, em função de “trambicagens” feitas durante sua gestão anterior como presidente do Senado (em um episódio sinistro que lhe custou a renúncia do cargo). Pensem bem: é esse tipo de político escroque que o Senado está cogitando eleger novamente para sua presidência? Qual o interesse em por um tipo escroto como Renan na cadeira de presidente? Nesse ponto o blog torce pela candidatura alternativa do senador amapaense Randolfe Rodrigues, hoje um dos poucos nomes dignos de respeito na política brasileira. Ele também está concorrendo e vamos ver se dá a sorte de lograr vitória no embate com o poderoso Calheiros. Se Randolfe ganhar, quem sabe alguma coisa começa a mudar para melhor em Brasília, nas hordas do poder.

 

*E este cartaz aí embaixo começou a circular esta semana em redes sociais. Perfeito, nem é preciso acrescentar mais nada.

 

* E foi aniversário de São Paulo anteontem, néan? O blog passou o dia (que foi feriado na capital paulista) na cama, sem querer de forma alguma de ir em alguma comemoração. Mas rachou o bico com essa história/depoimento publicado pelo sempre amado, querido e ex-“editador” da revista Dynamite (hoje, ele é Publisher do portal, que fica em WWW.dynamite.com.br) e super dj André Pomba, em sua página no faceboquete. Mais uma história mega bizarra do sujeito que digita estas linhas online e da qual ele mesmo não se lembrava. Vejam só: “Entre as histórias urbanas dessa cidade de São Paulo, uma delas envolveu a lenda junkie da Sampalândia, Humberto Finatti. Cerca de 15 anos atrás, toca o telefone da redação da Dynamite. Atendo, é a cobrar. Do outro lado, uma voz ofegante: “Pomba, por favor, estou passando mal, to com taquicardia, meu coração vai explodir, acho que vou ter uma overdose”! E eu: “Calma Finatti, aonde você está?”. “To aqui na Ipiranga…”, responde ele mais ofegante ainda. Aí eu não resisto e começo a cantarolar pra ele “Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruzo a Ipiranga e a Avenida São João”… ehehehe Aí ele me xinga de tudo quanto é nome, e desliga o telefone na minha cara. E está aí vivo até hoje!”. Ahahahaha, sensacional! Zap’n’roll e André Pomba: uma amizade indissolúvel e que já dura exatos vinte anos!

Zap’n'roll e o super dj André Pomba (na balada rocker Grind, no clube A Loca, em novembro passado): amizade indissolúvel de duas décadas e que já rendeu histórias memoráveis e bizarras, hihihi

 

* Bien, música e rock’n’roll, que é disso que o povo gosta, uia! A semana terminou sob o impacto MONSTRO da divulgação de “One Way Trigger”, a primeira faixa que estará no novo disco dos Strokes, que vai sair ainda em 2013. É a primeira inédita dos caras desde 2011 e o mundo se chocou com a ambiência… tecnobrega (à la Gaby Amarantos) que domina a melodia da canção. Até a musa paraense Gaby aprovou (uia!) e já prometeu fazer uma cover da música em seus shows, hihihi. Agora, se você perguntar o que estas linhas bloggers rockers acharam dessa porra… na boa? “Is This It?” ou algo próximo dele, pelo jeito, nevermore. E se o novo álbum da banda for INTEIRO nesse naipe, socorro!

 

* Sendo que você pode ouvir “One Way Trigger” aqui: http://www.thestrokes.com/ .

 

* E sendo que a zoação em cima da banda já rola à toda na web no YouTube, hihihi. Olhaê:

 

* Bem mais relevante que a nova música dos Strokes é a notícia de que o venerando Iggy Pop acaba de finalizar as gravações do seu novo disco junto aos lendários Stooges. O disco se chama “Ready To Die”, é o primeiro da banda desde 2007 e sai este ano ainda, mas sem data de lançamento ainda.

 

*Mas bem pior que a música nova dos Strokes é a capa da revista Veja desta semana – essa mesma que você pode conferir aí embaixo. Em destaque os sertanejos (música) do país. Ou seja: não basta a Veja ser a grande droga que todos nós sabemos que ela é (reacionária, conservadora, tendenciosa, manipuladora). Agora a revista também apóia a grande imbecilização cultural que está em curso no país, colocando sertanejos e sua música de reconhecida péssima qualidade em sua capa. O populacho adora. E a Veja mais ainda pois quanto mais burro for o leitor melhor pra ela poder manipular, deitar e rolar.
Foda…

 

* A “novela” Cure na América do Sul prossegue, com a blogosfera especulando como loka sobre as datas brasileiras de uma turnê que, é certo, vai acontecer. E estas linhas online já sabem mais ou menos o que vai na parte brasileira da parada, mas vamos aguardar a próxima segunda-feira para o anúncio oficial em torno do assunto. Por enquanto quem já está feliz é o Peru (gig lá no dia 17 de abril) e a Colômbia (onde a banda toca no dia 19), com os tickets começando a serem vendidos a qualquer momento.

 

* E assim vamos caminhando: o blog vai ver, este ano, o mega Lollapalooza Brasil 2013 (e com promo de tickets já rolando aqui no blog, néan?). Depois, Cure em abril/maio. E depois… um “agente secreto” (rsrs) comentou com este espaço virtual que o escritório do Blur, em Londres, andou entrando em contato com produtores brasileiros e de outros países vizinhos, sondando a POSSIBILIDADE de uma turnê da lenda britpop por aqui, no final deste ano. Será? Será??? Se sim, vai ser o ÚLTIMO mega show de rock que estas linhas online irão assistir, em sua já gigante trajetória de quase três décadas acompanhando gigs por tudo quanto é quanto. Depois poderemos nos aposentar com gosto e orgulho, e ir morar em São Thomé Das Letras, hehe.

 

* Falando em Blur, olha aí o Coachella 2013. Stone Roses e Blur fechando a primeira noite. E mais uma renca de gigs fodaças. “Garota, eu vou pra Califórnia…”, como diria um certo cantor pop brasileiro nos anos 80’, hehe.

 

* Quem não irá excursionar mais, definitivamente, é o gênio David Bowie. Mas não faz mal: o blog assistiu ao Camaleão ao vivo por duas vezes (em 1990 e 1997). E pelo menos teremos disco novo dele daqui a algumas semanas, após uma década de ausência dos estúdios. Só isso já é motivo suficiente pra você ler o texto aí embaixo, onde analisamos a obra daquele que é, inegavelmente, um dos artistas mais importantes da história da música em todos os tempos.

 

 

BOWIE – AOS 66 A VOLTA TRIUNFAL, PARA DEVOLVER AO MUNDO O SENTIDO QUE O ROCK’N’ROLL PERDEU
O título deste tópico principal do post zapper desta semana não carrega nenhum exagero. Todo mundo que ama música e rock’n’roll (seja você um ainda adolescente e jovem leitor destas linhas online, ou já um tiozão calejado nas estradas e histórias do rock’n’roll) conhece o inglês David Bowie (que nasceu, na verdade, David Robert Jones) e sabe de sua trajetória incrível e de sua importância MONSTRO na história do rock e da música pop em geral, nas últimas quatro décadas. Ao longo de mais de quatro décadas de carreira, Bowie lançou vinte e três álbuns de estúdio – o primeiro, homônimo, saiu em 1967.

 

Destes pelo menos uns dez são absolutamente essenciais na história do rock’n’roll (e aqui, neste post, o blog analisa não talvez os cinco melhores mas, subjetivamente, os cinco que o autor deste espaço online mais ama). E como se não bastasse produzir discos clássicos e que legaram genialidade musical em grau máximo para o rock, o “Camaleão” (apelido ganho ainda nos anos 70’ pela capacidade que o músico, compositor e cantor tinha em assumir personalidades diversas ao antecipar uma nova tendência sonora na cultura pop, como o glam rock por exemplo) ainda nos deu muito mais: canções sublimes, personagens inesquecíveis (o alienígena Ziggy Stardust, o Duque Magro & Branco), atuações grandiosas no cinema, duetos históricos (com Mick Jagger, por exemplo) etc, etc, etc. David Jones é gênio, ponto.

 

Ele estava ausente da música havia uma década, quando lançou o álbum “Reality” em 2003. Na turnê de divulgação do disco Bowie sofreu um princípio de infarto após um dos shows. Foi internado às pressas, fez uma angioplastia de emergência e decidiu se “aposentar” do show bis, indo morar em Nova York com sua filha e a esposa, a modelo Iman. E de lá pra cá muito se especulou sobre um possível retorno seu à música e aos palcos. Mas o próprio cantor, bastante recluso, volta e meia emitia comunicados de que não voltaria a mexer com música. O mondo pop deu então, a contragosto, por encerrada a trajetória profissional do inglês dos olhos de cores diferentes (o esquerdo mais claro que o direito, uma diferença provocada, segundo a lenda, por um soco que ele teria levado em uma briga na adolescência).

A volta após uma década de ausência dos estúdios, anunciada com destaque nos maiores veículos de mídia musical do planeta (como a capa da New Musical Express, acima) e o novo disco (abaixo): Bowie sacode novamente o mondo rock

 

 

Até que em 8 de janeiro passado o mundo foi sacudido pela bomba: ao comemorar seu aniversário de sessenta e seis anos, Bowie anunciou que estava pra lançar um novo disco. E ainda mostrou para o mundo o primeiro single deste trabalho, a belíssima e triste balada “Where Are We Now”, que já circula freneticamente no YouTube há três semanas. De letra memorialista, a canção evoca a época em que o cantor morou em Berlim (na segunda metade dos anos 70’), quando gravou por lá três álbuns entre eles a obra-prima “Heroes” (de 1977). O álbum completo, já batizado “The Next Day”, está programado para ser lançado oficialmente no próximo dia 8 de março. O mundo aguarda mega ansioso pelo disco (que foi gravado em segredo por David Bowie nos últimos dois anos, com produção do inseparável amigo de décadas, Tony Visconti), que com certeza será um dos grandes lançamentos deste ano.

Tudo o que está escrito aí em cima já foi amplamente divulgado e comentado nas duas últimas semanas, é vero. Mas neste segundo post de 2013 Zap’n’roll não poderia se furtar de, também ela, comentar sobre a volta da lenda David Bowie. Isso pelo amor que o blog sempre devotou à sua música, pela sua obra insuperável, pelo rocker absolutamente louco e extraordinário que ele foi: um performer que rompeu com tabus sexuais (jovem e lindo, enlouqueceu homens e mulheres, bichaças e lésbicas na sua vida. Foi pra cama com Mick Jagger, traçou e foi traçado por gente como Iggy Pop e Lou Reed) e de drogas (ele afundou em cocaine e em outras drugs ao longo dos anos 70’). E que deixou sua marca impressa para sempre na história da cultura pop.

 

O próprio blogger outrora mega loki viveu uma vida de excessos ao som das músicas de David Jones. Foram momentos malucos e ultra junkies, alguns quase inacreditáveis, tendo como trilha sonora as canções de Bowie. Mas isso será bem contado logo mais aí embaixo, no diário sentimental. Antes dele estas linhas online fazem uma rápida análise dos cinco álbuns de David Bowie preferidos pelo blog. São cinco discos seminais e que entram fácil em qualquer lista dos melhores momentos de toda a história do rock’n’roll. Instantes de brilhantismo puro e que, os fãs esperam, sejam repetidos no vindouro “The Next Day”. Tomara!

 

 

BOWIE – CINCO ÁLBUNS CLÁSSICOS E IMBATÍVEIS

* “The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars” (1972) – a obra-prima máxima e definitiva. Bowie já havia lançado quatro discos desde 1967 e atingiu seu ápice artístico e musical com este discaço lançado em 1972. Antecipando o que seria o glam e o art rock, o trabalho era recheado e costurado por pianos e arranjos de cordas mas sem abrir mãos das guitarras ásperas. Espécie de fábula com as faixas girando em torno de um único tema (mas sem o ranço e o bolor conceitual do rock progressivo), o álbum narra a história do alienígena Ziggy, que vem de Marte para salvar a Terra cinco anos antes da destruição do nosso planeta, e aqui acaba se tornando um rock star. Músicas sublimes e inesquecíveis aos montes: “Five Years”, “Moonage Daydream”, “Starman” (que o grupo gaúcho Nenhum de Nós fez o favor de “assassinar” nos anos 90’, com a horrenda versão chamada “Astronauta de mármore”), “Suffragette City”, “Rock’n’roll Suicide” e, claro, o hino eterno “Ziggy Stardust”.

 

* “Station To Station” (1976) – Bowie inventa um novo personagem (o Duque Magro & Branco), para dar voz ao momento pelo qual ele estava passando: morando nos Estados Unidos o cantor saía muito à noite e enfiou o pé na lama em consumo grotesco de drogas variadas, especialmente cocaína. Isso rendeu um disco denso, pesado (no sentido das letras e do conteúdo emocional), onde a faixa-título (que abre o álbum com dez minutos de duração) narra a descida aos infernos da existência junkie. Não por acaso Bowie se tornou ídolo da alemã Christianne F. (na época, com catorze anos de idade) e sua turma viciada em heroína. E várias faixas deste disco pontuam a trilha sonora do filme que narra a saga de Chris pelas ruas e banheiros imundos de Berlim, entre picadas e picadas de agulhas nos braços…

 

* “Heroes” (1977) – Bowie se cansa da vida de excessos nos EUA e se muda pra Berlim, pra tentar acalmar seus demônios internos. Lá grava a célebre “trilogia” berlinense, sendo que o segundo disco dela é “Heroes”. Produzido pelo gênio Brian Eno o trabalho mergulha em ambiências eletrônicas soturnas (espécie de antecipação do que seria o movimento dark/pós-punk, que varreria as ruas de Londres no começo dos anos 80’) e lega para a posteridade a faixa-título, uma obra prima que incrivelmente se tornou um mega hit, sendo inclusive regravada décadas depois pelo grupo Wallflowers (do vocalista Jakob, filho de Bob Dylan).

 

* “Scary Monsters (and Super Creeps)” (1980) – durante muitos anos foi esse o disco de Bowie que Zap’n’roll colocava em sua lista pessoal dos dez maiores álbuns de rock de todos os tempos. Pesado, com letras cínicas, críticas e altamente corrosivas sobre o a superficialidade do mundo da moda (algo muito claro na música “Fashion”), o disco traz canções clássicas e belíssimas, entre elas “Ashes To Ashes”, um dos maiores hinos compostos pelo cantor: é a faixa que fecha a trilogia de músicas falando do Major Tom (e que começou em 1969, com “Space Oddity”), um astronauta viciado em drogas e que vaga a esmo pelo espaço sideral, um evidente alterego do próprio David Bowie. Discaço!

 

* “Let’s Dance” (1983) – o Camaleão entrou na década de oitenta mais uma vez se reinventando musicalmente. Com produção do músico Nile Rodgers (guitarrista do grupo funk americano Chic) Bowie caiu na dança e gravou um disco que é puro groove, soul e repleto de faixas altamente anfetamínicas. Sem nunca deixar a qualidade musical cair o álbum enfeixou mega hits nas rádios do mundo todo (inclusive no Brasil): “Modern Love”, “China Girl” e a própria canção-título, um funk racha-assoalho espetacular. Não por acaso foi o trabalho do cantor que mais vendeu até hoje: apenas no ano do seu lançamento, “Let’s Dance” superou a marca de três milhões de discos vendidos pelo mundo afora.

 

 

DAVID BOWIE AÍ EMBAIXO
Em uma série de vídeos de canções clássicas de sua trajetória, além de “Where Are We Now?”, o primeiro single do álbum “The Next Year”, que será lançado no mês que vem.

“Where Are We Now?”

 

“Oh You Pretty Things”

 

“Life On Mars”

 

“Heroes”

 

“Ashes To Ashes”

 

“China Girl”

 

 

A LETRA TRADUZIDA DE “WHERE ARE WE NOW?”
Tive de pegar o trem
Em Potsdamer Platz
Você nunca soube que
Que eu poderia fazer aquilo
Apenas passeando com os mortos

Sentado na Dschungel
Na Rua Nurnberger
Um homem perdido no tempo
Perto da loja KaDeWe
Apenas passeando com os mortos

Onde estamos agora?
Onde estamos agora?
O momento em que você fica sabendo
Você sabe, você sabe

Vinte mil pessoas
Atravessam a ponte Bösebrücke
Dedos estão cruzados
Só para garantir
Passeando com os mortos

Onde estamos agora?
Onde estamos agora?
O momento em que você fica sabendo
Você sabe, você sabe

Contanto que haja sol
Contanto que haja sol
Contanto que haja chuva
Contanto que haja chuva
Contanto que haja fogo
Contanto que haja fogo
Contanto que haja eu
Contanto que haja você

 

 

PRIMEIRO E GIGANTE DIÁRIO SENTIMENTAL DE 2013 – AO SOM DE DAVID BOWIE, NOITES E NOITES MERGULHADAS EM COCAINE E EM FODAS COM BOCETAS ALUCINADAS
O zapper outrora sempre loki e alucinado quase em tempo integral, passou uma vivência infernal ao som de David Bowie. Mergulhou na lama até o pescoço, em noitadas e aventuras movidas a sexo calhorda e selvagem, e também a consumo de um oceano de álcool e cocaine, enquanto as canções do Camaleão martelavam incessantemente seu cérebro em vesânia plena e assustadora. Foram zilhões de momentos e acontecimentos absurdos e algo inacreditáveis, às vezes. E tudo começou quando, afinal?

O blog se lembra de que conhecia a obra de Bowie desde a sua adolescência, quando o sujeito aqui tinha seus quinze/dezesseis anos de idade. E o interesse pela obra do cantor aumentou mesmo quando, lá por 1982, ele passava férias em Minas Gerais, na casa que a saudosa mama Janet tinha por lá. O zapper então quase pós-adolescente vivia bebendo horrores e saindo com uma turma de amigos por lá. Um desses amigos, filho de um dono de uma loja de móveis na cidade, tinha em sua coleção um disco estranho de David Bowie, chamado “Station To Station”, edição nacional original em vinil. O zapper sempre pegava o dito cujo pra ouvir, até que um dia fez a oferta pro seu amigo: “me vende?”. O moleque: “sem problema, nem curto muito”. E assim “Station To Station” se tornou o primeiro disco de David Jones a ir parar nas mãos do futuro jornalista, que ainda sequer cheirava cocaine.

Em 1982 mesmo foi lançado no Brasil o filme “Eu, Christianne F., 13 anos, drogada e prostitiuída”, a versão cinematográfica do livro homônimo e que contava a saga da jovem alemã de apenas catorze anos que se tornara viciada em heroína e que vagava pelas ruas, estações de metrô e banheiros imundos de Berlim, se picando vorazmente no braço com a droga. Chris era apaixonada por Bowie. E o filme tinha em sua trilha sonora somente canções do cantor inglês. O então futuro aspirante a junkie total aqui (em uma época em que ele morava com mama Janet já na rua Frei Caneca, e só fumava seus baseados) foi assistir uma sessão (a primeira de várias que viriam na sequência) do filme no extinto cine Majestic, na rua Augusta (onde hoje funciona o Espaço Itaú de Cinema). Saiu de lá com a cabeça em pandemônio, apaixonado por Chris F., por David Bowie e sonhando em assistir a um show do Camaleão ao lado da alemãzinha, enquanto se chapava de heroin. Isso, em 1982! Um ano depois Bowie lançaria seu maior sucesso comercial até hoje, o álbum “Let’s Dance”, e aí a paixão de Zap’n’roll pelo cantor se tornou obsessão. Avança alguns anos. Em 1989 o sujeito aqui já é jornalista, já tem uma coleção monstro de vinis em sua casa (entre estes, mais de uma dezena de discos de Bowie) e já experimenta os prazeres deletérios de mergulhar suas narinas em devastações selvagens de cocaine, e seu pinto em bocetas sórdidas e ordinárias. Os mini tópicos a seguir radiografam o que rolou ao som de Bowie na vida do sujeito aqui, enquanto ele se entorpecia de pó e esporrava em xoxotas, cus e bocas de mulheres cadeludas ao cubo.

 

* Se sentindo o próprio Major Tom – não há exagero na frase. Major Tom, todos os fãs de Bowie sabem, é o alterego do cantor, criado por ele para compor as canções “Space Oddity” e “Ashes To Ashes” (“todos nós sabemos que o Major Tom é um junkie/Então mamãe sempre disse: ‘fique longe do major Tom’”), sendo que a segunda é uma das mais belas músicas já compostas por Bowie. Enfim, Zap’n’roll tinha uma mania obsessiva em sua vida, lá por 1989/90, quando já era repórter da editoria de Cultura da revista semanal IstoÉ: ele adorava por o vinil de “Scary Monsters” (o disco que contém “Ashes To Ashes”) pra rodar em seu system Gradiente, enquanto esticava taturanas de cocaína no tampo de acrílico do aparelho de som, e as aspirava. Foi assim que, num belo dia, um amigo da época (o Valtinho, que também era amigo da Luciana, uma pretinha xoxotuda, de peitos suculentos, cara de intelectual e loka, que o sujeito aqui estava traçando) chegou pro autor deste diário confessional calhorda e deu o toque: “meu vizinho, que trampa num sindicato aê, tá vendendo uns sacolés pra levantar uma grana extra. Ele não é bandido e nada, mas descolou a fonte e tá fazendo isso pra levantar uma grana. O pó é fodão, vem cinco gramas e o preço é bacana”. O zapper se interessou pela oferta. “Combina com ele que quero um desses, passo na sua casa dia tal, te dou a grana e você pega com ele e aí damos uns tecos no teu apê mesmo”. E assim foi feito. Na noite combinada lá se foi o sujeito aqui pro Largo do Arouche (no centrão de Sampa e que naquela época era bem tranqüilo pois o centro da cidade ainda não estava dominado e devastado pelo horrendo crack), onde Valtinho morava em um prédio antigo e de apês grandes e aconchegantes. Ao chegar lá, deu a grana pro seu amigo e esperou ele voltar com a encomenda. O autor destas linhas virtuais estava acompanhado de uma amiga rocker da época a… (o HD agora falhou e realmente o blog não lembra o nome da garota). E quando Valtinho voltou com o sacolé, todos foram pra cozinha do apê onde o jornalista já bem junkie despechou todo o conteúdo dentro de um prato e começou a “trabalhar” o mesmo com um cartão. Era muita cocaína (e muito boa, como não existe mais hoje na “naite” paulistana). Tanta que a amiga zapper arrelagou seu olhos e disse: “acho que nunca vi tanto pó assim de uma vez, na minha vida”. As cafungadas tiveram início. Lá pras tantas o trio foi pra sala ouvir música. Valtinho também tinha “Scary Monsters” em sua coleção. Não deu outra: o sujeito que escreve este diário pegou o disco e colocou “Ashes To Ashes” pra tocar. E quis explicar pros seus dois amigos o significado da letra da canção. Zap’n’roll se sentia o próprio Major Tom quando fazia isso. E aquela noite foi looooonga, com o trio saindo a pé pelo centro de Sampalândia, parando em bares pra tomar algo alcoólico e de tempos em tempos parando em algum canto escuro, pra aspirar novas carreira de cocaine. Insano. E inesquecível…

 

* Pati, 18 anos, cocalera, fodida no cu e sem ver o show de Bowie – era 1990 e Zap’n’roll trampava na IstoÉ. A produtora Poladian havia anunciado a vinda de Bowie ao Brasil para setembro daquele ano e o jornalista zapper apaixonado pelo Camaleão ficou histérico, literalmente. Finalmente iria assistir ao show de um dos seus ídolos máximos. Nessa época o autor deste diário junkie namorava com a futura mãe do seu filho. Mas antes dela, houve a magricela Patrícia. Bonitinha de rosto, tetas miudinhas, moradora da zona oeste de Sampa (próximo à Usp e ao bairro do Butantã) não era nenhum primor intelectual. Mas cursava artes e desenho em uma escola particular na avenida Angélica, era rocker e bem safada. O autor deste blog a conheceu em uma madrugada num pulgueiro goth que havia no bairro dos Jardins, a Tribe Haus. Lá os malhos já começaram em um canto escuro e se prolongaram na rua (depois que ambos saíram pra ir embora), onde a cachorra Pati bateu uma generosa punheta pro blogger taradón, rsrs. E ambos combinaram de se encontrar já na noite seguinte (um sábado), quando a garotinha de rosto inocente já foi parar no apê da Frei Caneca. E lá deu com gosto sua xoxota perversa a noite toda. Como o autor destas linhas sentimentais sempre foi um eterno carente e coração mole, resolveu namorar a garota. O namoro durou muito pouco mas as fodas eram sempre ótimas, como a vez em que a magra Pati e de cu pequeno agüentou a rola grossa zapper atrás, no hotel Savoy (que existe até hoje na rua Augusta, e onde o autor deste blog deu algumas de suas trepadas mais inesquecíveis nos anos 80’ e 90’). Só que aí entrou em cena a futura mãe do filho de Zap’n’roll, muito mais gata, culta e interessante e não deu outra: Pati foi solenemente dispensada. A garota não se conformou e fez de tudo pra retomar o romance, inclusive passando a cheirar cocaína também, o que ela não fazia no tempo em que havia namorado com o jornalista loker. E por fim, numa tentativa desesperada de fazer ciúmes, Pati arrumou um namoradinho também mezzo junkie e que curtia aspirar carreiras de pó. Uma noite de sexta-feira o casal baixou no apê da Frei Caneca. Queriam padê. Fomos atrás e descolamos uma petecona de cinco gramas, que era vendida em um bar na praça Roosevelt. Rachamos o valor da aquisição em três, o trio retornou ao apê e começou a cheirança sem fim. Lá pras tantas bateu a sede por algo alcoólico. Mas quem iria ter coragem de descer em algum bar na rua pra comprar algumas brejas, no estado de “bicudisse” em que o trio se encontrava? Conversa daqui, negocia dali e o namoradinho de Pati foi buscar algumas brejas. Enquanto ele foi, não deu outra: o canalha aqui tirou seu pau pra fora da calça e Pati, mais puta ainda, meteu a boca no dito cujo. Mas a bicudisse era forte e a tensão com a volta a qualquer momento do namorado da garota, também. Assim o pintão zapper, sempre em riste quando necessário, ficou no meio do caminho dessa vez. E foi recolhido novamente pra dentro da calça no exato instante em que o cocalero corno voltava com as brejas. As aspirações e devastações nasais prosseguiram até umas sete da manhã do sábado, quando a dupla foi embora. E algumas semanas depois, na noite do show de David Bowie em Sampa, quando Zap’n’roll tomava generosas doses de whisky e se preparava para ir à gig com sua ex-mulher um casal amigo, toca o interfone no apê: era Pati. Ela: “você consegue me levar no show do Bowie? Estou sem ingresso e bla bla blá”. Eu: “impossível. Você vem me pedir isso HOJE, quando estou saindo pra ir pra lá, e sendo que estou com a minha namorada? Pelamor, né?”. Pati ficou puta e se mandou. Ficou assim: fodida no cu, cheirada e sem ver David Bowie. E o blog nunca mais teve notícias dela.

 

* Flávia J., a loira loka, delícia e paixão infernal do blog – sim, foi uma das paixões mais avassaladoras experimentadas pelo sujeito aqui. E essa paixão começou na ponte aérea Rio/São Paulo no dia 7 de julho de 1990 (Zap’n’roll se lembra perfeitamente, como se fosse ontem), quando o então já conhecido jornalista rumou para o balneário a fim de assistir a um show da Legião Urbana. A banda estava no auge, iria tocar para cinqüenta mil pessoas no Jockey Club carioca e o autor deste blog estava acompanhando o grupo para um perfil que faria dele para a IstoÉ. A noite anterior havia sido novamente de excessos no consumo de cocaine e o blogger ressacudo por pouco não perdeu o vôo das dezenove horas – bem vazio, no final da tarde de sábado. E nele estava Flávia: loira, tesuda, mamicuda, inteligente. Não exatamente linda, mas muito gostosa e inteligente. O zapper se sentou na poltrona ao lado dela. E com um copo de whisky na mão (yep, naquela época servia-se whisky na ponte aérea) começou o papo. Ela se interessou pelo jornalista paquerador e quando ambos desceram no aeroporto Santos Dumont, no Rio, o blogger loker já a puxou pra dentro do táxi rumo ao hotel Atlântico Copacabana (que era onde a gravadora Emi hospedava jornalistas a trabalho no Rio). Lá chegando, os malhos começam no quarto. Zap’n’roll: “Você é linda!”. Flávia: “Você é um cara incrível e terrivelmente sedutor. Mas eu NÃO vou dar pra você hoje! Preciso ir pra casa da minha mãe em Niterói, amanhã eu venho e fico aqui contigo”. E assim foi. A loira foi pra Niterói e Zap’n’roll partiu em direção ao Jockey. No domingo à noite Flávia cumpriu sua promessa. O interfone do quarto tocou por volta de dez da noite. Era ela. O coração do jornalista disparou. Assim que entrou novamente no quarto, ela pulou em cima do autor deste diário sujo e cafajeste. A foda começou intensa e foi assim a noite toda. A loira trepava horrores, chupava um pinto magnificamente e gozava fácil e aos berros. E era fã de rock’n’roll, de cocaine, maconha e literatura: assim como o zapper, amava o dramaturgo francês Jean Genet. Foi uma noite inesquecível, o blog se apaixonou pela garota e na manhã seguinte a levou ao Santos Dumont – ela tinha que retornar a Sampa pois no dia seguinte embarcaria para um mês de férias em Londres. Viagem ganha de presente do pai, por ter passado no vestibular de Direito. Daí em diante o resumo possível de uma história que é muito longa, é esse: Zap’n’roll se desesperava de saudade e paixão por Flávia. Sabia que queria ficar com ela. Mas antes que ela retornasse, a futura mãe do filho deste jornalista apareceu no apê da Frei Caneca e ela e o sujeito aqui, destrambelhado emocionalmente como sempre foi, resolveu começar a namorar com a garota. Quando Flávia retornou, cheia de saudade, paixão e tesão pelo autor destas linhas virtuais, ficou putíssima com a história. O blog não sabia o que fazer. E ficou saindo com as duas, e comendo as duas. Foi quando veio o show de Bowie no Parque Antártica, e Flávia intimou: “Você pode ir com ela no sábado, mas VAI TER QUE ME LEVAR COM VOCÊ no domingo”. E assim foi: no sábado, o blog foi à gig do Camaleão acompanhado de sua, hã, namorada. No domingo, podre e mal dormido, teve que acompanhar a amante no mesmo show. Depois dele o casal foi foder pela última vez (e foram dois meses de loucuras na cama e fora dela: Flávia amava dar cafungadas em carreiras bem fornidas de cocaine; na cama era adepta de ser fodida no cu enquanto batia uma escandalosa siririca, pra suportar a dor do pau grosso rasgando seu buraco traseiro). Quando Flávia deixou o sujeito aqui (ela tinha carro) na porta de casa, ela disse: “hoje foi a última vez que você me comeu. Você quer ficar comendo as duas mas não vai rolar. E presta atenção: essa suburbana da sua namorada vai foder a tua vida. Vai engravidar de você e vai mudar de mala e cuia pro seu apartamento”. Foi exatamente o que aconteceu: a “suburbana” (que morava no extremo leste da capital paulista) realmente engravidou e se mudou pro apê da Frei Caneca. E Flávia J., uma das maiores paixões da vida de Zap’n’roll saiu da vida dele pra sempre. Hoje, quarentona e ainda solteira, mora sozinha num enorme apartamento perto da Serra da Cantareira (na zona norte paulistana) e dirige um escritório de advocacia.

* 1997: após outro show de Bowie, porra seca no queixo de outra loira – foi a pior fase da vida de Zap’n’roll. Desempregado (a mega e chic revista Interview, onde ele tinha trampado durante três anos, havia sido fechada pela editora Abril em 1996), vivendo de frilas esporádicos e morando em um pensionato estudantil no bairro da Liberdade, ainda assim ele comia bocetas deliciosas. Uma delas, também loira e de tetas generosas o blogger sempre baladeiro conheceu em um bar rocker em Pinheiros, onde o sujeito aqui sempre ia nos finais de semana. Bonita de rosto, inteligente e fã de Bowie, a garota se interessou pelo autor deste blog com certa facilidade. Começou a paquera e ele a convidou pra ir no show que o Camaleão faria no festival Close Up Planet, dentro da turnê do álbum “Earthling”, lançado naquele ano e com viés mais eletrônico do que rock (mas ainda assim, muito bom). O casal então rumou pro festival, na pista de atletismo do complexo Ibirapuera, na zona sul de Sampa. Grande gig, quase tão boa quanto a de sete anos antes. Terminado o set, a sugestão que partiu do zapper: “Vamos pro Retrô” (que era o muquifo alternativo mais podre, sujão, decadente e genial de Sampa naquela época. Uma verdadeira lenda da indie scene alternativa paulistana, o Retrô era o lugar onde você podia dançar Screaming Trees, Ride, Nirvana e Nick Cave às três da manhã, cafungar cocaine nos banheiros sem ser incomodado, e trepar neles também, sendo o blog socou sua rola em muitas xoxotas ali). Sugestão aceita, lá se foi o blogger cheio de más intenções (uia!) com a loira (que lembramos perfeitamente o nome e sobrenome, mas não podemos publicar aqui. A hoje distinta senhorita está em um relacionamento sério e inclusive está na liste de amigos do autor destas linhas vulgares, em uma rede social), no carro dela. A balada no Retrô foi movida a muito álcool e a loira peituda ficou chapada. Foi quando, lá pelas cinco da matina, nova sugestão: “vamos prum hotel aí no largo de Santa Cecília”. O casal foi. Todos os hotéis do pedaço estavam lotados, com exceção de um que tinha um quarto disponível, mas apenas com uma cama de solteiro. Sem alternativa, a foda rolou ali mesmo. E não foi muito intensa porque a acompanhante zapper não estava de fato muito bem. O casal adormeceu em seguida e quando o sujeito aqui acordou, a visão que lhe vem à lembrança é de uma mancha de porra seca, escorrendo do queixo para o pescoço da loira. É, pelo menos na chupada, parece que o serviço tinha sido bem feito…

 

UM TEXTO BACANA SOBRE CHRISTIANE F.
Yep. Escrito e postado em sua página no Facebook pelo queridón Cristiano Bastos, um dos grande amigos do blog no atual jornalismo cultural brasileiro. Colaborador de várias revistas (entre elas, a Rolling Stone) e sites, Cris é hoje, sem nenhum favor, um dos melhores textos da mídia brasileira. Algo que você conferir e acompanhar eu seu fodástico blog “Nova Carne”, que pode ser acessado em http://oesquema.com.br/novacarne/ .

O texto dele sobre a célebre garotinha junkie alemã dos anos 70’, viciada em heroína, é esse aí embaixo:

 

“Poucas vezes me impressionei tanto com um livro como Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída. Best-seller, li pela primeira vez quando tinha uns 14 anos e, claro, fiquei impressionado. O reli mais algumas vezes, não sem ter a mesma impressão. O que comprova o quão somo atraídos pela tragédia e a decadência humana. E o pior: no livro, e na história de Christiane, não há redenção. Após lançado com sucesso no mundo inteiro, a jovem ganhou fama e, também, boas quantias de dinheiro, as quais foram gastas, claro, no seu vício em heroína. Nessa sessão de fotos, compilei Christiane em suas mais diversas fases – da adolescência a idade adulta, chegando a maturidade. Como se sabe, ela nunca abandonou o vício. Na última edição do livro, lançado uns dois anos atrás, há um caderno com retratos de seus antigos amigos junkies, inclusive de seu ex-namorado Detlef, cuja foto coloquei aqui. Nessa edição, Christiane conta que, durante as filmagens do filme sobre a sua vida, no qual Bowie, seu ídolo, apresenta a música “Station to Station”, ele põe várias fileiras de cocaína para Christiane e seus amigos cheirarem. É insano, mas é verdade. E assim é a vida”.

 

Sequência de fotos mostrando várias fases da vida de Christiane F.: quando jovem e em visual quase pornô (para fazer programas e conseguir grana pro próximo pico de heroína), ao lado do ídolo David Bowie (no cartaz de divulgação do filme “Christiane F.”), em sua fase de integrante de banda punk em Berlim e, por fim, envelhecida e carcomida pelas drugs, aos quarenta e poucos anos de idade

 

MUSA INDIE DA SEMANA
Ela talvez seja a gata perfeita e a mulher dos sonhos de qualquer homem inteligente ao cubo. Jocasta Oliveira nasceu em Porto Velho mas acaba de se mudar pra Sampa. Vinte e quatro anos de puro tesão e gostosura, shape de intelectual loka, professora de inglês, apaixonada por rock (uma de suas musas: a deusa inglesa PJ Harvey), literatura (ela é formada em Letras), cinema etc. Enlouquece homens e mulheres e é uma mega amiga zapper.
É, com justiça e honra, a nossa musa indie desta semana.

A intelectual loki e rocker de Rondônia agora mora em Sampa e deixa homens, mulheres e a caixinha de leite do Blur (acima) felizes e mortos de tesão, hihihi. Jocasta Oliveira e seu ar de professora séria (abaixo), é a gataça com que todos nós sonhamos, com certeza!

 

 

O BLOGÃO ZAPPER INDICA
* Discos: faça um bem aos seus ouvidos e vá re-ouvir (ou ouvir pela primeira vez) JÁ qualquer um dos cinco álbuns de David Bowie comentados aqui nesse post, lá em cima. E tenha um final de domingo mais feliz.

 

* Livro: e aproveitando o embalo, também vá reler (ou ler, pela primeira vez) “Eu, Christianne F., 13 anos, drogada e prostituída”, que pode ser encontrado com certa facilidade em livrarias e sebos.

 

* Peça: “Mulheres”, de Charles Bukowski e adaptado pro teatro pelo genial Mario Bortolotto, continua em cartaz na rua Frei Caneca, 384, centrão de Sampa, até 17 de fevereiro, de quarta a domingo sempre às nove e meia da noite. Não foi ver ainda? Então corre porque tá lotando em todas as sessões.

 

* Baladenhas no final do feriado: post sendo finalizado em pleno domingão (e parte dele sendo enviado de Sorocaba, onde o blog se encontra neste momento), final de feriado prolongado. E aí? Aê que pra quem está em Sampalândia a pedida master de hoje, como sempre, é a domingueira rock Grind, comandada pelo super André Pomba, lá na Loca (rua Frei Caneca, 916, Consolação, centrão de Sampa).///E na próxima quinta-feira tem a festona dos melhores do ano do portal Zona Punk (WWW.zonapunk.com.br), comadando pelo gordito de nuesso corazón, o sempre figuraça Wlad Cruz. Rola no Hangar 110 e na Livraria da Esquina (na Barra Funda, zona oeste de Sampa) mas só pra convidados e com breja na faixa, hihi.///E amanhã, mais conhecida como segunda-feira, o jornalista e dublê de DJ, faz discotecagem rock’n’roll na tradicional festa “Carne de Segunda”, promovida pelo pessoal sempre bacana e acolhedor do Rasgada Coletiva, em Sorocaba. A esbórnia rola ao cair da noite na sede do Rasgada e é só chegar e curtir shows e a discotecagem, okays?

 

 

VAI PRO LOLLA?
Não? Sem grana pros tickets? Então corre no hfinatti@gmail.com, que estão em disputa sangrenta por lá:

 

* UM INGRESSO pra cada noite do festival que acontece no final de março em Sampa, com shows do Killers, QOTSA, Black Keys, Franz Ferdinand, Alabama Shakes, Pearl Jam e os caralho. É tentar a sorte ou largar, faça sua escolha e boa sorte!

 

 

TCHAU PRA QUEM FICA!
Postaço mega, com diário sentimental canalha e tudo o mais que o povo gosta por aqui, né? Então por hoje chega. O blog deixa um mega abraço pro pessoal do Rasgada Coletiva (Ari Holtz, Marco Ruiz, Duda Caciatori, Ferraz) e beijos doces e quentes pras queridas Mariana Mendes e Jocasta Oliveira, a linda, loka, culta e totosa de Porto Velho que veio arrasar corações em Sampa, uhú! Semana que vem estamos na área novamente. Inté!

 

 (atualizado por Finatti em 28/1/2013 às 15hs.) 

17 Mar 02:48

J-J-Jornada nas Estrelas!

by Alexandre Matias
Guilherme Gaspar

" E aí me bateu uma sensação de que ele, de repente, poderia fazer estes dois universos se cruzarem… Imagine…" HAHAHAHA simplesmente a ideia mais retardada que alguém poderia ter.

star-trek-into-darkness

Mais um trailer do segundo Jornada do J.J. Abrams…

…e como o Ramon bem disse, ele está estabelecendo o nível de como vão seus seus Guerra nas Estrelas. E aí me bateu uma sensação de que ele, de repente, poderia fazer estes dois universos se cruzarem… Imagine…

15 Mar 13:04

My first attempt at animation… baby steps, Mike. Baby steps.

by seemikedraw

tumblr_mir6hnu0eu1rrtc28o1_500

04 Mar 15:50

Photo



18 Feb 16:15

Collateral (Michael Mann, 2004)



Collateral (Michael Mann, 2004)

18 Feb 16:15

Miami Vice (Michael Mann, 2006)



Miami Vice (Michael Mann, 2006)

18 Feb 16:14

Ali (Michael Mann, 2001)



Ali (Michael Mann, 2001)

18 Feb 16:14

Total Recall (Paul Verhoeven, 1990)



Total Recall (Paul Verhoeven, 1990)

18 Feb 14:14

Vocês lembram de Michelle Jenneke…

by Alexandre Matias

…afinal, como esquecer?

Quem lembrou dela foi a revista Sports Illustrated, que a convidou para sua clássica edição anual de trajes de banho. Abaixo, o making of:

De nada.

18 Feb 13:58

explore-blog: Kurt Vonnegut’s classic lecture on the shapes of...



explore-blog:

Kurt Vonnegut’s classic lecture on the shapes of stories, now in an infographic

Must. Stop. Retumblring Matt Fraction.