Esse é o tipo de piada que fica aquela sensação que alguém já fez antes. A junção academia/academia. Eu dei uma procurada rápida e não achei, porém.
Alvaro Freitas
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Temer, o rei do intervalo
Primeiramente, fora Temer.
Mentira. Primeiramente, o show, a discotecagem, a peça etc. A manifestação artística sempre vem primeiro. É só “segundamente” que o “Fora, Temer” se instala.
Eis uma nova tradição. Dos shows no Circo Voador às festas de rua pela cidade, está difícil achar um grande evento do Rio em que não tenha surgido um “Fora, Temer” moleque, aquele “Fora Temer” arte, sabe? O engraçado é que esse “Fora, Temer”, assim como o seu alvo, também nunca é o protagonista do ato. Sempre vem pelas beiradas, calcando o palco aos poucos, até ganhar estofo. E quando mal percebemos, ele cresce exclamado por vozes, em grande parte, femininas, pois tem sido delas o protagonismo contra o temercentrismo. É o uterino contra o interino.
E os defensores do indefensável, por onde estão? Tímidos pela notória falta de talento do mesmo, que só segue sendo exaltado pelo uso da mesóclise — esse recurso textual tão conveniente quanto entrar no mar de fraque — só conseguem fazer elogios, no máximo, ao futurismo (“deixa o cara trabalhar!”) e ao entorno dele. Tudo o que o Temer representa é muito mais forte do que a sua figura. É como um modelo que desfila na passarela com roupas muito mais caras do que ele seria capaz de comprar na vida. A diferença é que o modelo não puxou o tapete de ninguém que estava na frente dele.
Existe um maquinário especial de pessoas — muito bem remuneradas, diga-se de passagem — para garantir que a posteridade seja gentil aos figurões. Os profissionais vão dos editores da wikipédia aos cães farejadores de tags e hashtags em que o seu cliente está inserido. Paradoxalmente, isso só é feito, de forma obsessiva, por quem já obrou o bastante na própria biografia e na forma como ela passará, de fato, para a História. Em suma, os pilantras. Na vida real, esse controle não vale muito. Esse “Fora, Temer” esporádico, que virou o rei do intervalo de qualquer manifestação artística, o maquinário não é capaz de controlar.
Mas nem tudo é desesperador para os biógrafos chapa branca (em todos os sentidos). Se tem algo que o usurpador número 1 da república pode se orgulhar, no momento, é de estar sendo lembrado até nos momentos de lazer do carioca. Michel Temer, a exemplo de Getúlio, já entrou para a história. Mas, no caso, o tiro foi no pé.
Episode 1316: Shifting Opinion
"Someone said" is a great way to introduce stuff that you want the listener to think is true, but which the narrator knows to be false. Variants include "Everyone knows", "According to X", and "It's common knowledge that". You can see it in action in the early Harry Potter books, which have a bunch of "Everyone knows" statements about Professor Snape.
You can learn some great GMing tricks from narrative tricks in literature. Keep an eye out for them next time you read a novel.
Wizard of the Crow, de Ngũgĩ wa Thiong’o (2)
Alvaro Freitasboom
Houve um tempo em que a escravidão era boa. Ela fez o seu trabalho, e quando terminou de criar capital, definhou e morreu uma morte natural. O colonialismo foi bom. Ele espalhou a cultura industrial e compartilhou recursos e mercados. Mas reviver o colonialismo hoje seria um erro. Houve um tempo em que a Guerra Fria ditava cada cálculo nas relações internas e internacionais. Isso acabou. Nós estamos na era pós-Guerra Fria, e nossos cálculos são guiados pelas leis e necessidades da globalização. A história do capital pode ser resumida em uma frase: em busca da liberdade. Liberdade para se expandir, e agora ele tem a chance de ter todo o planeta como o seu teatro. Ele necessita de espaço democrático para se mover pelas suas próprias demandas e lógicas. Então eu fui enviado para instá-lo a transformar o seu país em uma democracia.
Às vezes a literatura é capaz de sintetizar aquilo que a História leva livros e livros pra explicar. Que resumo do imperialismo.
Esportes servem pra quê?
Quando você junta muitas pessoas de humanas, a treta é inevitável. Semana passada meu colega disse
“Eu sou contra o salário que jogadores de futebol recebem porque eles não geram nada de volta para a sociedade. Meu pai é marceneiro, e o dinheiro que ele recebe gera um bem para a sociedade; sou jornalista e meu salário também gera algo. Mas jogadores de futebol, não. Eles ganham e não geram nada.”
Com o que eu tive de discordar veementemente. Concordo que é dinheiro demais, mas isso é outra discussão.
Primeiro, é importante frisar que eu detesto esportes e acho isso de cuidar do corpo físico um saco, uma perda de tempo. Sou do time do “vamos todos morrer mesmo”, sou sedentária sim, vida segue. Inclusive eu também não gosto de futebol, não torço pra time nenhum e acho a copa do mundo um saco. Mas isso vocês já sabem.
Só que eu tenho feito uma série de posts sobre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para o trabalho então ando bem envolvida com esporte. Antes eu também achava que isso não gerava nada, mas hoje eu penso diferente.
Meu primeiro ímpeto foi dizer o quanto entretenimento é importante. Que os seres humanos precisam dessa pausa para pensar em nada e se divertir, senão a gente endoida, e que tem várias formas de se entreter – assistir esporte é uma delas.
Ainda, se o esporte não gera nada, a arte em si também não gera; mas ele discordou, dizendo que a arte gera, sim, alguma coisa. Mesmo que essa coisa não tenha utilidade prática.
Então entendi o que ele quis dizer. Um jogador de futebol realmente não contribui com nada tangível para a sociedade.
Isso não quer dizer que ele não contribui com nada.
Em um país racista como o nosso, o jogador é antes de tudo uma inspiração. A representatividade dos meninos negros e magros da periferia. A forma como eles se vêem fora daquele contexto e das posições que ocupam nas telenovelas. Podemos contar nos dedos a quantidade de super-heróis negros: eu só lembro do SuperShock. Quantos são os jogadores negros?
Nesse ímpeto, a criança cresce em volta ao esporte. Quem faz esporte aprende a conviver em grupo, a confiar nos colegas, a ter responsabilidade, a cuidar da alimentação (se possível), não fica na rua, gasta energia, se diverte, aumenta a auto-estima. Se você é uma criança da periferia, as chances de você marcar todos esses itens sem um esporte são bem baixas.
Esportistas não criam algo físico de volta para a sociedade, mas professores também não. Filósofos também não. Eles só formam… humanos. Humanos melhores, humanos mais responsáveis, humanos com esperança.
Aliás… O que é mais intangível e mais valioso que a esperança?
Diferente
Daily Life
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Robots!
I will be at TCAF this weekend! You should totally come say hi!
Como seria a versão brasileira de Demolidor?
Com a estreia de Demolidor, ficamos todos empolgados com o universo noir de Matt Murdock em uma Manhattan pós-destruição dos Vingadores, mas pensamos… Como seria a série se alguma emissora nacional comprasse os direitos e fizesse uma versão brasileira Herbert Richers? Convocamos nossos colunistas mais criativos para selecionarem o elenco ideal e adaptarem a trama para nossa realidade. Antes de começar a ler, aperte o play na versão ~tupiniquim~ da abertura da série que preparamos (com música tema de Kátia Cega <3)!
Marcos Pasquim como Matt Murdock/Matias Machado, o Demolidor
Marcos Pasquim se formou com louvor na Escola Carlos Lombardi de Descamisamento e Porradarias™, formação mais que suficiente para interpretar Matias Machado, o advogado cego do Rio de Janeiro. Quando criança, Matias ficou cego após salvar um idoso de atropelamento e ser banhado por produtos Jequiti radioativos. O acidente tirou sua visão, mas lhe deu sentidos super aguçados. Ele então cresceu para se tornar o vigilante Demolidor. De dia, Pasquim defende os menos afortunados furando as filas de repartições públicas e cartórios como deficiente físico. Mas à noite, o renomado doutor veste sua lycra da justiça e usa seus super sentidos para combater o crime nas vielas do Rio de Janeiro, onde é conhecido como O Diabo da Tijuca.
Selton/Danton Mello como Nelson Foggy/Foguinho
Nelson e Matias passaram juntos no exame da OAB e decidiram abrir seu próprio escritório na Tijuca. Sua mãe queria que Foguinho fosse açougueiro, ou que pelo menos desistisse dessa baboseira de ajudar os mais pobres e prestasse um concurso público. Inicialmente, o personagem seria interpretado por Selton Mello, mas ele pulou fora do projeto depois de descobrir que não seria o protagonista (seu agente foi demitido na sequência). Foguinho foi parar nas mãos de Danton Mello, pois o aluguel vence para todos e figuração no programa do Adnet não paga as contas.
Camila Pitanga como Claire Temple/Clara Telles
Ninguém melhor do que Camila Pitanga para ser a personagem de Rosario Dawson, que receberá as piores notícias dos lindos lábios de Marcos Pasquim. Ela que já teve sua cota de personagens com “vidas noturnas duplas”, logo vai ser ótima para dar umas dicas para o colega. Vai recorrer a tudo o que aprendeu como a médica Luciana Ribeiro em Mulheres Apaixonadas para poder ser o plano de saúde do Demolidor, além de toda a experiência criando um ambiente de tensão sexual que adquiriu na mesma novela.
Nathalia Dill como Karen/Karina Page
Nathalia tem o charme da girl next door e a bagagem de atriz, mas bem como o passado negro escondido da Karina, nós também não esquecemos que tudo começou com um papel de vilã em Malhação. Não bastasse isso, ela é ótima interpretando papel de mulher independente que baba pelo cara gato que não da a mínima para ela, como vimos em Avenida Brasil.
Lima Duarte como Stick/Graveto
Graças a seu papel em O Bem-Amado, Lima Duarte foi convidado para interpretar o mestre do menino Demolidor – afinal, quem melhor do que o próprio Zeca Diabo para treinar o Diabo da Tijuca? Mas não foi só a fama de assassino profissional e eficiente do personagem que trouxe o ator para o projeto – também foi levado em conta sua capacidade de trazer ao personagem um caráter paterno e generoso, importantíssimo para Graveto.
Ailton Graça como Wilson Fisk/Fortunato, o Rei do Crime
Jogando a carta do ator conhecido por comédia fazendo drama e trazendo aquela nostalgia gostosa – e também como referência à interpretação de Michael Clarke Dunkan para o mesmo personagem no filme com o Ben Affleck que você quer esquecer (mas a Internet não deixa), o escolhido para interpretar Wilson Fortunato será Ailton Graça, muito conhecido por mergulhar de cabeça em seus personagens em seu “method acting”. Ailton foi a primeira opção dos produtores graças ao seu trabalho como Majestade em Carandiru, onde era o Rei do Tráfico.
Antônio Pitanga como Ben Ulrich/Bernardo Uchôa
Grande ator de O Homem Que Desafiou O Diabo, Antônio Pitanga (que não tem nenhum parentesco com a colega de elenco, Camila) agora ao invés de desafiar o Diabo, lutará lado a lado com ele. Bernardo é ex-vereador do Rio, e traz a veia crítica político/social que faltava na série, fechando com chave de ouro este elenco estelar e cheio de globais.
Pronto, a criação está feita! Agora é só alguma emissora se interessar e começar a produzir essa maravilha!
[Créditos das imagens: Montagens/Luiz Guilherme Moura]
Qual é a sua dupla dinâmica preferida?
Batman e Robin podem ser famosos por isso, mas não são os únicos a formarem o que chamamos de dupla dinâmica. Nesta semana, queremos saber quais são os outros pares que também se metem em #AltasConfusões, têm uma química incrível e são ótimos fazendo as mais variadas atividades, como caçar demônios, combater o mal enquanto espiam sensualmente, ou simplesmente andar de patins pelo Central Park desconectadas do mundo online a caminho de um casamento canino. Por isso, perguntamos para os nossos colunistas: Qual é a sua dupla dinâmica preferida?
Rafa Bauer: Mulder e Scully, de Arquivo X
Avião sem asa, fogueira sem brasa, Buchecha sem Claudinho – assim é Mulder sem Scully. É impossível imaginar um spin off ou um filme só com um deles. Arquivo X só funciona com os dois juntos. Isso ficou claro nos episódios sem Scully, quando ela é abduzida (o episódio chamado “3” da 2a temporada, por exemplo, é terrível). O ceticismo de Scully, contrabalanceando a crença apaixonada de Mulder no sobrenatural foram uns dos principais motivos do grande sucesso de Arquivo X. Os diálogos engraçadinhos, a confiança irrestrita que construíram um no outro ao longo da série e uma sutil tensão sexual complementam a receita para a melhor dupla que já passou numa série de TV – e que vamos conferir novamente em breve, com o retorno da série confirmado!
Fernanda Sgroglia: Wilson Fisk e James Wesley, de Daredevil
Ninguém chega ao poder sozinho, todo mundo precisa daquela pessoa a quem delegar parte do seu plano para dominar Hell’s Kitchen – a relação de Fisk e Wesley podia parecer isso, uma mera relação de negócios, mas os dois eram são amigos de verdade. A série não revela como Wesley, um homem de classe, mas que parece ser de origem simples, se tornou o melhor amigo de um dos maiores magnatas dos Estados Unidos, mas num primeiro momento a única referência de Fisk é a opinião de Wesley sobre ele, e apesar de sabermos que eles são da galera do mal, gostamos dele graças à relação de companheirismo, confiança e respeito que um alimenta pelo outro. Além de Wesley ser o braço direito do magnata de Hell’s Kitchen, é ele quem fica bravo quando alguém fala mal de seu companheiro, e além de o ajudar a ~conquistar garotas~, sempre está lá para resolver os problemas antes mesmo que eles apareçam!
Chris Dierkes: Abbi e Ilana, de Broad City
Essa dupla mostra que amiga é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito. Além de apoio emocional e companhia para festas flopadíssimas, as duas se ajudam nos momentos mais diversos: carregar um ar-condicionado pelas ruas de Nova Iorque, achar um celular perdido, tirar do buraco literalmente, cuidar depois de tirar o dente do ciso, ajudar a encontrar um dealer de maconha, decidir se usa uma cinta-caralha ou não, entre outras aventuras.
Manuela Fonseca: Veronica e Keith Mars, de Veronica Mars
Sejamos sinceros: o que seria de Neptune, Califórnia, sem a dupla Veronica e Keith Mars? Considerando a incompetência generalizada do departamento de polícia da cidade, um total de zero crimes seriam solucionados, criminosos correriam à solta e gente inocente trocaria seus últimos anos de vida por dinheiro para receber a culpa por crimes que não cometeram. Mais do que parceiros no crime (ou na resolução deles), Veronica e Keith formam uma família baseada no apoio incondicional, na compreensão de que de vez em quando é preciso ignorar sua filha escondida no armário do diretor da escola ou seu pai recebendo uma prostituta em casa e nas piores/melhores piadas de tio do pavê. Who’s your daddy?
Agora conta pra gente qual é a sua dupla dinâmica preferida aqui nos comentários!
[Créditos das imagens: Reprodução/ABC/Netflix/Comedy Central/CW/Fox]
O Cachorrinho que Ganhou um Nome
E, uma vez por ano, os dois se sentam na porta da cozinha e esperam juntos pelo Papai Noel, com um pratinho de biscoitos e leite. Para o garoto, aquele é o dia mais especial do ano. Mas, para o cachorrinho, continua sendo um dia igual aos outros. Pois, para ele, agora todo dia é Natal. Afinal, para as pessoas comuns, o Espírito de Natal surge uma vez por ano. Mas, para os tolos e para os sábios, ele aparece todos os dias.
De gigantes e epilepsia
Chega de não-escrever aqui. Escrevamos, pois. O blog esteve fora do ar de abril – se não me engano – a meados de julho – finados de julho, a bem da verdade – por inadimplência e descontrole financeiro deste que vos escreve. Assim sendo, perdi algumas ondas que talvez merecessem notas – mas que provavelmente não iriam ganhar nenhuma, como já é de praxe por estas paragens. Este ano de 2013 vai dar bastante assunto e material para os que, em dezembro, apreciam fazer retrospectivas (tô falando de você mesmo, Inagaki).
Dentre eles, o mais notável, até o momento, certamente será o levante popular motivado por razões “pífias” – que de pífias nunca tiveram nada – que degringolaram em promessas de caos urbano (por parte dos manifestantes) e reações truculentas (por parte das forças de manutenção do Estado). A ordem de grandeza desses dois fenômenos (o segundo sendo mera reação ao primeiro, que, por sua vez, escalonou em virtude da desproporção do segundo) conseguiu jogar a mídia velha de guerra, com seus padrões, critérios e distorção de fatos em prol de interesses ulteriores, em uma posição bastante sensível. Colocado sobre uma corda-bamba, vimos Jabor – a “voz política” da Globo – falar contra o povo, desmerecendo as causas da insatisfação, os insatisfeitos, suas famílias, suas roupas, seus hobbies, seu estilo de vida e seus animais de estimação, num belíssimo exemplo de argumento ad hominem. Então, 3 dias depois, o mesmo Jabor retornou, humilde – mas desta vez na CBN, porque se retratar na televisão pega mal – e propenso a elogiar esse mesmo povo e sua manifestação.
Vi – sim, aqui falo em meu nome apenas, identifique-se quem preferir – elevarem-se vozes que bradavam ideologias que apóio, outros como eu amotinarem-se, mais e mais vozes se unindo em côro. Então percebi, com espanto e tristeza, que aqueles não eram meus gritos, minhas palavras de ordem. Não pedíamos a mesma coisa, estávamos em lados opostos da questão. Vi, então, desvirtuar-se um movimento que tinha potencial para ser bom e estar correto. Vi o povo, já mobilizado, marchar cego, burro, como um rebanho. E rebater, rechaçar e recriminar os mesmos movimentos sociais que ajudaram a reunir e canalizar toda aquela comoção. De repente não era mais o movimento do Passe-Livre quem tocava tudo aquilo – movimento que pode ser apartidário, mas não é antipartidário, e definitivamente não apóia ou endossa inclinações golpistas. A coisa era, então, uma maçaroca disforme que se misturava, dissipava e tornava a se misturar facebook afora, como uma espécie de massa rolada em chão poeirento, na qual a sujeira se tornava indissociável. E toda aquela ignorância política, toda a demência que parece florescer e se multiplicar nas redes sociais passou a marchar pelas ruas, transformando um movimento político, por essência, em um movimento “nacionalista”, “patriótico”.
E então os Carecas do ABC se juntaram à manifestação. E de repente aquelas fotos bonitas de algo que podia ser algo bacana continuaram bonitas, mas resultado as deixou torpes. Como as fotos de uma ex-namorada com quem você terminou em maus termos, por diferenças morais irreconciliáveis. Vou me lembrar sempre do que vi ao ter que resgatar minha mulher da polícia, e da motivação que isso foi para que eu, na semana seguinte, me unisse ao povo, disposto a lutar pelo direito de livre manifestação. E vou me lembrar de ver amigos de amigos meus se dispondo a atacar pessoas que, defendendo esse mesmo direito, carregavam bandeiras de partidos. E do nó que aquilo me deu nas tripas, da sensação que estive de, de repente, estar manifestando um “gigante” que começava a acordar com o pé esquerdo, ou que apenas esboçava um ataque epilético. A partir daí abandonei o “gigante”. Deixei-o à míngua, muitos também o fizeram. E ele foi minguando, minguando… Hoje ainda tem seus momentos de espasmo, aqui e ali – sendo “aqui e ali” o Rio de Janeiro – por razões que surgiram depois da saída do Movimento Passe Livre, e que são dignas, até certo ponto. Chegam até nós alguns relatos sobre suas convulsões. Mas agora ele não incomoda mais ninguém. E, se não voltou a dormir, está tão pachorrento quanto antes.
O poema orgânico
O poema orgânico é feito com o tempo necessário para o seu crescimento. Pode levar dias, meses e até anos apenas como rascunho de última página. O poema orgânico não leva liricotóxicos ou conservantes, pode sofrer todas as intempéries possíveis. O poema orgânico tem muito mais nutrientes do que os poemas hidropônicos, pois não nasce de um relaxante banho de cachoeira ou de uma tarde na praia. O poema orgânico nasce das lavadas de louça, do tempo perdido no trânsito, da troca de fraldas ou daquele instante em que se aperta o botão do elevador mais uma vez só para se ter a sensação de que isso o trará mais rápido. O poema orgânico não é fruto da tecnologia transgênica que mexe em suas rimas, formas, estrofes e estruturas naturais mais profundas e que levaram anos para serem o que são. O poema orgânico é singular demais para ser domesticado, cozido, refinado ou apreciado sem casca, é melhor que seja consumido in natura. O poema orgânico é caro. Caro pra chuchu. O poema orgânico estraga rápido.
New Study Blames Hunters for Megafauna Extinctions
AARHUS, DENMARK—A new study concludes that the extinctions of large mammals such as woolly mammoths, giant sloths, mastodons, and cave lions around the world over the past 130,000 years correlates more closely with the arrival of humans than with changes in climate. “The evidence really strongly suggests that people were the defining factor,” Chris Sandom, who was a researcher at Aarhus University at the time of the study, told Live Science. In sub-Saharan Africa, where large animals evolved alongside humans as they learned to make and use tools, there was the least extinction. When humans moved to Asia and Europe, they encountered animals unaccustomed to human hunters, and extinction rates rose. Climate may have interacted with human arrival in Eurasia, with temperatures determining where people migrated. Sandom found that extinctions were most extreme in Australia and the Americas, where humans arrived comparatively late. The new predators may have disrupted the animals’ ability to adapt to new habitats. “You’ve got this very advanced hunter arriving in the system,” he explained.
Sobre artistas e políticos
Um político brasileiro, para ter sucesso pleno, precisa ser eleito pelo povo, mas nem sempre foi assim.
Um artista brasileiro, para ter sucesso pleno, precisa ser eleito pelos críticos, mas nem sempre foi assim.
Um político no palco é o senhor de seu espaço. O dono da bola. O mandachuva da situação. O rei da mesa. Pode falar o que quiser porque a palavra dele lhe pertence.
Um artista no palco é a voz de uma geração com anseio de representação. O agente da catarse coletiva. O expiador de todas as dores do mundo. Deve falar pelo povo.
Um político na rua é seguido, reconhecido, tocado, ovacionado e cercado de todos os lados pela sua comitiva. É um deus andando entre os mortais.
Um artista na rua é analisado, confrontado, alvo de fotografias indiscretas e críticas ferozes que devem ser resolvidas ali. É um mortal andando entre deuses.
Um político em comitiva bancada por financiamento privado é apenas alguém que se articulou por meio de seus recursos disponíveis para conseguir atuar.
Um artista em turnê bancada por financiamento privado é apenas um caça-níqueis. Um vendido a um esquema sujo e hipócrita da escala mais baixa do capitalismo.
Um político de verdade precisa saber se articular bem, ter carisma, fleuma, sensualidade, mojo, borogodó, ziriguidum e jogar nas onze. Ter um quê a mais do que uma pessoa comum.
Um artista de verdade precisa ser, antes de tudo, verdadeiro. Expressar aquilo o que é sempre, medir as palavras e trabalhar incansavelmente sempre de olho nas críticas, pois é o operário de seu público.
A vida privada de um político não interessa ao público. Se ele fala palavrão, bebe, fuma, cheira, se injeta, trafica, rouba, corrompe, pega menores, mata gente, incendeia florestas, curra ursos panda e usa crocs em festa de casamento, isso é problema dele.
A vida privada de um artista nunca é privada.
Estamos cobrando dos políticos o que deveríamos cobrar dos artistas.
Estamos cobrando dos artistas o que deveríamos cobrar dos políticos.
Conexão de internet na Lua provavelmente é mais rápida que a sua
Você não está satisfeito com sua velocidade de internet? Há uma solução simples: basta se mudar para a Lua. Pesquisadores levaram Wi-Fi até lá, e a conexão é provavelmente mais rápida do que qualquer coisa que você tem no seu bairro.
O Wi-Fi na Lua vem sendo desenvolvido desde pelo menos 2009, mas pesquisadores da NASA e MIT enfim o tornaram realidade. Eles usaram quatro telescópios na Terra com diâmetro de 15 cm para disparar feixes de luz infravermelha até um satélite que orbita a Lua.
Dessa forma, os cientistas estabeleceram uma conexão estável com uma velocidade de download de 19 Mbps. No Brasil, segundo a Akamai, a velocidade média da internet é de apenas 2,7 Mbps.
Embora isso talvez ganhe do seu provedor local, não é nada se comparado à conexão entre ISS e Lua, que oferece absurdos 622 Mbps para download. Bem, para uma distância de 384.400 km, não é nada mal.
Os pesquisadores vão apresentar os resultados em profundidade na conferência CLEO de tecnologia laser nos EUA. [Discovery]
Imagem: Caspar Benson/Getty Images
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Walder Frey Took A Bloody Great Photo With A ‘Game Of Thrones’ Fan
A few months ago, I met David Bradley, the actor behind such stringy-haired leeches as Argus Filch and Walder Frey from Game of Thrones (as well as Broadchurch‘s mysterious shopkeep), for an article that will appear on UPROXX next month. He couldn’t have been nicer. Eventually, the conversation drifted to “The Red Wedding,” and he mentioned that he still gets looks from strangers on the street who confuse the actor with the character. He was happy about the recognition, though, and looked genuinely delighted when I told him that during the first dance at my wedding, I asked the DJ to play a few seconds of “The Rains of Castamere” before going into our actual song (only one person laughed — worth it).
Point being, he’s a jolly ol’ chap, he is, though he could use some work at wedding planning.
TUMBLR
Never forget.
Filed under: TV Tagged: DAVID BRADLEY, game of thrones, red wedding
Watch LeVar Burton’s Tearful Reaction To His ‘Reading Rainbow’ Kickstarter Raising $1 Million
As we already noted, LeVar Burton’s Kickstarter campaign to make Reading Rainbow available to a new generation of young readers was a rousing success, reaching its goal of raising $1 million in less than a day. (The campaign has now raised over $1.6 million, and is still taking donations.)
Burton and his team were watching anxiously as the campaign hit the $1 million dollar mark yesterday, and a camera was there to capture his reaction. Here’s a video of the emotional moment, as well as a heartfelt thank you from the man himself.
(MayorBurnsy, H/T Reddit)
Filed under: TV, Upcoming Tagged: kickstarter, Levar Burton, READING RAINBOW
There is an insect of the size of a human hand called Tree...
There is an insect of the size of a human hand called Tree Lobster, and it can only be found in Ball’s Pyramid, in Australia.
Pinturas Clássicas com Photoshop
Lauren Wade, uma editora de fotos do site Take a Part, uso o Photoshop em diversas pinturas clássicas. Ela retocou obras, deixando-as com o “padrão FIFA de beleza exigido “de hoje. A Maga do Photoshop fez cinturas incrivelmente magras, braços mais finos, exterminou toda gordura não esquecendo de moldar seios fartos e simétricos. Sua ideia tem base em um apelo ou crítica a quantidade de retoques ”Adobe“, usados nos corpos femininos para fotos em revistas e propagandas no geral. “Eu acho que é uma loucura a quantidade de retoque que as pessoas não percebem …’’
Lauren diz que já vivenciou muito e fez esse tipo de trabalho “‘enganoso” e, infelizmente, esses anúncios servem para definir um padrão de beleza que não existe. Vide a Scarletizinha nossa de cada dia, que ficou nua e continuo sendo gostosa, provando que não é Hollywood que define o que é belo. E antes que você pense que é um sacrilégio ou insulto fazer isso com as obras, lembre-se que o mesmo pode ser dito para as ideias contemporâneas de beleza.
Aviso que abaixo contém peitinhos pintados a óleo. (Mas acredito que não seja um caso de NSFW )
Sandro Botticelli, Birth of Venus, 1486
Francisco Goya, Nude Maya, 1797–1800
Jean Auguste Dominique Ingres, Grande Odalisque, 1814
Titian, Danaë With Eros, 1544
Edgar Degas, La Toilette, 1884–86
Por fim, há muito a ser discutido sobre o que é bonito, feio, desleixado, sexy sem ser vulgar e etc. E se você prefere mais gordinha, magrinha e peituda lembre-se que gosto sempre vai ser é igual a c… a toalha: cada um com a sua.
Clique aqui para ver todo o projeto inteiro.
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Watch Matthew McConaughey, Emma Stone, And Other Stars Read Mean Tweets About Themselves On ‘Kimmel’
Jimmy Kimmel Live
Jimmy Kimmel aired the latest edition of his always entertaining and ever-popular “Mean Tweets” segment — in which celebrities read the awful things people are saying about them on Twitter — during last night’s show. Seemingly every corner of Hollywood, from the uber talented, up-and-coming female sect (Emma Stone, Mindy Kaling) to longtime stars with Oceans franchise credits (Julia Roberts, Don Cheadle, Andy Garcia), was represented — and mercilessly lambasted.
Watch as David Blaine is forced to read a spot-on description of his face, Matthew McConaughey receives a confusingly juvenile burn that nearly stops the McConaissance dead in its tracks, and Sofia Vergara counters the vulgar assessment in the screenshot above with a spicy hot comeback.
Filed under: TV, Web Culture Tagged: ASHTON KUTCHER, david blaine, emma stone, jimmy kimmel, jimmy kimmel live, JULIA ROBERTS, MATTHEW MCCONAUGHEY, SOFIA VERGARA, Twitter
In Which ‘Hannibal’ Gets Re-Cut As A Wacky Food Network Reality Show
This is a re-cut that imagines NBC’s Hannibal as a kind of Food Network-y reality competition show called Hannibal’s Celebrity Kitchen. It’s … pretty good! I guess! The editing is pretty on-point, especially the bouncy music and jerky, reality shows camera move. And using clips from the actors’ press interviews about the show as the fake show’s interview cutaways was an inspired decision, as was pretending that the celebrities were at the table themselves, instead of in character. I don’t know. I give the whole thing a A-. I’m such an easy grader.
Now if someone could please try to re-cut Suits as a reality show about a bunch of very intense people running competing formal wear shops in Manhattan, I’d certainly appreciate it.
Source: Dylan Dubeau
Filed under: TV Tagged: FOOD NETWORK, HANNIBAL, NBC, RECUT
7 Ways To Get Attention On The Internet (and annoy everyone in the process)
From now on, I’m only clicking on the most mundane, ambiguous headlines.
John Hughes shot The Breakfast Club and Ferris Bueller’s Day Off...
John Hughes shot The Breakfast Club and Ferris Bueller’s Day Off back to back to save money. He also used the same crew and sets, including the high school with the same posters on the walls.
News Anchor Barely Keeps It Together As She Delivers Breaking News Of Her Friend’s Suicide
Alvaro Freitas:~~~~~~
The newscast is in Taiwanese, and I honestly have no idea what the anchor is saying, but heartbreak and sadness is universal. You can, however, turn on the captions to find out that it was a fellow news anchor who, sadly, committed suicide, and was found by his wife with a bag over his head. My guess is that she had no idea her friend had died until she read the breaking news alert, and saw it for the first time right along with everyone else. She does a great job of keeping it together, but big hugs out to the anchor for having to find out in such a terrible way.
via Reddit
Filed under: TV Tagged: BREAKING NEWS, news anchor