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06 Sep 23:44

766 – Academia.

by gomba

Academia

Esse é o tipo de piada que fica aquela sensação que alguém já fez antes. A junção academia/academia. Eu dei uma procurada rápida e não achei, porém.

30 Aug 01:38

765 – Inacreditável.

by gomba

Inacreditável

10 tiras que você não vai acreditar que leu. Mesmo. Vai falar em voz alta não “não, eu não li isso não” e vai seguir sua vida normalmente.

30 Jun 20:38

Temer, o rei do intervalo

by Puppet
foratemer
Arte: Vitor Teixeira

Primeiramente, fora Temer.

Mentira. Primeiramente, o show, a discotecagem, a peça etc. A manifestação artística sempre vem primeiro. É só “segundamente” que o “Fora, Temer” se instala.

Eis uma nova tradição. Dos shows no Circo Voador às festas de rua pela cidade, está difícil achar um grande evento do Rio em que não tenha surgido um “Fora, Temer” moleque, aquele “Fora Temer” arte, sabe? O engraçado é que esse “Fora, Temer”, assim como o seu alvo, também nunca é o protagonista do ato. Sempre vem pelas beiradas, calcando o palco aos poucos, até ganhar estofo. E quando mal percebemos, ele cresce exclamado por vozes, em grande parte, femininas, pois tem sido delas o protagonismo contra o temercentrismo. É o uterino contra o interino.

E os defensores do indefensável, por onde estão? Tímidos pela notória falta de talento do mesmo, que só segue sendo exaltado pelo uso da mesóclise — esse recurso textual tão conveniente quanto entrar no mar de fraque — só conseguem fazer elogios, no máximo, ao futurismo (“deixa o cara trabalhar!”) e ao entorno dele. Tudo o que o Temer representa é muito mais forte do que a sua figura. É como um modelo que desfila na passarela com roupas muito mais caras do que ele seria capaz de comprar na vida. A diferença é que o modelo não puxou o tapete de ninguém que estava na frente dele.

Existe um maquinário especial de pessoas — muito bem remuneradas, diga-se de passagem — para garantir que a posteridade seja gentil aos figurões. Os profissionais vão dos editores da wikipédia aos cães farejadores de tags e hashtags em que o seu cliente está inserido. Paradoxalmente, isso só é feito, de forma obsessiva, por quem já obrou o bastante na própria biografia e na forma como ela passará, de fato, para a História. Em suma, os pilantras. Na vida real, esse controle não vale muito. Esse “Fora, Temer” esporádico, que virou o rei do intervalo de qualquer manifestação artística, o maquinário não é capaz de controlar.

Mas nem tudo é desesperador para os biógrafos chapa branca (em todos os sentidos). Se tem algo que o usurpador número 1 da república pode se orgulhar, no momento, é de estar sendo lembrado até nos momentos de lazer do carioca. Michel Temer, a exemplo de Getúlio, já entrou para a história. Mas, no caso, o tiro foi no pé.

18 Feb 17:10

Episode 1316: Shifting Opinion

Episode 1316: Shifting Opinion

"Someone said" is a great way to introduce stuff that you want the listener to think is true, but which the narrator knows to be false. Variants include "Everyone knows", "According to X", and "It's common knowledge that". You can see it in action in the early Harry Potter books, which have a bunch of "Everyone knows" statements about Professor Snape.

You can learn some great GMing tricks from narrative tricks in literature. Keep an eye out for them next time you read a novel.

05 Jan 19:39

27-08-2015

by Laerte Coutinho

26 Oct 00:33

720 – Ouroboros.

by gomba

Ouroboros

Enem.

08 Oct 17:24

Wizard of the Crow, de Ngũgĩ wa Thiong’o (2)

by Bruno

Houve um tempo em que a escravidão era boa. Ela fez o seu trabalho, e quando terminou de criar capital, definhou e morreu uma morte natural. O colonialismo foi bom. Ele espalhou a cultura industrial e compartilhou recursos e mercados. Mas reviver o colonialismo hoje seria um erro. Houve um tempo em que a Guerra Fria ditava cada cálculo nas relações internas e internacionais. Isso acabou. Nós estamos na era pós-Guerra Fria, e nossos cálculos são guiados pelas leis e necessidades da globalização. A história do capital pode ser resumida em uma frase: em busca da liberdade. Liberdade para se expandir, e agora ele tem a chance de ter todo o planeta como o seu teatro. Ele necessita de espaço democrático para se mover pelas suas próprias demandas e lógicas. Então eu fui enviado para instá-lo a transformar o seu país em uma democracia.

Às vezes a literatura é capaz de sintetizar aquilo que a História leva livros e livros pra explicar. Que resumo do imperialismo.


24 Sep 15:54

Esportes servem pra quê?

by Marta

Quando você junta muitas pessoas de humanas, a treta é inevitável. Semana passada meu colega disse

“Eu sou contra o salário que jogadores de futebol recebem porque eles não geram nada de volta para a sociedade. Meu pai é marceneiro, e o dinheiro que ele recebe gera um bem para a sociedade; sou jornalista e meu salário também gera algo. Mas jogadores de futebol, não. Eles ganham e não geram nada.”

Com o que eu tive de discordar veementemente. Concordo que é dinheiro demais, mas isso é outra discussão.

Primeiro, é importante frisar que eu detesto esportes e acho isso de cuidar do corpo físico um saco, uma perda de tempo. Sou do time do “vamos todos morrer mesmo”, sou sedentária sim, vida segue. Inclusive eu também não gosto de futebol, não torço pra time nenhum e acho a copa do mundo um saco. Mas isso vocês já sabem.

Só que eu tenho feito uma série de posts sobre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para o trabalho então ando bem envolvida com esporte. Antes eu também achava que isso não gerava nada, mas hoje eu penso diferente.

Meu primeiro ímpeto foi dizer o quanto entretenimento é importante. Que os seres humanos precisam dessa pausa para pensar em nada e se divertir, senão a gente endoida, e que tem várias formas de se entreter – assistir esporte é uma delas.

Ainda, se o esporte não gera nada, a arte em si também não gera; mas ele discordou, dizendo que a arte gera, sim, alguma coisa. Mesmo que essa coisa não tenha utilidade prática.

Então entendi o que ele quis dizer. Um jogador de futebol realmente não contribui com nada tangível para a sociedade.

Isso não quer dizer que ele não contribui com nada.

Em um país racista como o nosso, o jogador é antes de tudo uma inspiração. A representatividade dos meninos negros e magros da periferia. A forma como eles se vêem fora daquele contexto e das posições que ocupam nas telenovelas. Podemos contar nos dedos a quantidade de super-heróis negros: eu só lembro do SuperShock. Quantos são os jogadores negros?

Nesse ímpeto, a criança cresce em volta ao esporte. Quem faz esporte aprende a conviver em grupo, a confiar nos colegas, a ter responsabilidade, a cuidar da alimentação (se possível), não fica na rua, gasta energia, se diverte, aumenta a auto-estima. Se você é uma criança da periferia, as chances de você marcar todos esses itens sem um esporte são bem baixas.

Esportistas não criam algo físico de volta para a sociedade, mas professores também não. Filósofos também não. Eles só formam… humanos. Humanos melhores, humanos mais responsáveis, humanos com esperança.

Aliás… O que é mais intangível e mais valioso que a esperança?

17 Jun 18:14

Diferente

by Rob Gordon
– Canberra CityNews, bom dia.


– Bom dia. Meu nome é Nick e eu gostaria de fazer uma declaração.


– A respeito de qual assunto?


– Do casamento gay.


– Pois não?


– Eu quero informar que se o casamento gay for aprovado aqui na Austrália, eu e minha mulher vamos nos divorciar.


– Como assim?


– Meu casamento vai acabar. Será meu protesto contra isso.


– Certo.


– É isso.


– Certo. Mas qual sua declaração?


– É o que eu disse. Se o casamento gay for aprovado na Austrália, eu e minha mulher vamos nos separar para protestar contra isso. Dá para publicar isso?


– Não, senhor.


– Como assim? Eu tenho o direito de protestar.


– Sim, o senhor tem. O senhor pode se divorciar pelo motivo que quiser. Mas eu acho que a importância do senhor ou do seu casamento para o resto do mundo é nula.


– Mas é o meu casamento!


– É justamente esse meu ponto. É o seu casamento. Se eu fizesse um jornal que fosse veiculado somente na sua casa, e meus leitores fossem seus parentes, essa notícia certamente seria manchete. Mas, para o resto da Austrália, o senhor não é importante. Nem importante nem interessante quanto o senhor pensa.


– Mas eu preciso que o meu protesto seja conhecido.


– Por quê?


– Porque é a forma que eu penso.


– Que também não é muito interessante.


– Isso é um desrespeito.


– Meu senhor, confie em mim: se a forma que você pensa faz com você achar que sua vida particular importa mais que as outras pessoas, o senhor não deve ser uma pessoa interessante.


– Olhe, o meu casamento...


– Na verdade, senhor... Hã, qual seu nome mesmo?


– Nick.


– Isso. Nick. Até o senhor me ligar, eu nem sabia que o senhor era casado. Na verdade, eu nem sabia que o senhor existia. Agora o senhor me liga dizendo que vai se separar. O senhor sabe o número de separações que temos na Austrália por ano?


– Mas a minha é diferente.


– Por quê?


– Porque eu vou me separar como forma de protesto.


– Sim, sem dúvida, isso torna sua separação diferente.


– Então vale uma notícia.


– Não. A função do jornal é noticiar o que é importante e relevante para as pessoas. E não o que é diferente. Muita coisa é diferente e nem por isso é interessante. Sua separação é algo que interessa somente ao senhor.


– Não concordo. Acho que o fato de minha separação ser diferente das outras já merece ser visto de outra forma.


– Entendi. O senhor acha, então, que como sua separação é diferente das outras pessoas, ela é especial?


– Isso.


– Em outras palavras... Sua separação merece ter mais espaço que as outras apenas porque é diferente?


– Isso.


– Entendi. O seu argumento, então, é “ser diferente”.


– Isso.


– Posso fazer uma pergunta?


– Claro.


– Se o senhor acha que para ser especial, como sua separação, basta ser diferente... Então, pela sua lógica, um casamento gay, que é considerado diferente do tradicional, também seria especial.


– Como assim?


– Se o senhor acha que sua separação é especial somente porque ela é diferente, então tudo o que é diferente é especial. Se vale para a sua separação, vale para o casamento gay. O senhor acha que é o casamento gay é especial?


– Evidente que não.


– Por quê?


– Porque é anormal!


– Entendi. E o senhor acha que terminar seu próprio casamento por causa da vida de pessoas que o senhor nunca viu na vida é normal?


– Bem...


– Então, quando o senhor é diferente dos outros o senhor é especial; quando os outros são diferentes de você, eles são anormais.


– Olhe, eu...


– Senhor, eu sinto dizer, mas não vai dar para fazer matéria. O senhor não é diferente. Nem sua separação.


– Ninguém no mundo se separou por isso!


– É aí que o senhor se engana. Muitos casamentos já terminaram por isso.


– Como assim?


– Meu senhor, seu casamento não vai terminar por causa do casamento gay. O senhor pode achar isso, mas na verdade o seu casamento vai terminar porque o senhor é um boçal. Apenas isso.


– Escute aqui, eu...


– E ser boçal, hoje, não é diferente. Infelizmente é o padrão. Então, ser boçal não é notícia. É apenas mais do mesmo. E eu não tenho espaço para mais do mesmo no jornal. Especialmente um mais do mesmo que seja medíocre. Posso dar um conselho?


– Claro.


– Pense em algo inteligente para fazer e me ligue. Aí eu consigo espaço para o senhor.


– Veja bem, eu...


– E não algo que seja inteligente para seu casamento. O seu casamento não é importante, ninguém quer saber a respeito dele. Pense em algo inteligente para sua comunidade, me ligue e eu terei prazer em falar com o senhor.


Desligaram o telefone. O jornalista voltou a trabalhar, procurando por notícias interessantes. E o homem abriu uma cerveja e ficou pensando sobre o jornalista. E sobre a audácia do jornalista. Odiava quando as pessoas pensavam diferente dele. Odiava.


Afinal, ele merecia ser respeitado. Deu mais um gole na cerveja. Toda pessoa merecia ser respeitada, por que seria diferente com ele?


***********************



Isso, claro, seria num mundo perfeito. No mundo normal, aquele que nós vivemos, uma pessoa dessas vira notícia.

20 May 11:32

Humans

At this point, if we're going to keep insisting on portraying dinosaurs as featherless because it's "cooler", it's time to apply that same logic to art involving bald eagles.
04 May 15:31

Daily Life




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Robots!

I will be at TCAF this weekend! You should totally come say hi!

01 May 17:03

Como seria a versão brasileira de Demolidor?

by Redação

Com a estreia de Demolidor, ficamos todos empolgados com o universo noir de Matt Murdock em uma Manhattan pós-destruição dos Vingadores, mas pensamos… Como seria a série se alguma emissora nacional comprasse os direitos e fizesse uma versão brasileira Herbert Richers? Convocamos nossos colunistas mais criativos para selecionarem o elenco ideal e adaptarem a trama para nossa realidade. Antes de começar a ler, aperte o play na versão ~tupiniquim~ da abertura da série que preparamos (com música tema de Kátia Cega <3)!

Marcos Pasquim como Matt Murdock/Matias Machado, o Demolidor

MarcosPasquim

Marcos Pasquim se formou com louvor na Escola Carlos Lombardi de Descamisamento e Porradarias™, formação mais que suficiente para interpretar Matias Machado, o advogado cego do Rio de Janeiro. Quando criança, Matias ficou cego após salvar um idoso de atropelamento e ser banhado por produtos Jequiti radioativos. O acidente tirou sua visão, mas lhe deu sentidos super aguçados. Ele então cresceu para se tornar o vigilante Demolidor. De dia, Pasquim defende os menos afortunados furando as filas de repartições públicas e cartórios como deficiente físico. Mas à noite, o renomado doutor veste sua lycra da justiça e usa seus super sentidos para combater o crime nas vielas do Rio de Janeiro, onde é conhecido como O Diabo da Tijuca.

 

Selton/Danton Mello como Nelson Foggy/Foguinho

DantonMello

Nelson e Matias passaram juntos no exame da OAB e decidiram abrir seu próprio escritório na Tijuca. Sua mãe queria que Foguinho fosse açougueiro, ou que pelo menos desistisse dessa baboseira de ajudar os mais pobres e prestasse um concurso público. Inicialmente, o personagem seria interpretado por Selton Mello, mas ele pulou fora do projeto depois de descobrir que não seria o protagonista (seu agente foi demitido na sequência). Foguinho foi parar nas mãos de Danton Mello, pois o aluguel vence para todos e figuração no programa do Adnet não paga as contas.

 

Camila Pitanga como Claire Temple/Clara Telles

CamilaPitanga

Ninguém melhor do que Camila Pitanga para ser a personagem de Rosario Dawson, que receberá as piores notícias dos lindos lábios de Marcos Pasquim. Ela que já teve sua cota de personagens com “vidas noturnas duplas”, logo vai ser ótima para dar umas dicas para o colega. Vai recorrer a tudo o que aprendeu como a médica Luciana Ribeiro em Mulheres Apaixonadas para poder ser o plano de saúde do Demolidor, além de toda a experiência criando um ambiente de tensão sexual que adquiriu na mesma novela.

 

Nathalia Dill como Karen/Karina Page

Nathalia_Dill

Nathalia tem o charme da girl next door e a bagagem de atriz, mas bem como o passado negro escondido da Karina, nós também não esquecemos que tudo começou com um papel de vilã em Malhação. Não bastasse isso, ela é ótima interpretando papel de mulher independente que baba pelo cara gato que não da a mínima para ela, como vimos em Avenida Brasil.

 

Lima Duarte como Stick/Graveto

LimaDuarte

Graças a seu papel em O Bem-Amado, Lima Duarte foi convidado para interpretar o mestre do menino Demolidor – afinal, quem melhor do que o próprio Zeca Diabo para treinar o Diabo da Tijuca? Mas não foi só a fama de assassino profissional e eficiente do personagem que trouxe o ator para o projeto – também foi levado em conta sua capacidade de trazer ao personagem um caráter paterno e generoso, importantíssimo para Graveto.

 

Ailton Graça como Wilson Fisk/Fortunato, o Rei do Crime

AiltonGraca

Jogando a carta do ator conhecido por comédia fazendo drama e trazendo aquela nostalgia gostosa – e também como referência à interpretação de Michael Clarke Dunkan para o mesmo personagem no filme com o Ben Affleck que você quer esquecer (mas a Internet não deixa), o escolhido para interpretar Wilson Fortunato será Ailton Graça, muito conhecido por mergulhar de cabeça em seus personagens em seu “method acting”. Ailton foi a primeira opção dos produtores graças ao seu trabalho como Majestade em Carandiru, onde era o Rei do Tráfico.

 

Antônio Pitanga como Ben Ulrich/Bernardo Uchôa

AntonioPitanga

Grande ator de O Homem Que Desafiou O Diabo, Antônio Pitanga (que não tem nenhum parentesco com a colega de elenco, Camila) agora ao invés de desafiar o Diabo, lutará lado a lado com ele. Bernardo é ex-vereador do Rio, e traz a veia crítica político/social que faltava na série, fechando com chave de ouro este elenco estelar e cheio de globais.

Pronto, a criação está feita! Agora é só alguma emissora se interessar e começar a produzir essa maravilha!

 

[Créditos das imagens: Montagens/Luiz Guilherme Moura]

01 May 16:58

Qual é a sua dupla dinâmica preferida?

by Redação

Batman e Robin podem ser famosos por isso, mas não são os únicos a formarem o que chamamos de dupla dinâmica. Nesta semana, queremos saber quais são os outros pares que também se metem em #AltasConfusões, têm uma química incrível e são ótimos fazendo as mais variadas atividades, como caçar demônios, combater o mal enquanto espiam sensualmente, ou simplesmente andar de patins pelo Central Park desconectadas do mundo online a caminho de um casamento canino. Por isso, perguntamos para os nossos colunistas: Qual é a sua dupla dinâmica preferida?

Rafa Bauer: Mulder e Scully, de Arquivo X

Avião sem asa, fogueira sem brasa, Buchecha sem Claudinho – assim é Mulder sem Scully. É impossível imaginar um spin off ou um filme só com um deles. Arquivo X só funciona com os dois juntos. Isso ficou claro nos episódios sem Scully, quando ela é abduzida (o episódio chamado “3” da 2a temporada, por exemplo, é terrível). O ceticismo de Scully, contrabalanceando a crença apaixonada de Mulder no sobrenatural foram uns dos principais motivos do grande sucesso de Arquivo X. Os diálogos engraçadinhos, a confiança irrestrita que construíram um no outro ao longo da série e uma sutil tensão sexual complementam a receita para a melhor dupla que já passou numa série de TV – e que vamos conferir novamente em breve, com o retorno da série confirmado!

 

Fernanda Sgroglia: Wilson Fisk e James Wesley, de Daredevil

Ninguém chega ao poder sozinho, todo mundo precisa daquela pessoa a quem delegar parte do seu plano para dominar Hell’s Kitchen – a relação de Fisk e Wesley podia parecer isso, uma mera relação de negócios, mas os dois eram são amigos de verdade. A série não revela como Wesley, um homem de classe, mas que parece ser de origem simples, se tornou o melhor amigo de um dos maiores magnatas dos Estados Unidos, mas num primeiro momento a única referência de Fisk é a opinião de Wesley sobre ele, e apesar de sabermos que eles são da galera do mal, gostamos dele graças à relação de companheirismo, confiança e respeito que um alimenta pelo outro. Além de Wesley ser o braço direito do magnata de Hell’s Kitchen, é ele quem fica bravo quando alguém fala mal de seu companheiro, e além de o ajudar a ~conquistar garotas~, sempre está lá para resolver os problemas antes mesmo que eles apareçam!

Chris Dierkes: Abbi e Ilana, de Broad City

Essa dupla mostra que amiga é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito. Além de apoio emocional e companhia para festas flopadíssimas, as duas se ajudam nos momentos mais diversos: carregar um ar-condicionado pelas ruas de Nova Iorque, achar um celular perdido, tirar do buraco literalmente, cuidar depois de tirar o dente do ciso, ajudar a encontrar um dealer de maconha, decidir se usa uma cinta-caralha ou não, entre outras aventuras.

 

Manuela Fonseca: Veronica e Keith Mars, de Veronica Mars

Sejamos sinceros: o que seria de Neptune, Califórnia, sem a dupla Veronica e Keith Mars? Considerando a incompetência generalizada do departamento de polícia da cidade, um total de zero crimes seriam solucionados, criminosos correriam à solta e gente inocente trocaria seus últimos anos de vida por dinheiro para receber a culpa por crimes que não cometeram. Mais do que parceiros no crime (ou na resolução deles), Veronica e Keith formam uma família baseada no apoio incondicional, na compreensão de que de vez em quando é preciso ignorar sua filha escondida no armário do diretor da escola ou seu pai recebendo uma prostituta em casa e nas piores/melhores piadas de tio do pavê. Who’s your daddy?

Agora conta pra gente qual é a sua dupla dinâmica preferida aqui nos comentários!

[Créditos das imagens: Reprodução/ABC/Netflix/Comedy Central/CW/Fox]

02 Jan 18:54

O Cachorrinho que Ganhou um Nome

by Rob Gordon
Para o cachorrinho que andava pelas ruas, era um dia como qualquer outro.


Andava pelas ruas sem rumo – porque uma das melhores coisas de ser um cachorro e poder andar sem rumo – procurando algo para comer.


Seus dias eram iguais desde que se perdera dos seus irmãos, meses atrás. Estava brincando com eles e encontrou uma formiga maior do que todas que tinha visto até então. Curioso, começou a perseguir a formiga para ver até onde ela ia, mas acabou indo longe demais e nunca mais encontrou o caminho de volta. Andou por horas até se convencer de que estava sozinho. Ainda era filhote, então sentou na calçada e chorou de saudade. Mas logo as horas se passaram e a fome se tornou maior que a tristeza, então voltou a andar em busca de algo para comer.


Desde então, era isso que fazia todos os dias: procurava comida e um gole de água fresca. Quando começava a escurecer, saía em busca de um lugar quentinho para dormir. Enrolado num cantinho, o cachorrinho dormia e sonhava que estava junto com seus irmãos até o dia clarear. Aí acordava, se espreguiçava e começava a andar em busca de algo para matar a fome.


Às vezes, conseguia algo com alguma pessoa. Ganhava um resto de sanduíche na porta de um bar, ou uma sobra de carne nos fundos de um restaurante. Mas claro que nem todas as pessoas eram assim: existiam aqueles que estavam sempre com um chute ou uma pedra prontos, como se estivessem apenas esperando o cachorro chegar perto para fazer alguma maldade – porque o cachorrinho já havia aprendido que as pessoas ruins não fazem maldade por necessidade, mas sim porque gostam de ser assim.


Entretanto, na maior parte do tempo, o cachorrinho era ignorado pelas pessoas das ruas. Às vezes, achava que era melhor assim. Mas, quando a saudade dos seus irmãos apertava, ele se sentia um pouco sozinho demais, especialmente porque o cachorrinho gostava de brincar e era muito chato brincar sozinho o tempo inteiro. Mas tudo isso sempre passava quando a forme apertava. Aí, ia para as ruas em busca de comida.


Mas, naquele dia, as ruas pareciam diferentes. O cachorro percebeu que parecia ter mais pessoas que o normal. No começo, achou que fosse apenas impressão sua, mas logo concluiu que realmente algo deveria estar acontecendo.


As ruas estavam visivelmente mais lotadas, com pessoas caminhando apressadas para cá e para lá. Carregavam sacolas e falavam ao telefone, sempre com medo de perder a hora ou de esquecer alguma coisa. Eram milhares, se esbarrando e pedindo licença umas para as outras, enquanto faziam contas, conferiam o horário e repassavam listas de parentes e amigos. Algumas delas se abraçavam, e o cachorrinho ouviu algumas desejando feliz natal para as outras, mas não entendeu o que isso queria dizer.


Além disso, ele tinha coisas mais importantes para se preocupar. Já era tarde e ainda não havia comido nada. Seu estômago roncava de fome. E, para piorar, ele não conseguia andar direito pelas calçadas por causa da multidão de pernas e sacolas. Não queria andar pela rua porque morria de medo dos carros e caminhões – quando ele não sonhava com seus irmãos, tinha pesadelos que um carro passava por cima dele e acordava ganindo no meio da madrugada.


Assim, fez a única coisa que conseguiu: se escondeu num cantinho entre dois prédios e ficou esperando o movimento diminuir. Uma hora as pessoas precisariam ir para casa, pensava deitado, acompanhando o movimento com os olhos e tentando ignorar a fome.


As horas se passaram e nada do movimento diminuir. A fome apertava cada vez mais. Em um momento, viu um pedaço de pão que alguém havia deixado cair na calçada e pensou em ir atrás dele, mas não conseguia sair do beco por causa da quantidade de pessoas e sacolas que passavam entre ele e o pãozinho. Logo, o pão foi chutado e desapareceu de vista, e o cachorrinho se deitou novamente.


Seu estômago roncava. Então resolveu dormir um pouco para esquecer a fome.


Quando acordou, estava começando a anoitecer e a rua estava praticamente deserta. Como sua barriga doía de fome, resolveu dar uma volta rápida, apesar de não gostar de ficar andando depois que o Sol ia embora – tinha a impressão que as pessoas ruins gostavam mais desse horário.


Começou a andar pelas ruas, mas percebeu que devia ser mais tarde do que ele imaginara, já que todas as portas estavam fechadas. Para piorar, estava começando a esfriar e uma garoa fina começou a cobrir a cidade. Logo seria hora de dormir, e ele ainda não havia comido nada.


Andou até encontrar algumas pessoas saindo de uma igreja. Aproximou-se delas, esperando que alguém o desse algo para comer, mas tudo o que conseguiu foi ser enxotado. Não teve melhor sorte quando ouviu um barulhão e descobriu que o dono de uma padaria estava terminando de baixar as portas de aço do lugar. O cachorrinho se aproximou abanando o rabo, mas o homem nem olhou para ele. Trancou a porta e entrou em seu carro apressado, como se o cachorro não existisse.


Andando pelas ruas, ele percebeu que vozes vinham de dentro das casas. Quase todas elas estavam acesas, e as pessoas falavam alto e riam. E sempre que se aproximava de uma delas, o cheiro de comida gostosa fazia sua boca salivar. Mas ninguém olhava pela janela. Ninguém olhava para ele. Estavam todos ocupados comendo e se abraçando.


Já era tarde e o cachorrinho desistiu de comer. Precisava encontrar um lugar para dormir. Assim, encontrou uma rua mais tranquila e achou um espaço entre duas casas: um cantinho de grama – o cachorrinho adorava dormir na grama – e coberto. Enrolou-se ao redor de si mesmo, deitou-se e respirou fundo.


Foi só então que o cachorrinho percebeu que uma das casas tinha uma porta. Ela estava aberta e um menino sentado num pequeno degrau estava olhando fixamente para ele. Ao seu lado, um pratinho e um copo de leite. O cachorro se assustou, mas não sentiu medo.


“Você também está esperando o Papai Noel?” perguntou o menino.


O cachorro apenas levantou a cabeça como resposta. Para o menino foi o suficiente, já que ele continuou. “Eu estou esperando o Papai Noel. O papai disse que ele vai passar só depois que eu dormir. Mas eu queria ver o Papai Noel chegar.”


O cachorro continuou olhando o menino e prestando atenção em sua voz. Cachorros reconhecem as pessoas boas (e as ruins) pelo tom de voz delas.


“Eu vou deixar leite com biscoitos para ele. Aposto que o Papai Noel vai gostar. A mamãe deixou eu comer um biscoito, mas só um. Ela disse que os outros são para o Papai Noel”. O menino olhou para o cachorro com mais atenção e pareceu pensar um pouco. Foi quando sorriu como somente crianças que tiveram uma ideia conseguem sorrir. “Você quer um biscoito? Se eu falar que é para você, aposto que a mamãe deixa eu pegar mais um”.


O menino não esperou o cachorrinho responder. Levantou-se e entrou correndo na casa, deixando a porta aberta. Segundos depois, voltou com dois biscoitos nas mãos. Entregou um para o cachorro, que mastigou feliz da vida e quebrou o outro em dois pedaços.


“Como eu já comi um e você já comeu um, nós vamos dividir esse aqui”, o garoto disse. Assim, o cachorrinho comeu metade do biscoito e o menino comeu a outra metade. O cachorro ainda estava mastigando quando o menino se levantou e entrou correndo em casa mais uma vez. Desta vez, ele saiu com um copo de suco e com um pratinho com água. “Eu estou com sede. Você não tem sede quando come biscoitos? Eu trouxe água para você”.


O cachorro bebeu a água – fresquinha, do jeito que ele gostava – e deitou-se novamente. E ele e o menino ficaram conversando por alguns minutos, sobre o Natal, sobre o Papai Noel, sobre ter se comportado durante o ano, sobre o que cada um havia pedido de natal e sobre biscoitos e suco. O menino falava mais que o cachorro, que conversava apenas usando o olhar e abanando o rabo. Mas pareciam se entender perfeitamente.


Entretanto, o cachorro sentiu um cheiro estranho e levantou os olhos. Atrás do menino, duas pessoas – um homem e uma mulher – estavam abraçados, olhando o menino e o cachorro. Ambos sorriam e chamaram o menino. Enquanto a mulher conversava com ele, o homem se aproximou do cachorro, fez carinho em sua cabeça e perguntou se ele estava perdido.


Foi até a rua, olhou para os lados durante alguns minutos. Logo voltou e começou a conversar com a mulher, dizendo coisas sobre não ninguém na rua, sobre não ter coleira, sobre parecer estar com fome e frio. Assim, o homem sorriu para o menino e se ajoelhou ao do cachorro. “Quer passar o Natal com a gente?”, perguntou.


O cachorro latiu e abanou o rabo. E o menino sorriu.


Assim, o cachorro entrou em uma casa pela primeira vez. Era mais quentinha que qualquer outro lugar que ele conhecia, e logo ganhou um pratinho com comida e outro com água. E comeu e bebeu abanando o rabo e ouvindo o homem e a mulher explicarem ao menino que foi o Papai Noel que deixou esse cachorrinho na porta de casa.


O menino ficou tão feliz que se esqueceu de perguntar por que o Papai Noel não tinha comido os biscoitos e perguntou para o homem se ele podia dar um nome para o cachorrinho. O homem fez que sim com a cabeça.


Foi assim que o cachorrinho ganhou um nome. E um lar.


E um novo irmão.


O cachorrinho e o menino ainda estão juntos. Passam o dia inteiro brincando, até a hora de dormir, quando o cachorrinho dorme enrolado num paninho ao lado da cama do garoto. Agora, o menino cuida do cachorrinho e o cachorrinho cuida do menino.

E, uma vez por ano, os dois se sentam na porta da cozinha e esperam juntos pelo Papai Noel, com um pratinho de biscoitos e leite. Para o garoto, aquele é o dia mais especial do ano. Mas, para o cachorrinho, continua sendo um dia igual aos outros. Pois, para ele, agora todo dia é Natal. Afinal, para as pessoas comuns, o Espírito de Natal surge uma vez por ano. Mas, para os tolos e para os sábios, ele aparece todos os dias.

E não existe nada mais sábio que um cachorro que tem a sorte de ter um menino ao seu lado.

24 Oct 06:39

De gigantes e epilepsia

by Pedro

Chega de não-escrever aqui. Escrevamos, pois. O blog esteve fora do ar de abril – se não me engano – a meados de julho – finados de julho, a bem da verdade – por inadimplência e descontrole financeiro deste que vos escreve. Assim sendo, perdi algumas ondas que talvez merecessem notas – mas que provavelmente não iriam ganhar nenhuma, como já é de praxe por estas paragens. Este ano de 2013 vai dar bastante assunto e material para os que, em dezembro, apreciam fazer retrospectivas (tô falando de você mesmo, Inagaki).

Dentre eles, o mais notável, até o momento, certamente será o levante popular motivado por razões “pífias” – que de pífias nunca tiveram nada – que degringolaram em promessas de caos urbano (por parte dos manifestantes) e reações truculentas (por parte das forças de manutenção do Estado). A ordem de grandeza desses dois fenômenos (o segundo sendo mera reação ao primeiro, que, por sua vez, escalonou em virtude da desproporção do segundo) conseguiu jogar a mídia velha de guerra, com seus padrões, critérios e distorção de fatos em prol de interesses ulteriores, em uma posição bastante sensível. Colocado sobre uma corda-bamba, vimos Jabor – a “voz política” da Globo – falar contra o povo, desmerecendo as causas da insatisfação, os insatisfeitos, suas famílias, suas roupas, seus hobbies, seu estilo de vida e seus animais de estimação, num belíssimo exemplo de argumento ad hominem. Então, 3 dias depois, o mesmo Jabor retornou, humilde – mas desta vez na CBN, porque se retratar na televisão pega mal – e propenso a elogiar esse mesmo povo e sua manifestação.

Vi – sim, aqui falo em meu nome apenas, identifique-se quem preferir – elevarem-se vozes que bradavam ideologias que apóio, outros como eu amotinarem-se, mais e mais vozes se unindo em côro. Então percebi, com espanto e tristeza, que aqueles não eram meus gritos, minhas palavras de ordem. Não pedíamos a mesma coisa, estávamos em lados opostos da questão. Vi, então, desvirtuar-se um movimento que tinha potencial para ser bom e estar correto. Vi o povo, já mobilizado, marchar cego, burro, como um rebanho. E rebater, rechaçar e recriminar os mesmos movimentos sociais que ajudaram a reunir e canalizar toda aquela comoção. De repente não era mais o movimento do Passe-Livre quem tocava tudo aquilo – movimento que pode ser apartidário, mas não é antipartidário, e definitivamente não apóia ou endossa inclinações golpistas. A coisa era, então, uma maçaroca disforme que se misturava, dissipava e tornava a se misturar facebook afora, como uma espécie de massa rolada em chão poeirento, na qual a sujeira se tornava indissociável. E toda aquela ignorância política, toda a demência que parece florescer e se multiplicar nas redes sociais passou a marchar pelas ruas, transformando um movimento político, por essência, em um movimento “nacionalista”, “patriótico”.

E então os Carecas do ABC se juntaram à manifestação. E de repente aquelas fotos bonitas de algo que podia ser algo bacana continuaram bonitas, mas resultado as deixou torpes. Como as fotos de uma ex-namorada com quem você terminou em maus termos, por diferenças morais irreconciliáveis. Vou me lembrar sempre do que vi ao ter que resgatar minha mulher da polícia, e da motivação que isso foi para que eu, na semana seguinte, me unisse ao povo, disposto a lutar pelo direito de livre manifestação. E vou me lembrar de ver amigos de amigos meus se dispondo a atacar pessoas que, defendendo esse mesmo direito, carregavam bandeiras de partidos. E do nó que aquilo me deu nas tripas, da sensação que estive de, de repente, estar manifestando um “gigante” que começava a acordar com o pé esquerdo, ou que apenas esboçava um ataque epilético. A partir daí abandonei o “gigante”. Deixei-o à míngua, muitos também o fizeram. E ele foi minguando, minguando… Hoje ainda tem seus momentos de espasmo, aqui e ali – sendo “aqui e ali” o Rio de Janeiro – por razões que surgiram depois da saída do Movimento Passe Livre, e que são dignas, até certo ponto. Chegam até nós alguns relatos sobre suas convulsões. Mas agora ele não incomoda mais ninguém. E, se não voltou a dormir, está tão pachorrento quanto antes.

25 Jun 18:35

26-05-2014

by Laerte

25 Jun 16:19

O poema orgânico

by Puppet

planta

O poema orgânico é feito com o tempo necessário para o seu crescimento. Pode levar dias, meses e até anos apenas como rascunho de última página. O poema orgânico não leva liricotóxicos ou conservantes, pode sofrer todas as intempéries possíveis. O poema orgânico tem muito mais nutrientes do que os poemas hidropônicos, pois não nasce de um relaxante banho de cachoeira ou de uma tarde na praia. O poema orgânico nasce das lavadas de louça, do tempo perdido no trânsito, da troca de fraldas ou daquele instante em que se aperta o botão do elevador mais uma vez só para se ter a sensação de que isso o trará mais rápido. O poema orgânico não é fruto da tecnologia transgênica que mexe em suas rimas, formas, estrofes e estruturas naturais mais profundas e que levaram anos para serem o que são. O poema orgânico é singular demais para ser domesticado, cozido, refinado ou apreciado sem casca, é melhor que seja consumido in natura. O poema orgânico é caro. Caro pra chuchu. O poema orgânico estraga rápido.

09 Jun 22:46

New Study Blames Hunters for Megafauna Extinctions

by saraceni@verizon.net (Jessica E. Saraceni)

Wooly-Mammoth-Megafauna-HuntersAARHUS, DENMARK—A new study concludes that the extinctions of large mammals such as woolly mammoths, giant sloths, mastodons, and cave lions around the world over the past 130,000 years correlates more closely with the arrival of humans than with changes in climate. “The evidence really strongly suggests that people were the defining factor,” Chris Sandom, who was a researcher at Aarhus University at the time of the study, told Live Science. In sub-Saharan Africa, where large animals evolved alongside humans as they learned to make and use tools, there was the least extinction. When humans moved to Asia and Europe, they encountered animals unaccustomed to human hunters, and extinction rates rose. Climate may have interacted with human arrival in Eurasia, with temperatures determining where people migrated. Sandom found that extinctions were most extreme in Australia and the Americas, where humans arrived comparatively late. The new predators may have disrupted the animals’ ability to adapt to new habitats. “You’ve got this very advanced hunter arriving in the system,” he explained. 

01 Jun 03:26

Sobre artistas e políticos

by Puppet

supliciUm político brasileiro, para ter sucesso pleno, precisa ser eleito pelo povo, mas nem sempre foi assim.

Um artista brasileiro, para ter sucesso pleno, precisa ser eleito pelos críticos, mas nem sempre foi assim.

Um político no palco é o senhor de seu espaço. O dono da bola. O mandachuva da situação. O rei da mesa. Pode falar o que quiser porque a palavra dele lhe pertence.

Um artista no palco é a voz de uma geração com anseio de representação. O agente da catarse coletiva. O expiador de todas as dores do mundo. Deve falar pelo povo.

Um político na rua é seguido, reconhecido, tocado, ovacionado e cercado de todos os lados pela sua comitiva. É um deus andando entre os mortais.

Um artista na rua é analisado, confrontado, alvo de fotografias indiscretas e críticas ferozes que devem ser resolvidas ali. É um mortal andando entre deuses.

Um político em comitiva bancada por financiamento privado é apenas alguém que se articulou por meio de seus recursos disponíveis para conseguir atuar.

Um artista em turnê bancada por financiamento privado é apenas um caça-níqueis. Um vendido a um esquema sujo e hipócrita da escala mais baixa do capitalismo.

Um político de verdade precisa saber se articular bem, ter carisma, fleuma, sensualidade, mojo, borogodó, ziriguidum e jogar nas onze. Ter um quê a mais do que uma pessoa comum.

Um artista de verdade precisa ser, antes de tudo, verdadeiro. Expressar aquilo o que é sempre, medir as palavras e trabalhar incansavelmente sempre de olho nas críticas, pois é o operário de seu público.

A vida privada de um político não interessa ao público. Se ele fala palavrão, bebe, fuma, cheira, se injeta, trafica, rouba, corrompe, pega menores, mata gente, incendeia florestas, curra ursos panda e usa crocs em festa de casamento, isso é problema dele.

A vida privada de um artista nunca é privada.

Estamos cobrando dos políticos o que deveríamos cobrar dos artistas.

Estamos cobrando dos artistas o que deveríamos cobrar dos políticos.

VELHO PUNK #132

31 May 13:51

Conexão de internet na Lua provavelmente é mais rápida que a sua

by Eric Limer

Você não está satisfeito com sua velocidade de internet? Há uma solução simples: basta se mudar para a Lua. Pesquisadores levaram Wi-Fi até lá, e a conexão é provavelmente mais rápida do que qualquer coisa que você tem no seu bairro.

O Wi-Fi na Lua vem sendo desenvolvido desde pelo menos 2009, mas pesquisadores da NASA e MIT enfim o tornaram realidade. Eles usaram quatro telescópios na Terra com diâmetro de 15 cm para disparar feixes de luz infravermelha até um satélite que orbita a Lua.

Dessa forma, os cientistas estabeleceram uma conexão estável com uma velocidade de download de 19 Mbps. No Brasil, segundo a Akamai, a velocidade média da internet é de apenas 2,7 Mbps.

Embora isso talvez ganhe do seu provedor local, não é nada se comparado à conexão entre ISS e Lua, que oferece absurdos 622 Mbps para download. Bem, para uma distância de 384.400 km, não é nada mal.

Os pesquisadores vão apresentar os resultados em profundidade na conferência CLEO de tecnologia laser nos EUA. [Discovery]

Imagem: Caspar Benson/Getty Images

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30 May 14:48

Walder Frey Took A Bloody Great Photo With A ‘Game Of Thrones’ Fan

by Josh Kurp

A few months ago, I met David Bradley, the actor behind such stringy-haired leeches as Argus Filch and Walder Frey from Game of Thrones (as well as Broadchurch‘s mysterious shopkeep), for an article that will appear on UPROXX next month. He couldn’t have been nicer. Eventually, the conversation drifted to “The Red Wedding,” and he mentioned that he still gets looks from strangers on the street who confuse the actor with the character. He was happy about the recognition, though, and looked genuinely delighted when I told him that during the first dance at my wedding, I asked the DJ to play a few seconds of “The Rains of Castamere” before going into our actual song (only one person laughed — worth it).

Point being, he’s a jolly ol’ chap, he is, though he could use some work at wedding planning.

wedding crashers

TUMBLR


Never forget.

Via @shawlax


Filed under: TV Tagged: DAVID BRADLEY, game of thrones, red wedding
29 May 15:22

Watch LeVar Burton’s Tearful Reaction To His ‘Reading Rainbow’ Kickstarter Raising $1 Million

by ryanuproxx

As we already noted, LeVar Burton’s Kickstarter campaign to make Reading Rainbow available to a new generation of young readers was a rousing success, reaching its goal of raising $1 million in less than a day. (The campaign has now raised over $1.6 million, and is still taking donations.)

Burton and his team were watching anxiously as the campaign hit the $1 million dollar mark yesterday, and a camera was there to capture his reaction. Here’s a video of the emotional moment, as well as a heartfelt thank you from the man himself.

(MayorBurnsy, H/T Reddit)


Filed under: TV, Upcoming Tagged: kickstarter, Levar Burton, READING RAINBOW
27 May 17:05

There is an insect of the size of a human hand called Tree...



There is an insect of the size of a human hand called Tree Lobster, and it can only be found in Ball’s Pyramid, in Australia.

source

26 May 16:19

Pinturas Clássicas com Photoshop

by Jonathan Amoroso

Lauren Wade, uma editora de fotos do site Take a Part, uso o Photoshop em diversas pinturas clássicas. Ela retocou obras, deixando-as com o “padrão FIFA de beleza exigido “de hoje. A Maga do Photoshop fez cinturas incrivelmente magras, braços mais finos, exterminou toda gordura não esquecendo de moldar seios fartos e simétricos. Sua ideia tem base em um apelo ou crítica a quantidade de retoques ”Adobe“, usados  nos corpos femininos para fotos em revistas e propagandas no geral. “Eu acho que é uma loucura a quantidade de retoque que as pessoas não percebem …’’

Lauren diz que já vivenciou muito e fez  esse tipo de trabalho “‘enganoso” e, infelizmente, esses anúncios servem para definir um padrão de beleza que não existe. Vide a  Scarletizinha nossa de cada dia, que ficou nua e continuo sendo gostosa, provando que não é Hollywood que define o que é belo. E antes que você pense que é um sacrilégio ou insulto fazer isso com as obras,  lembre-se que o mesmo pode ser dito para as ideias contemporâneas de beleza.

Aviso que abaixo contém peitinhos pintados a óleo. (Mas acredito que não seja um caso de NSFW :P )

 

Sandro Botticelli, Birth of Venus, 1486

venus

Francisco Goya, Nude Maya, 1797–1800

goya

Jean Auguste Dominique Ingres, Grande Odalisque, 1814

jean

Titian, Danaë With Eros, 1544

titian

Edgar Degas, La Toilette, 1884–86

degas

Por fim, há muito a ser discutido sobre o que é bonito, feio, desleixado, sexy sem ser vulgar e etc. E se você prefere mais gordinha, magrinha e peituda  lembre-se que gosto sempre vai ser é igual a c…  a toalha: cada um com a sua.

Clique aqui para ver todo o projeto inteiro.

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23 May 15:52

Watch Matthew McConaughey, Emma Stone, And Other Stars Read Mean Tweets About Themselves On ‘Kimmel’

by ryanuproxx
sofia

Jimmy Kimmel Live


Jimmy Kimmel aired the latest edition of his always entertaining and ever-popular “Mean Tweets” segment — in which celebrities read the awful things people are saying about them on Twitter — during last night’s show. Seemingly every corner of Hollywood, from the uber talented, up-and-coming female sect (Emma Stone, Mindy Kaling) to longtime stars with Oceans franchise credits (Julia Roberts, Don Cheadle, Andy Garcia), was represented — and mercilessly lambasted.

Watch as David Blaine is forced to read a spot-on description of his face, Matthew McConaughey receives a confusingly juvenile burn that nearly stops the McConaissance dead in its tracks, and Sofia Vergara counters the vulgar assessment in the screenshot above with a spicy hot comeback.

Jimmy Kimmel Live


Filed under: TV, Web Culture Tagged: ASHTON KUTCHER, david blaine, emma stone, jimmy kimmel, jimmy kimmel live, JULIA ROBERTS, MATTHEW MCCONAUGHEY, SOFIA VERGARA, Twitter
23 May 15:33

In Which ‘Hannibal’ Gets Re-Cut As A Wacky Food Network Reality Show

by dguproxx

This is a re-cut that imagines NBC’s Hannibal as a kind of Food Network-y reality competition show called Hannibal’s Celebrity Kitchen. It’s … pretty good! I guess! The editing is pretty on-point, especially the bouncy music and jerky, reality shows camera move. And using clips from the actors’ press interviews about the show as the fake show’s interview cutaways was an inspired decision, as was pretending that the celebrities were at the table themselves, instead of in character. I don’t know. I give the whole thing a A-. I’m such an easy grader.

Now if someone could please try to re-cut Suits as a reality show about a bunch of very intense people running competing formal wear shops in Manhattan, I’d certainly appreciate it.

Source: Dylan Dubeau


Filed under: TV Tagged: FOOD NETWORK, HANNIBAL, NBC, RECUT
21 May 11:50

7 Ways To Get Attention On The Internet (and annoy everyone in the process)

by DOGHOUSE DIARIES

7 Ways To Get Attention On The Internet (and annoy everyone in the process)

From now on, I’m only clicking on the most mundane, ambiguous headlines.

16 May 14:15

John Hughes shot The Breakfast Club and Ferris Bueller’s Day Off...



John Hughes shot The Breakfast Club and Ferris Bueller’s Day Off back to back to save money. He also used the same crew and sets, including the high school with the same posters on the walls.

source

16 May 13:59

News Anchor Barely Keeps It Together As She Delivers Breaking News Of Her Friend’s Suicide

by Dustin Rowles
Alvaro Freitas

:~~~~~~

The newscast is in Taiwanese, and I honestly have no idea what the anchor is saying, but heartbreak and sadness is universal. You can, however, turn on the captions to find out that it was a fellow news anchor who, sadly, committed suicide, and was found by his wife with a bag over his head. My guess is that she had no idea her friend had died until she read the breaking news alert, and saw it for the first time right along with everyone else. She does a great job of keeping it together, but big hugs out to the anchor for having to find out in such a terrible way.

via Reddit


Filed under: TV Tagged: BREAKING NEWS, news anchor
11 May 14:14

19-04-2014

by Laerte